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sexta-feira, 14 de maio de 2021

BEATLES em HAMBURGO

Texto de Renato Quaresma
Imagens de Homerix


Como se sabe, os Beatles foram forjados como banda graças às apresentações ao vivo que fizeram no início dos anos 60, na cidade de Liverpool, com destaque para os shows no Cavern Club (foram 292 apresentações no período de 21 de fevereiro de 1961 a 3 de agosto de 1963), e na cidade de Hamburgo, mais precisamente no distrito de St Pauli.

Segue abaixo um resumo das 5 passagens dos Beatles, na fase pré beatlemania (lembrando que no auge da fama os Beatles se apresentaram na cidade em 26/06/1966), por Hamburgo.

Convém destacar inicialmente que no fim dos anos 50 / início dos anos 60, a Avenida Reeperbahn, localizada no distrito de St Pauli, na cidade de Hamburgo, tinha a fama de ser o local mais depravado do mundo, em razão das diversas casas de streap-tease em funcionamento, inferninhos e etc..., com frequência de prostitutas e de jovens, pode-se dizer muito alucinados. A Reeperbahn, que ainda hoje é famosa pela sua vida noturna, porém não tão agitada como naquela época, é uma avenida larga, situada à margem direita do Rio Elba, e que conta com diversas ruas transversais, dentre elas a famosa Grosse Freihert, no seu lado norte. 


1ª passagem dos Beatles por Hamburgo

Locais dos shows:

The Indra – Grosse Freihert nº 64

·         Kaiserkeller – Grosse Freihert nº 36
   Empresariados por Allan Williams, que acertou um contrato para shows com o famoso dono de casas noturnas de Hamburgo, Bruno Koschmider, os Beatles, ainda com Pete Best na bateria e Stu Sutcliffe, chegaram de trem a Hamburgo pela primeira vez no dia 1º de outubro de 1960.

Eles entraram na cidade pela Monckebergstrasse (rua arborizada com lojas e cafés), passaram pelo Lago Alster (lago que tinha barcos a remo e cisnes), pela Rathaus (Prefeitura e Parlamento), pela praça do mercado e Igreja de São Miguel, até chegarem à Reeperbahn.
As apresentações dos Beatles estavam programadas para o The Indra, que era uma casa de streap tease, com um pequeno bar e de péssima aparência. Os Beatles permaneceram por lá por muito pouco tempo, pois o próprio Koschmider decidiu fechá-lo em função dos protestos dos vizinhos, inclusive com batidas policiais, em razão do som barulhento emitido pelos Beatles.
Com isto, Koschmider transferiu-os para outra casa de shows de sua propriedade: o Kaiserkeller. No Kaiserkeller, que era uma casa um pouco melhor do que o The Indra, os Beatles teriam que dividir as apresentações com outra banda de Liverpool, a Rory Storm and The Hurricanes (banda que estava contratada para se exibir no local), cujo baterista era Ringo Starr.
As apresentações dos Beatles normalmente aconteciam seis vezes por semana, das 7 hrs da noite até às 5 hrs da manhã.
Foto de Astrid, no Parque Dom
Foi no Kaiserkeller que os Beatles conheceram três importantes figuras que marcaram as suas vidas: Klaus Voorman (se tornou baixista e contribuiu em discos solo dos Beatles, com destaque para o primeiro álbum solo de John Lennon, além de desenhar a capa do álbum Revolver), Astrid Kirchherr (futura namorada de Stu, primeira fotógrafa dos Beatles, e segundo a lenda, a responsável pela mudança no corte de cabelo dos Beatles) e Jurgen Vollmer. Cabe aqui ressaltar que as famosas fotos que Astrid tirou dos Beatles em Hamburgo, aconteceram no Parque Municipal Dom, localizado próximo à Reeperbahn.
Devido a problemas no palco (o palco era de madeira depositado sobre engradados de cerveja), que quebrou, ao que tudo indica propositadamente pelos Beatles e pela banda de Rory Storm, os shows das duas bandas foram provisoriamente suspensos.
Na verdade, os Beatles estavam de olho em uma nova casa de shows muito melhor do que o Kaiserkeller, montada pelo empresário Peter Eckhorn, inaugurada em 21 de outubro tendo como grande atração o rockeiro Tony Sheridan. A casa de shows se chamava Top Ten e ficava localizada na própria Reeperbahn (comenta-se que os Beatles, sempre que podiam, davam uma escapada até a Top Ten para assistir aos shows de Tony Sheridan).
Mesmo sem poderem legalmente, já que o contrato deles com Koschmider impediam que eles tocassem em uma casa de shows em um raio de 5 Km do Kaiserkeller, os Beatles acertaram um contrato com Eckhorn para a realização de shows no Top Ten, para acompanharem Tony Sheridan. Inconformado, Koschmider tomou providências. Em 20 de novembro, a polícia pediu o passaporte de George Harrison, que era menor de idade. Com isto, ele foi deportado, e em 24 horas teve que deixar Hamburgo e voltar para Liverpool. Mesmo sem George, os outros Beatles decidiram continuar em Hamburgo, já que na visão deles, para tocar com Sheridan não precisavam de guitarrista solo. Mais uma vez a polícia impediu. Graças a uma ação de Koschmider, Paul McCartney e Pete Best foram acusados em 1º de dezembro de tentarem incendiar o local em que os Beatles se hospedavam, o Bambi Kino (o Bambi Kino era um cinema poeira, localizado na Paul-Roosen Strasse, nº 33, próximo ao local dos shows)  e também foram deportados. Não sobrou outra alternativa para John e Stu senão a de retornarem a Liverpool também.
Estava assim encerrada a primeira e desastrosa visita dos Beatles à Hamburgo.

