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domingo, 31 de janeiro de 2021

Gal 75 = Felipe + 10

Está concluído o primeiro disco produzido pelo meu filho Felipe!

Histórico:  Marcus Preto, produtor da Gal Costa, conhecedor do trabalho do Felipe, teve a ideia de fazer uma releitura de músicas que ela lançou ao longo da carreira com arranjos orquestrais do Felipe, para a celebração dos 75 anos da cantora.

É o Projeto GAL 75!

Os convidados, todos cantores, trariam seu instrumento de preferência, normalmente violão ou piano (ou nada), e Felipe entraria com violinos e violas e violoncelos e os arranjos.  

São duetos com Seu Jorge, Rodrigo Amarante, Zeca Veloso, Silva, Criolo, Zé Ibarra, Rubel, Tim Bernardes, o uruguaio Jorge Drexler,  o português Antônio Zambujo.

São canções de Caetano Veloso, Luiz Melodia, Milton Nascimento, Dorival Caymmi, Tom Jobim e Chico Buarque.

Dado esse papel primordial do Felipe, Preto convidou-o para produzir o disco. Então, verão nos créditos o Felipe como Co-Produtor, assim como Marcus Preto!

Num contexto de pandemia, e tecnologia, as gravações foram feitas de seis localidades diferentes, Rio de Janeiro, São Paulo, Lisboa, Madri, Los Angeles e Vitória. A Gal não se encontrou nem com o Felipe, nem com nenhum dos 10 convidados!

Foi magnífico acompanhar aqui no quarto ao lado a evolução dos arranjos.

As 10 canções já foram lançadas, aos pares, ao longo de 3 meses. Forneço aqui abaixo links para elas e suas fichas técnicas, e algumas palavras de Felipe!!

Com certeza para figurar ente os melhores discos do ano!i 

Está em todas as plataformas de streaming

Se tem Spotifyaqui está uma playlist para você… Gal 75 de Gal Costa

https://link.tospotify.com/kBbFDaipNbb

Se não tem, convido a viajar comigo!

1. Gal Costa + Rodrigo Amarante

cantando 'Avarandado' de Caetano Veloso

Neste LINK 

2. Gal Costa + Zeca Veloso

Cantando 'Nenhuma Dor' de Caetano Veloso

Neste LINK   


3. Gal Costa + Seu Jorge

cantando 'Juventude Transviada' de Luiz Melodia

Neste LINK 

 

4. Gal Costa + Zé Ibarra

Cantando 'Meu Bem Meu Mal' de Caetano Veloso

Neste LINK  


5. Gal Costa + Jorge Drexler

Cantando 'Negro Amor' de Bob Dylan (versão de Caetano Veloso)

Neste LINK 

 

 6. Gal Costa + Rubel

Cantando 'Coração Vagabundo' de Caetano Veloso

Neste LINK   



7. Gal Costa + Tim Bernardes

Cantando 'Baby' de Caetano Veloso

Neste LINK 

 

 8. Gal Costa + Criolo

Cantando 'Paula e Bebeto' de Milton Nascimento e Caetano Veloso

Neste LINK 


9. Gal Costa + Silva

Cantando 'Só Louco' de Dorival Caymmi

Neste LINK 

 

 10. Gal Costa + Antonio Zambujo

Cantando 'Pois É' de Tom Jobim e Chico Buarque

Neste LINK 

Gal 75 - Pois É - Antonio Zambujo (e Felipe)

O Projeto celebra os 75 anos de Gal Costa  

São 10 Sucessos da cantora

Revisitados por ela, em dueto com 10 convidados

Com produção de Felipe Ventura e Marcos Preto

Com violino, violas e arranjos de cordas de Felipe Ventura


ESTA FAIXA: POIS É

Convidado: Antonio Zambujo

Compositor: Tom Jobim e Chico Buarque


Ouça no SpotifyGAL75 

ou procure GAL75 na sua plataforma de preferência!

Caso não tenha, forneço aqui o vídeo no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=uKQyMv2ZVdo




Produzida por Felipe Pacheco Ventura e Marcus Preto

António Zambujo -Voz

Felipe Pacheco Ventura –Violinos, Violas, Arranjos

Marcus Ribeiro -Cello


sábado, 30 de janeiro de 2021

Gal75 - Só Louco - Silva (e Felipe)

 O Projeto celebra os 75 anos de Gal Costa  

São 10 Sucessos da cantora

Revisitados por ela, em dueto com 10 convidados

Com produção de Felipe Ventura e Marcos Preto

Com violino, violas e arranjos de cordas de Felipe Ventura


ESTA FAIXA: SÓ LOUCO

Convidado: Silva

Compositor: Dorival Caymmi


Ouça no SpotifyGAL75 

ou procure GAL75 na sua plataforma de preferência!

