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terça-feira, 22 de outubro de 2019

CeL - Hyde Park

Capítulo 1
Hyde Park
Este é um mais um Capítulo do Projeto 
Cel - Caminhar em Londres (link)


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Intro 1:  A terra do rock

Domingo
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Durante o vôo, como o avião da Varig não oferece aquelas telinhas individuais (que pobreza!) vi o filme que todos viam, Os Incríveis. Aproveitei para ouvir em som original, mas acabei dormindo antes do antológico “Where is my super suit?”. Domingo, na chegada, fiz um cambiozinho básico de 200 dólares, pelo que me deram míseros 96 pounds   .....  esse tal de dólar já valeu alguma coisa! Londres me recebeu bem: o domingo estava ensolarado, sem sinal de nuvens nos céus. No underground (como eles chamam o metrô por aqui), Picadilly line, durante meia-hora, li meu livrão “Londres: O Romance”, bem apropriado. 

Na recepção do The Lowndes Hotel, me informaram sobre a academia que estaria disponível no Carlton Tower, um “sister hotel” (como eles chamam) a 1 minuto de caminhada. No quarto (nada de mais) comi o chocolate de cortesia, dei uma básica arrumada no armário, coloquei as pilhas recarregáveis para carregar e saí. Na saída, elogiei tanto o chocolate que depois deixaram outra caixinha. Fui verificar como era a academia: de primeira(!), os equipamentos são da mesma marca dos da Petrobras, porém sem o controle da chavinha. Além disso, piscina semi-olímpica aquecida, sauna e hidro-massagem  ....  tenho que admitir que não passarei mal aqui! 

Depois, fui ao Hyde Park, onde tomei sol da tarde  (eram 4 horas), de roupa e tudo (como todos por ali, nem me senti mal) com direito a sentar na cadeira de madeira, por módicos 1,5 pounds, é claro, cobrados por um camarada de Gana que surgiu do nada, para fazer o seu serviço. Ele trabalha no Park Deckchairs, serviço da prefeitura da cidade. Coincidência, havia acabado de ler, no livrão, que era no Hyde Park onde se travavam os duelos de antigamente. 


A caminho de Marble Arch, onde tomaria o metrô para Abbey Road, fui encontrando grupos que ouviam e discutiam com inflamados discursadores. Parei para ouvir alguns, eram todos sobre religião e política. Lembrei que aprendi no meu livrão que religião é uma coisa muito séria na história da Grã-Bretanha: protestantes, judeus e católicos, todos tiveram sua época de serem perseguidos, torturados, executados. Aliás, isto continua mais ou menos assim, não é mesmo, vide Irlanda do Norte. 

Aliás, por aqui, o assunto do momento é a morte do Papa João Paulo II, creio que por aí também. Mesmo não sendo uma nação católica, o respeito pelo Papa por aqui é imenso. O primeiro ministro Tony Blair até mesmo adiou a convocação das eleições gerais, em respeito ao ocorrido. Aliás, outro evento que foi adiado foi o casamento “real”, de Charles com Camilla. Pasmem, eles haviam marcado a tão esperada cerimônia para a próxima sexta-feira  ......  justamente o dia do funeral! Por aqui, isto foi tratado como mais um sinal da falta de benção para este controvertido casamento. E os jornais, com o humor inglês de sempre, estamparam nas manchetes: “Nenhum Casamento e Um Funeral”, parafraseando o título de uma comédia romântica de muito sucesso nos anos 90 “Quatro Casamentos e Um Funeral”! Outros perguntavam: “O que mais pode dar errado?”. Bem, aquele evento no Hyde Park, parece que já é uma tradição dos finais de tarde dominicais, aquele canto do parque é chamado de “Speakers Corner”. Não dei pão aos enormes gansos de plantão, afinal, pelo tamanho, parecem já estar muito bem alimentados. No Marble Arch, itself, havia uma celebração em homenagem a um mártir árabe. Todas as mulheres estavam de preto, os homens, nem todos. Um bom número deles começou aquela tocante cerimônia de auto-flagelação em conjunto, entoando um cântico impressionante. Só em Londres, mesmo! 

Outros capítulos do Projeto Caminhar em Londres

Capítulo 2: CeL - Abbey Road

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