-

segunda-feira, 2 de outubro de 2023

Joana D'Arc Médium, by Leon Denis

Aqui, minha resenha épica sobre a épica vida de Joana D'Arc, na ótica descrita por Leon Denis (leÔN deNÍ) no começo do século passado.

Foi surpreendente.

Sempre soube de sua grandeza, vi um filme, de Jean Luc Besson, mas dele não me lembro, então me espantaram sobremaneira os detalhes de sua vida e paixão, sim, o sofrimento que passou tem gente que o campara ao de Jesus Cristo...

Por ter sido uma vida épica, usei como estrutura poética, a 'oitava épica' que Camões criou em Os Lusíadas. Usei também Versos Decassílabos.


Vamos lá?

Olha, declamei em estúdio, editei e inseri trilha sonora.

OUÇA neste LINK

Acompanhe aqui abaixo.

(se no celular, coloque-o na horizontal)

_____________________


Joana D’Arc Médium

Leon Denis

1ª Parte

VIDA E MEDIUNIDADE DE JOANA D'ARC


Entra Bolero, de Ravel


1

Personagem crucial de uma guerra,

Que só de anos durou mais de 100.

Muito jovem, defende sua terra,

Inspirada por mensagens do Além.

Vive uma jornada que encerra

Sem nunca temer nada e ninguém.

Convido então que já você embarque

Na incrível saga de Joana D’Arc.


2

Quem a nos desvenda é Leon Denis, 

Emérito seguidor da doutrina

Que Kardec nos deixou por aqui,

Aquela que nos instrui e ensina

Que a nossa vida não termina em si,

Que depende de nós nossa sina:

Que, para termos firme evolução,

Fora da caridade, não há salvação.


3

Na introdução, Denis nos alerta,

Da variada gama de versões,

Muitas antes daquela descoberta.

Elas diziam que suas visões

Eram coisas de sua mente incerta,

Eram nada mais que alucinações.

Eles não sabiam que, na verdade,

Tudo era fruto da mediunidade.


4

No Século XV, gente assim

Assustava as pessoas e mormente

Muitos acabavam com triste fim.

Pra Joana, vinham em sua mente

Imagens de santos e querubims,

Incitando que fosse diligente,

Pois ela vinha com nobre missão,

De salvar a França da opressão!

 

5

Denis nos conta do estado premente,

Em mil quatrocentos e vinte e nove,

Em que o Rei Carlos VI, demente,

Subjugado ao Rei inglês que promove

Destruição à França decadente,

Que nada e ninguém sequer demove,

Renega o próprio filho, o Delfim,

Relegando o país a triste fim.

 

6

Em Donremy, havia uma menina

Que tinha visões, de nome Joana.

Aos 13 anos, a história ensina

Rezando ao lado de sua choupana,

São Gabriel inspira sua sina.

Santa Missão, ela aceita com gana!

Aos 17, a donzela entra em cena.

A França encontra a Virgem de Lorena.

 

7

Ela não sabe ler nem escrever,

Dedica-se à vida camponesa.

Jamais se poderia antever

Que pudesse assumir a defesa,

Sempre sabendo o que fazer,

Pra liderar seu país, fácil presa.

Era o Alto que a orientava.

Joana D’Arc não pestanejava!

 

8

Naquele tempo, quem ia pra guerra

Eram mercenários em batalhões.

Joana fez que a defesa da terra

Ficasse robusta em seus corações.

Em discurso firme, Joana descerra

Um almanaque de nobres lições,

E transforma bandidos idiotas

Em irrepreensíveis patriotas.

 

9

Era comprovadamente donzela.

Iletrada, confundia doutores.

Frágil, passava horas sobre a sela.

Exarava bordões superiores.

Durante os processos contra ela,

Revelava aos investigadores:

“Há, nos livros de Nosso Senhor,

Bem mais do que tu és sabedor!”

 

10

Seus santos são com ela até o fim:

São Miguel, nunca nomeou-se a si.

Santas Margarida e Catarina, sim.

Aparecem sempre, aqui e ali.

A confiança é cega, outrossim,

A mente em frequente frenesi.

“Vai e aconteça o que acontecer,

Ajuda-te a ti, Deus é com você!”

