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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Os Covers dos Beatles, em mais um show de Virginia de Paula

Eu senti necessidade de criar um post para cada uma das canções covers dos Beatles, que eu juntava um post por álbum.. então 4 posts aglutinadores de covers geraram 22 posts.... ... e aí senti falta de uma ilustração por post, como eu fazia com as originais... então fui na madrugada de ontem a dentro a garimpar imagens dos autores de cada canção para o efeito!

Então, foi um bom (!) exercício pra tendinite... marca o texto no post original, copia, vai pra nova aba, cria novo post, cola, ajeita introdução, vai pro Google, procura imagem, copia, vai pro Paintbrush ... cola, ajeita, cria um arquivo .PNG, volta pra aba do novo post, cola, ajeita as referências, salva, parte pra outro....Enfim criei 22 posts e os publiquei no Grupo 4 Ever do WhatsApp, que reúne Beatlemaníacos legais!

Um delas é Virgínia de Paula, a quem enalteci há um tempo em um post dedicado, aqui neste LINK. Ele viveu os anos auge dos Beatles como adolescente entrando na maioridade. E sempre tem histórias a contar.

Olha o que ela fez!! Foi a cada um de meus 'novos' posts, e comentou!

E a coisa foi tão mágica que, como eu fui fazendo de Past Masters para trás (pulando HELP, que ainda vou fazer) tudo terminou como começou, lá em Please Please Me .... e o primeiro que aparece no topo é justamente meu melhor post sobre as covers, dos Beatles, o de Twist And Shout, que ela reconhece com um queridíssimo comentário, como verão....

Não fiz transcrição, mas tirarei fotos de uma visão que só eu tenho, como administrador do blog, com todos os comentários back to back! Então, sobreviverão uns pequenos erros de tipografia de nossa querida beatlemaníaca...

Se eu puder destacar algum outro comentário para que não deixem de ler o de Mr. Moonlight ... sim, justamente a canção que menos gosto, mas que até gosto mais depois desse comentário dela...










quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Twist And Shout

 Esta é canção fecha o álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas.


14. Twist And Shout (Scott/Marlow)

Excepcionais garotos! Excepcional John Lennon, como já falei na introdução. Um take só, no final do dia, para entrar para a história, assim como o vídeo deste LINK, que deixo pra vocês! 

A canção era quase obrigatória nas shows da banda. Composta por Scott e Marlow, que, seguramente, jamais sonharam que ela alcançaria a fama que tem hoje, e estaria ainda viva 60 anos depois de ter sido escrita. E certamente sorriem no túmulo, a cada vez que ouvem a interpretação Beatle de sua canção dançante, muito melhor que na gravação mais popular até então, pelos Isley Brothers.  
 
Ter os Beatles como banda cover era um luxo só. Era garantia de que ela seria, no mínimo igual (quando os autores/cantores são Chuck Berry, Little Richards ou Carl Perkins), mas na grande maioria, melhor, bem melhor que a gravação original. Eles já vinham de anos de estrada tocando rock de tudo quanto é jeito, e eram imbatíveis, tinham vigor, tinham harmonia vocal impressionante. 
 
Graças ao chão percorrido, eles puderam lançar seu primeiro LP, Please Please Me, com 14 canções, sendo 10 gravadas em apenas um dia de estúdio, na Abbey Road. Foram 14 canções, sendo 8 de autoria deles (uma coisa inédita nas bandas da época!) entremeadas com 6 covers. Foram 9:45 horas de gravação, naquele que pode ser considerado o dia mais produtivo da história do rock. Isto sem contar os intervalos entre as três sessões, em que eles seguiam ensaiando, e tomando leite, para preservar a garganta, afinal era inverno, estavam todos resfriados. Nada comeram naquele dia. 
 
Quando chegou 10:00, o estúdio ia fechar, mas ainda faltava uma canção. Foi quando John disse que a garganta estava prestes a explodir. Tinha ‘estoque’ para mais uma e única performance, um esforço final. Era uma chance só! E decidiram gravar Twist and Shout, justamente a mais berrante das canções do LP, e que era levada justamente por John. Às 10:30 da noite do dia 11 de fevereiro de 1963, John gargarejou uma última golfada de leite, e soltou a voz, mais áspera do que nunca, e a banda acompanhou nos woooos e haaaas. Terminado o esforço, silêncio absoluto no estúdio, todos se entreolhavam calados, um misto de espanto e agradecimento. Haviam acabado de testemunhar a mais impressionante interpretação vocal e instrumental da história do rock’n roll até então E ela é assim, por muitos, considerada até hoje. Digo mais, ‘Twist and Shout’ somente está hoje aí, firme e forte, por causa da primorosa e imbatível gravação dos Beatles.
O que se ouviu naquele momento é exatamente o que se ouve até hoje. Aquela tomada foi a definitiva. Ainda tentaram mais uma, melhorar o imelhorável, mas a voz de John sumiu, apagou, como ele mesmo previra. 
 
