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terça-feira, 30 de abril de 2019

Cruyff - Um Pelé da Classe

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Antes do nosso Zico NÃO SER campeão do mundo, um outro, alguns degraus acima dele, também era confrontado com a seguinte pergunta: "Como é que se entende que um jogador como você não foi campeão do mundo?". O nome dele era Johan Cruyff, jogador da Holanda, capitão em campo do que Rinus Michels, do banco, fez o mundo conhecer como Carrossel Holandês, que encantou o mundo no começo da década de 1970. Depois de uma carreira brilhante, Cruyff se tornou um técnico idem. E são dele, como técnico consagrado, as frases que listo a seguir, que dão a dica do por quê ele fez tanto sucesso, no campo e no banco. Admirem!!!

  • Há só uma bola em campo, e o meu time deve ficar com ela.
  • Jogar futebol é simples, mas jogar futebol de maneira simples é difícil.
  • Quando se tem a bola é preciso trabalhar para deixar o campo o maior possível, quando a bola está com o adversário é preciso deixar o campo o menor possível.
  • Ser veloz não é correr mais que o outro, é começar a correr na hora certa.
  • Eu sempre batia os laterais, porque se me devolvessem a bola eu estaria sem marcação.
  • Qualidade sem resultado é inútil, resultado sem qualidade é entediante.
  • Ter técnica não é fazer mil embaixadinhas, isso é para trabalhar no circo. Ter técnica é passar a bola de primeira, com a velocidade certa e no pé bom do seu companheiro.
  • Não há prêmio melhor do que ser aclamado pelo seu estilo de jogo.
  • Se é para ser atropelado, melhor que seja por uma Ferrari. (depois da derrota do Barcelona para o São Paulo de Telê no Mundial de 1992)
  • No meu time o goleiro é o primeiro atacante e o centroavante é o primeiro defensor.
  • Por que não posso ganhar de um time mais rico? Nunca vi uma mala de dinheiro fazer um gol.
  • Um jogador tem contato com a bola em média três minutos por jogo. O que define se ele é um grande jogador ou um jogador comum é o que faz nos outros 87 minutos.
  • Futebol se joga com a cabeça, as pernas estão ali para ajudar.
  • Deve-se trabalhar para que os piores jogadores do adversário sejam os que mais toquem na bola, porque aí ela voltará rapidamente para o seu time.
  • Há jogadores que não sabem o que fazer quando recebem a bola sem um marcador por perto, por isso o melhor a fazer é deixá-los livres.
  • Os jogadores de hoje só chutam de peito de pé. Eu chutava de peito de pé, com a parte interna e a externa dos dois pés. Ou seja, eu era seis vezes melhor do que os de hoje.
  • Não admito que um programa de computador decida se um jogador serve ou não para um time. Se fosse assim eu teria sido mandado embora do Ajax aos 15 anos, porque naquela idade chutava muito fraco. A técnica e a visão de jogo não podem ser detectadas por um computador.
  • Quando parei de jogar me disseram que eu teria de estudar quatro anos para poder ser técnico. Disse a eles que estavam loucos. O que eu aprenderia durante quatro anos com quem sabe menos de futebol do que eu?
  • Jogadores forjados nas ruas são mais valiosos do que técnicos formados em escolas.
  • Os cursos para treinadores se preocupam mais com a teoria do que em como desenvolver a técnica dos jogadores.
  • O personagem mais importante do futebol é o torcedor. Ele vai ao estádio para se divertir no seu tempo livre, e o jogador tem de lhe dar essa alegria.
  • Futebol não é sofrimento, é diversão. Tenha a bola, trate-a bem, tente atacar e marcar gols.


O que acharam??



sexta-feira, 26 de abril de 2019

Nervos à flor da pele neste domingo!!



No Facebook, anunciei:
Domingo vai ser épico para a Família Ventura:
às 11:00, A Batalha do Olímpico, no Brasileirón 
às 16:45, A Batalha dos Vingadores, no cinema 
âs 22:00, A Batalha de Winterfell, na HBO

Tenho 100% de certeza que menos de 100% dos leitores entenderão 100% dos eventos, então, resolvi registrar no blog as explicações devidas.

E faço-o de trás para frente, indo do evento final para o inicial!

A Batalha de Winterfell

Trata-se do terceiro episódio da sétima (e última) temporada de 
GAME OF THRONES, A MAIOR SÉRIE DA HISTÓRIA
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Será a maior batalha e reunião de personagens de GoT em um só lugar. Desde o início da série tudo ocorreu para chegar neste momento. Será “a sequência de batalha mais longa que já se comprometeram a filmar”. Foram 11 semanas de filmagens e mais de 750 membros do elenco. A guerra levou 55 dias para ser gravada.

Eu não vou contar quem são os contendores porque desejo firmemente que muitas pessoas não deixem de passar esta vida sem conhecer esta série, e não vou contar spoilers aqui.

Deixo aqui meu já famoso post sobre o que se pode esperar de quem investir seu tempo nesta prodigiosa produção inglesa!