Caso não tenha, forneço aqui o vídeo no YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=8A_Xxj8DBKU





Produzida por Felipe Pacheco Ventura, Marcus Preto e Silva

Silva –Voz

Felipe Pacheco Ventura –Violão, Violinos, Violas, Baixo, Samples, Arranjos

Marcus Ribeiro –Cellos

Gabriel Vaz –Bateria, Percussão

Uma inspiração?

A descrição de um certo governante romano do começo dos tempos.

Uma aula de Latim!

Qualquer semelhança é mera coincidência...


"E porque nascera de gente pobre (proletarii), odiava a gente pobre, para que não o confundissem com seu passado;

E porque fora repudiado pela gente remediada (plebei), odiava a gente remediada e punia-a com pesados impostos (gravibus tributa) e perda de direitos (detrimentum iurim);

E porque fora ridicularizado pela gente rica (patricii), adulava a gente rica, porque queria ser como eles.

E porque, soldado medíocre (miles mediocriter), fora desligado das legiões militares (legionibus militum), odiava os militares e tudo fazia para humilhá-los em público;

E porque, despido de inteligência (ingenio exuti), fora desmerecido pelos companheiros (comitibus), odiava as ciências, as matemáticas, as letras, as artes, a filosofia;

E porque, filho de estrangeiro (peregrino filius), fora tratado com desdém (in fastu negas), odiava os estrangeiros, sobretudo os africanos (Africani) e os nativos (nativus).

E porque, mau amante (malum amans), fora repelido pelas mulheres, odiava as mulheres e incentivava a crueldade contra elas; E porque, inseguro de sua virilidade (virilitatem), odiava e perseguia todos aqueles que praticavam amores não convencionais (amet ligula);

E porque, inseguro de sua virilidade (virilitatem), odiava e perseguia todos aqueles que praticavam amores não convencionais (amet ligula);... –

E porque, possuído de espírito bélico (spiritus bellum), lançou suas milícias (militias) contra o povo;

E porque, sacrificando a todos os deuses (sacrifice omnibus diis), menosprezava cada um deles;

E, porque odiasse o gênero humano (homines), nos legou a tirania (tyrannide), a violência (violentiam), a peste (pestis), a guerra (bellum);

E porque, pretendendo desprezar a morte, desprezava na verdade a vida. Ó, deuses, lançai línguas de fogo (lingua ignis) sobre o Inominável (Innominabile) e seus seguidores (sectatores) para dizimar todos aqueles que,

ressentidos, pregam o ódio;

arrogantes, exaltam a ignorância;

estúpidos, vangloriam a força física;...

Pois nada mais grave que a ignorância arrogante de um estúpido que, ressentido, prega o ódio entre seus semelhantes...

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Dossiê Pattie Boyd, em 25 verbetes

Ontem, publiquei uma análise de canção de George Harrison,

Que convido a ler neste LINK,

Onde tinha a foto de Pattie Boyd.

Divulgo minhas análises entre amigos

E em grupos de Beatlemaníacos, 

No Facebook e no WhatsApp.

Aos nem tão Beatlemaníacos assim,

Eu sou mais didático e conto causos,

E assim foi que saiu este Dossiê Pattie Boyd,

A primeira mulher de George.

E fui soltando gotas de informação

À minha professora de português do Científico.

Maria Helena é o nome dela, hoje minha aprendiz!

E saiu este Dossiê, em 25 verbetes!

Chamei 'Dossiê' por sugestão de um Beatlemaníaco

Seu nome é Évio, obrigado!

Venha conhecer Pattie Boyd, aka Harrison, aka Clapton! 

1. [08:36] Homerix: Bom dia

2. [08:36] Homerix: A mulher de George era bonita, né?

3. [08:36] Homerix: Ficaram casados 11 anos!

4. [08:37] Homerix: Mas George, mesmo com aquela cara de santo....

5. [08:44] Homerix: várias vezes pulou a cerca ...

6. [08:44] Homerix: Uma delas, com a mulher ..... do Ringo!!!

7. [08:44] Homerix: Foi Pattie quem
pegou!

8. [08:44] Homerix: Ringo ficou arrasado, mas disse:

9. [08:45] Homerix: "Ao menos foi com você..." ´para o George.

10. [08:45] Homerix: E tinha um outro famoso apaixonado por ela ..

11. [08:46] Homerix: O maior guitarrista do planeta ... Eric Clapton ...

12. [08:46] Homerix: Que até fez uma canção pra ela .... chamada "Layla"

13. [08:46] Homerix: Pattie se casou com ele ...

14. [08:52] Homerix: George disse a Eric: "Ao menos foi com você..."

15. [08:52] Homerix: Mas Eric também não era fácil

16. [08:52] Homerix: Ácool, heroína e puladas de cerca ...

17. [08:52] Homerix: Uma delas que lhe deu o filho Connor....

18. [08:53] Homerix: que morreu aos 4 anos... ao cair de um 57° andar...

19. [08:53] Homerix: Para quem ele fez a canção “Tears In Heaven”...