Ela foi tocada no Ed Sullivan Show, em fevereiro de 1964, na mais espetacular invasão dos Estados Unidos de todos os tempos, uma invasão do bem, quando os Beatles simplesmente tomaram de assalto a principal cidade do país, parando o aeroporto e depois as ruas de New York. E também em outro momento marcante, em novembro de 1963, numa noite de gala no Prince of Whales Theatre, quando, na presença da mãe e da irmã da rainha Elizabeth II, John Lennon fez um famoso e antológico apelo, antes da canção final:

For the next number,

I would like to ask for your help.

Will those in the cheaper seats clap your hands?

The rest of you just rattle your jewelry!


E exibiu seu sorriso sarcástico, olhou para o resto da banda, e mandou:

Tchan tchan tchan tchan tchan - tchan tchan tchan

'ousheikirolbeeibenau'

woooos

A Taste Of Honey

 Esta é a 3ª canção do álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com

12. A Taste Of Honey (Scott/Marlow)


A Taste of Honey é uma preferida de Paul, que nos leva a um clima de faroeste, uma valsa, que era um tema instrumental, feita por Scott e Marlow para um musical da Broadway, baseado numa peça inglesa, que depois virou filme, tu,do do mesmo nome, e que depois ganhou uma letra, nesta versão sendo regravada mais de 250 vezes, portanto com muito sucesso. Ao contrário das outras Covers do LP, A Taste of Honey não foi gravada na sessão noturna daquele 11 de fevereiro histórico, mas abriu a sessão da tarde, após o almoço, que os Beatles optaram por não saborear, para ensaiar ainda mais! Muito responsáveis os Beatles!! 
 
Foram 5 takes, com todos tocando seus instrumentos tradicionais, e Paul cantando seu vocal principal e John e George seus ótimos backing vocals. Após, isso passaram a outra canção, mas George Martin chamou Paul para dobrar o vocal, para dar mais corpo, cantando por sobre o vocal nas pontes da canção ("I wiiiil return yes I will return..."). Martin orientou que ele fizesse uma ponte em cada take, portanto, o Take 7 foi o considerado final! Foi a primeira vez que foi usada essa técnica de dobrarem  vocais, de muuuitas que os vocalistas usaram em inúúúmeras canções da carreira, e a única no LP Please Please Me. Note-se a mudança de ritmo do verso (valsa) para a ponte (r4x4), mostrando a versatilidade de Ringo. E, claro, as harmonias vocais, na introdução com o título da canção, os tchu-ru-ru-ru nos versos, e as respostas "You'll come back..." no final. Excepcionais garotos! 

Baby It's You

  Esta é a 3ª canção do Lado B do álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas.


10. Baby It's You (David/Williams/Bacharach)


A canção (sim, o Bacharach, um dos 3 compositores é aquele mesmo Burt, conhecido das baladas de 1970, coisa pouca, tipo assim Raindrops Keep Falling On My Head) foi um sucesso na voz de The Shireless (de novo, um grupo de meninas!), mas ganhou mais corpo na voz dos Beatles, mais especificamente na de John com direito a charmosísssimos "cheat-cheat", e magnificamente contracantada por Paul e George, em deliciosos "Scha-la-la-la-la-la-la's" e "uuuu's" e "aaaa'sAlém dos instrumentos tradicionais, George Martin adicionou uma pianola, posteriormente, de leve, por sobre o solo de George na guitarra! Foi a penúltima canção gravada na histórica sessão, e foram apenas 3 takes!! A experiência de tocá-la ao vivo já há um ano foi fundamental para essa rápida conclusão. Pra manter a norma, deixo aqui a versão tocada ao vivo na BBC, neste LINK. Note que o solo é feito ao vivo por George, e com extrema competência e com direito a três notas extras em relação à gravação de estúdio. Ele estava confiante! Os rapazes eram de extrema categoria!

Boys

   Esta é a 5ª canção do álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas.


5. Boys (Dixon/Farrel)

Ali, naquela primeira sessão de gravação de LP da história dos Beatles, já se instalava o costume de reservar uma oportunidade para Ringo brilhar. E foi em Boys, sempre tocada nos shows da banda naquele começo de carreira, para gáudio das fãs, uma interpretação vigorosa do nosso querido baterista cantor, coisa raríssima naqueles dias, mais um daqueles nunca-antes-na-história-das-bandas-de-rock. E Ringo herdara essa atribuição do baterista que ele deslocou: era Pete Beat quem cantava Boys. Interessante que era uma canção sobre meninos cantada por The Shireless, um grupo vocal feminino americano (do qual Dione Warwick fez parte algumas vezes), Lado B de um compacto de 1960. E parece que era um número de Ringo em sua antiga banda, Rory Storm and The Hurricanes, da qual John e Paul o sequestraram para os Beatles. Foi a 8ª de 11 canções gravadas naquele 11 de fevereiro, 10 das quais se materializaram no 1º LP. Eles estavam tão afinados, que apenas UM TAKE foi necessário, decidiram que não precisavam tentar melhora nem uma coisinha sequer! O "paptchua papatchua" de Paul, John e George é sensacional! Isso era Beatles, rapaz! E foi a única canção em que isso aconteceu... bem, sim, já cantei em prosa e verso que Twist And Shout foi conseguida no 1º take, só que eles ainda tentaram uma 2ª vez, sem sucesso. Aqui, vou deixar uma performance ao vivo, com vídeo, para se encantarem com Ringo, neste LINK. É um trecho do documentário Eight Days a Week (The Touring Years) e as cenas do show foram no Hollywood Bowl.

