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sábado, 24 de abril de 2021

CeL - Mais Beatles Walk

Foi em Abril de 2005

Capítulo 12
Mais Beatles Walk
Este é um mais um Capítulo do Projeto 

Capítulos anteriores:

Intro 1:  A terra do rock
Capítulo 1: CeL - Hyde Park
Capítulo 2: CeL - Abbey Road
Capítulo 3CeL - A Academia, A Visão
Capítulo 4: CeL - O Curso

Capítulo 5: CeL - Albert Hall, Regent, Oxford, Picadilly
Capítulo 6: CeL - Logradouros Project
Capítulo 7: CeL - Animals sem o porco
Capítulo 8: Cel - Beatles Walk
Capítulo 9: CeL - Tate Modern

Capítulo 10: CeL - London Eye
Capítulo 11: CeL - The Famous Square Mile


Ao longo de minha peregrinação naquele domingo, vim folheando o livro que havia comprado, London Beatles e resolvi que ia fazer eu mesmo a caminhada que havia perdido de manhã.

Fui a Picadilly Circus e procurei a Savile Row, rua internacionalmente conhecida por produzir alguns dos mais caros ternos do mundo o que, para mim, pouco interessava. Interessava-me tão somente, o número 3 daquela rua (abaixo), endereço dos Estúdios da Apple, de 1968 a 1972, onde foram gravadas as canções do álbum beatle “Let It Be’. Não só o álbum, mas também o filme “Let it Be”. Mais que isso, no teto daquele edifício de 4 andares, em 30 de janeiro de 1969, os Beatles fizeram sua última apresentação ao vivo, depois de quase 3 anos de trabalho exclusivamente de estúdio, e que veio a se tornar a última cena do filme. Claro que não se pôde chamar de concerto, pois o público que os via, eram apenas os componentes da equipe técnica e quem os ouvia, sem ver, eram os transeuntes das vizinhança, que vieram atraídos pelo som, que atraiu também os policiais da delegacia localizada a 150 metros dali e que acabaram por negociar, amigavelmente, o fim do “show” após brilhante performance de 6 músicas, que John finalizou com ironia: “Espero que tenhamos passado no teste!”. 


Depois, 1 Soho Square, onde fica o escritório de da produtora de Paul, a MPL: o interessante do ponto foi ver a praça, não muito grande, cheia de gente esparramada aproveitando o restinho de sol da tarde. Londrino não desperdiça momentos ensolarados de maneira alguma. Depois, 17 St.Annes Court, local do Trident Studios, onde gravaram Hey Jude e outras 5 canções, aproveitando-se da aparelhagem de som, mais moderna que a de Abbey Road. 

Depois, um ponto que absolutamente nunca havia ouvido falar sobre: um banheiro público em Broadwick Street (ao lado) onde John fez uma aparição num pequeno sketch cômico com Dudley Moore, em 1966. Aproveitei para esvaziar a bexiga, desta vez com o tempero especial de que, com certeza, John também fez xixi ali, que honra!!!

Seguindo as instruções, passei por Carnaby Street, onde os artistas (Beatles, The Who, Stones, Hendrix) faziam suas compras da moda, o local era o centro da Swinging London. 


Depois, 8 Argyll Street, local do London Palladium, teatro importante por marcar o início do termo Beatlemania, quando a imprensa percebeu a histeria dos fãs, após um show em outubro de 1963. Depois, alguns pontos de menor interesse, até que Richard orienta: ... vire à esquerda, em Picadilly Circus, pare em frente à Tower Records, olhe na direção da estátua de Eros e perceba ao fundo o sinal do “Prince of Whales Theatre”! Não parece instrução de mapa do tesouro? Achei muito legal, o estilo. Na certa, ele achou que não valia à pena atravessar o conturbado Circus somente para ver o teatro, onde os Beatles fizeram uma apresentação histórica, em noite de gala, novembro de 1963, em que estavam presentes a mãe e a irmã da rainha, na qual John fez aquele famoso apelo: “For the next number I would like to ask for your help. Will those in the cheaper seats clap your hands? The rest of you just rattle your jewelry!” E atacou de Twist and Shout, inesquecível! 