 

11

Quando Joana deixa Donremy,

Madrugada, não diz nada a ninguém!

Temia que a prendessem ali.

Seu destino, o pai sabia também.

Beija-lhes as frontes, apenas sorri,

Parte pra Vaucouleurs e muito além.

“Mesmo se tivesse 100 mães e pais,

Eu seguiria sem olhar para trás...”

 

12

Seu tio Durant ajudou, foi com ela.

Único parente a acreditar.

Robert, o capitão da cidadela,

Comanda o Cura a exorcizar,

É convencido das intenções dela

E dá-lhe escolta para cavalgar.

“Em pouco tempo, tenho fé, bem sei,

Estarei na nobre presença do Rei!”

 

13

Le Dauphin era jovem qual Joana

Era iludido, enganado, traído.

Entregue ao prazer da vida mundana,

Carlos teria que ser convencido.

Teria ao lado força sobre humana,

Aquela menina trazia o bramido:

“Venho da parte do Reino do Céu

De lá vem socorro, tinta e pincel!”

 

14

O caminho até Chinon é perigoso.

Perigos rodeiam a caravana,

Mas já ocorria algo espantoso,

Pois prestes a atacarem Joana,

Bandidos grudam no chão lodoso.

Decerto era mais que uma lenda urbana.

As visões afastavam o perigo:

“Vai, sim, filha de Deus, estou contigo!”

 

15

Na pré-sala do Delfim, ela era

Olhada com muita desconfiança

Respondia a tudo direta e austera

E virava o jogo da esperança.

A mensagem que vinha era sincera

Havia chance para a amada França.

“Nela não se encontra qualquer maldade,

Apenas nobreza e simplicidade.”


16

O herdeiro, tímido e fanfarrão,

Colocou um cortesão no trono

E foi esconder-se na multidão.

Mas ela sabia seu real dono,

E a ele marchou com exatidão.

De joelhos, contou-lhe em baixo tono

Segredos íntimos do fundo da arca.

Resplandeceu a face do monarca.

 

17

Ela disse o que só ele sabia,

Da dúvida sobre a filiação,

E que na verdade ele só queria

Escapar, ver-se livre da prisão,

Ter vida tranquila na boemia,

Mesmo fosse longe da Nação.

A sala toda entrou em catarse...

Um milagre acabara de operar-se.

 

18

A fama de Joana era um rastilho

Mas não a livrou de humilhações.

Em Poitier, repetiu o estribilho:

De 20 teólogos, mais questões

Mas firme ela não saía do trilho

E ia angariando corações.

Mas ainda sofria a maratona

De provar sua pureza às matronas.


19

Ela saiu triunfante com louvor

Mas só foi batalhar após um mês.

Ainda duvidavam-lhe o valor.

Tours seria próximo alvo do inglês.

Ela fez lá seu traje lutador

O estandarte a conferir altivez:

Deus a abençoar as Flores de Liz

"Jhésus Maria" a dar a diretriz.


20

A inspiração vinha sempre do Céu. 

A armadura era branca cintilante,

A espada era a de Carlos Martel.

A completar o conjunto radiante,

Um fogoso, lindo, negro corcel.

Joana estava pronta, confiante.

Para, com suas tropas, avançar,

Colocar o Rei em seu lugar.


21

Tão só com Orléans desesperada,

O comando autorizou a partida.

Capitães de posição elevada

Sob ordens da menina destemida.

Tropa inglesa parecia entrevada.

A heroína se arroja a toda brida.

A bandeira desfraldada à frente,

Mais determinada que toda gente.


22

Orléans é libertada em três dias.

O general inglês cai prisioneiro.

A cidade festeja a alforria.

A virgem venerada por inteiro.

A notícia da enorme ousadia

Espalha-se como fogo em palheiro.

Muitos relatos de premonição.

Até ventos mudam de direção.


23

A primeira profecia é cumprida.

Levar o Delfim a Reims é preciso,

Mas é grande a distância a ser vencida

E ele é indolente e indeciso.

Sua entourage controla-lhe a vida

E afeta de fato o seu juízo.

Só que o clamor popular é forte

E 12 mil homens partem ao norte.


24

Em Troyes, vem o primeiro empecilho:

A citadela fortemente sitiada!

O Rei pergunta: seguimos no trilho

Ou voltamos em fuga desabalada?

