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domingo, 11 de julho de 2021

Across The Universe ou Na Poeta Mente de John

Esta é a 13ª canção da coletânea Past Masters #2, 15º Álbum Oficial dos Beatles

a história do álbum, assuntos e canções, aqui neste LINK

É uma de 6 canções com Histórias na 1ª Pessoa

                                        as demais 5 canções de mesmo Assunto e Classe, neste LINK

Atenção, canções com títulos em vermelho 

são links que levam a análises sobre elas.


13. Across The Universe (Mind Self Song by John Lennon)

John declama 'Poças de mágoas, ondas de alegria, vagueiam por minha mente aberta, possuindo-me e acariciando-me... eu saúdo o Guru ... Nada vai mudar meu mundo' 
Pools of Sorrow 
Waves of Joy 
Are Drifting 
Through my open mind 
Possessing and Caressing Me

Pronto, gente, 'péra' um pouco que eu vou me recuperar. Vocês estão prestes a ver o papo sobre uma das mais belas letras da história, não dos Beatles, mas da humanidade. Dá vontade de apenas colocar a letra toda aqui e não falar mais nada. Mas não é esse o papel deste analista neste estudo. Usei novamente o verbo declamar, porque se trata de uma poesia em prosa. 
'Palavras voam como uma chuva sem fim num copo de papel, elas deslizam selvagemente enquanto  fluem através do universo ...". 
Words are flying out 
Like endless rain into a paper cup 
They slitter wildly 
As they slip away 
Across the universe 
 
Não, não vou colocar a letra, toda ela é linda, procurem, é fácil achar. Bem vamos à história.. estavam os Beatles se preparando para viajar à Índia, animados que estavam em aprender Meditação Transcendental, e deixaram algumas canções para serem lançadas em compacto enquanto estavam fora. John tinha esta canção, que começou quando ele e Cynthia foram dormir após uma discussão de casal, onde Cynthia falou um monte, John demorou a dormir e aí veio a primeira frase: 'Words are flying out'... Quem diria que uma balada cósmica tão linda teria começado numa DR... Felizmente, a coisa mudou dali em diante e virou uma viagem, através de seu universo pessoal. 
"Imagens de luzes falhas dançam à minha frente como milhões de olhos, que me chamam de novo e de novo, através do universo" 
Images of broken light 
Which dance before me 
Lile a million eyes 
They call me on and on 
Across the universe 
 
... ih, olha eu de novo ... sorry, não resisti. Enfim, era uma noite fria de fevereiro de 1968, a gravação não ficava boa e Paul teve mais uma daquelas ideias que só Paul mesmo. Saiu no corredor do estúdio, viu um grupo de garotas que o porteiro tinha botado pra dentro, por causa do frio, e perguntou se havia quem sustentasse um agudo. A brasileira Lizzie Bravo levantou a mão e chamou uma amiga inglesa pra ir junto com ela e AS DUAS PARTICIPARAM DE UMA GRAVAÇÃO DOS BEATLES! Muita  história ela conta desse dia desde então, conheci-a há três anos, e ela até contribuiu para meu post sobre esse feito inesquecível. Ela e a amiga fazem vocal de apoio no refrão 'Nothing's gonna change my world', em todas as vezes em que ele foi cantado. Eles foram viajar, escolheram outras duas canções para o compacto e Across The Universe ficou engavetada.  
"Sons de risos, sombras de amor tocam meus ouvidos atentos, instigando-me e convidando-me"
Sounds of laughter
Shades of love
Are ringing
Through my open ears
Inciting and inviting me.
 
Não resisto! Felizmente, um produtor frequentador de Abbey Road ouviu a música, encantou-se com ela e propôs e foi aceito que fosse lançada num LP para levantar fundos. Claro que o próprio nome do LP acabou sendo o refrão da canção, um pouco modificado. Como a instituição beneficiada era o 'World Wildlife Fund' acresceram sons de pássaros no começo e no final da canção e o disco foi lançado em dezembro de 1969. A versão, entretanto, que o mundo conheceu foi outra, lançada em maio de 1970, no último disco lançado pelos Beatles, Let It Be, mas agora com orquestra e coral que o produtor Phil Spector encasquetou de colocar. Sinceramente, achei que caiu bem a orquestração pra acompanhar uma melodia tão... tão poética... 
"Pensamentos vagueiam como um vento sem fim por entre uma caixa de correio, eles vão caindo enquanto fazem seu caminho através do universo" 
Thoughts meander
Like a restless wind inside a letter box 
They tumble blindly as they make their way 
Across the universe 
 
