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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Uma postagem com mais de 1.000 acessos...

O livro de Renata possibilitou uma quebra de barreira do Homerix!

A postagem sobre o livro A Arma Escarlate, de Renata Ventura, passou dos 1.000 acessos.... eu até tinha curiosidade sobre a notação que ia sair, se ia ter o pontinho dos milhares ... e teve!!

A postagem em questão descreve o livro, mostrando sua Capa, a Sinopse intrigante, a Nota da Autora reveladora, e uma entrevista cativante!!

Notícia sobre o livro?

Alguns leitores já acabaram de ler, devorando as 549 páginas em alguns dias.

Bom sinal!!!

Abaixo, as 10 Mais do Homerix, quase completando um ano de casa...
Em tempo, os nomes das postagens são links!!!

Texto Popularidade Assunto
A Arma Escarlate - Habemus Data & Habemus ... 1.072 Acessos Livro
As Flores do Tenentismo 642 Acessos Livro
Luz no fim do túnel? 616 Acessos Política
Decência ou Morte 501 Acessos Política
Colégio Santista, fator crítico de sucesso 495 Acessos Educação
Lá se vão 30 anos ... 484 Acessos Celebração
Petrobras, 58 anos; eu, 30 458 Acessos Celebração
Habemus Capa 424 Acessos Livro
Inadequado é a mãe! 395 Acessos Educação
Royalty Em Português 395 Acessos Energia


Note que os assuntos das postagens são recorrentes Livro, Política, Educação, Celebração, e um intruso, de Energia.

Era isso!! Rapidinho!!!

Abraço

Homerix Matusalendo Ventura

domingo, 27 de novembro de 2011

O Verdadeiro Super Mário

Meus filhos viveram o começo da febre dos video-games, mas felizmente conseguimos controlá-los bem, reservando apenas os fins-de-semana para a prática.

E vez por outra acompanhava as peripécias dos personagens, que seguramente fizeram parte de nossas vidas.

Depois do Atari e seus joguinhos simples, veio o Pac-Man, com sua volúpia come-come, o ouricinho Sonic do Megadrive e o Super Mario Brothers da Nintendo.

E então era sempre uma expectativa sobre se iam passar de fase, se iam conseguir as estrelinhas, e aquela musiquinha ficava em nosso sub-consciente.

Essa introdução toda foi por causa do nome de um desses personagens!!

É que comemorou-se na semana passada o centenenário de Mario Lago, que na verdade morreu há 10 anos...

Esse sim, o verdadeiro Super Mário!!!!

Acostumei-me, como noveleiro, a ver aquela figura tranquila, já nos seus 60 anos, a fazer papéis sóbrios, com uma voz marcante, em tantas novelas globais....e também muitos filmes. Depois, fiquei sabendo que aquela música famosa do Ataulfo Alves, 'Saudades da Amélia' tinha letra dele, e também 'Atire a Primeira Pedra', e muitas marchinhas de carnaval, como 'Aurora', por exemplo. E depois, quando foram chegando seus 90 anos, fizeram homenagens a ele, e descobri tratar-se de poeta, escritor, advogado, e ativista político, com direitos cassados pela revolução..

E agora, quando celebrou-se o centenário, descobri também que era Fluminense de coração, mas que nunca se conformou e morreu envergonhado por seu time ter subido da 3ª à 1ª Divisão pela porta dos fundos, sem ganhar o direito disputando a 2ª... Realmente, um grande homem!!!

Um Super Mário!!!

Neste momento corre uma campanha para nomeá-lo Homem do Século XX.

Exagerado? Talvez, mas, com certeza, candidato!!

Homerix Mariolagoando Ventura

sábado, 26 de novembro de 2011

Contabilidade na prática!

A oportunidade de me tornar agente divulgador do livro de minha filha ....


...proporcionou-me reviver alguns conceitos básicos de contabilidade.

Tenho vendido alguns livros com autógrafo personalizado da autora. A operação é a seguinte: 
  1. um potencial comprador me diz de sua vontade de ter um livro autografado e faz a encomenda,  então eu já considero a operação como uma venda realizada, dou baixa no estoque usando para determinar o CPV - Custo do Produto Vendido, o método do custo médio unitário, e emito uma fatura, ainda que virtual, mas já um fato gerador.
  2. de noite eu falo pra autora o nome e profissão ou origem do comprador, ela produz o autógrado personalizado, agregando valor ao produto, 
  3. no dia seguinte (ou em algum momento combinado) eu entrego o produto acabado e recebo o pagamento, em princípio.