A Batalha dos Vingadores

Imagem relacionadaTrata-se da segunda parte do último filme dos Vingadores, mas, mais importante que isso, é o último de 22 filmes da Marvel, que renderam mais de 18 Bilhões de dólares de bilheteria, completando um arco narrativo que começou lá em 2008 com Homem de Ferro, e passou por dezenas de super-heróis, (mais 2 filmes de Homem de Ferro, 3 de Thor, 3 de Capitão America, Homem-Aranha, Pantera Negra, Hulk, Dr. Estranho, além 2 de Guardiões das Galáxias, 2 de Homem-Formiga, e, claro, mais 3 de Vingadores, estes com alguns heróis notáveis como Viúva Negra, Falcão Arqueiro, Feiticeira Escarlate e ainda outros mais, culminando tudo com a espetacular Capitã Marvel, o último filme a ser lançado, já em 2019).

Aqui neste link, o que eu falei sobre Capitã Marvel
https://blogdohomerix.blogspot.com/2019/03/pronto-passado-o-oscar-voltamos.html

Bem, na primeira parte de Vingadores: Ultimato, que é o filme que vamos ver no domingo, o super-vilão Thanos entende que deve dizimar metade da população do universo, para preservar os recursos para a outra metade. Nessa metade que se foi, no final de Vingadores: Guerra Infinita, estão muitos daqueles super-heróis listados ali, mas sobram os que interessam, hehehe, Homem de Ferro, Thor, Hulk, Capitão America, além da própria Capitã Marvel, que foi chamada no final do filme. E vamos ver o que acontece!!!! Todos, afora o crítico da Folha de São Paulo, que mandei catar  coquinhos, enfim, todas as pessoas normais que foram ver, já no primeiro dia, simplesmente amaram o que viram. Acho que estarei entre eles.

A Batalha do Olímpico

Bem, este primeiro programa do domingo tem a ver mais com uma paixão minha. No Estádio Olímpico de Porto Alegre jogam Grêmio e Santos, na primeira rodada do Brasileirón, o Campeonato Brasileiro de Futebol 2019. Chamo-o assim por causa dos inúmeros atletas hermanos de latinoamerica que estão infiltrados nos clubes brasileiros. O meu próprio Santos tem 5 o u 6. E, também no caso de meu time, até o técnico é gringo, o famoso Jorge Sampaoli, ex-Seleções Argentina e Chile, que vem fazendo um ótimo trabalho.... ainda não ganhou nada, mas ganha elogios de todos por fazer o time jogar sempre pra frente, a ponto de ser aplaudido de pé pelos jornalistas após a vitória sobre o Corinthians, que não jogou nada, mas que seguiu em frente, nos pênalties e foi campeão. 

O interessante é que nesta batalha matinal, o Santos enfrentará o time do técnico Renato Gaúcho, que 'se acha' (até disse que jogou melhor que Cristiano Ronaldo!!), bastante vitorioso ultimamente, e que até ganhou uma estátua recentemente.

Será um bom aperitivo para as outras duas batalhas. 

Aqui na foto, Renato é o quarto, e Sampaoli é o quinto. 

Dentre estes seis deverá estar o técnico que se sagrará Campeão Brasileiro deste ano!!


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Economia do Petróleo - O Pré-Sal

Este é o Capítulo Final de um artigo em que, respondendo à pergunta em vermelho abaixo, eu perpasso todas as demais.
O que é petróleo? Qual a sua composição química? Como foi formado? Como é encontrado na natureza? Como é feito o estudo geológico para encontrar o óleo? Em quais tipos de rochas se pode encontrar petróleo? Quais são as principais características que as rochas apresentam e que são indicativos de encontrar petróleo e gás natural? Se for mais de uma, quais são as diferenças entre elas? O que é preciso saber para se determinar que vale a pena perfurar um poço de petróleo? (*) Como é feito esse estudo? O que é pré-sal? Qual a diferença entre as demais áreas em que se encontra petróleo?
(*) pergunta adaptada - explicação no Capítulo 1 

Capítulo 1: O Risco (aqui, neste link)

Capítulo 2: A Exploração (aqui, neste link)

Capítulo 3: O Desenvolvimento (aqui, neste link)

Capítulo 4: A Viabilidade (aqui, neste link)