20. [08:53] Homerix: Pattie e Eric se separaram em 89....

21. [08:54] Homerix: Pattie foi ao longo dos casamentos, exemplar!

22. [08:54] Homerix: E modelo internacional, nível Twiggy,

23. [08:54] Homerix: E depois, fotógrafa de sucesso.

24. [08:54] Homerix: Não teve filhos

25. [08:55] Homerix: Está hoje com 76 anos ...

[08:55, 29/01/2021] Homerix: Ufa...






       

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Revolver, em 4 Capítulos

    Capítulo 42, em capítulos

Esta é minha saga  

O Universo das Canções dos Beatles

Todos os Capítulos têm acesso neste LINK 

Este capítulo fala sobre Revolver, o 7° LP dos Beatles

Aqui neste LINK, o cenário de sua criação 

Aqui neste LINK, os assuntos tratados nas letras das canções

Aqui neste LINK, as análises das 14 canções

Aqui, neste LINK, a recepção e o legado da obra-prima



Próxima revolução: 
Sgt Pepper's Lonely Hearts Club Band

Revolver, Recepção e Legado

   Capítulo 42

Esta é minha saga  

O Universo das Canções dos Beatles

Todos os Capítulos têm acesso neste LINK 

Este capítulo fala sobre Revolver, o 7° LP dos Beatles

Aqui neste LINK, o cenário sua criação 

Aqui neste LINK, os assuntos tratados nas letras das canções

Aqui neste LINK, as análises das 14 canções

Agora, sua recepção e legado

O Nome

Uma vez terminadas as gravações, os Beatles partiram para uma excursão a Alemanha, Japão e Filipinas, que não foi isenta de incidentes, conforme descrito no cenário. 
Várias foram as alternativas. Abracadabra era o preferido, porque foi mágica o que fizeram em estúdio, porém outra banda lançou LP com o mesmo nome. Four Sides on a Circle, Pendulum e Beatles on Safari foram considerados, mas o mais divertido foi sugerido por Ringo, After Geography, em contraposição a Aftermath, dos Rolling Stones, lançado meses antes.
Revolver foi considerado por lembrar o movimento do disco na vitrola mas, pra mim, refere-se mais à Revolução que foi o que aconteceu na música. Decidiram-se por ele no Japão e informaram à EMI por telegrama, coisas da época!

 A Capa

É um desenho vanguardista dos quatro Beatles, com Paul de perfil, Ringo olhando pra cima, John de soslaio e apenas George de frente, com suas cabeleiras entremeando colagens de fotos tiradas ao longo dos últimos anos por Robert Freeman, que fora responsável pelas capas de quatros discos anteriores. O artista foi Klaus Voorman, alemão amigo dos Beatles desde os tempos de Hamburgo, também excelente baixista, que participou de gravações da carreira solo dos amigos. 

O Lançamento
Em UK, Revolver foi lançado em 5 de agosto de 1966, e seria o único ano da carreira dos Beatles em que lançariam apenas um LP. Três dias depois, seria lançado nos US, porém sem 3 canções de Lennon, aquela política doida da Capitol Records de desmembrar o catálogo original a seu bel prazer, o que os Beatles detestavam. Em compensação, os americanos foram privilegiados por receberem essas 3 canções (Dr. Robert, I'm Only Sleeping, And Your Bird Can Sing) antes dos ingleses, no LP The Beatles Yesterday and Today, lançado em junho, juntamente com canções que haviam ficado de fora dos lançamentos americanos de HELP! e Rubber Soul, e mais Day Tripper e We Can Work It Out, uma verdadeira salada! Bem temperada, mas uma salada!
A confusão era tanta que Revolver, que era o  álbum dos Beatles no catálogo original, era o 12° nos Estados Unidos. E a capa original do extemporâneo lançamento certamente não ajudou no cenário de relações públicas em que os Beatles se meteram naquela época. Ela ficou conhecida como The Butcher Cover, veja por quê, ao lado, e toda a vendagem foi recolhida em seguida e trocada pela imagem mais comportada (menor), ficando a original um item de colecionador dos mais cobiçados!