2ª passagem dos Beatles por Hamburgo

Local dos shows:

·         Top Ten – Reeperbahn nº 136
Apesar dos problemas, não se pode negar que os Beatles fizeram sucesso nas apresentações em Hamburgo, e agora empresariados por eles mesmos (Allan Williams foi dispensado), na verdade por Pete Best, foram efetivamente contratados por Peter Eckhorn para finalmente se apresentarem com Tony Sheridan no Top Ten (George já tinha completado 18 anos e Koschmider havia retirado as denúncias contra Paul e Pete).

Os Beatles se apresentaram no Top Ten de 1º de abril até 1º de julho de 1961, por 92 noites. Nesta temporada, os Beatles ficaram hospedados no sótão do Top Ten.

Cabe lembrar que antes de voltarem à Hamburgo, os Beatles já se apresentavam no Cavern Club, cuja estréia com casa lotada e por um cachê de 3 Libras, ocorreu no dia 21 de fevereiro de 1961, com um show na hora do almoço.

Dois fatos importantes aconteceram durante esta temporada. A primeira foi a saída de Stuart Sutcliffe da banda. Stu, após uma apresentação no Top Ten, comunicou aos outros Beatles que estava deixando a banda para viver com Astrid, e não retornaria a Liverpool (Stuart se matriculou na Hochschule, uma escola de artes de Hamburgo, semelhante à Liverpool College of Art, onde ele havia conhecido John Lennon). Ao deixar os Beatles, Stu entregou o seu contrabaixo para Paul McCartney, que ele entendia ser o beatle mais preparado para tocar tal instrumento.

Com Tony Sheridan em My Bonnie
O segundo fato marcante ocorreu já no final desta temporada em Hamburgo (final de junho), que foi a entrada dos Beatles pela primeira vez em estúdio, para gravarem como banda de apoio no disco de Tony Sheridan, que seria lançado pouco tempo depois pela Polydor, sob a tutela de Bert Kaempfert. Foi em uma sessão de gravação nesta época que a lendária interpretação de Tony Sheridan, com acompanhamento dos Beatles, para a música My Bonnie, foi materializada.

