-

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Minha Alma é de Borracha, há 55 anos!!

                                                               Esta é o cenário do Capítulo 41 

QUEM QUISER OUVIR O TEXTO ENQUANTO LÊ, 

É SÓ CLICAR AQUI

_________________________________________

De minha saga  

O Universo das Canções dos Beatles


Todos os Capítulos têm acesso neste LINK 


Com que então, onde estamos na história da música?

Estamos em 6 de agosto de 1965!

O que temos é um grupo de quatro jovens ingleses de 22 a 25 anos de idade, todos cantores e instrumentistas, que acabam de lançar, naquele dia, o seu 5° LP em menos de 30 meses, todos alçados ao topo das paradas, e seu 10° compacto em pouco mais que isso, com apenas um deles, o primeiro, não chegando àquela distinção, e ainda um EP de inéditas que também foi ao topo. Nessas 16 bolachas, grandes ou pequenas, estavam gravadas 80 canções, sendo 56 autorais, dos compositores do grupo, e outras 24 de compositores do Rock’n Roll americano, que invariavelmente ficaram mais arrebatadoras nas vozes e instrumentos daqueles rapazes. 

Nesse curto período, eles se mostraram também bons atores, de dois ótimos filmes longa-metragem de sucesso mundial, inéditos em sua essência. E também viajaram por quatro continentes, mostrando sua arte, aglomerando multidões por onde passaram, em perto de 480 shows em que soltaram sua voz, exibiram sua categoria, emanaram seu carisma. Tudo isso gerando uma febre de interesse, de atenção, de sonhos, de jovens e também de gente não tão jovem assim. 

Como efeito, migrou uma obscena quantidade de dinheiro aos bolsos dos rapazes, e, por conseguinte, igualmente obscena quantidade de impostos para os cofres públicos ingleses, que mordiam avidamente as fortunas (a alíquota chegava a 95% no topo). Tão notável foi aquela quantia, que a Rainha decidiu conceder-lhes o nobre título de MBE – Member of Brittish Empire, em agradecimento, não só pelo numerário mas também pela imagem que os Beatles agregaram ao país! Eles haviam recebido o anúncio do título dois meses antes.

Caso decidissem parar naquele momento, já estariam na história, porém, ainda tinha muita história a fazer, e começaram a fazê-la apenas nove dias depois, quando adentraram ao Shea Stadium em New York, constituindo-se na primeira vez em que uma banda fazia um show em um estádio de esportes (no caso, de baseball), para um público inédito de 56 mil pessoas, em estado de êxtase. Era a abertura da terceira temporada nos EUA e Canadá, com mais 15 shows. No retorno, um período de bonança, seis semanas em casa, mas com uma missão: compor, compor, compor! O objetivo era abastecer, com canções originais, um novo álbum ainda naquele ano. Ringo usou esse tempo pra mimar seu primeiro filho, Zak, que lhe dava Maurreen, a namorada dos tempos de Liverpool com quem se casara.

Então, em 12 de outubro, retornaram aos estúdios de Abbey Road para a primeira de 15 sessões de gravação, até 11 de novembro, em meio às quais deram uma breve interrompida, num glorioso 26 de outubro, para darem uma passadinha logo ali, pertinho, no Palácio de Buckingham, para receberem das mãos da Rainha, trajados em impecáveis smokings, seus merecidos títulos de Membros do Império Britânico, para desespero da conservadora sociedade britânica!

Naqueles sessões de gravação, materializaram-se 15 canções, sendo duas lançadas em compacto, nada menos que Day Tripper e We Can Work It Out, e outras 13 que formariam, juntamente a uma canção engavetada do primeiro semestre, o seu 6° álbum, que seria considerado uma revolução, com letras amadurecidas, novos instrumentos, novas técnicas de gravação, e que viria a se constituir em mais um fenômeno mundial, lançado menos de 4 meses depois do álbum anterior, uma produtividade estupenda!

Em meus 8 aninhos, eu não podia acreditar no que ouvia saindo daquelas faixas em minha vitrola.  Girl, Michelle, In My Life, Norwegian Wood, Nowhere Man, Drive My Car, You Won’t See Me, If I Needed Someone …. e em nível só um pouco menos deslumbrante, Run For Your Life, Think For Yourself, Wait, The Word, I’ Looking Through You, What Goes On…

Aquilo não era um disco! Era um fenômeno!

No inglês há a qualificação ideal:
BREATHROUGH

Seu nome? 

Rubber Soul! 



A análise de Rubber Soul não para por aqui.

Outros temas estão e serão abordados no Capítulo 41.


  1. Os assuntos tratados em Rubber Soul estão detalhados aqui neste LINK 
  2. As análises das 14 canções de Rubber Soul, aqui, neste LINK
  3. A recepção e o legado de Rubber Soul, aqui, neste LINK.














Um comentário:

  1. Incrível como eles mesmo depois de lançar Rubber soul ainda n tinham chegado no seu auge...
    Um disco maravilhoso perfeito...

    ResponderExcluir