Se eu registro a operação nos livros no momento 1, que é o fato gerador da venda, eu estou trabalhando em Regime de Competência...

Se eu registro no momento 3, quando recebo o pagamento, eu estou trabalhando em Regime de Caixa...

No momento 1, quando eu não recebo o pagamento adiantado, acabei de gerar um Contas a receber...

Se eu não recebo o pagamento no momento 3, o comprador entra na conta de Devedores Duvidosos...
(brincadeira!!!)

Convoco os amigos contadores de plantão a retificarem ou ratificarem minhas definições, e a acharem outras facetas contábeis da operação.

Um outro aspecto interessante do mundo escarlate que se intalou em nossas vidas, apareceu numa reunião, em que se falava que o pagamento de um imposto na Nigéria era feito em óleo, aí eu disse: 'Pagamento em Espécie', e meu interlocutor contestou, dizendo que não era em dinheiro. E eu lhe corrigi o conceito!!!

É que Pagamento em Espécie é aquele que é feito com o produto que gera a sua receita, e não com a receita, o dinheiro gerado pela venda do produto. No caso da operação nigeriana, o óleo é a espécie, e óleo é entregue ao coletor do imposto como forma de pagamento.

Transportando para o mundo da hotelaria, se um hoteleiro precisa pagar uma conta de 2000 Reais, e a diária de seu hotel é de 400 Reais, e ele decide fazer um Pagamento em Espécie, ele diz ao vendedor: "Se você quiser, vai ao meu hotel e fica lá 5 dias!" A espécie do hoteleiro é a diária de hotel, o produto que gera a sua receita.

E, pensei também num exemplo mais próximo de minha vida: o livro de Renata! Se ela for a um almoço e a conta for de 40 Reais, ela pode muito bem, caso o gerente do restaurante aceite, fazer um Pagamento em Espécie, então ela entregaria um exemplar de seu livro como pagamento. O livro é a espécie, para Renata.

E o simples exemplo acima ressalta um fenômeno presente no consumo. Gasta-se  facilmente 40 Reais num almoço a la carte de sexta-feira com sobremesa, por exemplo. É certo que ajuda na sua subsitência física, mas a maioria do conteúdo vai parar na privada no dia seguinte (bem, o 'quando' e o 'quanto' vai depender da qualidade do preparo da comida...). Os mesmos 40 Reais você pode investir num livro de 550 páginas cheio de conteúdo, emoção e mensagens, que levou 4 anos e muita pesquisa pra ser escrito, e que vai ficar a seu lado e de sua família por toda a vida, podendo passar a outras gerações...

Diga-me aonde estou errado ao achar estranha esta comparação?

Pronto, sem querer, e passeando por alguns conceitos,  acabo de fazer propaganda do livro de Renata, que pode ser conseguido comigo, autografado, por R$ 39,90 na verdade, o mesmo preço das livrarias....



Abraço

Homerix Incorrigível Ventura




domingo, 20 de novembro de 2011

Uma Opção Escarlate Virtual

O lançamento do livro A Arma Escarlate foi um sucesso!

Foram vendidos todos os livros que a editora mandou pra Saraiva (inclusive a cota extra).

Este ainda não é o post sobre o evento, pois ainda não disponho da totalidade das fotos.

Mas reservo este espaço aos que não puderam ir, com uma alternativa interessante.(hehehe)

Bem, antes de apresentá-la, mostro a todos a Matriz Escarlate (já apresentada em mensagens e no Facebook, mas inédita no blog)



Bem, a todos os que foram, exercendo a Opção 4, nosso muitíssimo obrigado.

Aos que não puderam ir, restam as opções de 1 a , da Matriz.
Entretanto, criei uma oportunidade virtual, uma Opção 4a, pra quem escolheu as duas últimas (nossa preferência, hehehe,).
Basta exercer sua opção, 2 ou 3, e preencher as lacunas da foto abaixo....


Hehehehe!!!!  (também já apresentei no facebook...)

