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sábado, 15 de janeiro de 2011

New York Abalada


PM pode significar muitas coisas, de acordo com a situação. E se aplica, de várias maneiras, ao fato descrito neste post...
  1. Pode ser a designação de horas, no inglês, após o meio-dia, como aquelas da noite, do horário previsto para o início do fato, mais especificamente, 9:30 P.M.;
  2. Pode ser a designação, em português, da Polícia Militar, que normalmente provê segurança aos estádios de futebol, por aqui, assim seus pares, não tão militares assim, provêem segurança aos estádios de beisebol, que era o local aonde acontecia o fato que abalou a cidade;
  3. Pode ser a designação, tanto em inglês como em português, de alguma contagem com relação ao tempo, como Rotações Por Minuto, aqui, ou Heartbeats Per Minute, lá, onde a frequência cardíaca estava certamente acelerada nas testemunhas do fato que estava por começar;
  4. Pode ser, finalmente, em qualquer idioma, deste ou de outros planetas, as iniciais do nome do maior artista vivo, deste ou de outro mundo, Paul McCartney,
Bem, o tal fato era o show 'Good Evening New York City', inaugurando o novo estádio de beisebol da cidade de New York, denominado City Field. 


Desta vez eu não era um dos 70 mil extasiados pagantes daquela noite. Mas já estive nessa condição três vezes: em maio de 1990, no Maracanã, como um dos participantes do recorde, imbatível, de 183 mil pagantes em um show solo de um artista (imbatível, pois agora as arquibancadas têm cadeirinhas), em fevereiro de 2002, em Houston, no Compaq Center e em 22 de novembro de 2010, no Morumbi, sobre o qual já dei o Meu dePAULimento. Desta vez, o êxtase foi só na telinha.

Não vou nem me estender muito, posto que, no citado depoimento, descrevi muitas das emoções, que se repetem sempre. Apenas libero este post para recomendar: enquanto não vier o DVD desta última excursão, com imagens, e com certeza dos shows de São Paulo, posto que foi indicado pelo próprio Paul, no seu site oficial, como o grande momento do ano, o DVD/CD Duplo 'Good Evening New York City' é uma excelente mostra. O repertório é mais de 70% similar.

E a ocasião, em New Yourk, era histórica. O City Field foi erguido no mesmo local do Shea Stadium (fala-se 'chei') onde, há 46 anos, os Beatles se apresentaram para um público recorde de 56 mil enlouquecidos pagantes, num show que inaugurou a era da música em grandes estádios. Imagens do histórico show são apresentadas, de forma concatenada com o show moderno. Uma delas, antológica, na canção "I'm Down": enquanto Paul se esgoela (ainda consegue!) para gritar a música, na tela aparece John, possuído, tocando teclado com os cotovelos. Histórico!

Antes de o estádio ir abaixo, um ano antes, o cantor Billy Joel fez o show de despedida, que contou com especialíssimo convidado especial, ninguém menos que Sir Paul. E Paul, como coném a um cavaleiro da Rainha, gentilmente retribui, chamando Billy Joel para cantar com ele, e também "I Saw Her Standing There".

Repare também, no carisma do astro, que descrevi no show daqui. Lá, não tendo que aprender língua nova, com menos esforço, ele conquista a platéia. Ele conversa, por exemplo com os seguradores de cartazes, coisa que aqui, teve a entrada proibida. Lembro-me, por exemplo, de uma mulher bonita cujo cartaz dizia: 'Paul, Marry Me!!', a câmera pega Paul respondendo com a cabeça: 'No!!', a edição mostra de novo a garota, virando o cartaz, que agora diz: 'Maybe Next Life??!!', de volta a Paul, que diz: 'Maybe!!'      


This is Paul McCartney.

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