Esta é a 3ª canção de Beatles For Sale, o 4º LP dos Beatles
a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK
É uma de 5 canções de Saudade, Classe Desespero!
as outras 4 canções de mesmo Assunto e Classe, neste LINK
Atenção, canções com títulos em vermelho são links que levam a análises sobre elas
3. Baby's In Black (Dispair Miss Song by John Lennon)
John clama: 'Eu penso nela mas ela só pensa nele e apesar de ser só um impulso, ela pensa nele. Ah, quanto tempo vai levar pra ela perceber o erro que cometeu?'
John não se conforma que sua garota está vestindo preto, porque ele sabe que assim, ela está pensando no antigo namorado... ô sina! Ok, a canção é daquelas tipo fifty/fifty entre John e Paul, mas eu a atribuo a John, primeiro por causa do jogo de palavras logo no refrão inicial "Oh, dear, what can I do? Baby's in BLACK when I'm feeling BLUE', duas cores, porém com significados figurados, vocês devem se lembrar de "Please PLEASE Me like I PLEASE you", e "It won't BE LONG till I BE LONG to you", uma recorrência de John.
Além disso, havia uma suspeita de que a garota em questão fosse Astrid Kircherr, a fotógrafa alemã, namorada de Stuart Sutcliffe, ex-companheiro de banda que morreu em Hamburgo, de aneurisma cerebral. Então, o "dressed in black" era pelo luto, e John tinha uma quedinha por ela, "but she was allways in black, thinking of him!". Seu ritmo é uma novidade, deliberadamente uma valsa - Pum pa pa Pum pa pa. A principal contribuição de Paul seria na ponte, que eleva a tensão do lamento lá no alto ("Oh how long will it take till she sees the mistake she has made?") e, claro, na constante harmonia alta com o grave de John ao longo de toda a canção! Uma coisa interessante é essa sílaba final da ponte (made) já é a 1ª sílaba do verso que vem a seguir, no lugar 'oh' da letra original. Belo recurso!
Astrid e Stuart
Baby's In Black foi a primeira canção gravada para o "Beatles For Sale" ainda em agosto, dia 11, antes mesmo da excursão aos Estados Unidos. Foram necessários 14 takes, durante três horas noturnas!!! Apenas cinco deles foram completos. Era John no violão, Pauk na guitarra baixo, George na guitarra solo, e Ringo na bateria. John e Paul cantam juntos a canção toda e por vezes se fica em dúvida de qual é a melodia principal da canção. A maior dificuldade foi a de George acertar o breve riff inicial de dois compassos, que fez 5 takes abortarem logo no início. Ele se repete em vários pontos da canção e também na conclusão. Além disso, aqueles choros da guitarra que aparecem espalhados pela canção toda necessitavam da alavanca do trêmolo com que George não estava se dando bem. A coisa só acertou no final quando John se ajoelhava em frente ao parceiro para operar a ferramenta, George confessou anos depois. Os overdubs vieram sobre o último take, com Ringo no pandeiro, John e Paul dobrando seus vocais, e John acrescentando uma guitarra nas ponte e versos subsequentes.
Foi tocada inúmeras vezes ao vivo, até o último concerto, no Candlestick Park, San Francisco, agosto de 1966, e uma das apresentações foi lançada como Lado B do single Real Love, do Projeto Anthology. Deixo aqui um LINK com umaq delas. Note que George não faz ao vivo aqueles tremiliques na guitarra!
Aprendendo contigo Homerix, muito legal, abraços.
ResponderExcluirFantástico post
ResponderExcluirMuito legal conhecer os detalhes de uma canção que gostamos tanto
Sempre tive essa fantasia de que John estava a fim da viúva do amigo... Nem a Astrid poderá mais ajudar nessa dúvida, foi embora no ano passado.
ResponderExcluirFiquemos com os devaneios.
John talvez não tivesse queda pela alemã, mas gostava de compor em 3 tempos.
Gosto dessa canção. A harmonia John+Paul é sempre muito bonita e a duetagem na ponte é supimpa.
E a banda era peituda: enfiava a valsinha para a pratéia ensandecida por rock!
Adorei o detalhe do pedal do George movido a mão pelo John! 😁😁😁...
ResponderExcluirO que não seria bom ter foto ou vídeo desse momento! E de outros milhares naquele Estúdio 2...
Já eu penso que John apenas a admirava. Ea diferente...existencialista...e fotografava muito bem. Mas não creio que a tenha paquerado quando ficoul enlutada. Afinal ele também estava de luto. John ficou muito abalado com a maorte de Stuart. E da forma que ficou sabendo. Bom, nós sabemos que as historias deles possuem diversas versões. A que eu tenho é que foi no aerporto assim que chegaram lá para tocarem no Starr Club. Desceram do avião e veio a notícia que Stuart tinha morrido. Que baque.
ResponderExcluirNão. Ele não ficaria paquerando ela naquele momento de forma alguma. Seria muita falta de respeito. Mas acredito que a figura dela de preto o tenha inspirado para criar uma história fictícia. Naquele tempo quase tudo que compunham era ficção.
Dr repente fiquei pensando se ele a considerava inteligente. Ela era inteligente. Digo isso porque tem uma história que John teria dito que Yoko foi a primeira mulher inteligente que conheceu. E que ele nem sabia que as mulheres poderiam ser inteligentes. Será que disse isso mesmo? Tem mais. Ele teria dito que era possível conversar com ela de igual para igual o que não era possível com outras mulheres. Que Yoko era como um homem...e um homem que a sociadade permitia que houvsse um relacionamento amoroso o que era ótimo. Gente..será que ele raelmente falou isso? Pode ser.
A mnúsica é uma delícia.
Li o livro The Beatles A Biografia do escritor Bob Spitz.É um livro muito confiável e lá diz que John tinha admiração por Astrid, mais não fala sobre John ficar com ela ou coisa do tipo.Homero obrigado sempre por trazer novidades sobre as composições deles.
ResponderExcluirObrigado amigos e Homerix pelos comentários sempre bons
ResponderExcluirÉ um disco q estou escutando muito ultimamente
Talvez por nunca ter dado o devido valor a obra..mas nunca é tarde e esse disco é incrível e retrata bem o q os meninos passavam na época.