Chains

  Esta é a 4ª canção do álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas.

4. Chains (Goffin/King)

Composta por Goffin e King, e este King, na verdade é mulher, e é, sim, a diva Carole King, quem diria... de grandes sucessos nas décadas seguintes, deixo aqui como registro apenas dois, It's Too Late e You've Got a Friend, precisa mais não, né! Quem a gravou originalmente foi o grupo vocal The Cookies, que teve breve sucesso, mas terminou por virar backing vocals de Ray Charles. Ela é cantada por George em Please Please Me. Não é de minhas favoritas, mas tem uma harmonia vocal espetacular de John e Paul, as usual, cantando junto com George nos versos e deixando-o solo apenas nas pontes "I'm gonna tell you pretty baby...". Foi a 9ª de 11 canções gravadas naquele 11 de fevereiro, 10 das quais se materializaram no 1º LP. Apenas quatro takes foram gravados, sendo escolhido o primeiro deles como o melhor, com todos ao vivo, em seus instrumentos tradicionais, mas também com a sensacional gaita de John na introdução, que ele abandona abruptamente para começar a harmonia vocal, e passar à sua guitarra. Aliás, foi esta a primeira vez em se ouviu em disco a marca registrada dos Beatles: a harmonia vocal tripla! E eles a fizeram ao vivo, sem overdubs. Os Beatles eram sensacionais! Deixo aqui o LINK da versão tocada ao vivo na BBC, aqui, sem a gaitinha.

Anna (Go to Him)

   Esta é a 3ª canção do álbum Please Please Me, o 1º dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas.

 
3. Anna (Go to Him) (Alexander)

Gravada originalmente por seu autor, o americano Arthur Alexander, poucos meses antes, Anna (Go To Him) era uma balada soul favorita de John, também uma de minhas favoritas!  A letra é um romance lascado, com o autor reclamando de seu amor perdido "You give back your ring to me and I willl set you free, go with him".  Foi a 7ª de 11 canções gravadas naquele 11 de fevereiro, 10 das quais se materializaram no 1º LP. Era a sessão noturna, que começou com Hold Me Tight, que foi deixada para o LP seguinte. Anna veio logo a seguir! Apenas três takes foram necessários, com todos ao vivo, em seus instrumentos tradicionais. John deu show na gravação vocal. George também a cantava ao vivo em shows. Deixo aqui o LINK da versão tocada ao vivo na BBC, muito bem, virtualmente igual à de estúdio, com John preferindo não subir a nota na 2ª sílaba de "...searCHING", mas as harmonias de Paul e George ("Aaaaaaanna") estão lá, bem como o ótimo baixo de Paul surpreendentemente bem definido para uma gravação ao vivo.

Próximos Passos da Saga - Setembro de 2021

Em abril de 2021, fiz um planejamento para os Próximos Passos da Saga

Aqui neste LINK

Agora, 5 meses depois, hora de prestar contas!

E anunciar os próximos passos.


A partir daquele relatório já realizei (LINKs disponíveis nos nomes!)

1.     Analisei o Álbum Yellow Submarine

3.     Analisei o Álbum Abbey Road

4.     Analisei o Álbum Let It Be

5.     Analisei o Álbum Past Masters #1

6.     Analisei o Álbum Past Masters #2

 

Isso terminaria a Saga mas, conforme prometido voltei aos 5 primeiros álbuns e criei um post para cada um, para assemelhá-los aos 10 últimos. E já completei a missão em 4 deles! 

7.     Fiz uma análise para cada canção de Please Please Me

8.     Fiz uma análise para cada canção de With The Beatles

9.     Fiz uma análise para cada canção de A Hard Day’s Night

10.   Fiz uma análise para cada canção de Beatles For Sale


Isso terminaria a Saga, mas tem um outro jeito de ver a coisa: Como foi CADA ANO da carreira dos Beatles!!

Vejam quais são meus próximos passos: 

1.     Fazer uma análise para cada canção de HELP!

2.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1962

3.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1963

4.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1964

5.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1965

6.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1966

7.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1967

8.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1968

9.     Fatos e Lançamentos do Ano de 1969

10.   Fatos e Lançamentos do Ano de 1970

 

Que tal?