Estou incorrigível, hoje ... Sim, era uma boa versão, mas os Beatles a abominaram! Tanto que 30 anos depois, lançaram o Let It Be inteirinho como ele gostariam que tivesse sido lançado, cru, básico, NAKED, que foi como eles nomearam o lançamento! Antes, e felizmente, em 1988, este Projeto Past Masters, que reuniu canções não lançadas em LP's, reviveu a versão do projeto de caridade, aquela em que UMA BRASILEIRA CANTOU COM OS BEATLES!!!
Bravo, Lizzie!! 
(ver aqui, neste LINK, como Lizzie corrigiu meu post) 
 
Já deu pra perceber a estrutura da canção, afinal já contei a letra de vários deles. São 6 versos, com letras diferentes, entremeados e finalizados pelo refrão, que é em duas partes, um pré-coro ('Jai Guru Deva Om..') e um coro (''Nothing is gonna..'). Reproduzi 5 deles já, em meu êxtase e o sexto estará mais à frente para finalizar. Aqui, John refuta aqueles que dizem que poesia sem rima não val. Esta pérola não tem NENHUMA rima, e é pura poesia, da melhor qualidade! 
 
Vamos a mais fatos e dados sobre a gravação! Era 4 de fevereiro de 1968 (sim, não fazia parte do Projeto Get Back), e John a trouxe todo animado, adorava sua composição, mas segundo ele, os demais não a receberam com o entusiasmo que ele achou que merecia. Será? Acho que não! O Take 1 foi apenas ele ao violão, George no Tamboura, ainda no ânimo com os instrumentos indianos, e Ringo nos tom-toms. No Take 2, uma revolução, George passou à cítara, Ringo tocou um Swarmandal, mais um indiano que fora tocado em Strawberry Fields Forever com magnífico efeito, e Paul tocou violão junto com John. Dei tantos detalhes assim porque o take sobreviveu e foi lançado no Anthology 2, veja neste LINK. Note que John tem dificuldade de respiração por causa das longas frases. Já no Take 6, abandonaram os instrumentos indianos como base e o take seguinte foi considerado bom, mas meio assim-assim. John não estava feliz. George Martin tentou ajudar e, no primeiro overdub de vocais de John, tocou a base em velocidade ligeiramente menor que a normal, para facilitar a vida do vocalista. Esqueci de dizer que era um domingo, e era de tarde, duas coisas que não aconteciam normalmente, mas eles tinham pressa para deixar canções prontas para o próximo compacto, como eu já disse. Já de noite, após um intervalo, chegou-se à conclusão de que vocais agudos eram necessários, e então veio Paul com a ideia das meninas, que fizeram muito bem o seu serviço, dividindo o microfone com o grande John Lennon, olha que honra, ao longo de duas inesquecíveis horas, para eleas, e foram convidadas a se retirarem. 
 
Pausa para Lizzie talk 
 
Lizzie acabou ficando conhecida dos rapazes, há inclusive um episódio interessante em que Paul empresta a ela um gravador de fita. Na volta ao Brasil, anos depois, Lizzie foi backing vocal de várias bandas brasileiras, e tem uma filha com Zé Rodrix. Num encontro mais de 20 anos depois com Paul, em Indianapolis, sem se apresentar, ele perguntou a ela: "Why do I remember you?" e ela respondeu "Because I sang with you on the same microphone". E ele se lembrou de imediato, com carinho. Incrível, né? Uma heroína Beatle brasileira! Aliás, estas e outras incríveis histórias de sua heroica passagem de quase três anos em Londres, onde se esbarrou com os 4 Beatles inúmeras vezes, sorverei com fervor, em seu livro, que acabei de adquirir, autografado, com imagens e diagramação em altíssima qualidade, além de um poster brinde de babar.
 
