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domingo, 31 de julho de 2022

Star Trek - Jornada nas Estrelas

Morreu a Tenente Uhura!
Nichelle Nichols, aos 89 anos!
Rest in Peace ... in your last Star Trek!
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A tripulação de Jornada nas Estrelas perde uma pioneira! 
Vai fazer companhia ao Professor Spock! 
Scotty deve ter comandado o teleporte final!
E McCoy deve ter prestado os primeiros cuidados em sua chegada!

Ela estava entre os que foram, audaciosamente, aonde nenhum homem jamais esteve, em busca de novos mundos, novas vidas, novas civilizações, numa missão prevista para durar cinco anos, e que já passou dos cinquenta.
Restam firmes por aqui Sulu, Chekov e o próprio Capitão Kirk, que inclusive teve seu alterego William Shatner viajando ao espaça efetivamente!
Há 55 anos, o mundo conheceu a Nave Estelar Enterprise, e começou a admirar a impagável relação entre o seu Comandante, o intrépido e intuitivo humano James Tiberius Kirk, e seu Oficial de Ciências, o racional e lógico vulcano Sr. Spock, com suas orelhas pontudas. Este último, nada surpreendente que fosse racional e lógico, afinal as duas virtudes estão no sangue de quem nasce em Volcano, e na educação que recebem, na doutrina que é seguida por todos. O que deixava a personalidade de nosso Spock mais fascinante é que ele tinha um pezinho na Terra: seu pai Sarek encantou-se com a malemolência de uma professora terráquea, e deu uma daquelas escorregadas a la Lugo, o bispo matador, que pecou pois o voto de castidade que tinha era paraguaio. Brincadeira, a coisa era séria, e eles eram casados de papel-passado, lá no planeta Vulcano, que só tinha gente séria!
Então, o interracial estelar Spock vivia em batalhas internas para tentar entender como pensava seu capitão, que fazia às vezes coisas contrárias à boa norma lógica e era bem sucedido. Spock pensava nas probabilidades, Kirk contava com a sorte. Os papos entre os dois personagens eram sempre pontilhados de ironias em que as diferenças entre humanos e vulcanos apareciam. E aos poucos, Spock foi aceitando Kirk como um amigo, coisa impensável se ele fosse um puro-sangue: em seu planeta natal, a amizade era acho que era um sentimento irracional. Ou talvez, fosse amigo dele por ser ético assim ser!
A interracialidade era uma constante na tripulação da Entreprise. Seus principais tripulantes, além do americano Kirk, e do extraterreno Spock, eram o médico americano McCoy, o inglês Scott, o russo Chekov, o japonês Sulu e a africana Uhura. Duas coisas impensáveis à época: em plena guerra-fria, um russo numa posição de comando à frente de americanos, e, num país que dois anos depois mataria o líder negro Martin Luther King, uma mulher negra co-habitava com não-negros em posição de comando. O próprio Dr. King elogiou a série por isto inclusive pediu ditretamente à atriz, que desejava sair após a 1ª temporada para trabalhar na Broadway, que continuasse no papel pela importância que isso causava no ânimo das mulheres negras. E com ela ocorreu a primeira cena de beijo interracial na TV americana, com o Capitão Kirk, que era o galinha da série. Aliás, vou deixar aqui o relato de Nichele Nichols, a nossa Tenente Uhura, de como foi o encontro dela com Dr. King... é de arrepiar!! Ela estava num banquete quando foi informada de que 'um fã' queria conhecê-la. Até chorei ao ler o relato dela... vejam
I thought it was a Trekkie, and so I said, 'Sure.' I looked across the room and whoever the fan was had to wait because there was Dr. Martin Luther King walking towards me with this big grin on his face. He reached out to me and said, 'Yes, Ms. Nichols, I am your greatest fan.' He said that Star Trek was the only show that he, and his wife Coretta, would allow their three little children to stay up and watch. [She told King about her plans to leave the series because she wanted to take a role that was tied to Broadway.] I never got to tell him why, because he said, 'you cannot, you cannot...for the first time on television, we will be seen as we should be seen every day, as intelligent, quality, beautiful, people who can sing dance, and can go to space, who are professors, lawyers." Dr. King Jr went further stating "If you leave, that door can be closed because your role is not a black role, and is not a female role; he can fill it with anybody even an alien."

