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terça-feira, 22 de outubro de 2019

CeL - Animals, sem o porco

Capítulo 7
Animals, sem o Porco
Este é um mais um Capítulo do Projeto 
Cel - Caminhar em Londres (link)


Capítulos Anteriores

Intro 1:  A terra do rock
Capítulo 1: CeL - Hyde Park

Quinta-feira

Ao final do dia, resolvi adotar a mesma rotina triste: uma longa caminhada para relaxar do curso, uma sauna para relaxar da caminhada, uma nadada para refrescar da sauna, uma hidromassagem para relaxar da piscina, lendo meu livro, vida dura. A caminhada começou com aquele meu desejo de conhecer a fábrica da capa do Pink Floyd, lembra.? Veja aqui, neste LINK. Perguntei ao concierge de plantão no hotel, que me explicou que na verdade, não era uma fábrica mas uma central elétrica desativada, a Battersea Power Station. Quando disse a ele o motivo pelo qual queria conhecer a dita cuja, ele contou que participou da filmagem de The Wall, era o garoto (ou um dos) que marcha para o moedor de gente cantando “We don’t need no education ...”. Enfim, um astro(!!!!). Como o tempo estava ameaçador, fui de tênis (para preservar os sapatos) e pedi um guarda-chuva do hotel, que me foi cedido. A Power Station é ao lado da ponte de Chelsea sobre o Tâmisa (a partir de agora vou me referir ao rio com seu nome em inglês, Thames). No caminho, que comecei pela Sloane Street, comecei o Projeto Logradouros, que detalhei no Capítulo 6.

Ao final da Sloane Street, cheguei à rua que dá acesso à Chelsea Bridge. Na ponte, tirei fotos de longe e consegui alguém que me fizesse aparecer na foto. A caminho da central elétrica passei por um lançamento imobiliário de apartamentos de luxo, que me contaram ser caríssimos, com um estilo modernoso, com paredes todas em vidro ou em cores fortes: acho que alguns ingleses estão um pouquinho cansados de tradição. O acesso à central elétrica é justamente no canteiro de obras do lançamento imobiliário. Como o local está abandonado, só tirei a foto da central, sem minha presença, não havia a quem pedir: acho que a foto está bem parecida com a da capa do CD. Fiquei sabendo que a central não pode ser demolida, pois ela é Great Listed, algo equivalente ao “tombado pelo patrimônio histórico” daí. Aliás, aqui eles levam isto muito a sério: como querem preservar o estilo arquitetônico das casas, principalmente o vitoriano, mais recente, deixam que se reforme qualquer coisa dentro das casas, desde que seja mantida a fachada. Ah, e mais interessante, não deixam que se coloque ar-condicionado, a não ser que seja de um jeito que não apareça nadinha pra fora. Ainda bem que é em Londres e o calor não é tão forte. 

Aliás, estava bem frio na minha caminhada, pois voltei beirando o Thames e seus ventos cortantes. Pra piorar, começou a chuva que estava ameaçando, aí ficou tudo gelado mesmo. Passei Grosvenor Road, Milbank, chegando às Casas do Parlamento e Big Ben. Ainda estava no lusco-fusco, às 9:30. Comecei o caminho de volta e para me aquecer, e também matar a fome, parei no McDonald’s da Victoria Street, aproveitando para checar o Big Mac Factor: a ‘promoção’ do Big Mac, assim como a do Quarter Pounder, custa 3,39 pounds ou, R$ 19,00 (nem me lembro quanto está aí!). 


Bem, voltei pelas ruas internas de Belgravia, admirando a arquitetura vitoriana impecável das residências. Acho que andei um pouco menos que na quarta-feira.


Outros capítulos do Projeto Caminhar em Londres

Um comentário:

  1. A coincidência é que comecei hoje meu texto sobre caminhando na beira do Tâmisa. Mas não passei por Belgravia.
    Adoro o modo como o ingleses respeitam suas riquezas antigas e suas personalidades. Aquela placas colocadas nas paredes...Estão por toda Londres com o informativo. " Aqui os Beatles gravararm Hey Jude}". Está lá na porta do Trident no Soho.

    É o oposto da minha cidade. Nem sentimos mais o cheiro de nada relacionado a Darby Ribeirto, ou Cyro dos Anjos, nem Beto Guedes. A cidade vai aos poucos perdendo suas identidade, sua história...e perde também a alma.
    Já li e reli...não entendi o título Animals, sem o porco!

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