Capítulo 5: O Pré-Sal 

O que ocorreu no Brasil no quesito Risco Exploratório, na história recente, é que foi incomum, com o fenômeno da descoberta do Pré-Sal. Até encontrá-lo, tratava-se de uma Área de Fronteira com um risco enorme, pois não se tinha certeza do que havia abaixo daquela enorme camada de sal. Os sinais que chegavam de lá, pela sísmica, eram imprecisos, por conta do comportamento errático das ondas sonoras ao atravessar tal camada. O poço descobridor, em 2006, custou a bagatela de 200 milhões de dólares, por conta de enormes problemas mecânicos de se perfurar uma coluna de 2.000 metros de sal, instável, que insistia em desmoronar. Porém, uma vez superado o desafio, houve um período em que era só chutar e correr pro abraço (na linguagem futebolística). Naquela área, que tinha o ótimo nome de Tupi e depois teve o nome alterado para Lula, por exemplo, o programa de Avaliação, que serve ao processo de determinar a quantidade de petróleo que está lá embaixo, buscou a extensão 10 Km ao sul, bingo, 10 km ao norte, bingo, 10 km a oeste, bingo, 10 km a leste, bingo. Claro que a curva de aprendizado foi muito eficiente, e o custo dos demais poços baixou rapidamente a menos de 100 milhões de dólares (ainda assim, um enorme custo!). Nos anos seguintes, o índice de sucesso exploratório de outros prospectos no Pré-Sal continuou em 100%, era furar e encontrar óleo. Apenas três ou quatro anos depois é que começaram a vir os primeiros insucessos, mesmo assim, a média continua muito acima da mundial, com índice de sucesso superior a 50%! Pode-se até tentar entender o que pensavam as autoridades à época em sua decisão de retirar as áreas do Pré-Sal das licitações, mas não há o que justifique a demora de quase uma década em definir o novo marco. Muito mais rápido seria manter-se o Regime de Concessão, ajustando-se as alíquotas da Participação Especial para refletir o novo binômio prospectividade-produtividade que adviria das áreas em disputa. O que isso causou, então, foi que, até a entrada em produção da área de Libra, a primeira do novo Marco Regulatório, os únicos campos produtores eram Lula e Sapinhoá, que foram outorgados nas licitações de 2001 e 2002, 15 anos antes! Coloque na conta o lucro cessante causado e estimar-se-á o tamanho do prejuízo em termos de investimento, emprego e renda para o país. Enfim, assim foi. Felizmente, a indústria tomou outro rumo, recentemente.


Analisando o citado binômio, uma das razões para esse sucesso todo é a forma como o Pré-Sal foi formado, e aqui deve-se dar a devida distinção entre o ‘nosso’ sal, em que os reservatórios produtores foram depositados antes da coluna de sal, daí o ‘Pré’, e aquela ocorrência no Golfo do México em que também há reservatórios abaixo do Sal, mas que lá chegaram após a deposição do mesmo, por movimentações das camadas superiores, daí terem adotado o nome ‘Sub-Salt’ para distinguir! O ‘nosso’ sal também é ’sub’, mas o deles não é ‘pré’, e isso faz toda a diferença. No caso tupiniquim, volte-se lá para 140 milhões de anos atrás, época em que África e América do Sul eram ainda um continente uno, chamado Gondwana, quando movimentos de tectônica de placas provocaram a separação dos continentes que levou à forma com que são conhecidos hoje. Movimentação que, aliás, segue até hoje, alguns centímetros por ano, sabe-se lá como conseguem medir isso, e até onde vai parar... vai juntar do outro lado? Houve a conjunção perfeita de vários fatores, ao longo do processo de separação: o depósito de sedimentos lacustres (no começo da abertura), principalmente folhelhos ricos em matéria orgânica com espessura de até 300 metros (!), e depois o depósito de rochas carbonáticas com coquinas e mais acima, microbialitos, e ainda fraturas de rochas vulcânicas que se constituíram em ótimos reservatórios que ainda hoje são de difícil modelação. Logo depois (apenas algumas dezenas de milhões de anos), ocorreu a formação de um golfo alongado, evoluindo para um mar enorme de alta salinidade, em que as condições de clima quente e evaporação maciça formaram um espesso pacote de sal, que se mostrou um perfeito selo, condição necessária para a acumulação de enormes volumes de petróleo, tudo isso ao longo de centenas de quilômetros, a extensão do Polígono do Pré-Sal, que cobre a linha costeira de três estados da União.

Os campos de petróleo do Pré-Sal apresentam, então, elevada produtividade, seus reservatórios têm imenso net-pay (espessura de rocha porosa) e altíssimas porosidades e permeabilidades, que propiciaram que se atingisse uma produção de 1 Milhão de Barris por dia com apenas 40 poços, e em apenas 8 anos desde o Primeiro Óleo, um verdadeiro recorde em nível mundial. E a coisa continuou crescendo, pois o primeiro campo produtor no formato Partilha de Produção, na Área de Libra, ao qual deram o sugestivo nome de Mero, o maior peixe brasileiro (este, sim, um nome adequado...), teve em seu primeiro poço a produção recorde de 50 Mil barris por dia, considerando óleo e gás equivalente (em média, um barril de petróleo é equivalente, em termos de energia, a 6.000 pés cúbicos de gás). O Mero é fenomenal (coincidência apenas fonética?!), mas seu recorde já foi recentemente batido no primeiro poço da Cessão Onerosa, na área de Búzios, com 52 Mil barris por dia. Produtividade digna dos melhores poços da Arábia Saudita. Tudo isso leva a um Break Even de 35 USD por barril para campos como esses, mesmo com todo o enorme desafio tecnológico associado.

Espero que essa linha de raciocínio, baseada na Economia do Petróleo, tenha esgotado as dúvidas listadas no início desta fala!

