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sábado, 6 de março de 2021

The Beatles on Girls - The 19 DtR Talk Songs

Capítulo 7

Este é mais um capítulo do Projeto

O Universo das Canções dos Beatles

Todos os Capítulos têm acesso neste LINK 

 Antes:

6. Neste LINKcomentários e trechos da classe DR das Girl Songs

ALERTA: nas canções com títulos em vermelho 
têm mais detalhes sobre elas. 
Basta clicar em seu nome!

Sabe aquelas conversas de casal em que se conversa sobre o relacionamento, onde um expõe seus motivos de desacordo com hábitos e atitudes do outro, que às vezes descambam para as 'brigas de casal'? No Brasil, essas discussões ganharam a sigla DR ou Discussão de Relacionamento. Fui procurar o correspondente em inglês e a sigla é quase é a mesma, DtR Talk, só o verbo é diferente, a conversa é chamada "Define the Relationship Talk". Os Beatles, sim, expuseram exemplos de DtR Talk em 19 de suas canções!! Nessas canções é utilizada a Segunda Pessoa, o 'Você isso', 'Você aquilo'! Então temos reclamações, ameaças de rompimento, 'não faz assim', exposição de mágoas, discussões de todo tipo e maneira. Elas tiveram a seguinte distribuição de ocorrência nos 7,5 anos de carreira deles! 




As DR começam timidamente com uma só canção em 1963, quando John escreveu Please Please Me, o primeiro N°1 nas paradas inglesas, logo no segundo compacto dos rapazes, um verdadeiro fenômeno, jamais visto. Em 1964, já houve 4 canções, e no ano seguinte ocorreu verdadeira explosão, com 9 'DeÉrres', um pico notável, e depois foi uma por ano (duas em 1967).

Lennon/McCartney foi a entidade que dominou a classe DtR: form 18 das 19 canções! Paul é o grande campeão, com 10 canções, John vem a seguir com 6, e os dois juntos fizeram duas (que dividi uma para cada um, conforme a concepção original). E foi George quem fez a última, já que, como já antecipado em capítulos anteriores, Ringo não escreveu nenhuma Girl Song. 

No caso de subdividirmos os DR's, elas estão parcialmente equilibradas em 3 subclasses: são 7 de reclamações sentidas, 6 de ameaças de rompimento, e 6 de discussões em alto nível.

Vamos aos destaques:

  • Em Please Please Me, houve quem notasse uma conotação sexual na discussão, com o 'satisfazer' referindo-se às carícias preliminares de parte a parte. John sempre garantiu que não. 
  • HELP! (1965) é o LP campeão das DrT's, com 4 canções, sendo duas delas parte da trilha sonora do filme de mesmo nome, Another Girl e The Night Before, ambas de Paul.
  • Dentre as 'reclamações sentidas', destaco: 
    • I'm Down (1965), onde Paul acusa a parceira de mentir e de debochar dele,  
    • It's Only Love (1965), onde John declara 'é muito difícil amar você'
    • Getting Better (1967), Paul diz 'Você me enche de regras'
    • Martha My Dear (1968), Paul diz 'Você foi sempre minha inspiração'
  • Dentre as 'ameaças de rompimento', destaco: 
  • Dentre as 'discussões de alto nível', destaco: 
    • We Can Work It Out (1965), 'A vida é curta, vamos parar com isso!'
    • I´m Looking Through You (1965), 'Você mudou muito..'
    • She Said She Sad (1966), Ela:'Você não me entende...' ao que ele: 'Não! Você está errada!
    • Hello, Goodbye (1967), 'Você diz SIM, eu digo NÃO, Você diz PARE, eu digo VAI, Você diz ALTO, eu digo BAIXO, Você diz GOODBYE, eu digo HELLO'
GENIAL, NÃO?

Na tabela abaixo, conforme prometido, listo as canções, com sua autoria e um trecho da letra com a evidência de por que eu a classifiquei assim.

Para acompanhar, se quiser, faça um download deste arquivo .mp3, aonde consolidei os trechos das canções que falam os trechos das letras que selecionei. Que tal? 
Tente, neste LINK.

E, mais uma vez me perdoem, por interromper tão bruscamente tantas obras de arte.... se eu me estendesse muito, ia ficar muito pesado!!




Próximo capítulo 

8. Neste LINK, comentários e trechos da Classe Cupid das Girl Songs


9 comentários:

  1. Grande Homerix soh voce mesmo para conseguir fazer este tipo de analise nas cancoes dos Beatles.Fico pensando o numero de vezes que deve ter ouvido cada cancao para chegar a tais detalhes. Um trabalho de folego e inteligencia. Parabens!!

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  2. Muito bom! DRs, quem consegue delas escapar? É chover no molhado dizer isso, mas "os caras" compuseram melodias maravilhosas com base nesse tema (nos outros também, rsrsrs). Valeu!

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  3. Imagine! DRs dos Beatles... Realmente, nesse caso, John apelou, com sua _Please please me_; talvez pudesse ser traduzido como _Por favor, me dê prazer_, sem conotação sexual, como John sempre disse.