A Recepção
Da crítica? Unânime! "Revolucionário!" O melhor álbum dos Beatles!" até então e assim é até hoje, inclusive rivalizando com Sgt. Pepper's como o melhor de toda a carreira. Eram muitas as revoluções por minuto que o álbum trouxe, letras mais profundas, inúmeros estilos musicais, instrumentos incomuns num lançamento pop (tabla, tambura, trompa, naipe de metais, octeto de cordas, além de todos os sons de Yellow Submarine), técnicas de estúdio (ADT, varyspeed, tape loops, reversão, microfonagem próxima, compressão de som, Leslie speaker em voz e bateria), tudo isso foi notado e muito bem recebido, e muito bem copiado por outras bandas e outros estúdios.
De público? Não 100%!! Quer dizer, não que o álbum não tenha atingido os píncaros das paradas em todo o mundo, porque chegou lá e ficou por muito tempo. Ocorre é que nos Estados Unidos, além da cara feia com que a capa de Yesterday and Today foi recebida, aquela entrevista de John ao Evening Standard lá de março, em que John disse que os Beatles eram mais populares que Jesus foi apresentada em uma revista americana bem na época do lançamento. As rádios do meio-oeste conservador fizeram boicote, e houve cidades em que foram promovidas queimas em praça pública de discos dos Beatles. O clima ficou tenso na excursão americana que empreenderam logo após o lançamento. John teve que se retratar, eles foram algo como perdoados mas tiveram redução de público nos locais de show. Ringo, como sempre bem  humorado acabou levando para o lado prático: "Queimaram os discos? Melhor, porque vão comprar tudo novamente quando passar!" E foi verdade!
O fato é que aquele clima, que os fizeram temer por sua integridade física, mais os acontecimentos de Japão e Filipinas, mais a péssima qualidade de som nos estádios em que se apresentavam, acabaram por precipitar uma importante decisão. No voo de volta de San Francisco, após o último show da excursão, em Candlestick Park, em 26 de agosto de 1966, foi George quem propôs: "No more tours!" E os outros concordaram!
Era o fim de uma era!
E o começo de outra!
Sgt. Pepper's vinha aí!



domingo, 24 de janeiro de 2021

Tomorrow Never Knows, Ringo disse

Esta canção fecha o álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 5 canções sobre Drogas, na Classe Viagem

as demais 4 canções do mesmo Assunto e Classe, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas

14. Tomorrow Never Knows  (Trip Acid Song by John Lennon)

John viaja: 'Desligue sua mente, relaxe e flutue correnteza abaixo, isso não é morrer, isso não é morrer. Renuncie a todos os pensamentos, renda-se ao vazio, isso é brilhar, isso é brilhar. Ainda você pode ver o significado de dentro, isso é ser, isto é ser'
John tirou inspiração do Livro Tibetano dos Mortos, na visão de Timothy Leary, o guru dos anos 60, defensor das propriedades terapêuticas do LSD. Pronto! Nem preciso mais justificar minha classificação, né! O nome da canção foi por muito tempo Mark 1, depois The Void (que John não queria, porque atrelava ao estado da mente de um viajante do LSD - O Vazio), e acabou num malapropismo de Ringo, mais uma vez (remember A Hard Day's Night), que disse essa frase aparentemente sem sentido, que John adorou e adotou, mesmo não aparecendo na letra, coisa que aconteceu apenas em outras 6 canções na carreira (A Day In The Life, The Ballad of John & Yoko, Revolution 9, dele, e Love You To, The Inner Light e For You Blue, de George, Paul nunca se utilizou da prática).  Estruturalmente, é uma sucessão de oito versos (sem ponte, sem refrão) diferentes, sendo um deles ocupado por um "solo"... mais abaixo explico as aspas... Rimas? Nenhuma! Mesmo os verbos em gerúndio, terminando em "ing" podem ser assim considerados. Aliás, com essa viagem, quem se importa com rimas? Renda-se ao vazio, desligue sua mente, renuncie à ignorância e ao ódio, amor é tudo, jogue o jogo da existência até o fim, do começo, do começo.

Musicalmente, a canção é uma verdadeira revolução.... apesar de ser apenas um acorde, um MI Maior. Ela abriu os trabalhos de estúdio para o álbum Revolver, em abril de 1966, com os Beatles já dedicando bem mais tempo ao estúdio, ainda iriam excursionar, mas não teriam mais nenhum filme para tomar seu tempo. Então, começou a experimentação. Coincidiu com a promoção do Engenheiro de Som Geoff Emmerick a Produtor, e o álbum foi seu primeiro trabalho nesse papel. Ao mesmo tempo que tinha boas idéias, ele materializava os desejos dos rapazes. Por exemplo, John queria soar como um monge tibetano no alto de uma montanha, sugeriu até que colocassem-no pendurado de cabeça para baixo enquanto girava em torno do microfone, gravando (!!!). Emmerick arrumou uma solução menos radical, passando a voz de John por um alto-falante Leslie, uma geringonça enorme usada para órgãos, que teve um efeito espetacular na voz de John e na excepcional bateria de Ringo, ambos foram gravados no Leslie! Dá pra notar o efeito. 
E a revolução passava por invenções! John estava cansado de gravar sua voz por cima de sua voz (pra deixar o som mais cheio, dá pra notar, por causa de pequenos desvios em canções anteriores), Emmerick encomendou a Ken Thousend, um colega engenheiro da casa, e ele apareceu com uma engenhoca eletrônica a que deram o nome ADT - Authomatic Double Tracking, que produz o efeito sem falhas. O ADT foi usado até o fim da carreira dos Beatles e 'exportado' para outros estúdios. Finalmente, a bateria de Ringo precisava ficar de acordo com o peso da canção, e Emmerick autorizou um microfone grudado na bateria, prática que era proibida, Ringo adorou, enfim, uma penca de novidades. Afora isso, foi a primeira vez em que tiveram a ideia de gravar a guitarra de George invertida, coisa que apareceu ao mundo em Rain, gravada depois, porém lançada em compacto antes do LP. Outra inovação foi o uso e abuso de tape loops: os quatro Beatles produziram sons em suas casas, e trouxeram no dia seguinte e que se materializaram na versão final. Parte dessa salada de sons foi utilizada no "solo", agora dá pra entender as aspas!! Pra completar, George trouxe um tambura, instrumento indiano que produz um zunido tipo zangão, e que abre a canção. Foi uma festa! E estavam todos animados com as experimentações!
A canção é considerada um marco na tecnologia de gravação! Geoff Emmerick ganhou um Grammy de Produção pelo álbum Revover, aos 21 anos de idade, ele era mais jovem que os Beatles!
 