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Economia do Petróleo - A Viabilidade

Este é o Capítulo 4 de um artigo em que, respondendo à pergunta em vermelho abaixo, eu perpasso todas as demais.
O que é petróleo? Qual a sua composição química? Como foi formado? Como é encontrado na natureza? Como é feito o estudo geológico para encontrar o óleo? Em quais tipos de rochas se pode encontrar petróleo? Quais são as principais características que as rochas apresentam e que são indicativos de encontrar petróleo e gás natural? Se for mais de uma, quais são as diferenças entre elas? O que é preciso saber para se determinar que vale a pena perfurar um poço de petróleo? (*) Como é feito esse estudo? O que é pré-sal? Qual a diferença entre as demais áreas em que se encontra petróleo?
(*) pergunta adaptada - explicação no Capítulo 1 

Capítulo 1: O Risco (aqui, neste link)

Capítulo 2: A Exploração (aqui, neste link)

Capítulo 3: O Desenvolvimento (aqui, neste link)

... Isto posto, o esquema abaixo resume as diversas fases do Upstream no Petróleo (Exploração e Produção), comparando sua situação de risco e capital. Observa-se que, em geral, o Risco vai decrescendo com o avanço na cadeia, concomitante ao aumento do nível de investimentos necessários.
Capítulo 4: A Viabilidade 

Tudo isso é colocado na equação de viabilidade econômica mas não pára por aí, afinal, o campo certamente estará inserido em algum regime contratual para que se paguem participações e impostos (descritas em seguida) aos governos ou às empresas concessionárias. No exemplo ao lado, o ‘bolo’ de receitas geradas por um campo é 'consumido' 35% para CAPEX e 20% para OPEX, com os 45% restantes destinados a remunerar Governo e Investidor. Desse montante, no exemplo, o Governo pega uma fatia de 67%, ficando o Investidor com os demais 33%. Esse nível de facada do Governo é conhecido na Indústria como Government Take, e fiquem certos de que esse exemplo reflete a situação média das políticas de petróleo pelo mundo. Há os que tomam mais, e os que tomam menos, estes últimos, certamente por que são menos interessantes, em termos de risco e retorno, e precisam de incentivos maiores ao investimento.

A abertura do setor petróleo de 1997 no Brasil estabeleceu para toda a indústria o Regime de Concessão, tal qual adotado nos países de Primeiro Mundo. As companhias ou grupos de companhias pagam um bônus em dinheiro (que normalmente é Fator de Bid, que decide o consórcio vencedor) pelos direitos à exploração e produção. Após a produção instalada, as companhias pagam royalties sobre a produção bruta, a uma alíquota máxima de 10%, e uma Participação Especial sobre receita líquida após descontados royalties, custos operacionais e amortizações de investimentos, com alíquotas crescentes com os níveis de produção. Tais participações são contabilizadas em nível de área de desenvolvimento, conforme definido na Declaração de Comercialidade. Utiliza-se aqui a expressão em inglês Ring Fence, tal qual fosse uma cerca virtual delimitando os direitos e deveres do consórcio proprietário. A receita, líquida de participações governamentais proveniente de um Ring Fence, junta-se às demais receitas das companhias do Upstream e, se for uma companhia integrada, do Downstream, ou ainda das demais receitas provenientes de qualquer indústria em sua área de atuação no país, para submeterem-se ao regime de Imposto de Renda, e PIS-COFINS.

Com o advento do Pré-Sal e suas enormes produtividade e prospectividade potenciais, o governo houve por bem retirar as áreas do Pré-Sal de circulação. Pretendia estabelecer um novo Marco Regulatório, só que sua definição demorou SETE anos para ser decidida, causando um prejuízo indelével para a história do petróleo no Brasil. Estabeleceu-se que tais áreas seriam regidas por Contratos de Partilha de Produção, largamente adotado em países de Terceiro Mundo. Ainda se continua a exigir um pagamento de bônus em dinheiro ao grupo empreiteiro para ter direito a explorar o bloco, porém ele é estabelecido antes da licitação. O Fator de Bid é o percentual de Óleo Lucro que será destinado ao representante do Governo no Contrato, após a recuperação dos custos realizados. O Royalty, nesses contratos, é de 15% sobre a produção bruta, e há também o conceito de Ring Fence: custos serão recuperados com as receitas provenientes da mesma área, bem como os lucros nela auferidos. O Óleo Custo e o Óleo Lucro provenientes da área para uma empresa serão acumulados aos demais resultados da mesma no país, e o total, submetido ao regime de imposto de renda. Todos os campos sit'uados na área azul escura da figura, o chamado Polígono do Pré-Sal, ou ainda Picanha do Pré-Sal, no popular, serão submetidos ao regime de Partilha, o que pode causar um problema: nem todos os campos de petróleo ali inscritos não serão efetivamente do Pré-Sal, e não terão as maravilhosas caraterísticas permoporosas daqueles reservatórios, o que pode tornar inviáveis muitas oportunidades menos favorecidas, dada a rigidez do regime, que foi dimensionado para campos mais profícuos.