Quem não entendeu a ordem e cores da figura abaixo, é porque não vem acompanhando minha saga desde o princípio, mas eu explico!

A Saga começou com a classificação das canções dos Beatles por Assunto, e identifiquei 7 Assuntos, e dentro de cada Assunto, quando apropriado, subdividi em Classes.

Então, cada cor ali do lado representa uma Classe! 

A figura é uma parte da  

Grande Tabela Beatle

Uma Super Tabela de Canções dos Beatles por Assunto e Classe, que eu apresentei neste post (LINK)

Isso tomou 30 Capítulos!

Depois, segui a Saga com 5 Capítulos com estatísticas interessantes sobre as letras, quantificando nomes, de homens, mulheres, animais, coisas e simplesmente nomes com letra maiúscula, enfim, que interessam a algumas pessoas...

E então, comecei a segunda parte da Saga, com um capítulo pra cada álbum lançado, conforme o que comecei contando ali em cima.

Pronto! Foi uma prestação de contas!

Eu contei

DONCOVIM


ONCOTÔ


PRONCOVÔ



Conseguirei?



terça-feira, 28 de setembro de 2021

Bad Boy

 Esta é 16ª canção da coletânea Past Masters #1, 14º Álbum Oficial dos Beatles 

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK 

Ela é a única canção inédita do LP A Collection of Oldies But Goldies


16. Bad Boy (by Larry Williams)

John conta: 
A bad little kid moved into my neighborhood
He won't do nothing right just sitting down and looks so good
He don't want to go to school and learn to read and write
Just sits around the house and plays the rock and roll music all night
Well, he put some tacks on teachers chair
Puts some gum in little girl's hair
Hey, Junior, behave yourself!

... na verdade, Junior é apenas um garoto que não gosta de escola mas adora sua guitarra, e faz umas travessuras de vez em quando, numa letra muitíssimo divertida.

 
O trecho acima é o longo primeiro verso, em 20 compassos, da canção. Mais outros dois versos, com letras diferentes viriam, mas com mesma duração, sanduichando um solo de guitarra. Aqui cabe uma observação deste observado que vem observando estruturas de canção há pouco tempo em sua vida, e já com a bagagem de uma centena de canções analisadas dos Beatles. Estes últimos adotaram na grande maioria de suas canções uma configuração de versos e pontes, às vezes introduzindo um refrão. Nesta 4ª análise do bom rock'n roll dos anos 1950, eu notei um padrão diferente, de apenas versos na estrutura. As 4 apresentam 3 versos, com um ou dois solos de guitarra imiscuindo-se entre eles. Não sou doido de extrapolar, mas apenas apontar essa tendência!
 
 
John é novamente o vocalista, e comandou a gravação da base, em 4 takes, na noite de 10 de maio de 1965. Ele fazia apenas um guia vocal, com o microfone desligado, tocando sua guitarra, e tendo Paul no baixo,  Ringo na bateria e George em outra guitarra, em que faz um solo durante 12 compassos entre os Versos 2 e 3 que seguem no padrão original do 1º Verso, de 20 compassos.  Ao longo dos versos, George estabelece um 'diálogo' de sua guitarra com as frases de John, sensacional. Depois, vieram os overdubs, de George e Paul em suas respectivas guitarras, de Ringo com um pandeiro e de John, com seu mais uma vez estonteante, áspero e rouco vocal de rock'n roll, e John também acrescentou aquele órgão esperto. Em minha opinião, Bad Boy seria muito mais merecedora de fechar o álbum HELP!, como foi o caso da outra de Larry Williams daquela noite, Dizzy Miss Lizzy. Essa má escolha fez com que eu conhecesse essa maravilha apenas por causa do Past Masters#1 em 1988. Confira comigo, neste LINK.



Matchbox

  Esta é 13ª canção da coletânea Past Masters #1, 14º Álbum Oficial dos Beatles 

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK 

Ela fecha o EP Long Tall Sally

13. Matchbox (by Carl Perkins)

Ringo se resigna:.
  1. I ain't got no matches, but I sure, Got a long way to go
  2. I'll never be happy, cause everything I've ever did was wrong  
  3. I got news for you, baby, Leave me here in misery 
  4. And when your big dog gets here. Watch how your puppy dog runs

 A numeração corresponde à finalização de cada um dos versos diferentes da canção, naquela estrutura comum dos lamentos do blues, uma frase, depois ela é repetida, e depois vem a conclusão. O 1º verso é repetido na finalização da canção.