Mas Joana está firme no estribilho:

Seguiremos, sim, nossa jornada!

De noite, incita jornada frenética..

De manhã, vem a rendição patética.


25

Assustaram-se com o poderio,

Artilharia armada e bem postada,

Arqueiros e besteiros por um fio

À sua frente, a líder montada,

A espada a comandar 12 mil.

Pediram rendição negociada.

Chalon e Reims caíram em seguida

Joana trazia um Rei a dar vida!


26


Em Reims, ocorreu a coroação.

Joana cumpria a segunda parte

De sua nobre e sagrada Missão.

Via-se seu valoroso estandarte

De todos os pontos da sagração.

Aos pés do Rei fez firme aparte:

“Fiz o que foi do agrado de Deus.

Agora, reinas os súditos teus!”


Entra Noturno 9, de Chopin

27

Joana encanta todos onde passa.

Junta-se aos humildes e desvalidos.

A fama dela, à do Rei ultrapassa.

Criam-na vinda dos Santos ungidos.

Diziam voltaria à sua praça

Pois seus desígnios estavam cumpridos.

Só que não! Ela falou aos ingleses:

"A minha França é só para os franceses!"


28

Então, "Rumo a Paris!" ela falou,

No dia seguinte à Coroação.

Seria o melhor momento, afirmou.

Os ingleses estavam sem ação.

Entretanto, o Rei fraco negou.

Ouviu o conselho dos cortesãos.

E seis semanas então se passaram

E aí, os ingleses se reforçaram.


29

A estrela de Joana empalidece.

Ingleses são menores inimigos.

Pois é a inveja da corte que cresce,

Vêem na glória dela um perigo.

A igreja também não aquiesce 

À fama de Santa que traz consigo.

Generais feridos em seu orgulho

Tramam dar à Guerreira seu esbulho.


30

Na Porta de Saint Honoré, previu:

"Amanhã, sairá sangue de mim!"

E, de fato, uma besta a atingiu.

Ficou fora de combate e assim

Um recuo pra Saint Denis sobreviu.

Ao melhorar, queria atacar, sim

Porém, o Rei mandara destruir

Pontes por onde poderia ir!


31

Sucederam-se oito meses ruins.

O resultado foi assim-assim

Vence em St.Pierre Mouthier,

Sendo derrotada em Charité.

É chamada à corte do Ex-Delfim

E encontra um real fuzuê.

Seus guias lhe dão dura previsão:

"Serás detida antes do São João!"


32

De seu futuro ela estava ciente:

"Nada temo senão a traição..."

O boicote já estava evidente.

Em Compiégne, a situação.

Foi presa a guerreira inclemente!

Não se sabe de premeditação.

Decerto aproveitaram o gatilho

Para livrarem-se do empecilho.


33


Nada se fez pra salvar a heroína.

Entrou no calvário de sua sina.

Foi de prisão em prisão por 6 meses.

Por 10 mil libras, vendida aos ingleses.

Sem lutar, sentia-se pequenina.

Depressão vinha-lhe algumas vezes

Em Beaurevoir, se joga da torre,

Mas, sabe-se, não é assim que morre.


34 

Em Le Crotoy, ela vê o mar,

Apenas pela grade da prisão.

Como os ingleses iam lhe tratar

É sua maior preocupação.

Ali não teve nada a reclamar.

Mas em Rouen, a abominação:

Gaiola em correntes, como as galés

Pescoço e cintura, mãos e pés.


35

Ainda na costa da Normandia

Quando chorava seu triste fado,

Um de seus caros guias lhe dizia:

"Filha, recebe tudo de bom grado!"

Mas foi em Rouen a real agonia.

Um tratamento cruel lhe foi dado.

Seis meses de verdadeira paixão,

De escandalizar qualquer coração.


36

A súcia de soldados brutos, vis, 

Usam toda sorte de maus tratos

Estuprá-la, tentam seus corpanzis.

Ela denuncia sem sucesso os fatos

As visitas não lhe são mais gentis,

Eles escarnecem-na com seus atos.

Encontram seu rosto pisado, inchado.

Seu corpo sempre em péssimo estado.