Got to Get You Into My Life, Lady Pot

 Esta canção é a 6ª do Lado B do álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 4 canções sobre Drogas, na Classe História

as demais 3 canções do mesmo Assunto e Classe, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas

13. Got to Get You Into My Life  (Story Acid Song by Paul McCartney)

Paul conta: 'Você não fugiu, você não mentiu, você sabia que eu só queria te abraçar. E caso tivesse ido embora, você saberia a tempo, nós nos encontraríamos de novo, pois eu lhe disse: Oh, você foi feita para estar junto de mim, Oh, e eu quero que você me ouça dizer que estaremos juntos todos os dias. Preciso ter você em minha vida.'
Perceberam a declaração de amor eterno? Quem seria a felizarda a quem era dedicada essa canção, uma verdadeira Love Song? Jane Asher, sua namorada? Bem, não foi bem assim. Muitos anos depois, Paul contou a verdade: era a maconha 'marvada', chamada de 'Pot' na boca pequena!!! Pois é, vamos voltar ao encontro com Bob Dylan que, aliás, pensava que eles já estavam na onda, porque na canção I Wanna Hold Your Hand, eles berravam 'I get high, I get high, I get hiiiiigh'  hehe, na verdade, era 'I can't hide, I can't hide, I can't hiiiide'. Todos ficaram chapados, mas foi Paul quem descobriu o 'segredo do universo'. No meio da 'viagem', ele chamou Mal Evans, o roadie que sempre estava com eles, e pediu 'Tive uma revelação. Anota aí, Mal, pra eu não me esquecer: Existem 7 níveis!' Paul achou engraçado quando Mal lhe entregou o papel no dia seguinte, e não fez nada com a descoberta, mas, brincadeiras à parte, o fato é ela realmente se tornou companheira dele, tanto, tanto, que as ÚNICAS noites de sua vida de casado em que não passou com Linda foram no Japão, quando ele foi PRESO ao chegar no aeroporto, por porte de maconha. Letra enganosa e extensa, com três versos extensos, com 7 linhas cada um, sendo as 3 últimas com melodias diferentes das 4 primeiras,  e cada um com letra diferente dos demais. Em termos de rimas, note no 1° verso a interessante ocorrência de rimas pobres (paupérrimas, aliás), com palavras iguais "there", mas com precedentes ricas ("mind" com "find"), o que torna o conjunto rico!  No 2° verso, ocorre coisa similar, "hold you" com "told you", porém como as duas precedentes são verbos, a riqueza do conjunto vai pro espaço, mas no 3° verso, tudo volta ao normal, "stay there" com "way there", todas as ocorrências nos segmentos maiores dos versos, onde também a riqueza se estabelece nas rimas "ride" com "I" e "lie" com "time" e . Há outros conjuntos nos segmentos menores de cada verso,  a saber, "see you" com "need you", pobre, depois "near me" com "hear me", rico, e depois repetindo o primeiro no verso final. Saldo mais que positivo!! 
Na história de gravação da canção, aqui inverteu-se, pois em Revolver, 'as primeiras serão as últimas', explicando: a 1ª canção a ser gravada, Tomorrow Never Knows, seria a última no LP final, enquanto a 2ª, exatamente esta que analisamos aqui, a penúltima faixa! E foram quatro sessões, tendo a última um distanciamento enorme das outras três, explicarei por quê. A primeira base foi apenas o violão de Paul, o chimbal do Ringo e um órgão de George Martin, abandonado ainda no primeiro dia, com a decisão de dar um ritmo soul à canção. No segundo dia, já são os quatro em seus instrumentos tradicionais, sendo que o pedal fuzz da guitarra de George aposentou a primeira ideia acústica! 
No 3° dia houve apenas um overdub de guitarra, e depois, houve a parada de 40 dias, quando o autor Paul pensou no toque definitivo, de dar uma puxada pro Motown que bombava nos Estados Unidos, decisão e execução que marcariam a faixa para sempre: a chamada de três trompetistas e dois saxofonistas. Eles chegaram, não tinha nada escrito, Paul tocou pra eles a visão que ele tinha da coisa, no piano, e algumas horas depois, saíram com o serviço pronto, cada um com 18 libras no bolso (equivalente a R$ 2000 de hoje) e o nome para sempre marcado na história deles!! Na versão final, os metais dominam totalmente, escondem as guitarras anteriormente gravadas, que aparecem apenas no final entre os dois últimos refrões. Já o baixo é proeminente, e também a bateria de Ringo, o chimbal ao longo de toda a canção e dois tambores anunciando versos e refrões.
Claro que nunca foi tocada ao vivo plos Beatles, mas Paul a ressuscitou em três de suas excursões, mas deixarei aqui um versão marcante. Quem estava por aqui na década de 1970 com idade suficiente para gostar de boa música, com certeza notou a excepcional interpretação do Earth, Wind & Fire. Conheça ou relembre neste LINK