A letra, de autocomiseração, "ó vida, ó azar!", é típica das preferências de Ringo, que adorava esse tipo de declaração, de dar essa conotação de sad and lonely poor boy que viria em várias de suas outras 10 participações como vocalista na carreira dos Beatles, duas delas como autor da canção. E também seria a physique de role de seu papel como ator Beatle, em 3 dos 5 filmes da banda, abrindo com a sensacional cena de A Hard Day's Night, que é  acompanhada por uma This Boy instrumental, depois sendo O CARA que é perseguido por uma seita maluca em HELP!, e mesmo na animação Yellow Submarine, sendo O CARA que aperta o botão errado e é ejetado da nave que viajava por mares psicodélicos. Grande Ringão! 
 
A sessão de gravação ocorreu no mesmo 1º de junho de Slow Down, acima descrita, e Matchbox foi a primeira gravada. E foram 5 takes, dos quais 3 completos, e com tudo dentro, todos tocando, inclusive George Martin ao piano, e Ringo cantando, em sua bateria. O curioso é que foi John quem fez o solo na guitarra, entre o 3º e o 4º versos. Posteriormente, Ringo dobrou seu vocal, depois triplicou seu vocal, o que dá pra ser notado explicitamente em algumas ocorrências do "Weeeell" no começo de alguns dos versos, que se ouve 3 vezes claramente. Uma figura ilustre estava nos estúdios, o próprio autor Carl Perkins, então em excursão pela Inglaterra, que foi convidado para testemunhar a primeira de 3 composições que ele autorizou, com muita satisfação, que os Beatles regravassem, as outras sendo Honey Don't, também com Ringo e Everybody Is Trying To Be My Baby, com George, outro admirador do roqueiro americano. 
 
Nos EUA, as duas canções do Lado B do EP foram lançadas em compacto simples, com grande sucesso, tendo inclusive a de Ringo alcançado melhor posição que a de John nas paradas americanas. Ringo era o mais popular dos Beatles naqueles tempos, terra de Tio Sam, sendo inclusive lançado para Presidente dos EUA! Hehehe!


 

Slow Down


 Esta é 12ª canção da coletânea Past Masters #1, 14º Álbum Oficial dos Beatles 

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Ela também abre o Lado B do EP Long Tall Sally


12. Slow Down (by Larry Williams)

John implora:
Well, come on pretty baby, won't you walk with me?
Come on, pretty baby, won't you talk with me?
Come on pretty baby, give me one more chance.
Try to save our romance!
Slow down, baby, now you're movin' way too fast.
You gotta gimme little lovin', gimme little lovin'
  
   
Ow! if you want our love to last
... nos outros dois versos, Larry, na voz de John, dá ainda mais argumentos para a garota dar mais uma chance pra ele
Pois é, John é o vocalista, e entrega um magnífico desempenho vocal, es-pe-ci-al-men-te no 3º verso, ele faz aí uma das melhores gravações de sua vida! Sua voz rouca se encaixou como uma luva no clima desse magnífico rock'n roll americano. São 5 vezes um 12-bar-blues duplo, pode contar, você vai ver que vai contar até 24 em cada um. O primeiro deles é instrumental, com piano e floreios de guitarra, depois dois versos são cantados (com direto a um sensacional "Brrrrr, if you wan your love to last"), e vem mais um verso instrumental, com solo de guitarra de George e, finalmente, o verso matador de John, não deixem de ouvir. Isso foi conseguido, não em um, mas 3 takes, dedicados à base, sem a voz de John, só com os instrumentos tradicionais.  Depois, vieram o piano de George Martin e o vocal inicial de John, e depois seu vocal dobrado, onde ele erra algumas vezes a letra, mas com direito a uma harmonização dele com ele mesmo no último 'slow down' da letra, percebam. vale a pena
 vale a pena, neste LINK!! Era 1º de junho. Slow Down fazia parte do set list do Cavern Club e de Hamburgo, mas não viu a luz do palco na era dos shows do Beatles, com exceção de uma participação num programa da BBC.

Long Tall Sally

Esta é 10ª canção da coletânea Past Masters #1, 14º Álbum Oficial dos Beatles 

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

Ela também abre o EP Long Tall Sally


10. Long Tall Saly (by Little Richard)

Paul grita:
I saw Uncle John with long tall Sally
He saw Aunt Mary comin' and he ducked back in the alley
Oh, baby, yeah now baby
Woo baby, some fun tonight
... explicando rapidinho, Tio John, safadinho, estava de trique trique na rua com a alta Sally, quando viu Tia Mary e se escondeu num beco. Mais adiante, dá-se a entender que Sally é um travesti. "Ela tem tudo de que o tio John precisa", ai ai. 
Paul é o vocalista, e ele faz aí uma das melhores gravações de sua vida! Vocal gritado, um tom acima do que cantou seu autor Little Richard. E a banda contribuiu tão bem, que foi necessário APENAS UM TAKE, ao efeito.  George Harrison fez dois solos perfeitos. Até George Martin entrou na onda, lascando seu piano com perfeição. Uma vez só! Quando acabou, todos se entreolharam espantados com a própria performance. Não tocaram mais nenhuma vez, não tem take alternativo, não fizeram nenhum overdub, nenhum ajuste ou edição foi necessário. Era a resposta de Paul para o show de John em Twist and Shout um ano antes, que também fez a proeza.
 