Neste momento, a viabilidade já tem todos os componentes da equação montados, o CAPEX necessário à colocação em produção, as receitas líquidas geradas por essa produção a um certo cenário de preços, o OPEX necessário à produção, e as participações governamentais e impostos relativos, tudo pode ser colocado na forma de Fluxo de Caixa para obter-se os Indicadores Econômicos, dentre eles, o Valor Presente Líquido (VPL) desse campo de petróleo, descontado à taxa de oportunidade da empresa para o país em que o campo ocorre. Normalmente´, utiliza-se para tal o Custo Médio Ponderado do Capital da empresa (ou WACC na sigla em inglês para Weighted Average Capital Cost). Entretanto, até aqui, tudo isso representa o ramo de sucesso da análise. Isto ocorrerá, se e somente se o petróleo for descoberto E os volumes identificados após a Avaliação caracterizarem esse volume como uma Reserva! Lembre-se, entretanto, que na hora da decisão, o que se tem é uma possibilidade, e o que se sabe é que é necessário despender um Capital de Risco, com uma Probabilidade de Sucesso associada a tal capital. Estabelece-se, então, o que se chama de Árvore de Risco ou Árvore de Probabilidades, computando, no ramo ‘Sucesso’, o VPL calculado, com uma probabilidade associada a ele de X% e, no ramo ‘Fracasso’, o citado Capital de Risco, associado a uma Probabilidade de (1-X)%. Duro, né?! A considerar-se o exemplo numérico aqui considerado no capítulo Risco, com uma Probabilidade de Sucesso de 20% e, digamos, um Capital de Risco de $100 (Sísmica + Poço Pioneiro), o VPL da oportunidade, imputados todos os custos produções e impostos, tem que ser, no mínimo, igual a $400 para que valha a pena correr-se o risco de investi-lo. A condição para que se proceda à perseguição da oportunidade é que se tenha o resultado da árvore, ou seu Valor Monetário Esperado - VME, igual a Zero. Em tese, um valor positivo do citado VME é o máximo valor que se pode pagar como Bônus de Aquisição, para que se esteja jogando o jogo certo das probabilidades.

A figura abaixo ilustra a configuração de uma Árvore de Risco conforme a citada, sendo PSuc a probabilidade de sucesso associada à oportunidade exploratória, porém tendo como ramo de sucesso uma gama de reservas possíveis, tentando refletir a incerteza dos volumes que podem ser encontrados. Note que algumas das reservas do ramo inferior de volumes podem também nem compensar o montante já investido até o momento da decisão de se desenvolver ou não o campo, acrescendo, portanto, seus VPLs ao ramo de fracasso.



Último Capítulo:

Capítulo 5: O Pré-Sal 


terça-feira, 9 de abril de 2019

Neste domingo, o começo do fim de Game of Thrones!!!

Há 30 meses, eu estava na metade do mundo que ouvia falar de Game of Thrones...

Em dois meses, assisti às primeiras 6 temporadas, no Now da Net, e passei para a outra metade, que ansiava pela sétima temporada, que acompanhei domingo a domingo, e agora vem a última, QUE VAI COMEÇAR!!! 
14 de Abril de 2019!!!
Hoje, já li os 5 livros, venci uma batalha de 5.000 páginas.

Que espetáculo!


Lutas, duelos, batalhas, traições, conspirações, expiações, ressurreições, planos,
degolamentos, prisões, torturas, esfolamentos, enforcamentos, cremações,
deuses, reis, rainhas, príncipes, lordes, cavaleiros, escudeiros, selos, bandeiras,
guerreiros, meysters, septons, vigilantes, selvagens, fanáticos, imortais,
romance, honra, negociação, alianças, sexo, sangue, fogo, devoção, rebelião,
cavalos, lobos, dragões, zumbis, gigantes, wargs, corvos, águias, elefantes,
eunucos, prostitutas, cafetões, anões, bastardos, mercenários, babás,  
armaduras, facas, capas, espadas, lanças, bestas, vinhos, venenos, poções,  
mares, muralhas, palácios, castelos, navios, calabouços, tendas, cavernas,
nascimentos, casamentos, funerais, casas, famílias, dinastias, reinos,
starks, targaryens, lannisters, mormonts, freys, boltons, martels,
baratheons, greyjoys, tullys, arryns, dothrakis, tarlys, payne, grey worm,
davos, jon, daenerys, cersei, tyrion, jamie, eddard, robb, catelyn, daario, 
joffrey, arya, bran, hodor, brienne, podrick, sandor, gregor, ramsay, loras,
tywin, melissander, stannis, sansa, shae, theon, jorah, renly, lysa, osha, bronn,
khal, tommen, missandei, sam, gillie, kahl, benjen, oberyn, varys, robin,
arianne, alaine, janos, jojen, barristan, margery, meera, euron, ygritte,
baelon, aeron, deric, victarion, ilyn, jaqen, hot pie, victarion,
moon tea, milk of the poppy, wildfire, tears of Lys, widows' blood,  
snow, waters, sand, stone, storm, flowers, hill, pyke,
dorne, king's landing, winterfell, riverun, mereen, qarth, braavos, old town, 
volantis, astapor, yunkai, tarth, casterly rock, lys, dragonstone, eire,
white walkers, night watchers, kings' hands, trials by combat, oathkeeper,
father, mother, maiden, crone, warrior, smith, stranger, rhlohr, old, new. 

tudo concatenado, amarrado, resolvido,
cenários, computação, direção, roteiro, interpretações.
fui engolido pela trama, pela qualidade, pelos personagens,
até me imiscuí num deles, abaixo!!





