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terça-feira, 22 de outubro de 2019

CeL - Logradouros Project

Capítulo 6
Logradouros Project
Este é um mais um Capítulo do Projeto 
Cel - Caminhar em Londres (link)


Capítulos Anteriores

Intro 1:  A terra do rock
Capítulo 1: CeL - Hyde Park

Coletado ao longo das duas semanas

Era quinta-feira quando em minha caminhada resolvi começar um projeto longamente desejado, de anotar todos os logradouros que existem em Londres. 

Meu amigo Mário de Freitas (*), residente lá, me alertou para o fato!
(*) o Freitas me contou o trabalho que deu para que os nativos pronunciassem corretamente seu nome de família. Quando o viam escrito, diziam FrItas, aí ele dizia: "Não, isso, escrevemos FrItas no Brasil" e eles diziam "Ah, FrAItas!", "Não, isso, escrevemos FrAItas no Brasil" e eles diziam "Ah, FrEItas!". Finalmente!!!
E comecei a fotografar, 


Aí no Brasil, só existem ruas, avenidas e praças, que me lembre... ah vá, também há largos e travessas, ok... mas aqui, tem um bando de outras variedades, só no que deu para achar em minhas caminhadas tinha mais umas 15: 
além de streetavenue e square, como aí, tem lane, place, row, court, gore, mews, yard, terrace, walk, close, gate, road, crescent, way


 Fui tirando fotos pelo caminho. Ao longo de minhas caminhadas, e depois de dicas diversas, fui entendendo que a variação nos nomes tem suas razões: Avenue, que é muito raro, aplica-se a ruas grandes, porém a maioria das ruas largas e importantes é Street, Road ou Lane (coisa de inglês); Crescent se aplica a ruas em curva, portanto lembrando o formato da Lua, quando em quarto-crescente (bonito, não); Terrace é praça, assim como Square e Place (se bem também há rua com Place !!) mas se aplica a área que antigamente foi o terraço da casa de algum nobre, antes de ser loteado aos pobres mortais; Mews quer dizer cavalariça, então, naquela localidade moravam os cavalos e carruagens da realeza (inclua-se os nobres), juntamente com os cavalariços, que tratavam (muito bem!) dos cavalos. O interessante é que, hoje em dia, quem mora em uma Mews, pode dizer que está muito bem, pois são geralmente ruas fechadas, tranqüilas, e as casas têm garagem, onde ficavam as carruagens de antigamente: garagem é coisa raríssima para um londrino. 








Nesta ciranda de caminhadas, aproveitei para observar mais um aspecto urbano de Londres, a numeração das casas. Em sua maioria, ela é seqüencial, ou seja, a rua começa com a casa 1, depois vem a casa 2, depois a 3, quando chega no final, a numeração passa para o outro lado e vem de volta, casa 123, depois 124, depois 125, e assim por diante. Interessante é que quando chega um prédio no número 100, com 24 apartamentos, por exemplo, a numeração pula para 124. Lá dentro do prédio, a numeração continua seqüencial, 100, 101, 102. Mas, não é sempre assim: há outras ruas com lado par e lado ímpar, porém não andam de 2 em dois, como em Santos, nem é por distância como aí. Enfim, só inglês entende. E, claro, não existe número 13, como nos USA.


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2 comentários:

  1. Muito interessante isso. Uma variedade enorme de nomes. E que legal você ter saido fotografando tudo. Ficou genial.

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  2. Bem interessante! Vc já reparou que a vila também é assim? Começa do lado direito com o número 1, voltando pela esquerda. Como foi construída em duas etapas, a continuação é pela esquerda seguindo até atrás pela direita, fazendo a curva. Genial.

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