Esse show foi dado num hoje histórico 1º de março de 1964. Não foi à toa, não foi difícil escolher qual seria a primeira cover a se candidatar a entrar no mais novo álbum da então mais famosa banda do mundo, posto que eles haviam acabado de conquistar a América. Long Tall Sally era uma favorita de John e Paul, aliás, desde seu primeiro encontro em 6 de julho de 1957 no pátio de uma igreja em Liverpool. Paul sabia os acordes e a letra (e cantá-la, o que não era fácil) e impressionou John com sua habilidade na guitarra. Tocaram-na ainda como Quarrymen, depois como Silver Beatles, e seguiram tocando-a, já com o nome definitivo da banda, ainda antes da chegada de Ringo, no Cavern Club e em noitadas compridas nas casas noturnas de Hamburgo na Alemanha. E ela estava em quase todos os shows já depois da fama, e também com Ringo. Ela normalmente fechava os shows, e levaram-na em excursões pelo mundo, em todos os 4 anos que durou sua carreira ao vivo da banda, interromperam sua presença brevemente quando chegou I'm Down, de Paul, que passou a fechar os shows, mas retornaram com ela aqui e ali, inclusive no último show em San Francisco, em agosto de 1966. Ela é a primeira canção do Lado A do compacto duplo. Deixo aqui este LINK, na 1º vez que tocaram a canção no Estados Unidos, em Washington, para terem uma ideia.

 

Everybody´s Trying to Be My Baby

  Esta canção fecha o Lado B de Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK  

 

14. Everybody´s Trying to Be My Baby (Carl Perkins)

A canção tem a distinção de fechar "Beatles For Sale" e consolida Carl Perkins como campeão de todos os tempos da carreira dos Beatles com a segunda canção num mesmo LP. E com Matchbox lançada no mesmo ano cantada por Ringo em um EP, Perkins se consolida como o compositor com mais canções originais gravadas pelos Beatles, mais mesmo que o próprio Ringo (estou desconsiderando What Goes On, em que ele apenas ajuda). George a canta, como fazia nos primórdios e voltou a fazer após o lançamento, na BBC (ouça beste LINK), na TV e nos shows de 1965. A letra reflete o que acontecia com cada um dos quatro Beatles à época, todas queriam ficar com eles! George era o maior admirador do guitarrista americano, em quem se inspirou para seu próprio estilo na guitarra. Ela foi gravada na mesma sessão em que John e Paul gravaram suas ONE-TAKE-Songs, o fabuloso e épico 18 de outubro de 1964, e George não ficou atrás: apenas um take foi necessário para a conclusão da faixa, com John no violão e os demais em seus instrumentos usuais (acho que já escrevi isso!).

Honey Don't

 Esta é a 4ª canção do Lado Bde Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK
10. Honey Don't (Carl Perkins)

A canção abre o reinado de Carl Perkins em "Beatles For Sale", logo a seguir, na posição 3 do Lado B do LP. Ela era o Lado B de Blue Suede Shows, compacto lançado em 1956. Na voz de Ringo, Perkins quer conhecer melhor sua 'Honey', um dos mais famosos qualificativos de 'Amorzinho' na língua inglesa. Ele é o único autor a ter duas canções gravadas pelos Beatles num único álbum! E foi a oportunidade para Ringo brilhar! Era John quem cantava a canção nos shows (ver aqui neste LINK,  em show da BBC) em Liverpool e Hamburgo, mas ele considerou que o range vocal de Ringo estava OK para ela, e a partir de então, foi o baterista quem a cantou ao vivo, nos shows subsequentes, mais de 30 vezes!  
 
Ela foi gravada na última sessão de gravação do LP, em 28 de outubro, em 5 takes, com todos tocando seus instrumentos nos primeiros, mas com John mudando para o violao nos últimos, e Ringo cantando ao vivo! Depois, em overdubs, Ringo seguiu seu papel de astro da canção e gravou pandeiro ao longo de toda canção! Deixo aqui, uma performance de nosso querido baterista ao vivo, mas já em carreira solo, num histórico encontro com Carl Perkins, o lendário autor da canção, neste LINK. 