Legal pensar num mundo em que não existe o dinheiro, as necessidades de todos são atendidas, as doenças do planeta já estão todas mapeadas e curáveis. Um mundo sem países ou religiões, onde todos pertencem apenas à raça humana. ALGUÉM SE LEMBRA DE UMA CERTA CANÇÃO DE UM CERTO JOHN LENNON? Imagine!  Americano, Russo, Japonês são apenas referências geográficas, a coisa subiu um nível, e o importante é saber se o indivíduo é Humano, Vulcano, Romulano ou Klingon. Ao escrever-se um endereço numa correspondência, tem que se acrescentar não o país em que se vive mas .... ‘Terra’. Escrevi e até fiz um áudio sobre isso, aqui, neste LINK.
A série durou apenas 3 temporadas, teve um relativo sucesso, mas não o suficiente para uma quarta. A admiração somente apareceu mesmo, e em níveis de histeria coletiva, quando ela começou a ser reprisada, nos anos iniciais da década de 1970. Termos como phaser, teleporte, dobra espacial, começaram a ser entendidos por mais gente. A coisa virou febre, fã-clubes pipocavam nos Estados Unidos e ao redor do mundo. Kirk, Spock e sua turma viraram ícones.
Os principais responsáveis pela febre tiveram reações díspares ao fenômeno. William Shatner chegou a rejeitar a fama de Kirk, temeroso por ficar eternamente atrelado à imagem do personagem, criticava a onda, e dedicava aos que se aproximavam dele por causa de Kirk um mal-educado: "Get a life!". Entretanto, logo percebeu que a coisa era inevitável e que poderia seguramente se dar muito bem com o fenômeno, e acabou se rendendo às evidências, aparecia nos festivais de Star Trek, e era ovacionado, enfim, acabou gostando da coisa.
Já Leonard Nimoy foi mais resistente. Ator respeitável com uma carreira sólida no teatro, não admitia de jeito nenhum que ficasse eternizado apenas como o-ator-que-um-dia-interpretou-Spock. Ele chegou a escrever um livro intitulado 
"I Am Not Spock"
que provocou uma revolução na comunidade, crises de choro convulsivo, cartas de decepção chegavam aos borbotões em sua caixa de correio. Ele acabou voltando ao grupo para as filmagens do cinema, dirigiu dois dos seis filmes iniciais, que tiveram grande sucesso, e acabou por resolver o conflito interior, quando lançou um segundo livro sobre o tema, quase 20 anos depois do primeiro, desta vez intitulado: 
"I AM SPOCK"
Aquela não foi a única falha de avaliação de Nimoy com relação à franquia: foi-lhe oferecido participar da produção de uma segunda série de Star Trek, "The Next Generation", por volta de 1985, e ele recusou, achando ser impossível que a coisa desse certo uma segunda vez. 
SÓ QUE DEU!!! 
E deu certo mais um montão de vezes, afinal vieram "Deep Space 9" e "Voyager" e "Enterprise" e "Discovery" e "Picard" e "Lower Decks" e "Prodigy" e, agora, "Strange New Worlds" uma pre-quel da série original. 
Veja-se na figura o montão de filhos de Gene Rodenberry, agora já chegando ao 4º Milênio!


Como se vê, a tripulação original fez 6 filmes na telona, a da "Nova Geração" outros 4, e mais recentemente teve um ótimo ensaio sobre como tudo começou, com 3 filmes com a mesma tripulação original.
"A Nova Geração" ficou bem oito anos em cartaz na telinha, numa Enterprise modernizada para o Século XXIV, e muito por causa do charme do ator shakespeareano Patrick Stewart interpretando seu francês capitão Jean Luc Picard, e da simpatia de Data, o andróide que queria ser humano! E ainda ganhou o direito de perpetuar a série na telona em mais 4 filmes. Data pode ter sido uma das razões para o fim dos filmes, afinal estava difícil manter o ator que fazia o papel de andróide com a cara imutável, já estava ficando constrangedor. Além disso, contribuiu o pouco sucesso do 10º filme. SÓ QUE NÃO! O ator voltou, há uns 4 anos com o mesmo personagem na séria "Picard"
Os últimos 3 filmes da telona foram uma retomada ou "reboot" que ofereceu uma boa linha de continuação da magia, justamente tentando recuperar a mágica interação entre os dois títeres, Kirk e Spock, contando como tudo começou. O resultado foi ótimo, bem recebidos pelos fãs, mesmo tendo destruído Volcano, provocando uma outra linha do tempo. A continuidade ainda está em jogo, principalmente depois da perda do astro que fez o novo Chekov, num incrível acidente doméstico.
E o nome do filme lançador da retomada na telona foi bastante interessante, super-apropriado para quem queria um recomeço....
... simplesmente ...
“Jornada nas Estrelas”.
Pudemos embarcar novamente!
Beam me up, Scotty!


sexta-feira, 29 de julho de 2022

Elvis - Algumas verdades sobre o roteiro do filme!

Aqui, compartilho a resenha sensacional de meu primo Sérgio Mendes sobre o filme Elvis.

Elvis, aliás, foi a primeira paixão rock and roll de sua vida. Os Beatles vieram depois! Ele tem tudo e curte muito, como podem ver pela foto que peguei no FaceBook. Explicando, o tal NA NA do cartaz era o
que milhares de fãs levantavam quanto Paul cantava Hey Jude, nas última vezes em que veio ao Brasil. Essa aí foi do Allianz Park!

