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terça-feira, 15 de outubro de 2019

CeL - Transporte em Londres


Intro 2
Transporte em Lobdres

Este é mais um aperitivo do Projeto 

Outro Aperitivo

Intro 1:  A terra do rock

Ainda antes de começar a descrição de minha peregrinação londrina, faço uma pequena ode a um fator crítico de sucesso para o projeto: o transporte público da cidade!  Computo Londres como um dos mais perfeitos esquemas de transporte público do mundo. 

A começar pelos charmosíssimos ônibus de dois andares. Quer dizer, agora não tão charmosos assim! Pouco a pouco, os charmosos ônibus vermelhos, de dois andares, com o modelo que vinha sendo mantido desde a década de 1940 estão sendo substituídos por modernos modelos, ainda vermelhos e de 2 andares, porém sem um centésimo do charme que aquelas viaturas carregavam. Uma pena! Outra coisa lamentável: os ônibus novos têm porta! Os antigos eram abertos, a gente subia numa plataforma, se agarrava em um corrimão e escolhia o lugar de sentar. Quer mais uma coisa lamentável? Não tem mais cobrador, aquele simpático senhor que carregava uma maquininha pendurada no pescoço. Ele andava pelos corredores, aparecia na frente do passageiro cobrava a tarifa, rodava uma pequena manivela da maquininha e produzia o bilhete. Quer coisa mais charmosa que isso? Agora, os passageiros compram o bilhete em frias máquinas instaladas nos pontos de ônibus. Tenha dó! A passagem está custando 1,2 pounds (quase 7 reais) e dá direito a andar por uma hora, podendo mudar de linha quantas vezes for necessário para chegar a seu destino. 

Mas o que importa é que o sistema é interligado à perfeição com o sistema do metrô, o mai antigo do mundo, completou um sesquicentenário em 2013. Perdão, esqueci que só os mais velhos, e que já tinham certa idade em 1972, sabem o significado do termo, pois naquele ano, a Independência do Brasil completou 150 anos!!

Londres praticamente "inventou" o bilhete único. Você tem que passar o bilhete na saída do metrô pois ele é válido para você fazer uma integração com o ônibus, desde que permaneça na Zona para a qual você comprou o bilhete. A cidade é dividida em Zonas (1 a 6), e se você pagou o suficiente para trafegar na Zona 1, a máquina não vai deixar você sair numa Zona 2, ou mais distante.   

E existem alguns bilhetes com ganho de escala, em preço: há os que são válidos para todo o dia, o Day Travel Card, e outros para a semana, o Week Travel Card, excelente para turismo, além do mensal, para os moradores. Que infelizmente, não pude usar pois nunca fiquei tanto tempo naquela maravilhosa cidade. 

Interessante que você pode ver a idade das linhas, pelos vagões. As mais antigas , com design de, sei lá,  50 anos, são as mais próximas à superfície. As novíssimas estão a 3 até 4 lances de escada rolante rumo ao centro da Terra, e aí você pode esperar vagões moderníssimos. Ah, quanto o Rio tinha que aprender!!! 

Compartilho com vocês um prazer enorme que tinha, quando estava em estações em curva, e quando o trem chegava, esperava o sistema de alto falante bradar, com uma voz gutural: Mind The Gap. É conhecido 'The most famous announcement of all time'. Note também no video, o motivo pela qual o metrô de Londres é chamado 'The Tube'!!
Quem quiser ouvir, tem um vídeo aqui.

E, claro, tudo pontualmente britânico!! Nos pontos de ônibus tem o 'schedule' de horários, e você pode confiar... Que coisa boa!!!

Outra coisa, não achei nos ônibus modernos aquele alerta fundamental para os viajantes: 
Remember, you are in London! 

We drive on the left! 

When you cross the street, 

look right, look left, look everywhere! 

São poucos os lugares onde ainda se vê o alerta.


Outros capítulos do projeto

Um comentário:

  1. Quer dizer que estão modernizando tudo...Concordo que fica sem aquele charme especial. Mudaram 'minha' linha toda. Bakerloo Line agora é diferente demais. Fui no tempo certo porque foi super fácil achar Abbey Raod. Eu estava em Kilburn. Seguia para Piccadilly todos os dias. Logo no primeiro dia tive aquela supresa: Saint John's Wood era a terceira estação depois de Kilburn. Ou quarta? Acho que era a terceira. Enfim descobri logo de cara para onde tinha de ir para achar o estúdio e a casa de Paul. No segundo dia, de volta da escola, eu desci em Saint John's Wood e rapidinho achei o que queria. Hoje a bakerloo Line não passa mais em Saint John's Wood. Se tivesse ido depois da mudança não teria achado meus dois queridos pontos turísticos com tanta facilidade.

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