I Want to Tell You, Girl!

Esta é a 5ª canção abre o Lado B do álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 19 canções de Paquera de Garotas

as demais 18 canções do mesmo Assunto e Classe, aqui, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas

12. I Want to Tell You   Flirt Girl Song by George Harrison)

George chaveca: "Eu poderia esperar para sempre, eu tenho tempo. Às vezes eu gostaria de poder te conhecer bem, então poderia falar abertamente e lhe contar, talvez você entenderia. Eu quero lhe contar"  
Como eu disse, Assunto: Garotas; Classe: Paquera! Se houvesse uma sub-classe, eu poderia classificar como: Paciência! Ou, Timidez! Nesta 3ª canção de George em Revolver (um marco em sua história Beatle),  ele está cheio de coisas pra falar quando  está com ela, mas as palavras parecem sumir quando ele se aproxima, as coisas começam a atrapalhar. E então, ele se resigna: "Está tudo certo! Talvez da próxima vez eu consiga!" Poor George!   Mas é apenas um personagem.... ele não parecia ser assim, tímido, na vida real, quando abordou Pattie Boyd, nas filmagens de A Hard Day's Night, por exemplo. No momento da composição, ela já era Mrs. Harrison. Bem, George podia demorar a entregar uma canção mas quando o fazia, entregava perfeição, e de acordo com o cânone Beatle: são quatro versos diferentes um do outro e também duas pontes contando uma história cada uma! Ah, sim, há uma repetição, mas é de uma frase ("I don't mind, I could wait forever, I've got time"). E as rimas, deveras ricas, vejam o 'trenzinho': "say-away-down-around-unkind-mind-my-time". 
Musicalmente, eis aqui mais uma canção-sem-John-tocar-sua-guitarra. A base é George na guitarra, Ringo na bateria e Paul no ... piano! Sim, começava um período em que Paul preferia deixar sua linha de baixo para os overdubs, onde podia se dedicar mais, e entregar uma coisa mais bojuda! E Paul era o melhor pianista da banda! Assim, foi, mas ele colocou o baixo só na sessão seguinte. Antes vieram o chocalho de Ringo, o pandeiro de John (sim, ele toca algo!) por vezes com energia dobrada, e as harmonias vocais de John e Paul, em nas segundas e quartas frases dos versos! Notáveis são o riff de entrada da guitarra de George chegando de longe, e repetido ao longo da canção, e finalizando-a, mas também o piano de Paul num acorde dissonante, na segunda metade de todos os versos ("When you're here..." e "It's all right ...." e duas vezes "I don't mind...") e no ataque numa nota só anunciando o verso seguinte ou a ponte! Brilhante! 
Claro que nada foi tocado ao vivo, felizmente George nos brindou naquele show no Japão em 1991, deixo aqui, em LINK, pra vocês. O vídeo é péssimo, note Eric Clapton em solos que não há no original. Note também o percussionista Ray Cooper ao fundo, um careca que sempre dá show! Note que a canção abre o show porque ele faz a mesura ao entrar. Não é a letra toda. Ele tinha muitas coisas a dizer para nós, ainda....

 


Dr. Robert, que café é esse?

Esta canção é a 4ª do Lado B do álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 4 canções com Histórias no tema Drogas

