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quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Comédia Nacional

Entre um 'past post' e outro, dei uma espiada no filme que passava ontem na Globo, Festival Nacional, 'Casa da Mãe Joana'

Que coisa horrorosa...

Que desperdício de talentos. Como é que um José Wilker, uma Malu Mader, um Cláudio Marzo, uma Laura Cardoso, se prestam àquele ridículo?! Bem, Arlete Salles, Pedro Cardoso, Agildo Ribeiro, já primam por seu lado histriônico, mas mesmo eles devem ter se envergonhado de participar daquela palhaçada... A salvar, a Juliana Paes, à época sem o status que tem hoje, e aceitando qualquer papel. Ela estava esplendorosa, saindo da garrafa. Lembrou-me o frissom que era 'Jeannie é um Gênio'.

Acho que aquele bando de atores globais estava sem trabalho na telinha e juntaram tudo na telona para homenagear a vagabundagem... O filme ressalta as qualidades da malandragem, do jeitinho brasileiro, das armações, das falcatruas. E a chamada da Globo ainda mostra um Wilker com cara de bêbado dizendo algo como: 'Trabalhar não está entre minhas prioridades', ... ora, sim senhor.

A comédia nacional não merecia isso. Pode fazer coisa muito melhor.

Como fez com 'Se eu fosse você', que abriu o tal Festival, e 'De Pernas Pro Ar' que está na telona.

O primeiro leva nota 9, prejudicado que foi pela cena final, a do coral cantando a Nona de Beethoven em HipHop.
  • Renata me disse que sentiu 'vergonha alheia', aquela que a gente sente pela pessoa que cometeu o absurdo, no caso, o Diretor Daniel Filho. 
  • Felipe disse que foi um tremendo 'Suspension of Belief': você está assistindo ao filme, já aceitando tratar-se de uma farsa, já que o tema principal era a troca de corpos de um casal, até que acontece a cena final. Era impossível que o Cláudio (Tony Ramos), sem nunca ter mostrado, no filme, nada relacionado a gosto musical, só porque estava no corpo de Helena (Glória Pires), pudesse reger, ensaiar, e mudar totalmente o estilo do coral para fazer aquela performance.
O segundo, 'De Pernas Pro Ar', vale a pena.  Não que seja uma maravilha, mas é honesto, bem feito, fala sobre trabalho e família, não tem nenhum vagabundo se vangloriando. Tudo bem, o trabalho é uma Sex Shop, mas o sucesso pode vir de qualquer lado. E o filme apela pouco, claro, é impossível fazer um filme com esse tema sem apelar um pouco. Ingrid Guimarães se firma como grande talento do humor, ajudada por uma Maria Paula que mostrou que não sabe fazer apenas PERFEITAS imitações de artistas globais, como faz no Casseta e Planeta. Tem seus clichês, como a troca das encomendas, cena hilariante mas totalmente previsível. E outros menos graves... Leva Nota 7!

Abraço

Homero Rindo e Raivando Ventura

5 comentários:

  1. Comecei a ver esse filme, mas não aguentei tanto baixo nível. Realmente é estrela demais para tão pouco conteúdo.

    E o improviso de baixo custo que a Globo optou até começar a lavagem cerebral do BBB.

    Abraço, Darwin.

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  2. Concordo plenamente. Por algum motivo, acham que brasileiro tem que achar vagabundagem engraçado. Quanto ao José Wilker dizendo o que disse, pode ser, uma "revisitação" a outro personagem (esse sim, brilhantemente "encorporado"): o Vadinho de Dona Flor. Há uma famosa cena em que ele é cobrado pelo gerente do banco quanto a uma dívida e o mesmo, na maior "cara dura", diz que é um absurdo que o fiador não queira pagar, que aquilo ia contra a relação de confiança entre banco e fiador. Impagável! O José Wilker, como é comum, é posto pelos roteiristas e diretores dos filmes a "reencenar" o Vadinho, sempre que possível.

    Abraços.

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  3. Eu vou dar graças a deus que só vi 'Se eu fosse você', então. E eu também senti a vergonha alheia que a Renata sentiu. Foi muito estranho e do nada pro nada.

    Bom mesmo é que a Globo internacional aqui em Angola demora uns dias pra acompanhar a Globo dai, então eu posso evitar essa programação.

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  4. Por sua crítica, a estilo de barbara Heliodoro, apesar de ter assistido uma belíssima com Ingrid Guimarães, que gostei muito... deixo passar. Quando parar na TV dou uma ciscada.


    O anônimo

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  5. Homero, concordo com a nota 7, e com o que voce escreveu sobre Ingrid Guimarães e Maria Paula. Só que a comedia para mim teve um efeito contrário. Em muitas cenas fiquei muito triste de ver "escancarada a solidão dos tempos modernos". Abçs , Martinha

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