Entra Claire de Lune, de Debussy

37

Eis um bom momento pra mencionar

Sobre os trajes masculinos de Joana,

Em paz ou em guerra a ostentar.

Se antes, para dar aura espartana.

Cá, impedia-os de a desnudar,

Preservando sua aura improfana.

Mas a última visão da guerreira.

É feminina, amarrada à fogueira.


38

A menina suporta com galhardia,

Inda é interrogada pro julgamento.

E ali tabém seguia a covardia.

Não havia defesa a seu fomento

Contra ela, uma falsa alegoria

A incentivar o seu tormento.

Eram 71 homens da igreja,

Fariseus de má intenção sobeja.


39

À igreja, juntou-se a Academia:

A Universidade de Paris

Fez injunções desde o primeiro dia.

Tinha intenções nem um pouco sutis.

Guardiã dos processos de heresia,

Queria apontar os próprios fuzis.

E Joana ainda enfrentou seu clone

Na figura da egrégia Sorbonne!!!


40

Joana suportou com altivez.

Estava abandonada à própria sorte.

O Rei que ela resgatou nada fez.

Dizia que se Deus queria sua morte

Era culpa dela, vejam vocês...

Até o fim negou qualquer suporte...

Décadas depois se arrependeu

A reabilitação promoveu.


41

A admoestação era constante.

Levavam-na à sala de torturas.

Chegavam a usar ferro flamante.

Evitavam sevícias mais duras

Para evitar a morte liberante.

As intenções eram mais obscuras:

Esperavam condená-la à fogueira,

Acusando-a como feiticeira.


42

A argumentação contra a guerreira

Ia aos píncaros do indecente.

Um bispo disse-a não merecedeira

Da orientação de um Deus Clemente

Por sua baixa condição financeira.

O que dizer? Ora, francamente!

Tamanho contrassenso cheira a pus.

Lembre-se os apóstolos de Jesus!


43

Eram longos os interrogatórios 

De 3 horas, um ou mais por dia.

Ambiente opressor, vexatório.

Pesadas correntes... uma agonia...

Ela estava em constante purgatório.

Sempre altiva, a tudo respondia.

"Dizeis que sois meu juiz, pois não sois!

Cuida! A punição virá depois!"


44

Sua serenidade impressionava.

Mesmo sob o peso das correntes.

Com firmeza, a posição afirmava.

Chegava a encantar os presentes.

Seu olhar, lampejos despejava.

Erigia-se bela, imponente.

Entretanto, nada disso evitou

O fim que a ela se programou.


45

Mas o terrorismo seguia, vil.

Detalham o suplício na fogueira.

Ela preferia, dez vezes mil,

O fim na guilhotina derradeira.

Mas segundo aquela corja hostil

Não poderia sobrar nem caveira,

Nem um resto sequer a ser cultuado,

Em um mito eterno a ser cultivado.


46

No final, é levada a um cemitério.

Para abjurar em favor da igreja.

Em estado físico deletério,

Nosso santo anjo afinal fraqueja.

Não tendo aprendido em magistério,

Sem ler, firma qualquer papel que seja..

De noite, seu anjo diz ser traição, 

Ela faz última retratação!


47

É o sinal pra sua condenação:

Herética, inspirada pelo inferno.

Pois ninguém entendeu sua Missão,

Seu olhar simples, leal, franco, terno.

Vai morrer no fogo, sem remissão.

Sozinha, vai partir para o eterno.

Trinta de maio é o seu debrum,

Mil quatrocentos e trinta e um.


48

Quando Joana sabe de seu fim, 

Ela exclama chorando: "Ai de mim!

Tratam-me horrível e cruelmente"

Impressiona-a cruciantemente

O suplício do fogo, mesmo assim

Seguiu firme, forte e honradamente.

Levada por 800 soldados

E mais todos seus juízes prelados.


49

Leem o acusatório libelo...

São 70 artigos de baixo a cima.

Um estupor! E por isso, cancelo,

Apenas por um momento, a rima.

De vergonha, eu até fico amarelo.

Pra poesia, não há menor clima.

Então, ao final, apresento o derrame

Dos componentes dessa lista infame.


Entra A Day In The Life, dos Beatles

50

A fogueira vil era gigantesca!

Joana presa ao poste no pescoço!

Uma imagem realmente dantesca!