as demais 3 canções do mesmo Assunto e Classe, aqui, neste LINK


11. Dr. Robert (Story Acid Song by John Lennon)

John conta: 'Ele é um homem em quem pode confiar. Ele ajuda a todos que precisam, Ninguém é melhor do que Doutor Robert. Bem, bem, bem, você se sente bem. Bem, bem, bem, ele o ajudará'
Há algumas versões sobre a quem John se referia. Todas elas remetem a pessoas que os teriam introduzido no mundo das drogas. Seria um nome disfarçado para John Riley, um dentista na casa de quem John, Cynthia, George e Pattie foram, e que lhes teria oferecido café batizado com LSD. Porém, há três Robert's candidatos ao posto de inspirador, que poderiam ser a solução da equação: 1. Robert Freymann, um médico que prescrevia vitaminas e anfetaminas para o high society de New York. 2. Robert Fraser, dono de galeria que era conhecido como bom fornecedor de maconha e cocaína, ou 3. Robert Zimmerman, mais conhecido por Bob Dylan, que apresentara a maconha para eles, num evento que já comentei e
m capítulo anterior (LINK), e voltarei a falar numa próxima canção. John nunca confirmou a quem ele se referia, então sempre ficaremos no terreno das hipóteses, mas, sim confirmou que era sobre 'sentir-se melhor sob o efeito de drogas'. Coisas como "He helps you to understand" ou "If you are down he'll pick you up" ou "Take a drink from his special cup" não deixam dúvidas disso.  Paul teria contribuído com a ponte "Well, well, well, you're feeling fine". Estruturalmente são 3 versos longos, com 5 linhas cada um, e com letras diferentes (check!). Rimas ricas aos borbotões "call-all-up-cup-health-yourself-need-suceed-man-can" 
Musicalmente, a canção é simples! Todos em seus instrumentos tradicionais na base, e nos overdubs, John toca um harmonium (nas pontes), George acrescenta mais de sua guitarra, e também um chocalho, e, claro os vocais: John no lead vocal, mas com ADT (Authomatic Double Tracking), instrumento eletrônico criado por Ken Townsend usado pela primeira vez nessa canção, Paul harmonizando no agudo com John nas metades finais de cada verso ("... you're a new and better man, he helps you to understand, he does everything he can, Doctor Robert") , e George entra também nas pontes ("Well, well, well, ..."), tudo isso após extensivo treinamento com o Maestro George Martin.

For No One - Lágrimas solitárias

 Esta canção é a 4ª do Lado B do álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 8 canções sobre Saudade, na Classe Tristeza

as demais 7 canções da mesma Classe, bem como 

como as demais 14 canções sobre Saudade, aqui, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas

10. For No One    (Sadness Miss Song by Paul McCartney)

Paul lamenta"E nos olhos dela você não vê nada, nenhum sinal de amor atrás das lágrimas, solitárias, um amor que devia ter durado anos"  
Ô canção triste! Quarta linda balada de Paul, após Yesterday, em HELP e Michelle, em Rubber Soul, e Here, There and Everywhere neste mesmo Revolver! Paul analisa calmamente a falta de sinais de amor por ele na garota, ainda que ela chore lágrimas, por ninguém, claramente ela não precisa mais dele. Não parece ter sido inspirado em caso real, pois foi escrito enquanto ele e Jane Asher estavam num chalé na Suíça, de férias, enfim. Das melhores baladas da carreira de Paul, apenas piano, bateria e baixo, mas com o auxílio luxuoso de uma trompa (french horn), sobre a qual contarei em seguida!
Riquíssimas letra e estrutura, onde as rimas falam  menos que a poesia. A estrutura, 3 vezes Verso-Verso-Refrão, portanto 6 versos, um deles ocupado pelo solo de trompa, daí, 5 versos com letra, TODOS diferentes, sim mesmo o último, você pensa "ah, agora ele vai repetir,peguei ele!", porque começa com "Your day breaks, your mind aches", igual ao primeiro verso, mas não, o seguimento é diferente, em genial conclusão. O refrão "And in her eyes you see nothing, no sign of love behind the tears, cried for no one, a love that should have lasted years." é repetido, sem culpas, afinal refrões são repetíveis, ora, e este tem só uma rima e ela é pobre, "tears" com "years", mas quem se importa? Muito mais importante é o que acontece no primeiro e no segundo versos, com os jogos de palavras "linger on" com "no longer", eu acho isso nada menos que genial, e a tripla "wakes up" - "makes up" - "takes her time", no mínimo, fascinante. Bem, chega de letra! 
Em For No One, os Beatles são apenas Paul e Ringo, no sign of George or John on tune  até podia ser cantado na letra. A base é Paul no piano e Ringo num chimbal bem sutil, aqueles pratos acionados por um pedal. Nos overdubs, Ringo volta com um pandeiro, Paul coloca seu estupendo baixo, descendente enquanto a melodia cresce, e vice-versa, e ele também toca um clavicórdio trazido da casa de George Martin, porque ele queria dar um
som barroco à gravação, ao que Paul pensou em trazer uma trompa (french horn) para o mesmo efeito. A EMI contratou o melhor instrumentista da cidade (assim eram os Beatles), um certo Alan Civil, mas ele teve que suar, porque assim eram os Beatles, buscando audaciosos limites. Martin perguntou a Paul como seria a melodia da trompa, Paul solfejou, Martin colocou numa pauta, mas disse: "Paul, não vai dar, porque esse FA lá alto vai ser difícil, o máximo recomendável é um MI para uma trompa normal!" e Paul disse: "Mas é assim que eu quero!" E assim foi!  Foram 4 horas de sessão até conseguir o efeito desejado. E foram duas vezes, uma em solo, outra junto com o  último verso cantado, e ainda uma delicada nota final. Alan Civil carregou a fama de t
er tocado com os Beatles até o final de sua vida. Deixo aqui, neste LINK, um áudio com a origem desse sucesso. 