Words Of Love

 Esta é a 2ª canção do Lado Bde Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK


9. Words Of Love (Buddy Holly)

A canção está na posição 2 do Lado B do LP e é uma fundamental homenagem a seu autor Buddy Holly, genial líder dos Crickets, que morrera num desastre de avião aos 19 anos, em 3 de fevereiro de 1959, conhecido como O Dia Em Que A Música Morreu, sobre o qual falo, neste LINK. Todos sabem da predileção de John por Chuck Nerry, da de Paul por Lottle Richard e da de George por Carl Perkins, mas acima de todos eles, está Buddy Holly. A identificação dos Beatles com Holly era enorme, porque o jovem astro americano, compunha Rock and Roll, era branco, cantava e tocava guitarra enquanto cantava, inclusive os riffs. Foi essa inspiração que os levou a serem do jeito que eram. E tinha um apelo ainda maior a John, pois usava óculos, hehehe, já que o Beatle era 'blind as a bat' como declarou George na década de 1970. A reverência a Holly era tanta que é dele o primeiro registro em gravação de John, Paul e George, ainda no Quarrymen, em 1958, a canção That'll Be The Day, tendo no Lado B uma canção de Paul chamada In Spite Of All The Danger. Foi ótimo que os Beatles optaram por Words of Love, menos conhecida que a já citada, ou que Peggy Sue, ou ainda Maybe Baby, dando a possibilidade ao grande público conhecer mais a fundo o lindo poema, "Deixe-me ouvir você dizer as palavras que eu quero ouvir, querida, quando você está perto, umm, umm, palavras de amor que você sussurra, suave e sincera, querida, te amo", rimando lindamente em inglês. 

Assim como as outras três covers descritas até agora, Words Of Love foi também gravada na já antológica Sessão Mamute de 18 de outubro e ainda viria outra. Ela foi a última a ser gravada, todos já cansados, e foi na meia-hora final da sessão de longas 18 meias-horas, que terminou a meia-hora do dia 19. E foram apenas dois takes, o segundo considerado ótimo, com todos em seus instrumentos usuais, e vocal triplo imbatível de John/Paul/George na harmonia tripla em um mesmo microfone. É de John o vocal mais grave que se nota bem nas palavras estendiiiidas, como em "tell how you feeeeel" ou "darling,z when you're neeeeeear". Eu disse todos em seus instrumentos usuais? Minto! Ringo batucou também em um estojo de guitarra que veio em overdubs por sobre o Take 2, assim como os vocais dobrados dos 3 cantores  Eles a cantaram ainda como Quarrymen, desde 1959 e já como Beatles, até 1963, quando a gravaram na BBC, bem antes da gravação no LP, ouçam como foi, e notem neste LINK que está muito parecido com a versão que conhecemos oficialmente, claro que sem o guitar case de Ringo, e notem que a harmonia parece que é dupla, mas com George fazendo a parte aguda.

 

Kansas City/Hey, Hey, Hey, Hey

   Esta canção fecha o Lado A de Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

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7. Kansas City/Hey, Hey, Hey, Hey (Lieber/Stoller/Penniman)

Esse medley já era cantado assim pelo autor da segunda, Pennyman, o real nome do gênio do Rock and Roll Ricardinho, ou Little Richard. A primeira do medley é da dupla Lieber/Stoller. Favorita de Paul, eles a cantavam desde 1962, quando conheceram o roqueiro pianista americano e se tornaram seus amigos.  Na busca por canções para encherem as noites em Hamburgo, eles usaram o roqueiro pianista americano como fonte de outras 11 canções. Após uma parada de sua performance em shows no início da carreira dos Beatles, ela foi revivida na excursão aos EUA, justamente em Kansas City, onde foi devidamente aclamada, e foi então considerada para sair no novo LP. Foi a vez de Paul entregar seu ONE-TAKE-Song e no mesmo vigoroso 18 de outubro em que John entregara sua Rock And Roll Music e George sua Everybody's Trying To Be My Baby, ambos com a mesma eficiência! Incrível sessão! Ela é a sétima canção, fechando o Lado A do LP! 

Kansas City/Hey Hey Hey Hey foi a primeira canção nova a ser gravada naquela famsa sessão, onde foram completadas 9 canções, todas lançadas, ou em LP ou em compacto, produtividade impressionante. Após terminarem Eight Days a Week, dedicaram apenas meia-hora ao medley, tamanha era a experiência do quarteto com ela. Tentaram mais um take, mas o primeiro foi o melhor, e por sobre ele, vieram os overdubs das palmas dos quatros Beatles e do piano de George Martin. Notável é que foi a primeira vez que Ringo se juntou aos seus companheiros no canto Hey-Hey  Bye Bye Baby Bye Bye, de resposta ao chamado de Paul, fato repetido na carreira em vezes que não enchem uma mão! Deixo aqui uma das muitas vez em que esse dançante medley foi cantado ao vivo. 