E em meio a um enorme alvoroço,

Dirigiu-se à cruel soldadesca

E fez um último desejo ao moço:

"Procure em alguma igreja uma Cruz!

Quero morrer olhando pra Jesus"


52

Inclemente fogo já crepitando,

Com seu povo gritando e chorando,

Com suas roupas já a fumegar,

Encontra ainda força pra gritar,

A verdade das visões afirmando,

Retrato da história lapidar.

"Nada do que falei era mesmo meu.

Tudo veio do Alto e de Meu Deus!"


53

Em seu derradeiro sopro de vida,

O último grito foi para a Cruz

(Era o vínculo de toda uma vida

Em todos os momentos, era a Luz

A fonte de sua alma aguerrida),

Os pulmões já fervendo, foi: "Jesuuuus!"

Sim, sua dor foi enorme, foi tanta.

Séculos depois, ela virou Santa

____________________________________________________

 

Não achei mais a lista das 70 acusações contra ela mas era isto aqui que estava escrito numa placa, na hora da consumação pelo fogo.

'Joana, que se fez nomear a Donzela, mentirosa, perniciosa, abusadora do povo, advinha, supersticiosa, blasfemadora de Deus, presunçosa, que não professa a fé de Jesus Cristo, vingadora, idólatra, cruel, dissoluta, invocadora de demônios, apóstata, cismática e herética.'

O pai morreu logo, de desgosto

A mãe brigou anos pela revisão do processo.

O Rei, temeroso de ficar marcado pelo crime, deu ouvidos à voz pública e começou o processo de reabilitação, o que só conseguiu em 1455, quando foi anulado o julgamento.

Aliás, 

a Guerra dos CEM ANOS (que durou 114), 

terminou em 1453, 

vencida pelos FRANCESES, 

cujo REI era Carlos VII, 

que foi o REI que a menina JOANA D’ARC COROOU.

Simples assim!!

Porém, séculos se passaram sem que lhe cultuassem a vida, quando uma febre começou, de investigação de pergaminhos e bibliotecas poeirentas, foram revistas muitas partes da história, que haviam sido acobertadas na época do julgamento e pós-morte.

Joana D’Arc foi canonizada em 1915 e santificada em 1920.


Entra The End, dos Beatles

31 comentários:

  1. Já vi que o Homerix não descansa
    Tem sempre a musa a inspira-lo
    E rico de poesia sempre alcança
    Encher-nos de razão pra admira-lo
    Agora nos traz Joana de França
    E a sagrada história do abalo
    Que a virgem camponesa pouca em anos
    Causou na fera Guerra dos Cem Anos

    ResponderExcluir
  2. Eu conhecia a história e vi filme lindo a respeito. Tiro o meu chapéu para Homerix que tão bonitos versos fez como resenha de livro que acredito ser uma obra linda sobre donzela francesa guerreira e Santa. Abrs.Gerson Braune

    ResponderExcluir
  3. Não consigo escrever meu nome IVONE MAIA, mas , segue aqui uma observação, muito bonita história, não conhecia a saga dessa guerreira, um texto belíssimo, um retrato da vida daqueles que clamam por justiça, só não podemos comparar o sofrimento dela ao de Cristo, porque são períodos históricos distintos e até hoje nenhum humano sofreu como ele

    ResponderExcluir
  4. Ainda eu Ivone Maia, queria fazer mais um questionamento ela é a Joana de Angelis que Divaldo Franco cita , desculpe a minha ignorância, é que não tenho muito conhecimento na doutrina, achei interessante a forma como foi descrita essa mulher que sem sombra de dúvidas é um espírito iluminado, obgda por compartilhar

    ResponderExcluir
  5. Bravíssimo Homero,o seu blog é um espetáculo. You've got a fan.Parece que Joana d'Arc achava que tinha duas missões. Uma era salvar sua terra, a França, e a outra era libertar a cidade de Orleans e fazer com que o Carlos VII fosse coroado rei.Triste demais o seu fim.Estudar história sem se deprimir é uma parada...Parabéns cara. Você é simplesmente demais...Dyl Figueiredo

    ResponderExcluir
  6. Bravo, . Homero. Lindo texto.