And Your Bird Can Sing

 Esta canção é a segunda do Lado B do álbum Revolver 

a história do álbum, cenário, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 9 canções em Discurso direcionado a UMA Pessoa

as demais 8 canções do mesmo Assunto e Classe, aqui, neste LINK


9. And Your Bird Can Sing (Person Speech Song by John Lennon)

John oferece "VOCÊ me diz que tem tudo o que quer, e que seu pássaro sabe cantar, mas VOCÊ não me pega!"  

Depois ele repete mais três vezes essa estrutura, com outras declarações terminando com '.. mas VOCÊ não me engana'. John nunca esclareceu o que queria dizer exatamente com a canção, mas as especulações grassaram. Nunca foi esclarecido, jamais será. Rumores povoam a mente dos fãs desde então. O Você poderia ser, no primeiro verso, Frank Sinatra, com quem os Beatles disputavam o estrelato na América, por conta de uma entrevista do  Blue Eyes, em que duvidava veladamente do talento dos Beatles,  onde disse dizia: "I've got everything I want", ou ainda,  segundo verso ("You say you've seen seven wonders"), o  seu parceiro Paul McCartney, que havia 'descoberto 7 níveis', em sua primeira 'viagem' nas drogas, até pedindo ao good old Mal pra anotar!! Ou ainda, na primeira ponte, um recado para Marianne Faithful, namorada do Mick Jaegger, em quem John tinha um olho cobiçante, que quando perdesse suas "prized possessions, ... look in my direction, I'll be round", ou ainda na segunda ponte"When your bird is brokend ... I'll be round".", o Você poderia ser o próprio Mick, sendo “Bird” a própria Marianne... Enfim, mas aqui é um bom gancho para comentar a riqueza da estrutura da letra: já são dois versos com a letra diferente e duas pontes também com letra diferente! E ainda tem um terceiro verso, também diferente! É regra mesmo!! Já em rimas, há ocorrncências de rimas pobres, como "broken-awokenou "possessions-direction", não compatíveis com o usual cuidado. Em compensação, há uma outra rima rica, tipo "down-roundmas, mais importante é uma rima de longo curso, inovativa  ENTRE versos, note que a 2ª  linha do Verso 1 rima com a 2ª  linha do Verso 2, que rima com 2ª linha do Verso 3,  "sing" com "green" com "swing", por sua vez, ricas entre si! Novidade! Note também que as primeiras linhas de cada verso, tem métrica variada, com o primeiro e terceiro versos cantando 10 sílabas e o segundo, apenas 8. Outra novidade! Quer mais uma? O título da canção é cantado apenas uma vez. Note que é raríssimo! Claro que nada comparado às canções em que o nomes nem aparece, aliás, com duas rerpesentantes no próprio álbum, Love You To e Tomorrow Never Knows.

Musicalmente, o ponto ALTÍSSIMO da canção é o espetacular riff de guitarra, com George e Paul em harmonia,  fazendo uma voz cada, tão bom, mas TÃO BOM, que ele é repetido, aparece duas vezes, na íntegra,  na canção, após as duas pontes, além de parte dele ser usada na introdução e uma diferente no final! Foram duas sessões de gravação necessárias, sendo que, a segunda praticamente jogou fora o que veio da primeira. Gravaram nova base, com John na guitarra rítmica. Paul no baixo, Ringo na bateria e George na guitarra solo, já com aquele complicado jogo de notas, que requereram 7 takes, até ficar no ponto para os overdubs. Somente aí, Paul teve a ideia de harmonizar no já espetacular solo de George, fazendo uma segunda voz! E criou-se a maravilha, que espantou fãs em todo mundo. Outros acréscimos foram um pandeiro de John, meio inconstante, note, e as deliciosas palmas, dos quatro, e o próprio lead vocal de John, com o uso do ADT (authomatic double tracking), que aliás foi usado também nas guitarras, e vieram também as harmonias vocais de George e Paul, em pontos selecionados, ressalto as três vezes em que criam aquele apito, uma verdadeira sirene, nos "meeeee"s que finalizam os três versos! E eu deixo aqui um áudio (LINK) com um trecho da camção, com a 1ª ponte e o 1° solo, aliás rogo pra notarem as palmas na ponte e como elas dobram no solo! 
Finalizando, aquela nota triste por And Your Bird Can Sing nunca ter subido ao palco, aliás, ia ser difícil Paul tocar o seu baixo e ao mesmo tempo tocar a guitarra para o solo. Quer ver uma simulação? O videogame Rockband colocou-os tocando no Japão.