Mas ele é especialista também em Elvis!

Sérgio ficou encantado com o filme, como verão, mas fez uma detalhada lista de suas inconsistências com a vida real! 

Aproveitem!

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Já tivemos Aaron Taylor-Johnson fazendo John Lennon e Thomas Brodie Sangster no papel de Paul McCartney em NOWHERE BOY, tivemos Val Kilmer como Jim Morrison em THE DOORS, Taron Egerton como Sir Elton John em ROCKETMAN, Rami Malek como Freddie Mercury no aclamadíssimo BOHEMIAN RHAPSODY, e até CATE BLANCHETT (sim, uma mulher!) fazendo Bob Dylan em uma das fases de sua vida em I'M NOT THERE, mas nada chega perto de Austin Butler em ELVIS!! Dois anos de preparação para viver as diferente fases da vida do Rei - e que preparação!! Até o tom de sua voz original foi alterada - hoje ela está mais grave do que no início de tudo. 

E o Coronel? Tom Hanks está irreconhecível no papel do velho "coronel" (ele nunca teve essa patente - aliás, não era nada além de um reles entregador de comida no seu país) holandês pilantra que fugiu do seu país suspeito de assassinato!! 

E a direção de Baz Luhrmann, também responsável por Moulin Rouge e The Great Gatsby? Espetacular!

Com certeza, muitos Oscars virão dessa película!! É só aguardar. 

Porém, como todo bom filme, muitas situações são alteradas, exageradas ou até inventadas para propiciar um espetáculo maior para quem assiste. 

Alguns fatos que podemos destacar (baseados em compilação de igormiranda.com.br) seguem listados aqui: 

1. Elvis não usava maquiagem pesada em suas apresentações.

2. Nem todas as influências musicais de Elvis vieram de músicos negros. Ele também foi inspirado e teve passagens na música country.

3. Coronel Tom Parker, seu inescrupuloso empresário, nunca ordenou que Elvis desse uma "maneirada" no seu jingado para parecer mais comportado. Pelo contrário, ele queria mais, pois isso mexia bastante com o público feminino. Nunca houve também interferência do governo americano nesse sentido.

4. O Coronel não tinha esse sotaque europeu que Tom Hanks deu a ele no filme. Apesar de ser holandês, ele já morava há muito tempo nos EU e já estava habituado ao "American accent".

5. O Coronel e Elvis não se conheceram logo na sua primeira apresentação no programa de TV "Hayride". Isso só veio a acontecer semanas depois em Memphis.

6. Elvis e B.B.King não eram amigos próximos como o filme mostra. Eles se cruzaram algumas vezes no estúdio Sun Records, mas nada além disso.

7. A gravação do "68 Comeback Special", especial produzido pelo canal NBC que marcou o retorno de Elvis às apresentações depois de 7 anos afastado, nunca foi interrompida pelo assassinato de Bob Kennedy - o primeiro ocorreu dia 3 de junho, e o segundo, dia 5. Elvis, porém, ficou tão chocado com essa segunda morte de uma pessoa pública (Martin Luther King tinha sido assassinado 2 meses antes de Kennedy) que fez questão de fechar o especial com a canção "If I Can Dream", numa interpretação arrebatadora. 

8. O filme mostra que Priscilla só foi escolher o nome da filha, Lisa Marie, dias após dar à luz. Na verdade, Priscilla decidiu-se pelo nome ainda grávida, ao vê-lo num livro de nomes para bebês.

9. A ida de Elvis para o exército não teve nada a ver com um possível incidente violento num de seus shows, onde teria desrespeitado a ordem judicial de que não poderia mais "requebrar" em suas apresentações!!  O real motivo foi mais uma das armações do Coronel, que queria mostrar ao mundo que Elvis era um bom garoto americano. 

10. Elvis nunca foi o ator mais bem pago de Hollywood - ganhou salários de respeito por conta de sua fama, mas não por conta de seus filmes, que eram bem "fraquinhos".

11. Parker não foi demitido por Elvis no meio de um show em Las Vegas! Isso teria sido um escândalo! Elvis era profissional demais pra fazer isso! Ele foi demitido durante uma reunião em que tratavam de turnês de Elvis pela Austrália e que o Coronel era contra, já que sabia que, se saísse dos EU, não conseguiria retornar devido à sua ilegalidade no país. 

12. O filme alega que Parker acertou uma série de shows de Elvis no International Hotel de Las Vegas para poder bancar suas (do Coronel) dívidas, já que ele perdia muito dinheiro em cassinos. No entanto, a verdade é que esse acordo visava segurar Elvis em solo americano ao lado do seu explorador!!