3ª passagem dos Beatles por Hamburgo

Local dos shows:

·         Star Club – Grosse Freihert nº 39
Já empresariados por Brian Epstein (Brian assinou contrato com os Beatles em 3 de dezembro de 1961), e com o single My Bonnie lançado na Inglaterra (5 de janeiro de 1962), os Beatles retornavam à Hamburgo, desta vez para tocarem no Star Club, casa de propriedade de Manfred Weiessleder. Para quem havia tocado no The Indra, Kaiserkeller e Top Ten, o Star Club, que foi inaugurado em 13 de abril de 1962 para receber uma programação de rock liderada pelos Beatles, era um paraíso. Com capacidade para 2000 pessoas, os Beatles permaneceram lá por quase 2 meses, de 13 de abril até 31 de maio de 1962.

Stuart e Astrid
Porém um fato muito triste ocorreu logo na chegada dos Beatles a Hamburgo. Brian decidiu não acompanhar os Beatles na viagem, pois estava trabalhando na tentativa de conseguir um estúdio que quisesse gravá-los (eles haviam sido reprovados pela gravadora Decca na audiência realizada em 1º de janeiro). Para amenizar a situação, Brian decidiu que eles viajariam para Hamburgo de avião. Foi uma festa, pois somente Paul já havia viajado de avião antes. Ao chegarem ao aeroporto de Hamburgo, eles avistaram Astrid Kirchherr, mas não viram Stuart Sutcliffe. Ali, no saguão do aeroporto, Astrid comunicou-os que Stu havia falecido no dia anterior, vitimado possivelmente por um derrame cerebral.

No início os Beatles sentiram muito, mas a carreira deles estava em jogo, e isto era prioritário. A boa notícia viria pouco tempo depois, com eles ainda em Hamburgo. No dia 9 de maio, Brian os comunicou que eles iriam fazer um teste na gravadora Parlophone, em junho, assim que retornassem. 
Os Beatles retornaram de Hamburgo no dia 2 de junho, e o teste na Parlophone ocorreu no dia 6 de junho de 1962.

4ª passagem dos Beatles por Hamburgo

Local dos shows:

·         Star Club – Grosse Freihert nº 39

A 4ª passagem dos Beatles por Hamburgo para mais uma temporada no Star Club pode-se dizer que foi diferente das 3 anteriores. Em primeiro lugar a duração foi bem menor (1 a 14 de novembro de 1962). Eles ficaram hospedados em um hotel simples, porém de boa qualidade, que foi o Hotel Germania, situado na Detlev-Bremer Strasse, 8.

Esta, de certo ponto, mordomia se deveu a alguns fatos relevantes que aconteceram com os Beatles entre a 3ª e a 4ª viagem deles até Hamburgo.

O primeiro fato relevante foi a substituição de Pete Best por Ringo Starr na bateria. Pete foi informado por Brian Epstein no dia 16 de agosto que estava fora dos Beatles (até hoje, nas entrevistas que vem prestando ao longo dos anos, Pete não sabe explicar concretamente por que foi demitido dos Beatles).

No dia 19 de agosto, Ringo faz a sua primeira apresentação com os Beatles no Cavern Club. Com Ringo na bateria os Beatles melhoravam a sua performance.

Nos dias 4 e 11 de setembro os Beatles finalmente gravam o seu primeiro disco, o single Love me do / PS I Love You, nos estúdios da Parlophone em Abbey Road, com produção de George Martin, lançado em 5 de outubro.

Finalmente, 3 dias antes da viagem para Hamburgo, em 28 de outubro, os Beatles fizeram consagradora apresentação  no Empire Theatre, principal casa de shows de Liverpool.

