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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

CeL - The Famous Square Mile

Capítulo 11
Este é um mais um Capítulo do Projeto 

Capítulos anteriores:

Intro 1:  A terra do rock
Capítulo 1: CeL - Hyde Park
Capítulo 2: CeL - Abbey Road
Capítulo 3: Cel - Na Academia, a visão
Capítulo 4: CeL - O Curso

Capítulo 5: CeL - Albert Hall, Regent, Oxford, Picadilly
Capítulo 6: CeL - Logradouros Project
Capítulo 7: CeL - Animals sem o porco
Capítulo 8: Cel - Beatles Walk
Capítulo 9: CeL - Tate Modern

Capítulo 10: CeL - London Eye

Capítulo 11: Este

Domingo 2:
Acordei mais cedo para fazer ginástica e também a cobertura fotográfica do parque aquático. Devido à minha recente paixão pelo magnífico livro que estou lendo, cometi a heresia de não fazer o outro London Walk com motivo beatle, também guiado por Richard Porter. O motivo: no mesmo horário ia rolar a caminhada “The Famous Square Mile: 2,000 years of history”. Prometia passear por lugares marcantes da história da antiga Londres, que já foi cercada por muros e tinha uma área de mais ou menos uma milha quadrada. Era justo, não? 

Bem, fui para Monument Hill Station e lá estava o guia, Graham, um simpático velhinho que, infelizmente falava muito rápido: não entendi metade de suas piadas e, pior, de suas explicações sobre os lugares em que passeávamos. Foi interessante, sem dúvida, pois caminhamos por intrincadas ruas que eu jamais entraria se estivesse só. Ocorre que vimos poucas construções de época: no máximo, uma torre de pedra de 400 anos, uma casa de 500 anos, enfim tudo muito recente. Explica-se, a Londres anciã cercada por muralhas sofreu um devastador incêndio no ano da graça de 1665 e foi completamente destruída, pudera, era toda de madeira, como costuma fazer um certo país moderno lá das Américas. E foi totalmente reconstruída. Depois, as duas guerras mundiais, principalmente a segunda, quando os alemães foram implacáveis com a cidade, principal alvo da Luftwaffe. E Londres foi novamente reconstruída (duas fotos à direita na imagem abaixo). É até mesmo de se admirar que a Catedral de St.Paul tenha sobrevivido intacta, proteção divina (não papal). Uma das paradas interessantes da caminhada é numa igreja cujo teto caiu, mas as paredes resistiram ao bombardeio e assim foi tudo mantido, dentro, agora é um jardim. 


Seguradora Lloyds 
Seguradora Swiss Re
Assim, depois de tantas construções e reconstruções, o mais legal do passeio foi passar por perto de moderníssimos edifícios da City Londrina, bancos, seguradoras, etc. Destaque para os prédios de 2 seguradoras (ao lado), uma suíça, que parece um ovo gigantesco, todo de vidro e do Lloyd’s, que parece, por fora, uma refinaria do futuro. 

Roman Square
No ponto mais antigo da caminhada, conseguiram preservar a fundação de um antigo templo da época da dominação romana, no Século I. 

Neste ponto, aconteceu o primeiro (e último, espero!) acidente da viagem. A querida câmera caiu de minha mão sem dar aviso! Sorte que consegui amortecer a queda com o pé, mesmo assim ela foi rolando por cerca de um metro e meio! Gelei, mas logo que a peguei, testei todas as funções e tudo estava funcionando! Ufa! Diagnóstico: rompeu-se justamente o cordãozinho original em que eu a levava, enrolado no pulso, sem explicação. Passado o susto, continuei e finalizei a caminhada. 

Bem, aproveitando que estava com Day Travel Card do metrô, fui até a estação Warwick, linha Bakerloo, ver do que se tratava a tal de Little Venice, um dos London Walks oferecidos. Bota “Little” nisso: trata-se, na verdade, de uma conjunção de 3 canais, que formam um laguinho, que aproveitaram para fazer um “point”, com barquinhos estilizados, bastante bucólico e pitoresco. O próximo ponto de interesse meu foi conhecer o Seven Dials, sobre o qual li no livrão. 


Para isto me desloquei até a estação Coventry Garden, local onde encontrei a maior concentração de pessoas, turistas ou moradores, que encontrei até aqui: o Coventry Garden é uma grande feira de antiguidades (e modernidades e curiosidades) com várias atrações de rua, vários barzinhos e restaurantes, que estava apinhada de gente. O lugar que eu queria conhecer, ninguém conhecia, salvou-me o agente de turismo que está lá para isso: o Seven Dials é, na verdade, uma confluência de 7 pequenas ruas, com tráfego de carros, imagine a confusão. No centro da pequena praça, um monumento que mostrava no topo um relógio de sol estranhíssimo, com 7 faces, cada uma voltada para uma rua, cada uma com um “Dial”, diferente. Na citação do livro, o Seven Dials era um local muito pobre e perigoso, onde viviam verdureiros e limpadores de chaminés, lembram-se de Mary Poppins? 



Aliás, falando nisto, fui até o teatro onde está passando o musical Mary Poppins, um dos grandes sucessos do momento, ali pertinho, o Prince Edward Theatre. Já sabia que os ingressos mais baratos estavam esgotados mas fui lá tentar: nada feito, bilheteria fechada. Entretanto, decidi que tentaria, no próprio dia do espetáculo, pegar algum “return ticket”. 

Próximo Capítulo

Capítulo 12: CeL - Mais Beatles Walk
Capítulo 13: CeL - East End - A Broadway Londrina
Capítulo 14: CeL - Farewell Dinner Turma Mini MBA
Capítulo 15: CeL - Australian Pink Floyd
Capítulo 16: CeL - Do Vinho para a Água
Capítulo 17: CeL - This is Africa




Um comentário:

  1. Belo passeio. E com guia...mesmo falando tudo embolado. Meus passeios eram quase todos sem guias. Eu inventava. Em Cambridge tivemos guia, mas penso que foi o único. Estive em LIttle Venice por acaso. Eu procurava os estudos da BBC e achei o laguinho com os cisnes e me apaixonei. Fiquei um tempão parada ali. Eu nem sabia da exitencia da venezinha, realmente little...mas tão bucólica! Peguei um ônibus de Saint John's Wood até lá...e depois vi que era pertinho. Poderia ter ido caminhando.
    Obrigada pelas fotos. E que alívio saber que a máquina não se espatifou. Teria sido um grande prejuízo.

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