Mr. Moonlight

  Esta é a 6ª canção de Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

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6. Mr. Moonlight (Roy Lee Johnson)

Eu disse ali em cima que os Beatles trouxeram pesos pesados do Rock, e citei quatro nomes. Pois bem, este é um quinto nome! E a exceção! Seu autor é Roy Lee Johnson, você conhece? Nem eu! Quem a lançou foi um tal Dr. Feelgood, você conhece? Nem eu! Estou mais para Feelbad! Fraquinha, na minha opinião, mas eles sempre fazem do limão uma limonada. Finalizada na enorme sessão de 18 de outubro,  John manda muito bem, abre a canção com um grito primal, tem uma harmonia vocal tripla magnífica, Paul toca um órgão Hammond, Ringo inova num tambor africano, então dá pra engolir. O que não me conformo é saber que, para colocar Mr. Moonlight, eles engavetaram uma muito melhor, gravada quatro dias antes, chamada Leave My Kitten Alone, ouça bem neste LINK, mas prepare-se para balançar na cadeira!! Rock da melhor qualidade, incomparavelmente superior à escolhida, em verdade uma música caipira, letrinha breeeega, como pode ser conferido neste trecho da versão brasileira: "- Senhor Luar, olhe pra mim! Aqui'stou de joelhos, implorando..."!! Se há uma escolha que eu reprovo dos Beatles, é essa! Infelizmente, ela é a sexta canção, do Lado A do LP! Mas em respeito ao estupendo vocal de John, mostro-a aqui, neste LINK, onde ele nos brinda com DOIS de seus gritos primais!! 

Esta versão foi o Take 4, gravado na 2ª sessão de gravação para o LP Beatles For Sale, constituindo-se Mr Moonlight, tremendo Lado B, pouco conhecido, na 1ª cover a ser proposta para o LP, por incrível que pareça. Nela, ouve-se ainda a estranha guitarra de George que era a proposta da seção solo da canção, John gostava dela, mas era o único. Na versão final, que foi gravada naquela mesma extensa sessão de 18 de outubro, onde George foi relegado a tocar uma percussão e quem fez o solo foi Paul, em overdub, num órgão Hammond. 

Rock And Roll Music

 Esta é a 4ª canção de Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles

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4. Rock And Roll Music (Chuck Berry)

Esta era um clássico de Chuck Berry, que John considerava o Rei do Rock. "Não me venha com jambo, mambo, tango, o que eu quero ouvir é Rock And Roll".  Desde 1959, eles tocavam essa canção em shows, então não foi difícil escolhê-la para o álbum. E também não foi difícil gravá-la! Quer dizer, ficou fácil porque eles era The Beatles!! Relembrando a histórica gravação de Twist And Shout, John não precisou de mais que UM TAKE para finalizar o trabalho, de uma também histórica sessão de 9 horas de duração, em que gravaram outras SETE canções, sendo SEIS delas aproveitadas no álbum, uma eficiência impressionante. Era a penúltima sessão em que se dedicaram a "Beatles For Sale", no profícuo 18 de outubro de 1964. Então havia pouco tempo para se gravarem poucas canções, mas os rapazes não decepcionaram, inclusive George também fez sua cover de Carl Perkins em um take só!!! Estavam afiadíssimos!!! O vocal de John foi mais que perfeito! Existe uma dúvida se o piano que se ouve é de George Martin tocando ao vivo junto com os rapazes, ou se acrescentaram alguma partes posteriormente e se foi Paul ou John, ou há ainda uma versão de que os três se sentaram juntos, uau! Ela é a primeira Cover do LP, na posição 4 do Lado A. Eles tocaram a canção na BBC, na TV e em vários shows até 1966, último ano das apresentações ao vivo. Bem, se quiserem ouvir o piano, é neste LINK, se não fizerem questão, ouçam ao vivo, este outro LINK, bem mais curto que no disco! John canta uns dois tons mais alto que Chuck Berry! Impressionante tenor!

As Canções de Beatles For Sale

 Capítulo 39

De minha saga  

O Universo das Canções dos Beatles

Todos os Capítulos da Saga têm acesso neste LINK 


39.1 O Cenário e Assuntos de Beatles For Sale, 

neste LINK


39.2 As Canções Originais de Beatles for Sale


(todas Lennon/McCartney)
Análises nos LINKs


1. No Reply

Blog do Homerix: No Reply

 

2. I'm A Loser

Blog do Homerix: I'm A Loser

 

3. Baby's In Black

Blog do Homerix: Baby's In Black and I'm blue

 

5. I'll Follow The Sun

Blog do Homerix: I'll Follow The Sun

 

 8. Eight Days a Week 

Blog do Homerix: Eight Days a Week

 

11. Every Little Thing

Blog do Homerix: Every Little Thing

 

12. I Don't Wan To Spoil The Party

Blog do Homerix: I Don't Want To Spoil The Party

 

13. What You're Doing

Blog do Homerix: What You're Doing 

 


39.3 As Canções Cover de Beatles for Sale


4. Rock And Roll Music

 

6. Mr. Moonlight


7. Kansas City/Hey, Hey, Hey, Hey


9. Words Of Love

Blog do Homerix: Words Of Love  


10. Honey Don't


14. Everybody´s Trying to Be My Baby


39.4 Lançamento e Recepção de Beatles for Sale

Neste LINK