    ResponderExcluir
  7. Bravo, bravo Homerix. Texto lindíssimo e emocionante. Agora, uma sugestão, fale de Jacques De Molay. Abcs

    ResponderExcluir
  8. Primor de texto!
    Através de sua poesia, Homerix, você torna um pouco mais leve a dolorosa trajetória da Joana. Aliás, isso é exatamente o que você faz com todos ao seu redor: torna nossas vidas mais suaves.
    Parabéns!
    E obrigado...

    ResponderExcluir
  9. A sensibilidade acompanha a mente e conduz a mão do escritor. Eu, como espiritualista, vivi profundamente a narrativa e me transportei ao momento . Obrigado Homero, não por criar, mas por girar a roda do tempo.

    ResponderExcluir
  10. Se todas as histórias fossem contada deste jeito certamente seríamos um povo mais culto , pois a leitura é prazerosa, rítmica e precisa .
    Parabéns amigo
    Forte abraço
    Roberto Bazolli

    ResponderExcluir
  11. É uma história apavorante. Não tive coragem de ver o filme. Ingrid Bergman como Joana D'Arc. Mas tive coragem de ler seus versos. Rapaz, como ficou bom!

    ResponderExcluir
  12. Parabéns Homero. Conhecia a história e vi filme, mas você trouxe detalhes importantes e descreveu a epopeia em versos magistrais. Parabéns.

    ResponderExcluir
  13. Muito bom meu prezado... Parabéns pelo trabalho!

    ResponderExcluir
  14. O "anônimo" acima é o Aguinaldo De Paoli.

    ResponderExcluir
  15. Toda a emoção da história tão bem transmitida em forma de poema. Trabalho fantástico! Parabéns, Homero!

    ResponderExcluir
  16. Parabéns Homerix pelotrabalho belíssimo. Vi o filme mas já não lembro para fazer comparações mas aposto na sua resenha. Grande abraço Hernani.

    ResponderExcluir
  17. Homerix querido, seu poema me tocou profundamente. Conhecia razoavelmente bem a história de Joanna D’ Arc: estudei sempre em colégio de freiras (Marcelinas e ursulinas), e mais sete anos de Aliança Francesa. Além do “biscoito finíssimo” que são suas ricas e geniais rimas, me encantou saber a conexão entre a vida e obra da santa com o Kardecismo. Esse trecho é definitivo e reflete meu pensamento:
    “Que para termos firme evolução, fora da caridade, não há evolução” .
    Se, pelo menos metade da população praticasse a caridade, a história da humanidade seria outra e muito mais digna da obra do Criador.
    Você é um ser iluminado, em todos os sentidos.
    Queira-me bem e desculpe não ter me manifestado antes. Beijos
    Leila Carrilho

    ResponderExcluir
  18. Desculpe a demora! Achei o texto muito bem que elaborado, e, consegui aprender algo sobre Joana d’Arc. Muito legal! Parabéns pela facilidade com que conseguiste a proeza de contar a história dela com rimas. Assim, aprendi que ela foi executada (queimada viva) em 1431. Acertei?

    ResponderExcluir
  19. Agora, bateu um dúvida. Pesquisei no Google, para ver se tirava a dúvida, e, me deu um nó, pois não consegui identificar se é poesia, ou poema. Antes de ver os conceitos, no Google, achei que seria poesia, mas, depois, acho que trata-se de poema épico?

    ResponderExcluir
  20. Homero, um texto primoroso contendo um resumo soberbo de uma obra importantíssima. Tens uma mente privilegiada. Que Deus te abençoe.

    ResponderExcluir
  21. Não conhecia detalhes da vida e morte desta Santa,
    Conhecer lendo uma poesia tão bem elaborada, gratificante.
    Parabens Homerix

    ResponderExcluir
  22. Quase chorei no final. Os versos comoveram pelo realismo lírico de uma estória heroica movida pela crença. Homerix se supera pelo fôlego envolvente de 53 estrofes épicas.

    ResponderExcluir
  23. Homerix!

    Que postagem excelente! Eu também conhecia a história e a grandeza
    da Santa Joana Darc, mas a sua insigne habilidade poética a descreve de forma preciosamente agradável, sublime e profundamente emocionante.
    Entre os milagres, você destacou: “Naquele tempo, quem ia pra guerra
    Eram mercenários em batalhões.” Só mesmo um milagre da Santa Joana Darc para “transformar bandidos idiotas em irrepreensíveis patriotas.”