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  4. São canções de relacionamento. Não significa que todas elas sejam relacionamente entre um homem e uma mulher. É comum pensarem que os compositores só falam sobre seus relacionamentos com garotas, sobre suas esposas...Chegaram ao ponto de achar que Martha my dear era Jane Asher. De acordo com Paul era mesmo para sua cachorra. Claro que poderia estar mentindo,...mas sendo Paul também fascinado por animais tendo a pensar que ele disse a verdade. Algumas das músicas citadas não vem a palavra she or girl. Pode ser algum outro tipo de relacionamento. Hello Good bye por exemplo pode ser para qualquer pessoa que seja o oposte dele no pensar, no modo de viver.

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  5. Acabei de ver que você incluiu Martha my Dear. rs rs rs Escrevi antes de ver todoas Pois é, HOmerix. Martha é a cachorra de Paul. A linda sheep dog sua companheira por longos anos. A silly girl é uma cachorrona lindona.
    She said she said é sempre um encontro com o ator Peter Fonda. Nada a ver com mulher. Foi ele que disse I know what is like to be dead. Por que então ele não disse he said? Isso só John poderia dizer. Eu posso apenas especular. Me parece que havia muito medo de qualquer coisa que pudesse lembrar algo homossexual. O encontro com Peter Fonda nada teve de erótico. Ele estava imerso em drogas na casa de Doris Day só repétindo aguilo. John bateu um papo com ele e se inspirou. Mas pode ter tido receio que pensassem outra coisa. Melhor mudar para she.

    E com isso nem mesmo quando falam she ou girl prova que se tratava de alguma moça.

    O papo como o Fonda foi bastante profundo. Os Beatles tinham sinais aqui e ali de machismo estrutural, mas eram bem avançadinhos para o tempo e aprendendo sempre. Então mesmo coisas que parecem ser um relacionamento entre homem e mulher, que é o banal em quase todas as músicas no mundo, podem se algo a ser pensado com mais profundamente.

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    1. Sim, eu sei que Martha era a linda sheep dog de Paul! Só que não havia categoria DR com animais domésticos, então admiti que era uma garota fictícia. Natural!
      Sim, eu sei que era Peter Fonda, aliás, te convido a ver minha análise da canção, e se ele colocou She, em vez de He, eu interpretei que era uma DR típica, com Ela dizendo qualquer coisa e ele dizendo que ela estava errada! Típico!
      Estou contente com minhas decisões!
      Obrigado pelo comentário, sempre deafiador, como sempre!

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    2. Claro que você tem todo direito de tomar decisões. É o seu blog, no seu estilo. Eu também costumo tomar algumas. Mas seria legal você deixar claro em algum lugar que se trata de decisões suas, seu passeio pessoal pelo mundo dos Beatles.

      É que há pessoas descobrindo os Beatles agora. E ´ha fás antigos que ainda não sabem sobre eles, muito menos sobre suas canções, sobre o que significam. Eu leio e me divirto e até passeio com você. Mas eu sei que Martha é uma cachorra. No entanto, há muitos que não sabem. E o que vão pensar? Que, de verdade, Paul criou um mulher na sua cabeça com este nome de Martha.
      Saber direito tudo que pensavam ao compor ninguém nunca vai saber. Somos portanto livres para tirar nossas próprias conclusões. Mas é preciso dizer que são nossas conclusões. E que outros podem concluir outras coisas. E pode ser que tudo esteja longe da verdade.
      Você escreveu em outro lugar sobre Long Long Long...Achava que era para uma moça. E era para Deus! Com os Beatles é sempre assim. Eles simplesmente não eram como os demais compositores. E ainda brincavam com isso das pessoas se debruçarem sobre suas músicas para interpretá-las, como John fez em Glass Onion.
      Tenho a impressão que ainda há muita coisa oculta só entendidas por eles.

      Enfim, como não há explicação que se trata de sua visão própria, leitores poderão cocluir que Martha era uma mulher, que John teve um papo estranho de saber como é estar morto, com uma mulher, que Dr. Robert era o médico americano...Se bem que em outro texto você esclareceu isso muito bem dando várias outras possibilidades.

      Olha, eu decidi que Paul escreveu I will para mim! rs rs rs. Já falei sobre isso em algum lugar. Então sei bem que temos o direito de concluir do modo que mais nos agrada. Só que quando conto essa história eu informo que sou eu fantasiando.
      Meu receio é apenas que pensem ter sido exatamente como você informa. Jamais mude suas decições. Eu não tenho o menor direito de querer mudar isso, eu tenho é de respeitar. Apenas acho que seria interessante esclarecer que é sua decisão pessoal pois com os Beatles nunca se sabe realmente sobre o que cantavam. Nem sempre o que parece ser é o que realmente é

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  6. Concordo com você Homerix. Este medley é uma das melhores criações de Paul McCartney. A mudança do ritmo entre as três canções é genial.

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