5ª passagem dos Beatles por Hamburgo

Local dos shows:

·         Star Club – Grosse Freihert nº 39
Já gozando de um relativo prestígio na Inglaterra (em Liverpool eles já eram considerados  a melhor banda da cidade) e já tendo gravado as músicas do segundo single (Please please / Ask me why em 26 de novembro), os Beatles retornam ao Star Club em Hamburgo para realizarem mais uma curta temporada (18 a 31 de dezembro).

Eles ficaram hospedados no Hotel Pacific, em Neuer Pferdemarkt, 30.

Foi nesta temporada no Star Club em Hamburgo (a data não é precisa) que Adrian Barber (uma espécie de assistente de palco da boate), a pedido de Ted Taylor, líder da banda Dominoes que também se apresentava no Star Club, efetuou, com um gravador Grundig caseiro, a histórica gravação de uma das apresentações dos Beatles. Ted Taylor afirmou que John Lennon concordara com a gravação, em troca do pagamento por Taylor das cervejas consumidas pela banda.

Após intenso trabalho de limpeza, já que a qualidade do som era precária, as 30 músicas gravadas por Taylor e adquiridas não se sabe bem como por Paul Murphy, foram editadas em um histórico álbum duplo lançado em 8 de abril de 1977 pelo selo Lingasong, sem a autorização dos Beatles.

Estes acabaram se tornando os únicos registros em áudio que se tem conhecimento de uma apresentação dos Beatles em Hamburgo, na fase pré-beatlemania.

domingo, 13 de julho de 2025

OUÇA e LEIA - Como The Beatles começaram

 


 Esta é a 38ª edição de OUÇA e LEIA, 

onde você ouve uma historinha minha 

e lê o que está ouvindo


É a 38ª, porém reflete minha 3ª participação no Submarino Angolano.

É que não tive como produzir o áudio desta semana e sugeri este áudio pois acabamos de celbrar os 60 anos de existência dos Beatles, conforme eu entendo o fenômeno.

Então, aproveito para produzitr este novo OUÇA e LEIA, com um texto velho, mas sempre muito atual!

Vamos lá.

Primeiro, o LINK, do áudio.

Agora, o texto transcritivo do áudio, que na verdade, foi a origem daquele!
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Desde que recebi a oferta de uma camiseta, lá no ano 2020, fiquei intrigado. Uma fotomontagem como se Paul McCartney estivesse comemorando os 60 anos dos Beatles ... fiquei encafifado... pois nunca comemorei o início dos Beatles em 1960. Fui pesquisar, e logo achei. Foi em agosto de 1960 que John Lennon resolveu despratear o nome da banda, e removeu o 'Silver' de The Silver Beatles, restando apenas The Beatles, da forma que a conhecemos, sim, já há 60 anos. Antes dele, tocaram um tempo como Johnny and The Moondogs, além da original The Quarrymen, que foi como tudo começou.

É isso mesmo? Pera lá, em 1960, nem Ringo estava na banda, nem George Martin, sonhava em entrar pra história, nem tinham Brian Epstein como empresário! Portanto, ainda não eram The Beatles, como conquistaram o mundo, não, não, não me convencem.

Até porque se for pra considerar Beatles sem Ringo, o próprio Paul considera que 'In Spite of All The Danger' como a primeira gravação dos Beatles, ainda na época dos Quarrymen, em julho de 1958, num estúdio caseiro de Liverpool, uma McCartney/Harrison, ou melhor, composição de Paul com guitarra de George.

Trecho de In Spite od All The Danger

 No Lado B, eles gravaram um cover de Buddy Holly, That Will Be The Day! 

Trecho de That Will Be The Day

Mas não.... não ... ainda prefiro minha interpretação.