Fim do Lizzie Talk 
 

Depois da saída das meninas, alguns overdubs diferentes foram tentados, como baixo e bateria tocados ao contrário, e alguns murmúrios múltiplos trazidos do banco de efeitos da gravadora, e uma guitarra e um som de harpa, que também foram marcados para serem posteriormente tocados em reverso. John levou um acetato com o resultado, para casa e quatro dias depois, disse: "Não quero nada disso!". Gravaram órgão (Martin), piano (Paul), guitarra (George) e chocalho (idem),  e novos vocais e harmonias de George e Paul. John estava desapontado com ele mesmo, chateado pela banda não ter conseguido um arranjo decente e, ao final daquele dia, decidiu-se que Across The Universe ficaria de fora do próximo compacto que, pela primeira vez, não teria uma original Lennon: seria Lady Madonna, de Paul e The Inner Light, de George, aliás, a primeira vez que nosso guitarrista solo teve essa distinção. Felizmente,  Spike Mulligan lá estava, como convidado de George Martin, simplesmente amou a canção e fez o trato com John para usá-la naquele disco beneficente de que já falei, mas ela somente veria a luz do sol em dezembro de 1969. Antes disso, ela foi tentada no Projeto Get Back, em janeiro. John a trouxe ao grupo no dia 6, ensaiaram algumas vezes, desta vez com John na guitarra base, George em outra, com pedal Wah Wah, Paul no baixo, Ringo de novo nos tom-tom's. Nesses ensaios, Paul harmonizava com John em alguns versos e dobrava no coro.  Eles ouviram a versão com quase um ano de idade, que já estava com os sons de pássaros colocados por conta do projeto de caridade no qual seria incluída. 
John, entretanto, desta vez estava chateado com o fato de ela ser lenta, o que seria inadequado para o Projeto de volta às origens. O ponto final da possível participação de Across The Universe no Projeto Get Back foi, entretanto, sua possível utilização num EP junto às quatro canções originais do álbum Yellow Submarine. É que o público se mostrou indignado (adjetivo muito atual) por terem-nas lançado junto com canções de trilha sonora do filme, composições clássicas de George Martin. Enfim, decidiram lançar o EP com 5 canções, para dar 'more value for the money' para aquele povo insensível que não sabe reconhecer o valor da boa música. Isto posto, os Beatles nunca mais encostaram em Across The Universe, pois seria utilizada aquela versão já gravada, com as meninas e os pássaros. Você viu esse EP com as 4 canções de Yellow Submarine? Não? Nem ninguém! Ficou na prateleira! 

Mas finalmente chegou 12-12-69, quando o mundo conheceu a nova canção dos Beatles, junto a outros astros do momento, veja que lista ótima! E a capa mostra caricaturas de todos, inclusive dos nossos queridos, com o visual da época, como vimos na capa de Abbey Road. E note como o refrão de Across The Universe virou o nome do álbum. A versão tem nossa Lizzie e sua amiga, os pássaros e barulhos de crianças, e foi lançada em Mi Bemol, portanto meio-tom acima do original, que era em Ré. Ouça neste LINK. 
 
Finalmente, a versão do álbum! Numa primeira tentativa, o projeto foi dado a Glyns Johns, que felizmente se lembrou de Across The Universe, mas os Beatles recusaram seus mixes. Chamaram então Phil Spector e lhe deram carta branca. Ele então pôde usar sua técnica de Wall of Sound, e para isso chamou 50 músicos e cantores ao Estúdio 1. Ele preparou arranjos de orquestra e coral. Vai contando: 18 violinos, 4 violas, 4 violoncelos, 1 harpa, 3 trompetes, 3 trombones, dois violões, 14 cantores, somou? Deu 49? Errou? Não! Ele chamou também Ringo Starr. A grande sessão foi em 1 de abril de 1970. Ele reservou um gravador de 8 Canais (ou faixa, pistas, tracks, como quiser chamar), colocou a base de 7-2-68 no Canal 1, o novo vocal de John, do dia seguinte no Canal 2, o piano de Paul e a guitarra e chocalho de George no Canal 3, e colocou a orquestra pra tocar, de forma separada, cordas em geral no canal 4, mas apenas violinos no Canal 5, metais, nova bateria e novos violões no Canal 6, o coral no Canal 7, e mais metais, bateria e coral no Canal 8. Uau! Esta, a filosofia da Parede de Sons! Deliberadamente, Spector sumiu com as vozes femininas, uma pena. Ah, interessante que aqui, ele reduziu a velocidade da gravação, também em meio tom, passando do Ré original para o Ré Bemol. Portanto, NENHUMA das versões de Across The Universe tinha o tom original gravado pelos Beatles, até 2003, quando o Let It Be Naked foi lançado!!! Ele é tão NU que nem tem as meninas!! 
 