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OBRIGADO PELA AULA, SÉRGIÃO!!





terça-feira, 26 de julho de 2022

OUÇA e LEIA - Songfacts de Honey Pie e as Vaudeville Songs de Paul McCartney

Esta é a 28ª edição de OUÇA e LEIA,

onde você ouve uma historinha minha e lê o que está ouvindo

Clique neste LINK  para ouvir

E siga lendo o texto abaixo! 

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Olá, viajantes do Submarino Angolano

Aqui é Homero Ventura, direto do Brasil

Isto é Songfacts, a história de uma música

Hoje com 

           Honey Pie  

e as Vaudevilles de Paul McCartney

Paul pede: "Ah, Querida, você está me deixando maluco. Estou apaixonado, mas tenho preguiça, então, por favor, volte para casa" 

Honey Pie, expressão, faz parte do conjunto de termos carinhosos com que enamorados se referem mutuamente, mormente, do homem para a mulher, junto de 

Honey, Love, Sugar, Sweetie, BabeDear, Darling, etc. 

Honey Pie, canção, faz parte do conjunto de canções vaudeville que Paul McCartney compôs na época dos Beatles. Vaudeville é aquele estilo dos salões do início do Século XX nos Estados Unidos, e conhecido como Music Hall na Inglaterra, música que acompanhava shows de comédia, atrações de circo. É muito delicioso ouvi-las. A cabeça balança naturalmente, pra lá e pra cá.

Início de All Of Me – Willie Nelson

Uma delas marcou minha vida de recém-casado. Era All Of Me, original de 1931, mas que teve dezenas de versões, até de Louis Armstrong e Frank Sinatra, mas minha preferida é a cantada por Willie Nelson, em seu esplendoroso álbum Stardust, que eu colocava como fundo em todas as visitas à minha casa...

E Paul declara sua predileção pelo estilo na própria letra de Honey Pie, quando, em meio a uma magnífica seção instrumental, declara seu amor, dizendo "I like this kind of, hot kind of music. Play it to me, play it to me, honey in blue!"e eu corroboro, ADORO esse tipo de música, toque pra mim, toque pra mim, Paul!!

Início de When I’m 64

A primeira vez que ele mostrou ao mundo essa paíxão foi em 67, em Sgt. Pepper’s, mas na verdade foi uma das primeiras canções que ele compôs, 10 anos antes, aos 15 anos de idade, precoce aquele rapaz. Era When I’m 64, em homenagem ao pai, o velho James.

Início de Your Mother Should Know

Ainda naquele ano, veio a deliciosa Your Mother Should Know, que teve sua já natural fofura elevada à máxima potência por causa da cena do filme Magical Mistery Tour, em que os 4 Beatles descem uma escadaria ‘de cinema’, em singela coreografia. Se não viram, procurem e deliciem-se!

Início de All Together Now

A nossa Honey Pie veio no Álbum Branco em 68, e naquele ano ele também compôs All Together Now, que alguns classificam como uma vaudeville song. Ela foi lançada em 1969, como uma das 4 canções inéditas de Yellow Submarine, com a trilha sonora da sensacional animação cinematográfica!

Início de Maxwell’s Silver Hammer

E aquele ano traria outra amostra do gênero, na pérola de humor negro chamada Mawell’s Silver Hammer, que começou a ser gravada no Projeto Get Back, em janeiro, mas somente se materializou em setembro, em Abbey Road. A busca da perfeição de Paul ao gravar essa canção chegou a irritar seus parceiros, mas foi bom porque saiu perfeita.

São todas canções divertidas. Ainda nessa categoria, podemos certamente incluir Yellow Submarine e Ob-la-dia Ob-la-da, também de autoria de Paul! Esta última também gerou dissabores entre os parceiros, mas ambas fazem muito sucesso com as crianças, e são portas de entrada para futuros fãs quando crescerem. Paul é demais!

Mas voltemos a Honey Pie! 

Desta vez, é o lamento de um pobre enamorado

que vê sua amada de Liverpool  (North of England way) 

partir para o outro lado do Atlântico (in the USA)

aliás chegando ao Pacífico, atingindo a fama nas telonas de Hollywood.

(You became a legend of the Silver Screen) 

 

Quase tudo isso até aqui é mostrado numa introdução falada-cantada, que não mais é repetida, como fizeram antes em Do You Want To Know A Secret


Introdução de  Do You Want To Know A Secret

 

De Please Please Me, na voz de George.

 

E também em Here There and Everywhere 

 

Introdução de Here There and Everywhere 

 

Em Revolver, na voz e composição de Paul, sempre ele!

 

Em Honey Pie, a introdução tem apenas Paul, voz e piano!

 

Ela abre espaço para a melodia em três versos  e duas pontes, todas com histórias diferentes, a inventividade beatle em ação! O coitado rapaz apela para seu estado depauperado, olha só os adjetivos do desespero…

trágico "my position is tragic!"

e frenético "you are driving me frantic"

e doido "you are making me crazy", 

E pede que ela volte pra casa "won’t you please come home"

pro lugar dela "to be where you belong",

implorando aos berros "Come back to me, honey pie". 