Resultado de imagem para love me do singlePra mim, The Beatles começaram, já com a formação definitiva, em 5 de outubro de 1962, contei aqui neste link, quando lançaram o primeiro compacto com 'Love Me Do' e 'P.S. I Love You'. Somente aí, deixaram de ser aquela banda de rock de uma cidade litorânea do norte da Inglaterra, para serem conhecidos em Londres, e e chegarem ao 17° lugar das paradas inglesas, e fazerem shows na capital e depois toda a Inglaterra e depois todo o Reino Unido e depois toda a Europa e depois a América e depois o mundo! Foi naquele dia que a luz se acendeu. E, claro, eu gosto muito de celebrar aquele 5 de outubro porque naquele exato dia, mais especificamente, naquela exata noite, estreava com grande pompa e circunstância o primeiro filme de 007, Dr.No, com Sean Connery no papel de James Bond, que no Brasil saiu como 007 Contra o Satânico Dr.No ... coitado do Demo, sempre levando a culpa! Foi naquele dia que a luz se acendeu. Sim, naquele dia The Beatles vieram ao mundo. Ou, 45 dias antes, pra ser mais preciso!

Permitam-me algumas ilações! Vamos ampliar a discussão de datas, mas levando para um outro raciocínio, tipo ‘Se isto não acontecesse, os Beatles não existiriam!’. E então temos vários momentos de conjunção cósmica que levaram à formação dos Beatles. São fatos que SEM OS QUAIS NÃO ocorreria o fenômeno conforme o conhecemos. A partir daqui, uso a expressão em latim do mesmo significado, SINE QUA NON! A meu ver, foram 8 condições SINE QUA NON. para o fenômeno.

1
Trecho de áudio de 6 de julho de 1957, numa igreja

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Em primeiríssimo lugar, tem o 6 de julho de 1957, quando John conheceu Paul, no pátio de uma igreja de Liverpool, levado por um amigo comum, Ivan Vaughn, a quem nós beatlemaníacos agradecemos a passagem pela terra. John ouviu suas habilidades, percebeu que era um talento de igual magnitude que ele, e após uma noite debatendo com seu imensurável ego, decidiu por admiti-lo no Quarrymen. 



SINE QUA NON 1: 
Se John não conhecesse Paul, 
The Beatles não existiriam!
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2

Trecho de In Spite of All The Danger - primeira gravação
Resultado de imagem para quarrymen

Depois, um certo 6 fevereiro de 1958 (quando eu já tinha um mês neste mundo) também foi fundamental, pois foi quando Paul trouxe seu amigo de escola George para conhecer John, pasmem, no andar de cima de um ônibus, onde deu um show na guitarra. John demorou um pouco para admiti-lo na banda por ser ainda um pirralho (ainda ia completar 15 anos), mas acabou por render-se à habilidade do menino, dois dias depois, em 8 de fevereiro.


SINE QUA NON 2: 
Se Paul não trouxesse George, 
The Beatles não existiriam!
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3
Trecho de áudio caseiro já com Stuart Sutcliffe

Stuart e Astrid
Pouco tempo depois, com Pete Best na bateria e com o concurso de Stuart Sutcliffe no baixo, um ótimo artista plástico, mas que não sabia tocar baixo, estava só porque era o melhor amigo de John, os rapazes partiram para Hamburgo, onde tocavam 7 horas seguidas todas as noites, com George ainda menor de idade. Ao final da excursão,  Stuart percebeu que a praia dele era outra e resolveu ficar lá, com a  nova namorada, a artista Astrid Kircherr, fotógrafa de fotos históricas dos rapazes. Corria o mês de julho de 1961. Sua saída se constituiu num turning point, porque somente aí Paul assumiu de vez o baixo e se tornou um dos maiores baixistas de todos os tempos, fator crítico de sucesso da banda. Algum tempo depois, infelizmente, Stuart veio a falecer, devido a um aneurisma...,


SINE QUA NON 3: 
Se Stuart não fosse embora, 
The Beatles não existiriam!
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4
Trecho de My Bonnie, com Tony Sheridan and The Beat Brothers