Voltando ao que foi lançado no álbum Let It Be, tenho que admitir que ficou linda a tal parede de sons. Ouça e note uma introdução em três compassos, no primeiro somente John no violão, Ringo entrando com o tom-tom nos dois seguintes, e seguem apenas os dois instrumentos, com John já cantando os quatro compassos do Verso 1 'Words are flying out ...' em tempo 4/4 nos primeiros três e alterando para 5/4 no último, após o '...universeao 'anunciar' o Verso 2 'Pools of sorrow, waves of joy...', também em quatro compassos, mas com uma variação de tempo no terceiro, para 2/4. Essa extensão no último compasso do Verso 1 fora introduzida para dar tempo de John respirar, lembre-se como ele se atrapalhou nos ensaios originais, cujo LINK coloquei ali em cima. O som cheio da voz e do violão durante os versos são efeito de 'double-tracking' e 'flanging', parece que há vários John's cantando e tocando violão. E agora vem o 'Jai Guru Deva..." do pré-refrão com a orquestra subindo, e no primeiro 'Oooom', o coral entrando e arrepiando a gente. À essa altura, o único Beatle que se ouve é George com seu chocalho, porque o violão e bateria originais de John e de Ringo são diminuídos em favor de mais violões e também do próprio Ringo, mas vindos da gravação do Wall Of Sound. Na próxima seção, os Versos 3 e 4 têm o mesmo tempo do Verso 1, e se ouve a orquestração direto ao longo deles, e no segundo refrão, perceba a guitarra wah-wah de George, lá da gravação original de 1968. Os Versos 5 e 6 têm os exatos tempos dos Versos 1 e 2, mas com orquestração e coral direto, e depois vem a conclusão fenomenal de 12 compassos, com sucessivas repetições (são 6 vezes) de 'Jai Guru Deva', entrando George com sua guitarra e, finalmente, chega Paul em oito notas ascendentes de seu piano em cada um dos compassos a partir do quarto, que ele gravou lá atrás! Um mix muito bom! Mas tenho no meu coração que faltaram as vozes das meninas, entre elas a heroína brasileira Lizzie Bravo.
Across The Universe foi regravada por muitos cantores, incluindo David Bowie, numa gravação que teve a participação do próprio John Lennon, bem recebida pelo autor, e mal recebida pela crítica. A versão que mais gosto, entretanto, me emocionou tanto que mereceu post meu, e muito da emoção foi por conta da participação de seu filho Sean fazendo uma segunda voz para Rufus e Moby, cada um destes dois últimos cantando o lead em uma oitava diferente, aliás, chorei de novo quando revi agora, e deixo aqui pra dividir com vocês, finalizando este capítulo. Neste LINKnão perca, e reserve um lenço...
"Um amor incondicional sem limites que  brilha à minha volta como milhões de sóis e me chama para ir pelo universo"

 Finalizo com a declaração de John: 

É a minha melhor letra, ela funciona sem a música!

8 comentários:

  1. Primeiro meus agradecimentos pelas novidades. Você sempre acrescenta fatos que eu desconhecia. Quer dizer que esta obra prima veio após bate boca de Cynthia. Quem diria?
    Também não sabia que foi composta para ser um single enquanto se preparavam para a India. Depois optaram por Lady Madonna e The Inner Light. Imagino que, um dos motivos da opção por The Inner Light seria porque estavam no clima da meditação.
    Lendo seu texto, sabendo desta imersão de John antes da viagem, entrando mais uma vez na letra, senti novamente ( já tinha sentido isso outras vezes) que estavam no caminho certo. John estava no caminho certo. Nunca poderia ter saído da India após ouvir fofocas e, pior, deixar de meditar. A poesia estava jorrando dele pelos poros. Estava perto de se encontrar!
    Enfim, não foi assim que aconteceu, mas pelo menos nos brindou com "Accross the Universe" e nem preciso acrescentar nada porque você disse tudo e foi além. Estava incorrigível! :)