    ResponderExcluir
  24. Primoroso trabalho resgatando os detalhes da vida - e morte - de Joanna D'Arc. Mesmo a igreja católica fala das visões e das vozes que teriam instigado Joanna a cumprir seu destino, mas a visão espírita abre a possibilidade de que ela tinha uma missão terrena e a cumpriu com firmeza.
    Os decassílabos são esmerados. Encontrar ritmo e rimas ABABABCC não é fácil em uma história tão longa e cheia de nomes estrangeiros, mas você deu conta. Vi também o esmero na coleta das gravuras e quadros sobre vários momentos da Donzela.
    Somar o relato da história de Joanna com essa metrificação “heróica”, como bem você disse, é um trabalho árduo e exige fluência em vocábulos e rimas. Estas são ricas e inseridas no espírito do trabalho.
    As gravuras e mapas ajudam a criar imagens para os versos.
    Por fim, você passa a concepção de que Joanna estava a cumprir missão de planos superiores, que a instigavam a comandar a luta contra os ingleses e recuperar o poder francês. É um épico espiritualista adequado a explicar uma história de lutas e assassinatos, mas em busca do “bem maior” – a posse de um rei de linhagem divina. Temos, na historiografia religiosa (Bíblia e outras fontes) a manifestação do poder divino em prol de um povo escolhido, mesmo que esse poder seja conseguido às custas de perseguições, massacres e genocídios – como nos primogênitos das pragas do Egito e a ocupação do território do atual Estado de Israel.
    Tudo faz parte dos diferentes momentos pelo qual passa a humanidade.
    Narrar a epopeia da Donzela de Orleans com o esmero e cuidado que você fez é dar cores de época a uma página da história que – doutra forma – poderia ser apenas uma decoreba a mais nos bancos escolares.
    Parabéns, Homerix!
    (PS: segui sua orientação: "caso em celular, leia-o deitado"... Li no notebook, mas confortavelmente deitado na cama... rsss)

    ResponderExcluir
  25. Meu caro Homerix.
    Adorei a história poética que você, vate, colocou no papel. Fantástico. Uma aula de história e de Joana, de poesia de Inquisição, governantes e clérigos indolentes.

    Adorei e espero que você continue me agraciando com mimos semelhantes.
    Ás sugestões que eu poderia fazer ficariam aquém do original. Parabéns e grande abraço.
    Luciano Seixas

    ResponderExcluir
  26. Que construção poética Eu conhecia a história dela de outro ponto de vista, sem mediunidade, considerada como delirante e com alucinações, na própria cidade de Rouen, onde ela foi queimada viva e onde nesse local foi construída uma igreja. Lá assisti uma missa e também visitei o museu em sua homenagem.
    Parabéns pela bela obra
    Rosane Mota

    ResponderExcluir
  27. Sim… sim… é tudo demais!
    Este blog está demais!
    Gostei muito do seu poema!
    Uma verdadeira “tour de force”, coroada, merecidamente, com um resultado fantástico.
    Parabéns meu amigo.
    Ler os seus blogs é sempre um prazer… este foi excepcional, para tal revisão, não é preciso ficar anônimo.👏
    E, gostei também da aula aobre a ‘oitava’, leve e clara.
    Pa’lante e Pa’rriba !
    Arlindo Augusto Alves

    ResponderExcluir
  28. Parabens Homerix, brilhante como de habito e de uma historia epica e sua Ode eh mais que historia e sim uma bela poesia…Abs,Lincoln

    ResponderExcluir
  29. Homerix,
    Espetacular poesia, narrando uma passagem histórica de grande valia.
    E trazendo a todos nós leitores, mais um pedaço da sua magia!
    Obrigado e siga em frente, preparando mais porções de alegria!

    ResponderExcluir
  30. Poemaço,, épico, de fôlego. Fôlego de maratonista. Homerix exibindo notável domínio da métrica e rimas. Camões ficaria orgulhoso de o ter inspirado. A história dessa guria francesa é mesmo incrível, se impondo e sucumbindo, em tempos bárbaros abraços e aplausos do seu amigo Camargo. 👏👏👏

    ResponderExcluir