Paul apresentou a canção a seus amigos nas sessões de Esher no final de maio de 68, e lá fizeram uma demo muito divertida, todos participaram, a letra estava bem incompleta ainda,

Honey Pie Esher Demo

Somente mais de 4 meses depois, Honey Pie entrou em gravação, e não foi na EMI, mas nos Trident Studios, que os Beatles haviam usado algumas vezes. Foram horas de ensaio, até chegarem no único take do dia, já de madrugada, e a base era Paul ao piano, George no baixo (!), John na guitarra solo (!!) e Ringo na Bateria. Pena não haver registro desse Take.

Dia seguinte, vocal de Paul, Ringo acrescentou mais pratos e John, mais um solo de guitarra elogiado por George.  Mais duas sessões foram necessárias. A terceira foi para a espetacular contribuição de metais e madeiras, em 5 saxofones e dois clarinetes, fundamentais para o som que Paul desejava. Tão importante, que Paul e George Martin reservaram para os sopros três versos instrumentais, dois ao lono e um concluindo a canção!

Agora NOTEM

o magnífico piano de Paul,

a surpreendente guitarra de John,

a 'cozinha' de George e Ringo

mas, especialmente, os 7 instrumentistas clássicos, sem deixar de ressaltar o responsável pelo arranjo, o grande Maestro George Martin!

A quarta e última sessão foi apenas para Paul comandar um efeito em seu vocal, na verdade, na única fala da canção logo na introdução. Ele queria um som de disco velho e riscado daqueles em 78 rotações, quando se ouve o anúncio do 'locutor' sobre o sucesso de sua amada 

Now she's hit the big time

Ficou muito legal!

Paul continuou em sua carreira solo a prestigiar o vaudeville.

You Gave Me The Answer

Ele compôs You Gave Me The Answer para seu álbum Venus and Mars com Wings em 1975.  Ele a dedicava a Fred Astaire quando a cantava ao vivo!

Walking in The Park With Eloise

Em Wings At The Speed of Sounf, ano seguinte, aproveitou uma canção composta por seu pai e gravou Walking in The Park With Eloise…

English Tea

Finalmente, em seu disco Chaos and Creation In The Backyard de 2005, Paul gravou a pérola English Tea. Ela inclusive foi tocada para convidar os astronautas da Estação Internacional Orbital a tomarem um chá inglês, numa performance ao vivo para eles num show em Anaheim, California, no mesmo ano!

Mas voltando aos Beatles, venha implorar para Honey Pie voltar correndo pra você!!

Introdução

She was a working girl

North of England way

Now she's hit the big time

In the U.S.A.

And if she could only hear me

This is what I'd say

Verso 1

Honey pie, you are making me crazy

I'm in love but I'm lazy

So won't you please come home

Verso 2

Oh honey pie, my position is tragic

Come and show me the magic

Of your Hollywood song

Ponte 1

You became a legend of the silver screen

And now the thought of meeting you

Makes me weak in the knee

Verso 3

Oh honey pie, you are driving me frantic

Sail across the Atlantic

To be where you belong

Verso Instrumental 1

I like this kind of, hot kind of music. 

Play it to me, play it to me, honey in blue!

Verso Instrumental 2

Ponte 2

Will the wind that blew her boat

Across the sea

Kindly send her sailing back to me

Verso 1 (repetido)

Honey pie, you are making me crazy

I'm in love but I'm lazy

So won't you please come home

Come! Come back to me, Honey Pie ah

Verso Instrumental 3 (conclusão)

Honey Pie Honey Pie

 

Mais novidades sobre os Beatles, nas próximas edições do Submarino Angolano.

Demais edições do OUÇA e LEIA

  1. Neste LINK - A Origem dos Beatles 
  2. Neste LINK - Homenagem a Buddy Holly
  3. Neste LINK - 1º Capítulo do Projeto Medley
  4. Neste LINK - 2º Capítulo do Projeto Medley 
  5. Neste LINK - 3º Capítulo do Projeto Medley 
  6. Neste LINK - 4º Capítulo do Projeto Medley
  7. Neste LINK - 5º Capítulo do Projeto Medley 
  8. Neste LINK - O Projeto Medley
  9. Neste LINK - O 6º Compacto. 
  10. Neste LINK - The Ballad Of John And Yoko  
  11. Neste LINK - Happiness Is A Warm Gun  
  12. Neste LINK - While My Guitar Gently Weeps  
  13. Neste LINK - You Know My Name (Look Up The Number)  
  14. Neste LINK - A 1ª Década Sem The Beatles - Going Solo 
  15. Neste LINK - A 2ª Década Sem The Beatles - Década de Luto
  16. Neste LINK - A 3ª Década Sem The Beatles - Antológica 
  17. Neste LINK - A 4ª Década Sem The Beatles - NakedLove090909 
  18. Neste LINK - A 5ª Década Sem The Beatles - Cinquentenária 
  19. Neste LINK A 6ª Década Sem The Beatles - The Get Back Decade
  20. Neste LINK Os Números nas Canções dos Beatles 
  21. Neste LINK Os Nomes de Gente nas Canções dos Beatles
  22. Neste LINK Os Nomes Próprios nas Canções dos Beatles
  23. Neste LINK Os Animais nas Canções dos Beatles
  24. Neste LINK - A Parceria Lennon / McCartney 
  25. Neste LINK - Os Beatles de Ringo Starr 
  26. Neste LINK Análise de Eight Days A Week
  27. Neste LINK Análise Temática de Being For The Benefit of Mr. Kite 