    Olha, outro dia aí fiquei ouvindo todas as versões disponiveis e até escrevi aqui sobre isso. Nâo tem jeito. É a versão de Phil Spector que me arrepia. Tenho que pedir perdão a Paul, a John, a todos eles...mas Phil Spector arrasou. E de tal forma que a melodia do coro se tornou parte da música para mim. Sei que virou música de Lennon/ Spector. E sei que se os Beatles não tivessem findado e esivessem juntos preparando um disco seria ainda melhor. Teriam achado outra versão que me arrepiaria. Mas não estavam juntos! Sabendo da situação que viviam, eu só tenho a agradecer a Spector que pegou fitas engavetadas e, usando sua mágica, se tornou um quinto Beatle por alguns meses honrando a distinção de ser um Beatle musicalmente falando. Honrando. Porque fez um trabalho magnífico. Mais do que isso, fez a única versão que causa arrepios em mim! As outras são boas...mas a magia está ausente!
    Quando ouço a naked me vejo cantarolando que nem o coral no fundo para completar...Ficou pelada demais e fez frio. :)
    Pois é, os meninos Sean, Toby e Rufus também, por mais bacaninha que foi ver os três juntos.. ignoraram o essencial: a contribuição de Phil.
    Gostaram não? Quem mandou se separarem? Quem mandou entregar o trabalho para Spector? Quem mandou Paul se internar na fazenda no lugar de estar onde o dever impunha? Criar caso depois...ah, não, meu amor. Vovê errou...não tinha o direito de reclamar não. Uma reclamação sem sentido porque é impossível não ver a beleza que ficou! (Hoje em dia ele usa o arranjo de Phil Spector para cantar The Long and Winding Road nos shows...ou bem parecido!). Aquele naked me parece ser algo feito por desaforo apenas. Eu nunca tive a chance de ouvir todo. Mas o que ouvi ficou parecendo outtakes. Faltando o complemento.
    O mais grave é: algo tão divino como essa musica virar fonte de discussão...Não foi composta para isso. Foi composta para viajarmos pelo universo afora. E é isso que faço quando a ouço. Sinto que John, onde estiver, também quer assim. Que flutuemos na melodia e nesta letra poema, que como ele mesmo disse, funciona por si só. Já nos enleva, já é música sendo apenas declamada...com o coralzinho oooooooo ao fundo, claro.

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  2. _Nothing’s gonna change my world_ (“Nada vai mudar meu mundo”) é o refrão da canção _Across the Universe_ (“Através do Universo”), dos Beatles, refrão cantado por uma brasileira, Lizzie Bravo e uma amiga inglesa, Gayleen Pease. Durante a gravação, Paul saiu e perguntou às fãs, no corredor do estúdio, quem sabia cantar, e as sortudas acabaram participando.
    A letra se originou de uma DR entre John e Cynthia - “Palavras voam como uma chuva sem fim num copo de papel, elas deslizam enquanto passam, elas seguem seu caminho através do universo...”. Foi lançada num LP para levantar fundos para a vida selvagem (_World Wildlife_), por isso acrescentaram sons de pássaros, no começo e no final. A versão conhecida é outra, incluída no último disco _Let it be_.
    Foi cantada até por David Bowie, por Sean Lennon (filho), e mereceu de John a declaração de ser “sua melhor letra, funcionando até sem música.”

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  3. Leio e releio tudo sobre tudo esta canção, quase que é a minha favorita, porque ela não existe. Mas a minha versão favorita é a que nossa querida Lizzie participa , tanto que sentia minha coleção de quase 400 lps da banda incompleto até conseguir o lp beneficente com a participação da Lizzie , q depois a canção saiu na edição box de 2009. Parabéns por mais um belo comentário.

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  4. Bárbaro, Sensacional. Parabéns mais uma vez

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  5. Caramba!!!
    Vocês são ótimos
    Parabéns e obrigado, cada dia uma viagem de integração no universo beatles

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  6. Gente que sensacional!!! Quantos detalhes.Li com sofreguidão tudo e me emocionei de fato. Homerix você decididamente é um gênio. Não tenho mais o que dizer, só agradecer.

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  7. Eu conhecia a versão de Phil spector mas prefiro a versão com a brasileira nos backing vocals.
    A versão original para mim é perfeita sem desmerecer o trabalho de produção do desmiolado spector..
    O legal de tudo isso é q temos várias versões q agradam a todos!

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