Que venha a última temporada!

domingo, 7 de abril de 2019

Economia do Petróleo - O Desenvolvimento

Este é o Capítulo 3 de um artigo em que, respondendo à pergunta em vermelho abaixo, eu perpasso todas as demais.
O que é petróleo? Qual a sua composição química? Como foi formado? Como é encontrado na natureza? Como é feito o estudo geológico para encontrar o óleo? Em quais tipos de rochas se pode encontrar petróleo? Quais são as principais características que as rochas apresentam e que são indicativos de encontrar petróleo e gás natural? Se for mais de uma, quais são as diferenças entre elas? O que é preciso saber para se determinar que vale a pena perfurar um poço de petróleo? (*) Como é feito esse estudo? O que é pré-sal? Qual a diferença entre as demais áreas em que se encontra petróleo?
(*) pergunta adaptada - explicação no Capítulo 1 

Capítulo 1: O Risco (aqui, neste link)

Capítulo 2: A Exploração (aqui, neste link)

... muito óleo fica aderido às rochas-reservatório. Somente se recupera cerca de 30% a 35% do chamado Volume de Oil In Place, em média, sendo esse número conhecido como Fator de Recuperação. Entretanto, com o avanço das tecnologias, as técnicas de recuperação Secundária e Terciária vem aumentando substancialmente esse valor. A Noruega e o Reino Unido são campeões nesse quesito, com seus campos chegando a níveis de 50% ou até 60% de Fator de Recuperação.


Capítulo 3: O Desenvolvimento

Veja que, até agora, o investidor incorreu na MENOR parcela de investimento de seu empreendimento que é a fase exploratória (Exploração + Avaliação). Desenvolver um campo de petróleo, ou em outras palavras, implantar a infraestrutura necessária para colocar o campo em condições de ser produzido, requer a perfuração de poços produtores em grande número. Requer a instalação de Estações Coletoras e de Processamento de Óleo e Gás, aonde se separa a emulsão (mistura) óleo/água do gás que vem em solução, separa-se o óleo da água, trata-se a água para deixá-la apta ao descarte ou re-injeção, e extraem-se as últimas gotículas de óleo ainda em suspensão no gás, antes da queima (muita vez proibida) ou transporte. 

Após o processo, o óleo e o gás natural estarão em condições de serem exportados, ou entregues (ou vendidos) ao Refino, de onde sairão os derivados de petróleo e gás que nós, simples mortais, consumimos. Ninguém vai ao posto comprar óleo cru, e sim gasolina, diesel, gás natural veicular, querosene de aviação, óleo combustível, ou nafta (vinda do óleo ou do gás), e tantos outros subprodutos. Enfim, tudo precisa ser transformado para que seja consumido. Tudo isso é responsabilidade do Segmento de Downstream.

Voltando ao Upstream, se os campos são marítimos, o complexo Mundo Offshore, aquelas Estações de Tratamento e Processamento de Óleo e Gás Natural são instaladas em plataformas, fixas (limite de 300 metros de profundidade) ou flutuantes, sendo que, no Brasil, a solução mais adotada é o navio-plataforma. A sigla desses navios é FPSO – Floating Production Storage & Offloading, pois além de processar o óleo proveniente de rochas abaixo do fundo do mar, ele acumula a produção até que seja transferido (offloaded) para um navio de alívio, que levará o óleo processado para terra ou para outros destinos offshore

Nessas instalações reside grande parcela dos custos de desenvolvimento, além, claro, dos poços, produtores e injetores, cuja perfuração é complexa. De tremenda complexidade também é a completação desses poços, que é o conjunto de operações necessárias a colocar poços em produção, o que requer grande tecnologia para trazer a produção do fundo do mar até o navio, o que é um capítulo à parte de nossa indústria, as instalações de subsuperfície. Nessas páginas, o investidor se acostuma a termos estranhos como Árvore de Natal Molhada, que vem a ser um conjunto de válvulas colocado sobre cada poço, de modo a controlar seu fluxo, que pode custar a bagatela de 15 milhões de dólares. E tem que investir em Linhas (que ficam no leito marinho) e os Risers Flexíveis, complexos feixes de tubos e linhas de controle, que farão a mistura óleo/gás/água chegar à plataforma, a um singelo custo de mais ou menos 3 milhões de dólares por quilômetro!

Nesse quesito, é crucial o correto dimensionamento das instalações de produção em função dos níveis de produção previstos. Em primeiro lugar, há que se considerar que o petróleo é um recurso não-renovável. Ele está lá no fundo esperando o que se vai fazer com ele. Se abrir o poço na produção máxima que ele pode oferecer, no dia seguinte ele produzirá menos que o primeiro dia, e a produção do terceiro será menor que a do segundo, é o chamado declínio natural de produção. Isso configurar-se-ia numa explotação predatória do reservatório que, com toda certeza, resultaria numa depleção não otimizada potencial do campo, em outras palavras, recuperar-se-iam menos barris do precioso petróleo. 