Esta Opção 4a contará pra gente como se tivessem estado lá!!!
Aliás, falando sinceramente, foi a conta certa, não teríamos conseguido atender a mais ninguém.... o evento durou até um pouco mais que as 3 horas programadas. A família da escritora foi fechou a Saraiva, junto com o Gerente, ás 10:30.

Grande Abraço

Homerix Inventando Moda Ventura

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Alea Jacta Escarlate


(se ainda não sabe a origem do 'Escarlate' aí de cima, leia aqui a proposta do livro: 


Minha chegada ao Rio, há quase 30 anos, foi quase concomitante com a inauguração do Shopping Rio Sul. Na verdade, um ano depois...

Recém-casados, íamos sempre lá, ao cinema, naquelas salas pequeninas, e na Praça de Alimentação,  nas lojas, comprando pouco, é verdade, começo de vida, e no supermercado. Sim, no começo, antes da expansão, que criou o 4º piso, lá havia um supermercado e muitas vagas de estacionamento. 

Dentre as lojas, havia uma,  de departamentos, em frente às escadas não-rolantes, que trespassava os 3 pisos, tinha escadas rolantes próprias, e um pouco de tudo, a Mesbla. Quando a Mesbla faliu, os dois primeiros foram ocupados pela Renner. Parte do espaço que era da antiga loja no 3º piso foi ocupada pela Livraria Saraiva, uma Megastore, que vendia também discos e filmes. Sempre íamos lá, com as crianças pequenas, sempre fomos clientes, até eles crescerem, e até hoje somos...

Hoje, jamais poderíamos imaginar naquele início, naquele espaço, quem estará lá é Renata Ventura, lançando seu livro A Arma Escarlate, e recebendo os amigos, dela, do pai e da mãe, e, os seus primeiros fãs, que não viam a hora de botar as mãos no livro...

Esperamos que sejam os primeiros de uma legião... hehehe.

Estive lá ontem, para ver como é que estava. Que bom que estava tudo bem, os livros já haviam chegado, e também lá estava o banner, e o livro estava muito bem colocado, em boa companhia: à direita, o livro póstumo de José Saramago, e à esquerda, uma biografia não-autorizada de Paul McCartney. Bom sinal!!!


É isso!!! 

A sorte está lançada!!!

Abraço

Homerix Sem Palavras Mas Sempre Escrevendo Ventura

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

A Capitã Gancho



Leia, neste link, tudo o que você precisa saber sobre o livro e nunca teve coragem de perguntar, hehehe (lembrando Woody Allen) 

O livro só vai pras ruas depois daquela noite. Pódexá  queviso quando!!!

E já tem pré-venda no site da Saraiva...

Enquanto isso, compartilho com você como foi minha experiência à época da escrita da obra
_______________________________

Acompanhei o processo de criação .. Renata resistiu no início em me mostrar  os capítulos já escritos ... só mostrou quando estava no primeiro terço do livro e ficou preocupada se iriam gostar.... aí ela me passou o primeiro capítulo ... e eu chorei..... e pedi mais ... e veio o segundo ... e o terceiro .. e eu ria com as ideias, com a imaginação ... e me emocionava .... até que chegou o momento em que eu recebi o capítulo que ela tinha acabado de escrever, ali pela metade das 550 páginas ... e aí começou a durar mais minha angústia pelo novo capítulo que saía do forno.... Neusa também entrou no circuito e fomos acompanhando até o fim...

Então, ainda durante o processo, preocupado por ser apenas a opinião de pai e mãe deslumbrados, busquei uma opinião isenta, ou, ao menos, mais isenta que a minha. E encontrei uma ótima, uma professora de português que não tinha o menor interesse em ler fantasia, nunca leu Harry Potter, ou Anne Rice, ou Senhor dos Anéis, enfim, excelente.

E aí eu mandei o primeiro ... ela disse, 'Manda outro' ... e o segundo ... 'Mais um, por favor' ... e o terceiro.... e ela não quis parar mais, ... e ficava ansiosa por receber o próximo capítulo... e assim foi até o final. Ela ficou encantada com a amarração da fantasia com a realidade... e muitos outros atrativos da narrativa, entre eles a habilidade que eu defio a seguir...