segunda-feira, 25 de julho de 2022

BOND 60 - Moonraker - 0 11º filme de 007

 



Nesta celebração dos 60 anos de Bond, que celebraremos em 5 de outubro, é Oswaldo Pereira quem comanda!

Os primeiros episódios estão ao final desta postagem!

Hoje é para anunciar a análise do 11º filme da franquia do cinema mais longeva e famosa de todos os tempos: 

Na primeira, ele já conta o início da trama, cuja sequência inicial, já tradicional, faz parte e vemos que Jaw, o gigante capanga do filme anterior segue atazanando a vida de James Bond. Parte da trama é no Brasil, onde tudo vale, até o Rio Amazonas acabar nas cataratas do Iguaçu. Cena antológica é feita no Bondinho do pão de Açúcar!


Na 2ª, a sequência da trama, mirabolante do vilão que queria dominar o mundo com uma super raça... só que Bond é Bond, como Oswaldo gosta de dizer, e com a ajuda de uma doutora da NASA, acaba com seus planos, também com ajuda de quem? Do próprio Jaws, a quem ele mostra que não faria parte da tal raça superior! Pessoal não gostou muito dessa apelação...
https://obpereira.blogspot.com/2022/07/bond-60-24-moonraker-parte-ii.html
Na próxima semana

FOR YOUR EYES ONLY

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Os demais filmes até aqui,

neste LINK






sábado, 23 de julho de 2022

OUÇA e LEIA - Songfacts de Being For The Benefit Of Mr. Kite

 Esta é a 27ª edição de OUÇA e LEIA,

onde você ouve uma historinha minha e lê o que está ouvindo

Clique neste LINK  para ouvir

E siga lendo o texto abaixo! 

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Olá, viajantes do Submarino Angolano

Aqui é Homero Ventura, direto do Brasil

Isto é Songfacts, a história de uma música

Hoje com Being For The Benefit Of Mr.Kitee

 

John convoca: "Em honra do Sr. Kite, haverá hoje à noite um show de acrobacia. Os Hendersons estarão todos lá, vindos do parque de diversões de Pablo Fanque, mas que cena é essa!".

John teve a ideia de um cartaz do Século XIX, Era Vitoriana, anunciando as atrações, conforme colocou na canção! Era a segunda incursão de John nesse tipo de inspiração externa. Os trabalhos de Sgt. Pepper’s, em 1967, já haviam sido abertos com A Day In The Life, em que ele tirou inspiração das notícias de jornal, que abria com

I read the news today, oh boy…

 e ainda seria inspirado por uma propaganda de sucrilhos com o galo cantando

Good Morning Good Morning Good Morning yeah,

e voltaria a se inspirar em 68, numa terrível propaganda de armas, que ironizou em

 Happiness Is Warm Gun Bang Bang Shoot Shoot.

Paul, por sua vez, criou para Sgt. Pepper’s uma obra-prima baseada em uma notícia sobre uma garota buscando sua felicidade que terminava em

She’s Leaving Home Bye Bye

Paul disse que Being For The Benefit of Mr. Kite se fez sozinha, era o circo dentro da Parque de Diversões, estão lá os equilibristas, o cavalo dançarino, os trapezistas, os engulidores de fogo, etc. Modificaram um pouco do que estava no cartaz, afinal eram 21 e não 10 os malabares do desafio, e era Mr. H quem desafiava o mundo, e embaralharam a ordem das atrações, e tal, mas está tudo lá, inclusive

Henry, o cavalo, que dançava uma valsa

 And of course, Henry the Horse, dances The Waltz

Só que não! Era um cavalo, vinha uma valsa, mas o cavalo do cartaz se chamava Zanthus, mas Henry soava melhor, por causa do duplo som de H que provocava com Horse, mas me contaram que havia outro motivo oculto... é que tanto Henry como Horse eram gírias, disfarçadas, de outra coisa que começava com a Letra H, Heroína, não o feminino de Herói, mas um disfarce para a droga Heroína, injetável. Então, expressões como "I'm on Henry" ou "I'm riding a Horse" eram entendidas como se as pessoas estivessem numa viagem alucinógena provocada pela Heroína. Aí, você junta Henry com Horse, numa canção dos Beatles, e, HELL, outro H, e critica-se a canção por ser alusão a drogas!!! É até contraproducente, porque 95% da população que nem tinha ideia dos apelidos acabava por conhecer e podia até ficar com vontade de cavalgar também. Ô gente imbecil!