Além disso, e principalmente em projetos marítimos, em que há limitação de espaço e carga para as plataformas, as instalações jamais deverão ser dimensionadas para o potencial máximo do campo. Dando números à situação, um campo do Pré-Sal, por exemplo, poderia produzir acima de 300 mil barris por dia (*), por plataforma, declinando rapidamente a 50 mil bpd em pouco tempo. Para se evitar essa instalação pouco inteligente, as plataformas são dimensionadas para, digamos, 150 mil barris por dia, e podem produzir o mesmo nível durante 3 ou 4 anos, período conhecido como Plateau de Produção (passamos ao francês…), evitando a chamada produção predatória e, além disso, certamente economizando enormes montantes de dinheiro em instalações superdimensionadas que logo ficariam ociosas.
(*) a maior plataforma instalada hoje 
é a do Campo de Agbami na Nigéria, 
com capacidade de 250 mil barris por dia.

Todos os montantes supramencionados são denominados CAPEX ou ‘Capital Expenditures’, são investimentos a serem remunerados, e depreciados com a produção ao longo da vida útil do campo. Outros dispêndios igualmente importantes são os custos operacionais para se manter o campo em produção, denominados OPEX, ou ‘Operating Expenditures’. Eles compreendem custo de pessoal, produtos químicos para o processamento, energia para se manter tudo funcionando, tarifas pelo uso de oleodutos e gasodutos de transporte, ou ainda custo dos navios de alívio em instalações submarinas, e demais despesas sem as quais o campo para de produzir. 

Isto posto, o esquema abaixo resume as diversas fases do Upstream no Petróleo (Exploração e Produção), comparando sua situação de risco e capital. Observa-se que, em geral, o Risco vai decrescendo com o avanço na cadeia, concomitante ao aumento do nível de investimentos necessários. Nota-se, no perfil de produção, aquele período de plateau para otimizar-se o nível de recuperação dos reservatórios e a razão custo-benefício dos investimentos em instalações! Note também, ao final da vida útil, um capital referente a Abandono das instalações, hoje mais conhecido como Descomissionamento, que consiste em tamponar todos os poços, deixando-os com risco Zero de vazamento,e deixar o terreno nas mesmas condições que existiam antes da descoberta. No mar, o objetivo é deixar a fauna marinha com menos interferência possível da mão humana! Tratam-se de montantes vultosos, de tamanha monta que hoje há setores especializados nas companhias que, por outro lado, procuram meios de estender a vida útil econômica o mais possível. A Bacia de Campos está com muitos campos nessa situação, porém há um incentivo para que se aumente o Fator de Recuperação dos mesmos.




























sábado, 6 de abril de 2019

Economia do Petróleo - A Exploração

Este é o Capítulo 2 de um artigo em que, respondendo à pergunta em vermelho abaixo, eu perpasso todas as demais.
O que é petróleo? Qual a sua composição química? Como foi formado? Como é encontrado na natureza? Como é feito o estudo geológico para encontrar o óleo? Em quais tipos de rochas se pode encontrar petróleo? Quais são as principais características que as rochas apresentam e que são indicativos de encontrar petróleo e gás natural? Se for mais de uma, quais são as diferenças entre elas? O que é preciso saber para se determinar que vale a pena perfurar um poço de petróleo? (*) Como é feito esse estudo? O que é pré-sal? Qual a diferença entre as demais áreas em que se encontra petróleo?
(*) pergunta adaptada - explicação no Capítulo 1 

Capítulo 1: O Risco (aqui, neste link)
... portanto, o risco que o investidor encara, de encontrar petróleo em sua propriedade, neste exemplo numérico, é a multiplicação 100% x 60% x 70% x 80% x 60%, que resulta, sim, em APENAS 20%. Ou seja, ele sabe que tem uma chance de 80% de não encontrar nenhum petróleo ali, onde ele precisa que esteja!

Capítulo 2: A Exploração

O chamado Risco de 1:5 (perfuram-se 5 poços para encontrar petróleo em 1) não é nada incomum na história do petróleo, pode-se dizer até que é próximo a uma média histórica e, mesmo assim, os exploradores seguem procurando, porque o prêmio pode compensar o risco, e muito. É o assim chamado Capital de Risco, que é composto do custo de aquisição da área mais a investigação geológica mais a perfuração do poço pioneiro, pode ir de alguns milhares a centenas de milhões de dólares. Conclui-se, portanto, que petróleo não é coisa pra gente fraca. Tem que ter bala na agulha e sangue frio! 