JOHN ENCONTROU YOKO AQUI!
Depois, London Pavillion, onde aconteceram as premières dos filmes beatle! E Jermyn Street, onde John&Paul dos Beatles encontraram Mick&Keith dos Stones e lhes entregaram o primeiro sucesso: “I Wanna be Your Man”. Depois, mais alguns pontos sem interesse, até chegar a Masons Yard, ao qual se chega por uma passagem quase secreta, onde, no número 6 havia um pub, The Scotch of St. James onde havia uma mesa permanentemente reservada para os Beatles (ao lado), com plaquinha e tudo e, no número 9, a antiga Indica Arts Gallery (hoje os nomes são outros). Nesta galeria a artista japonesa Yoko Ono fazia uma vernissage de sua obra em novembro de 1966 e John foi fazer uma visita especial, no dia 9, levado pelo proprietário da galeria. Foi deveras emocionante ver o local onde começou o fim dos Beatles. 
Os Beatles 'começaram' a existir aqui

Paradoxalmente, minha última parada neste estafante dia foi justamente para conhecer um ponto fundamental para o início da carreira dos Beatles: 363 Oxford Street, antigo endereço da HMV shop (de discos), o local onde Brian Epstein conheceu Syd Coleman, que o apresentou a George Martin em fevereiro de 1962 e o resto é história. Apesar de a HMV ter deixado o endereço, conseguiu registrar para sempre o fato, com uma placa azul, que explica o ocorrido, em frente à qual, tirei a última foto antes de acabar a bateria da câmera. 

Voltei para o hotel para descarregar livro e papelada e partir para o último London Walk, o Old Chelsea Pub Walk. O que me atraiu no passeio não foi a possibilidade de visitar Pubs, mas alguns endereços que me atraíram. O local de encontro era a Sloane Square station, a cerca de 300 metros do hotel. Lá estava Mary, a guia, que, paradoxalmente, não bebe, porem é excelente guia, tem bom humor e sabe contar as histórias necessárias. Chelsea é o 4° local mais caro da cidade, atrás de Mayfair, Belgrave e Knightsbridge. Dá pra ver pelos prédios e ruas, muito bem cuidados. Foi neste passeio que soube sobre o significado dos Mews. Em frente a Royal Avenue, ela disse que, provavelmente ali morou o personagem James Bond. Andamos bastante, paramos em dois Pubs, para mim uma perda de tempo, porém bebi um Pint de cerveja quente ... , por aqui eles bebem a cerveja na temperatura do ambiente, ainda bem que não é o calor daí. Como não tinha bateria na máquina, fiquei sem cobertura fotográfica do passeio, mas coloco aqui a foto de um outro famoso pub, porque eu adoro o nome, traduzindo, 'O Pub dos Enforcados, Afogados e Esquartejados'. Genial!! 

Quando chegamos a Cheyne Walk, à beira do Thames, ela mostrou a casa onde morou Keith Richards, o guitarista dos Rolling Stones, segundo Mary, um Pharmaceutic Specialist (HeHeHe). Um pouco mais adiante, próximo à ponte de Chelsea, vimos a casa de outro Stone, (e stoned) Mick Jagger e, vizinha à dele, de nossa querida Julie Andrews (um casal que não combina nada!), o que me deixou com mais vontade de assistir ao musical Mary Poppins, sonho que, neste momento, final de quarta-feira, 13, já realizei. Quando chegamos ao terceiro pub, apenas poucos ficaram e caminhei de volta ao Hotel.


Próximos Capítulos


Capítulo 13: CeL - East End - A Broadway Londrina
Capítulo 14CeL - Farewell Dinner da Turma do Mini MBA
Capítulo 15: CeL - Australian Pink Floyd
Capítulo 16: CeL - Do Vinho para a Água
Capítulo 17: CeL - This is Africa

7 comentários:

  1. Certamente emocionante e gratificante para um beatlemaníaco raiz. Parabéns Homerix!

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  2. Puxa, você me bateu. Viu mais coisas que eu. Mas eu mereço um prêmio. Era o ano de 1970. Nada de guia sobre Beatles ainda. Ninguém parecia se interessar. Eu sozinha querendo descobrir lugares Beatles para ver. Um tempo sem internet e portanto com pucas pubicações sobre eles. Por sorte estudava em PIccadilly e apenas andando por ali eu encontrava os pontos que queria. Como quando por acaso vi o cinema e reconheci a fachada. Estavam passando um filme com Mick Jagger chamado Ned Kelly. Eu fui ver o filme. Queria ver tudo por dentro. Também por achei o Palladium meio por acaso enquanto andava por ali fazendo compras. E fui ver um pela no Prince of Wales...Por sorte um musical com músicas de David/Bacharah chamado Promises Promises. Achei a Apple por acaso também. Eu estava perambulando pelo Soho e acabei chegando lá que é bem pertinho. Levei um susto ao ver a bandeira com o desenho de uma maçã. Tinha essa bandeira, juro que tinha. A parir daí tinha de chegar até lá todos os dias. Como você sabe acabei achando a porta aberta e entrei.
    Mas nunca tive a chance de urinar no mesmo lugar que John. Prêmio para você. rs rs rs
    E nem conheci os pubs! Nem sabia que havia um pub que frequentavam...
    Passei na porta ( diversas vezes ) do Marquee Club. Diziam que Paul tinha cadeira cativa lá.
    Para quem saía sozinha em busca de pontos Beatles me saí até bem. Pois achei a Abbey Road! E Cavendish, a casa de Paul! E os estudios da BBC. Fiz dois programa bem Beatles no Serviço Brasileiro da BBC, A Bushhouse, que não sei se os Beatles visitaram. Mas pode ser porque ali também ficava o Seviço Mundial a BBC.
    Costumo dizer que um anjo amigo andava comigo e me levava aos lugares ligados a eles. E ainda fiquei hospedada em Kilburn pertíssimo de Saint John's Wood. Eu era vizinha de Paul! rs rs rs
    Correção. Não éramos histéricas. Sempre falam no histerismo das fâs...Aquilo era pura alegria. Histerismo é uma doença! Uma vez Paul se lembrou que tantos gritam quando os times de football fazem um gol. Gritam? Eles berram, pulam, batem em quem estiver perto....o escandalo impressiona. E ninguém chama os torcedores de histéricos. A vontade de gritar que sentíamos era por algo tão mais bacana que um jogo de futebol!