Brian Epstein, empresário dos Beatles, morreu em
                    agosto de 1967 aos 32 anos. (Foto: Divulgação)Um próximo momento foi quando Brian Epstein resolveu sair de sua loja de discos na hora do almoço para ver ao vivo uma banda que ele ouvira em um disco acompanhando Tony Sheridan, que tinha uma certa projeção,  cantando a valsinha "My Bonnie" em ritmo de rock, gostara do som, mais da banda de apoio que do próprio astro. E chegou ao The Cavern Club e ouviu John e Paul dominarem o palco, George com ótimos solos de guitarra, e ainda Pete Best na bateria, mas principalmente, ficou impressionado com o carisma deles, principalmente dos dois frontmen. Era um 9 de novembro de 1961. Um mês e um dia depois, fez a proposta de empresariá-los em troca de 25% dos rendimentos, com ele arcando com todas as despesas, eles aceitaram e começaram a batalha por uma gravação.

SINE QUA NON 4: 
Se Brian Epstein não chegasse, 
The Beatles não existiriam!
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5

Trecho de Beasame Mucho, do teste da Decca Records

Resultado de imagem para decca tapesTalvez eu apele um pouco agora, mas um NÃO pode ter sido essencial para o sucesso deles. Foi Dick Rowe, gerente da Decca Records, que num 1º de janeiro de 1962, recebeu-os em sua gravadora para um teste, não gostou do que ouviu, dizendo que aqueles grupos de guitarra não tinham futuro... Se tivesse gostado, e assinado com eles, talvez eles tivessem mantido Pete Best. E não teriam Ringo, fator crítico de sucesso da banda, e não teriam conhecido George Martin, outro fator crítico de sucesso, pois era gerente de uma gravadora concorrente. Apelei? 

SINE QUA NON 5: 
Se Dick Rowe tivesse dito SIM, 
The Beatles não existiriam!
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6
Trecho de Searching, do teste da Decca Records 
(representando a procura de nova gravadora)

Com aquele Não, o desânimo tomou conta dos rapazes mas não de Brian, que seguiu buscando e passou nos escritórios da grande loja HMV na 363, Oxford Street, para transformar a fita num disco, entregando-a para um  certo técnico de som Jim Foy, que ouviu e gostou, sugeriu que conversasse com o chefe dele Sid Coleman, que pegou o telefone e marcou uma reunião do grupo com um certo Maestro George Martin da gravadora EMI. Era um 8 de fevereiro de 1962. 

SINE QUA NON 6: 
Sem o encontro na HMV, 
The Beatles não existiriam!

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7
Trecho de Love Me Do, da 1ª gravação na EMI


Resultado de imagem para george martin meets the beatlesE, claro, o próprio dia do encontro um certo de 6 de junho de 1962, na EMI, com George Martin, que aliás nem os ouviu ao vivo, ficou só na fita, mas enxergou longe, adorou o carisma dos rapazes (o garoto George até gozou da gravata do velho George), assinou contrato mas recomendou que trouxessem outro baterista. Martin foi fundamental para a transformação dos Beatles numa banda mais madura, e sempre estava aberto a ouvir as ideias dos rapazes e fazia o possível para concretizá-las.

SINE QUA NON 7: 
Se Martin tivesse gostado de Pete Best, 
The Beatles não existiriam!
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8

Trecho de Boys, 1º canção cantada por Ringo, no 1º LP dos Beatles

Resultado de imagem para ringo starr in hamburgE somente aí, apareceu a chance de Ringo. Já era o melhor baterista de Liverpool, era o único dos quatro que tinha um carro, astro da banda Rory Storm and The Hurricanes, era claro que John e Paul o queriam na banda. Fizeram o convite, ele se manteve nas duas bandas por um tempo, até que, num dia 22 de agosto de 1962, assumiu as baquetas da bateria Beatle para nunca mais largá-las, exceto num par de três ou quatro breves ocasiões, por saúde, férias ou briguinhas... 
The Beatles estavam completos! E, 45 dias depois, viria ao mundo seu primeiro disco

SINE QUA NON 8: 
Se Ringo fosse fiel à sua banda, 
The Beatles não existiriam!