A genialidade letrista dos compositores aparecia nos detalhes: eles colocavam os nomes dos astros principais do circo conforme as necessidades de rima e métrica. Então, quando era pra rimar com "night" usavam o nome "Mr. Kite", mas quando era pra rimar com "Saturday", usavam a abreviatura "Mr. K"; Quando o nome todo "Mr. Henderson" ia atrapalhar a métrica, usaram "Mr. H". Simples e genial assim! 

The celebrated Mr. K

Performs his feat on Saturday

At Bishop's Gate

 

The Hendersons will dance and sing

As Mr. Kite flies through the ring

Don't be late!

 

Misters K and H assure the public

Their production will be second to none

E eu adoro essa expressão ‘second to none’ ou seja ‘segunda para ninguém’, ou seja, primeira!!

A estrutura da canção prescindiu de pontes ou refrões, são apenas versos, contando a convocação para assistirem ao espetáculo circense. São 5 versos, sendo dois deles instrumentais! O primeiro logo após a aparição de Henry, em ritmo de valsa, e o segundo, no final, após Mr. Kite is topping the bill!

Trecho da Digital Remaster Verso instrumental final,

Eu digo que a canção é de


John porque ele comprou o cartaz, durante uma filmagem em Kent,

John enquadrou e colocou o cartaz numa parede de sua casa,

John namorou o cartaz e disse: 'Isso dá jogo!",

John escreveu as primeiras linhas,

John teve a ideia da melodia.

Mas Paul contribuiu bastante, e eu até posso deduzir aonde, na estrutura de rimas internas! Pense em You Won't See Me, que veio antes, e em Hey Jude, que viria depois, e veja se não há aquela engenhosidade de rimar sílabas finais de uma linha com uma sílaba interna da linha seguinte! As rimas internas acontecem aqui em Mr Kite nas 4 primeiras frases dos 3 longos versos com letras.

E elas  aparecem também DENTRO da sétima e última linha de cada um dos versos. Senão, vejamos, nas frases finais:

In this way Mr. K will challenge the world!

And of course Henry the Horse dances the waltz!

And tonight Mr. Kite is topping the bill!

A canção do circo de Mr Kite é uma das mais complexas da carreira dos Beatles, a começar pela estranha base, que tinha

    George Martin no harmônio (sim, o Maestro também participa de uma base),

    Paul já fazendo maravilhas no baixo,

    Ringo na bateria (sim, aquele prato dá o clima de marcha circense),

    John no guia vocal (sim, lembrando aos velhos tempos) e

    George no chocalho (sim, sua guitarra ficou descansando, até o final da canção!).

 Trecho da base Take 1 e Take 4 antes dos efeitos

O clima de circo nos versos foi garantido por Ringo, uma rufada de suspense na caixa (trrrr) e  depois chimbal com tambor (tchii-pum, tchiii-pum, tchiii-pum) e, no primeiro verso instrumental, a espetacular mudança para ritmo de valsa (pa-pa-pum, pa-pa-pum pa-pa-pum), e de volta ao original nos versos seguintes. Brilhante! Pra não repetir 'genial'!

Trecho da bateria de Ringo 

A complexidade da canção veio nas sessões de gravação por causa das vontades de John. Ele queria que ela soasse como um parque de diversões daquele século, queria “sentir o cheiro de serragem no chão”, Isso gerou uma espetacular sequência de overdubs inéditos, inovativos, cheios de trucagem.

A canção começacom John e George tocando gaitas enormes na abertura e em outros momentos.

Trecho do início da versão oficial 

Quando entra a valsa, no primeiro verso instrumental, John queria uma dança colorida, um verdadeiro redemoinho de sons, necessário ao efeito de circo, mas George Martin chamou John num canto e confessou que não tinha habilidade no teclado para tocar naquela velocidade, então propôs que John tocasse a base num órgão Hammomd, porém na metade da velocidade, e em uma oitava abaixo, enquanto ele fazia o mesmo no seu elaborado dedilhado em outro órgão. Depois, na edição, dobrariam a velocidade! Martin já havia feito o mesmo para dar o som de cravo ao piano em In My Life.

 Ponte de George Martin em In My Life

Reparem com ficou perfeito aqui no circo de Mr. Kite atendendo ao pedido de John!

Trecho dos órgãos de John e de George Martin

E veio Paul com uma guitarra fantástica na metade final do verso, note bem!!