    Obrigada pelas fotos. As placas azuis...que maravilha. Como temos o que aprender com os ingleses em matéria de preservação da memória. Eu não sabia do lugar onde Brian se encontrou com Syd Coleman.

    Eu podia jurar que o encontro que fez com que John e Paul passassem I wanna be your man para os Stones tinha sido diferente. Mas eu já li essa historia em diversas versões. A que vi mais vezes foi assim. O lugar foi mesmo o Soho. Mas a rua seria Denmark Street. John e Paul se encontraram com Andrew Oldham, o empresário dos Rolling Stones e que era amigo deles. Oldham tinha trabalhado com ....Acho melhor escrever o restante em outro box.

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  3. Continuação. Oldham saiu do trabalho com Epstein e buscava um conjunto de rock para empresariar. Isso antes do tal encontro na rua. Os Beatles conheceram os meninos das pedras e gostaram tanto deles que falaram para Oldham que eles não tinham empresário. Assim eu soube...Se for verdade os Beatles de fato são responsáveis pelos Rolling Stones no mundo. Pelo sucesso deles. E George ainda teria sugerido que fossem buscar a DECCA pois não cometeriam o mesmo erro duas vezes.
    Pòis lá vem John e Paul pela Denamark Street e dão de cara com Oldham que lamenta informar o fracasso do primeiro single deles. Oh Carol, de Chuck Berry. Será que eles não teriam uma música sobrando para seus meninos? E foi quando se lembraram que tinham uma música começada e que só seria lançada no proximo disco. Eles poderiam lancar como singe, mas tinham de terminá-la. Oldham disse que os Rolling Stones estavam ali no estúdio pertinho e foram todos para lá. Em poucos minutos completaram a musica, que é mesmko muito simples. E pronto. Primeiro sucesso dos Rolling Stones. Mick ficou de queixo caído ao ver a rapidez que compuseram. E teria sido então que tomou a decisão de fazer parceria com Keith para compor sua próprias músicas. Algo assim: " Se eles conseguem nós também vamos conseguir". E de fato conseguiram. Sem dúvida alguma: The Beatles lançaram The Rolling Stones.

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  4. Indica Arts Gallery. O importante dessa galeria nada tem a ver com uma pessoa que fez exposição lá com, segundo o que fiquei sabendo, várias peças furtadas de alunos de uma escola de arte. Nâo tenho como garantir isso. E confesso que soa fake. Por que então os alunos não a processaram?
    Enfim, a importancia do local é outra. Foi criada pela turma do castelho dos Asher. John Dunbar, ( que ali já tinha uma livraria), Gary Miles ( que fez a biografia de Paul e de vários poetas da Beat Generation) e Peter Asher. E...Paul McCartney! Ele, embora não tenha investido na galeria, ele participou em tempo integral do projeto, ajudou ( junto com Jane) na decoração e ainda fez o desenho para o convite da abertura da galeria. Viu tudo sendo montado. Isso sim coloca o local como de suprema importancia na HIstória dos Beatles. A parte trágica eu prefiro não mencionar. rs rs rs. Embora reconheça que faça para da história também. Mas mencinoar apenas a parte trágica......Fica faltando o melhor! O coração de Paul ali naquela galeria desde quando foi sonhada no primeiro dia.

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  5. Mas eu sabia que haveria problemas na digitação. Com pressa. Escrevi na doida sem corrigir. Fui ver um pela é...fui ver uma peça. rs rs rs. Puca é pouca. Serviço Mundial da BBC. Saiu Serviço Mundial a BBC.
    Na hora que enviei eu pensei: 'deve estar cheio de erros." E está mesmo.

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