E veja que os riscos não param por aí. Este já descrito é o risco básico de se ENCONTRAR petróleo no seu bloco, na área de concessão à sua disposição, geralmente concedida por instituições governamentais, mas também adquirida de proprietários anteriores. É a fase que chamamos de EXPLORAÇÃO. Nesta fase, os geocientistas executam uma investigação geológica, que começa em estudos geológicos de superfície e, após identificarem uma possibilidade numa certa área, lançam linhas sísmicas, o que consiste em provocar ondas sonoras em superfície, que migram até quilômetros abaixo e, a cada mudança litológica, rebatem e retornam à superfície, onde os sinais são captados por geofones e interpretados. Produzem-se fotografias do fundo da terra, cuja interpretação levará à conclusão se existe um prospecto promissor. A decisão de seguir em frente é tomada com o auxílio dos Engenheiros que elaboram cenários econômicos e de produção, a partir dos dados geológicos disponíveis, com os quais estima-se a probabilidade de se ter uma acumulação comercial. Sendo essa avaliação positiva,  então adentra-se à próxima fase, a perfuração do poço pioneiro, quando entram em campo os valorosos Engenheiros de Perfuração. Em inglês, esses poços são chamados wildcat, no sentido de corajoso, desbravador. Hoje em dia, esses cats precisam ser muito menos wild que nos primeiros anos, por conta da altíssima qualidade da sísmica moderna mas, mesmo assim, ainda merecem a alcunha. Iniciada em terra, nos campos do Texas lá no final do Século XIX, a perfuração foi evoluindo, de umas poucas centenas de metros até inconcebíveis 5.000, até 10.000 metros, numa engenharia de construção de cima para baixo, sem se ver o que se está a construir, com técnicas cada vez mais desafiadoras, até chegarem à conclusão de que precisavam ir além da pesquisa terrestre e passaram a molhar os pés, galgando degraus marítimos, primeiro em águas rasas, depois profundas, depois ultraprofundas, hoje atingindo mais de dois quilômetros de profundidade de água. 
Ufa, adoro parágrafos enormes daquele de se tirar o fôlego, apesar de ser não recomendado

Além disso, o petróleo (óleo ou gás) tem que estar lá em quantidades economicamente viáveis, que compensem os, por vezes, pesadíssimos, investimentos de DESENVOLVIMENTO, necessários para se tirar o petróleo lá do fundo e processá-lo e entregá-lo ao pessoal do Segmento Downstream, que irá transformá-lo para entrega de derivados ao consumidor final. Tudo isso custa … às vezes muito … e tudo tem que ser compensado. Antes disso, entre a Exploração e o Desenvolvimento, tem uma fase importantíssima que é a que determina a quantidade de petróleo que está lá em baixo, que se chama de AVALIAÇÃO ou DELIMITAÇÃO, onde poços adicionais são perfurados para se delimitar a extensão da jazida descoberta. Somente após a fase de Avaliação, poder-se-á confirmar que se tem nas mãos uma RESERVA de petróleo, que significa ‘Volume de Petróleo Recuperável Economicamente Viável’. Se você encontrou petróleo que é impossível tirar do chão, nas condições de preço vigentes ou prospectivas, isso significa que você NÃO TEM uma Reserva de Petróleo, apenas Recursos. Aqui, vale um aparte sobre essa denominação RESERVA. Ela é determinada com o nível de tecnologia disponível no momento de sua avaliação. O petróleo que se encontra lá no fundo não é totalmente produzido, aliás, muito longe disso. Muito óleo fica aderido às rochas-reservatório. Somente se recupera, em média, cerca de 30% a 35% do chamado Volume de Oil In Place que está lá em baixo, sendo esse número conhecido como Fator de Recuperação. Entretanto, com o avanço das tecnologias, as técnicas de recuperação Melhorada e Especial, nos quais fluidos são injetados para manutenção da pressão e deslocamento do óleo, vêm aumentando substancialmente esse valor. A Noruega e o Reino Unido são campeões nesse quesito, com seus campos chegando a níveis de 50% ou até 60% de Fator de Recuperação.

Próximos Capítulos:

Capítulo 3: O Desenvolvimento

Capítulo 4: A Viabilidade


Capítulo 5: O Pré-Sal


terça-feira, 2 de abril de 2019

Revivendo um hábito de 30 anos

Numa incursão ao Centro do Rio para um objetivo duplo acabou que revivi um hábito de 30 anos atrás.

O primeiro objetivo era uma visita a um advogado para ver o que fazer com uma situação esdrúxula, posto que aportes que eu fiz, involuntariamente ao meu fundo de pensão, não são considerados como dedução tributária para efeito de Imposto de Renda. Um absurdo!!!

O segundo objetivo era trocar o controle remoto da Net. Enganei-me nas minhas informações e acabei pegando o metrô para a Estação Cidade Nova. Serviu apenas para conhecer a magnífica passarela de pedestres daquela região que perpassa as 4 faixas ou 12 pistas (ou mais), da larguíssima Presidente Vargas. Para voltar ao endereço correto, próximo à Candelária e onde eu já estava quando deixei o advogado, preferi pegar um ônibus, que estava tão vazio, mas tão vazio que fiquei à vontade, em uma posição indevida, admito....

A troca foi tão simples, surpreendentemente tão simples, que me espantou, não precisei chorar as pitangas, só mostrei o controle escangalhado (como os cariocas gostam de falar) e a moça da triagem simplesmente sacou um novinho, embalado e mo entregou!!! Impressionante... 

Mas todo esse intróito foi para introduzir o final desse 'passeio' pelo Centro. A Net era duladinho da Estação Presidente Vargas do Metrô, mas quando desci o primeiro degrau, adveio-me uma lembrança de mais de 30 anos, da época em que eu trabalhava na Braspetro, num prédio da Praça Pio X, aquela da Candelária, antiga Catedral do Rio. Subi o degrau novamente e dirigi-me à esquina da Uruguaiana com a Marechal Floriano, onde quem conhece, sabe que fica o centenário Paladino, bar de lanches responsável pelo melhor sanduíche de provolone da cidade...

Estão servidos??!!!


Sanduíche TRIPLO: Queijo provolone, Presunto e Ovo Frito!!