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A partir daí, foi só botarem o talento e o carisma pra fora e correr para mudarem a história!!

O que pensam? 

Como celebração é livre, em agosto de 2022, eu, ao menos eu, comemorei os 60 anos da maior banda de todos os tempos, que ainda hoje, sexagenária, ainda encanta e influencia gerações!!!

Demais edições do OUÇA e LEIA

  1. Neste LINK - A Origem dos Beatles 
  2. Neste LINK - Homenagem a Buddy Holly
  3. Neste LINK - 1º Capítulo do Projeto Medley
  4. Neste LINK - 2º Capítulo do Projeto Medley 
  5. Neste LINK - 3º Capítulo do Projeto Medley 
  6. Neste LINK - 4º Capítulo do Projeto Medley
  7. Neste LINK - 5º Capítulo do Projeto Medley 
  8. Neste LINK - O Projeto Medley
  9. Neste LINK - O 6º Compacto. 
  10. Neste LINK - The Ballad Of John And Yoko  
  11. Neste LINK - Happiness Is A Warm Gun  
  12. Neste LINK - While My Guitar Gently Weeps  
  13. Neste LINK - You Know My Name (Look Up The Number)  
  14. Neste LINK - A 1ª Década Sem The Beatles - Going Solo 
  15. Neste LINK - A 2ª Década Sem The Beatles - Década de Luto
  16. Neste LINK - A 3ª Década Sem The Beatles - Antológica 
  17. Neste LINK - A 4ª Década Sem The Beatles - NakedLove090909 
  18. Neste LINK - A 5ª Década Sem The Beatles - Cinquentenária 
  19. Neste LINK A 6ª Década Sem The Beatles - The Get Back Decade
  20. Neste LINK Os Números nas Canções dos Beatles 
  21. Neste LINK Os Nomes de Gente nas Canções dos Beatles
  22. Neste LINK Os Nomes Próprios nas Canções dos Beatles
  23. Neste LINK Os Animais nas Canções dos Beatles
  24. Neste LINK - A Parceria Lennon / McCartney 
  25. Neste LINK - Os Beatles de Ringo Starr 
  26. Neste LINK Análise de Eight Days A Week
  27. Neste LINK Análise Temática de Being For The Benefit of Mr. Kite 
  28. Neste LINK Análise Temática de Honey Pie
  29. Neste LINK Análise Temática de Yer Blues 
  30. Neste LINK Análise de Birthday
  31. Neste LINK Análise temática de Yellow Submarine
  32. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - As Covers
  33. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 1
  34. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 2
  35. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 3
  36. Neste LINK O George Harrison dos Beatles - O George Romântico Parte 4
  37. Neste LINK O George Harrison Indiano - Partes 1 e 2

sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Minha Universidade


Antes de começar minha Saga
O Universo das Canções dos Beatles (LINK)
Reuni boa parte de minha obra sobre eles neste post
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Um primo querido meu, gênioooo, lembrou-se de mim, sabnedor de minha paixão pelos Beatles,  e mandou-me um artigo do New York Time sobre um mestrado no tema, lá em Liverpool!

Bem, o que ele não sabia, é que fui professor naquele curso! 

Comecei ministrando cursos à distância, depois passei um tempo como Professor Visitante, depois como Professor Titular, e, finalmente, atingi a Livre-Docência!

Ao lado, a imagem de minha ascensão a Livre-Docente.

Bem, se já se acham experts no assunto The Beatles e querem ir direto para a prova final, sem problemas, basta clicar no link abaixo:

O que é ser Beatlemaníaco?

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Virgínia Tales - Meu 1º Amigo Virtual Moogy Klingman

Este é mais um causo de Vrgínia Abreu de Paula, a maior beatlemaníaca que eu conheço, quando ela conta de seu 1º amigo virtual, só não disse...