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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Custo Benefício - Paul Amy

Veja a tabela abaixo, comparando alguns ascpectos dos shows de Paul McCartney, em São Paulo, e o de Amy Winehouse, em Florianópolis.

E aí você entenderá porque eu fui ao show de Paul e não fui, nem iria, ao de Amy..




E, apressadamente, você também concluirá que eu não gosto de Amy.

Enganou-se!

Eu A-D-O-R-O Amy Winehouse!

E não fui ao show de ontem por outro motivo: na mesma hora, Los Bife estava tocando na Lapa, e justamente tocando 'Amy', uma canção de Felipe e Igor em homenagem a Amy, lindamente levada a violino e guitarra ...

Boa coincidência!

Alguns se lembrarão de uma mensagem que escrevi há 2 anos e meio, sobre Amy, quando a defini como
      · uma compositora que pensa que está na década de 60,
      · uma letrista que pensa que está no divã,
      · uma cantora que pensa que é negra,
      · uma mulher que não pensa em si mesma.

Tenho TODOS os discos dela, ou seja TODOS OS DOIS discos dela, pois ela produz muito pouco, apesar de fazê-lo muito bem. Em outro paralelo, aos 27 anos de idade, Paul já estava em carreira solo, tendo participado, como figura central dos Beatles, de um equivalente a 15 discos... Não tem nada a ver, ela é uma só, enfim, mas é um dado comparativo no mínimo interessante.


Fiz, à época, breve descrição da totalidade da carreira em estúdio de Amy, que reproduzo:
      1. Frank (Não o nome Frank, mas 'franco', em português), lançado quando tinha 19 anos. Ela surpreendeu o mundo da música com um trabalho autoral, tendo composto letra e música de todas (ou quase todas) as canções, abrindo ao mundo o seu próprio, já complexo apesar da pouca idade, suas angústias, seus sofrimentos e até seus poucos bons momentos. Suas letras tocam os dois mundos: o dos que sofrem e dos que ainda podem sofrer, ou seja, amplo universo. Além disso, a sonoridade, o ritmo, a influência da música americana dos anos sessenta é clara, marcante, e a voz, poderosa, digna das grandes divas negras da época, é um primor.
      2. Em Back to Black, aos 22 anos, ela continua sua saga, contando suas desventuras, brinca com seu próprio estado ("I stay up clean the house; at least I’m not drinking."), e desafia quem pensa no bem dela ("They tried to make me go to rehab but I said 'no, no, no'."). Magistral, foi aclamado pela crítica, pelo público, alçou-a ao nível galáctico e levou um monte de Grammy's.
Pois é, este último e antológico disco foi lançado há quase 5 anos (agosto de 2006). O terceiro está no prelo.

Ela fez algumas turnês, com muitos barracos, até a última em 2008, quando parou por absoluta falta de condições físicas e mentais, mergulhada que estava em álcool e drogas.

But now it seems like she said Yeah Yeah Yeah to rehab, parece que está livre, desde o ano passado, e via esta passagem pelo Brasil como um teste de campo.

Durante o show de Floripa, Amy Waterhouse tomou apenas água, em garrafinha que ela chegou a confundir com o microfone. Breve recaída.... No Rio, deu uma verdadeira recaída, tomando duas cervejotas.


 
Então, a coisa melhorou um pouco desde minha mensagem, quando disse:
      Na internet, há um site de apostas para acertar o dia em que ela vai morrer.
          Os fãs que vão aos seus shows, ficam na expectativa de saber se ela vem, e se vem, de ver se ela vai conseguir ficar em pé, ou se consegue terminar.
              Vejo, em Amy, uma reedição de Janis Joplin, 40 anos depois.
                  Recomendo fortemente que ouça as canções, que compre seus discos, o quanto antes, se não quiser que seu investimento seja uma homenagem póstuma. Se ela colocar ordem na cabeça seu dinheiro vai ajudar no tratamento de reabilitação.
                    Se você esperar muito, vai ajudar somente na administração do espólio.
                Porém, no show de segunda-feira, ela deu uma mostra patente de falta de profissionalismo. Foram 10 canções, das quais três ficaram a cargo dos backing vocal, piorando ainda mais aqueles indicadores 'per capita'. Ausentou-se prolongadamente do palco, e saiu assim, sem dar adeus ou qualquer palavra.

                Acho que alguém deu um toque, e ela tentou se redimir. Um amigo me contou que o show de ontem durou 1:20 h (Uau!), foram 17 canções (Uau!), das quais ela cantou 15 (Uau!).

                Promissor!

                Abraço

                Homero REHABilitAmy Ventura

                7 comentários:

                1. Homero, gosto de algumas músicas da Amy, mas não de seu estilo descompromissado com quem admira sua voz. Em minha opinião, não dá nem de saída comparar Paul com a Amy, pois o ex-Beatle é insuperável.

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                2. Homero, nem entendi o propósito de se comparar Paul McCartney com Amy Winehouse. Mas o show ontem foi ótimo, apesar de curto. Felizmente não cheguei a tempo de ver os dois shows de abertura, pois o trânsito do Centro pra Jacarepaguá é cruel em dias de semana. Sinceramente, qualquer coisa que venha da Amy que não seja problema é lucro e ela cantou muito bem, continua com uma puta voz, apesar do enfizema que ganhou fumando crack e a banda dela é fantástica.

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                3. Não fui ao show, achei caro e de alto risco, mas também adoro Amy Winehouse. Mas gosto mesmo só do segundo disco, que é sensacional. Um abraço!

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                4. Realmente, olhando o comparativo eu acharia que vc não gosta.
                  O depoimento foi favorável, mas a tabela indica mais uma estrelinha sem respeito com os fãs... Pra mim, sem comparações! Um foi O SHOW que agradaria a todos, o outro foi uma mostra somente pra quem é vidrado na maluquinha.

                  Não sabia que ela tinha escrito e composto suas musicas. Isto aumenta o conceito, mas continuo não sendo fã.

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                5. Pô, cara, você esqueceu do principal, que é a propaganda do LOS BIFTLES! Faltou dizer que compouseram uma música em homenagem à Amy Price Waterhouse, e anexá-la ao correio!

                  Assim não pode!

                  Tá vendo aí como só te dou dicas boas? Pode dizer que foi ideia do Claudio!

                  Vai lá, retransmite aí, com a errata, pra galera!

                  Atenciosamente,

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                6. 1:17 de show da Amy? Só se foi em FLoripa...No Rio ontem ela tocou menos de 1h...

                  E eu levei TRÊS horas para chegar no show saindo de Ipanema....

                  Não preciso nem fazer conta para concluir que foi a maior roubada musical em que já me meti...e olha que já fui a muito show ruim

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                7. Penso que a sua crítica está muito focada nos discos, super-editados (sabe-se lá quantas vezes ela teve que gravar para que as músicas saíssem completas...). Certamente que os seus shows são apenas para fãs de carteirinha (os dados do show dela que você usou na sua estatística, devem ter sido obtidos através de informações recolhidas de terceiros pois não acredito que você tenha ido).

                  Tenho 90% de certeza de que aquela garrafinha estava com vodka e, mesmo que fosse água, não há dúvidas que ela estava bebaça E drogada. Zero de profissionalismo e, como artista, não merece o mínimo de consideração.

                  Por outro lado, pra você não dizer que sou radical, eu até fiquei curioso em ouvir os discos dela. Talvez até eu já tenha ouvido algumas de suas músicas mas sem saber que eram dela. É aquela história de "não ligar o nome à pessoa". Farei um esforço para me abstrair do ser e me concentrar apenas no som...

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