Trecho guitarra de Paul no trecho em valsa

E vieram as perfeitas harmonias vocais de Paul e George, nas 3 frases que terminam os três versos com letra.  

In this way Mr. K will challenge the world!

And of course Henry the Horse dances the waltz!

And tonight Mr. Kite is topping the bill!

Entretanto, faltava UM OUTRO som, que John queria.

George Martin até tentou comprar, ou alugar, um órgão a vapor, da época, ou um Calíope novo, mas que tivesse aqueles tubos, românticos, do passado! Não conseguiu, nem um nem outro. Partiu pra solução caseira. Pensou-se em usar gravações de estúdio do instrumento, eles as tinham aos montes, mas não podiam simplesmente usá-las, pois seriam identificadas! 

E veio A IDÉIA! 

O resultado é bem ouvido parte no verso em valsa, mas principalmente no verso instrumental final, em diversos pontos! Preste atenção! Primeiro OUÇA!

Organ + Calliope Tape

Agora, vou tentar explicar. Antes, lembrem-se que era 1967, 55 anos atrás, onde tudo era analógico, então quando se falava em cortar um trecho, não tinha nada de digital, significava pegar uma tesoura e cortar efetivamente a fita de gravação! Martin chamou o produtor Geoff Emmerick e orientou que pegasse vários daqueles trechos de fita gravada do estoque e cortasse em pedaços de 30 centímetros, juntasse tudo na mão e jogasse tudo pro alto, depois pegasse uma a uma do chão e juntasse com a seguinte, colasse mesmo, com durex, e assim por diante até chegar a uma pérola de aleatoriedade magnífica! Genial!!  (De novo!!)

Nem precisa dizer que John e os demais Beatles amaram o resultado, e o mundo da música se espantou, mais uma vez, com a genialidade do Maestro. 

Quanta inventividade numa canção de menos de três minutos! Bem, é claro que uma canção complexa como aquela jamais seria tocada ao vivo com os recursos da época, mesmo que os Beatles ainda estivessem na estrada. Eles haviam desistido da prática de shows quase um ano antes. 

Felizmente, Paul nos resgatou. Ele fica tranquilo em declarar que a canção é uma coautoria de fato com John. e a vem tocando desde 2013, um presente para nós, e já foram mais de 230 vezes!

Há um tempo, perguntado sobre qual linha de baixo era a mais difícil de ser tocada, ele pensou só um pouco e disse: Being For The Benefit of Mr. Kite. 

Linha de Baixo Verso 2 e instrumental valsa

É difícil cantá-la e tocá-la sem olhar para o instrumento.

E quando assistir a seu desempenho ao vivo, note como ele olha para sua mão direita (lembre-se ele é canhoto), desfilando pelo braço de seu baixo Hoffner!

Este link a partir de 1:06

E venha com a gente ao Circo de Mr. Kite…. Lá da década de 60, não… lá do Século XIX

Being For The Benefit Of Mr. Kite

Verso 1

For the benefit of Mr. Kite

There will be a show tonight

On trampoline

 

The Hendersons will all be there

Late of Pablo Fanque's Fair

What a scene

 

Over men and horses, hoops and garters

Lastly, through a hog's head of real fire

In this way Mr. K will challenge the world

Verso 2 

The celebrated Mr. K

Performs his feat on Saturday

At Bishop's Gate

 

The Hendersons will dance and sing

As Mr. Kite flies through the ring

Don't be late!

 

Misters K and H assure the public

Their production will be second to none

And, of course, Henry the horse dances the waltz

Verso 3 - Instrumental Valsa

Verso 4 

The band begins at ten to six

When Mr. K performs his tricks

Without a sound

 

And Mr. H will demonstrate

Ten somersets he'll undertake

On solid ground

 

Having been some days in preparation

A splendid time is guaranteed for all

And tonight Mr. Kite is topping the bill

Verso 5 - Instrumental 


Mais novidades sobre os Beatles, nas próximas edições do Submarino Angolano.

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  1. Neste LINK - A Origem dos Beatles 
  2. Neste LINK - Homenagem a Buddy Holly
  3. Neste LINK - 1º Capítulo do Projeto Medley
  4. Neste LINK - 2º Capítulo do Projeto Medley 
  5. Neste LINK - 3º Capítulo do Projeto Medley 
  6. Neste LINK - 4º Capítulo do Projeto Medley
  7. Neste LINK - 5º Capítulo do Projeto Medley 
  8. Neste LINK - O Projeto Medley
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  10. Neste LINK - The Ballad Of John And Yoko  
  11. Neste LINK - Happiness Is A Warm Gun  
  12. Neste LINK - While My Guitar Gently Weeps  
  13. Neste LINK - You Know My Name (Look Up The Number)  
  14. Neste LINK - A 1ª Década Sem The Beatles - Going Solo 
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