Eu chamo Renata de Capitã Gancho, tal é a forma com que ela chama as pessoas a não pararem de ler quando terminam um capítulo.

Isto posto, se a proposta do livro te deixou com ímpetos de comprar, que bom!!

Mas o que quero mesmo é que você leia os primeiros capítulos.

Tenho impressão que você não vai querer parar mais....

Aqui, o anúncio da chegada do livro em casa
http://blogdohomerix.blogspot.com/2011/11/arma-escarlate-em-nossas-maos.html
Ah, sim... Divulgue, se gostou, pra todas as suas redes, por todos os meios  de comunicação, inclusive por tambores, se necessário... hehehe!!


Homerix Enganchado Ventura



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Prazer no futebol no dia que Homerix ficou Sexagenário


Calma, na verdade, ainda faltam 7 anos para o Homero chegar aos 60.

Mas o Homerix chegou, aos 60 mil acessos.

E foi um dia antes do previsto, pela média que eu vinha tendo...

Como estou de férias, estava acompanhando de perto.... às 4 da tarde faltavam 100 acessos e eles aconteceram antes de terminar a décima sexta hora... muitos do post sobre Royalties.. Realmente, não sei o que houve...

Três leitores viram o número 60.000 aparecer na tela: foram minha amiga Symone, de Goiânia e os colegas de trabalho Mônica e Gilberto. Isso já aconteceu antes. Coisas da rede...

Obrigado a todos!!

Mas o dia dos 60k foi mais interessante por conta do futebol!

Ao longo do dia ficamos sabendo que Neymar não vai pra Barcelona, nem pra Real Madrid nem pra time nenhum. O time que chegou com o melhor pacote, que incluía o coração, foi o Saaaaantooooosss. Finalmente foi confirmado o que eu sempre dizia aos amigos que me perguntavam ironicamente quando ele ia embora, 'agora ele vai', diziam, numa inveja, uma torciiida.... Vou esfregar na cara de todos eles o jornal de hoje. Ontem foi o verdadeiro Dia do Fico, para a nação santista. Não um 9 de janeiro, mas um 9 de novembro. E eu acho que, na verdade, todo mundo ganha com a permanência da Jóia da Vila na Vila. Todos podem presenciar quarta e domingo o manancial de jogadas do craque...  Ó só que coisa: quando ele for pra Europa, se é que vai, em 2014, ele estará com 22 anos de idade....E vamos ver se essa imprensa de m---- que só pensava naquilo, pára de importunar a nós todos.


E de noite, uma vitória sensacional do Vasco da Gama: tendo que fazer 2 gols, fez o primeiro, mas levou o empate, o que oobrigava a fazer mais 3 gols, pela regra do gol qualificado (fora de casa). Pra piorar, no começo do segundo tempo, quem fez gol foi o Universtario, que disputava a vaga para a semifinal da Copa Sulamericana. Isso levava à necessidade de o vasco fazer 4 gols, em 40 minutos. E o Vasco fez. Fez as contas? 5x2!! Muito por conta de uma monstruosa atuação do zagueiro Dedé, cada vez mais merecendo a alcunha de Dedéckenbauer, que fez dois gols e participou do gol decisivo!!! E tudo pra premiar sua centésima partida pelo Vasco!! Especial!!!!

Espetacular!!!!

Além, é claro do grandíssimo fato do dia.

É a primeira vez em que a frase....

O TRAFICANTE NEM FOI PRESO.


..... uma coisa boa!!!


Desde ontem à noite, a favela da Rocinha está livre do traficante que comandava aquelas plagas há 10 anos, de nome Francisco Bonfim Lopes, mais conhecido como

 NEM


Homerix Sessentando Ventura

domingo, 6 de novembro de 2011

RETORNO, retorne, please!!!

BREVE MENSAGEM A RENATO BORGES, CRIADOR DE...


APÓS A ESPETACULAR PERFORMANDE DE ONTEM.

Cara, não deixe morrer o espetacular show de ontem.
Isso não pode ser um evento único, no Leopoldo Miguez, e finito!

Se vocês tivessem acreditado que daria certo, poderiam ter trazido amigos da imprensa, se eu soubesse do que se tratava teria divulgado. Não pode acabar assim!!!

Que clima!!

A abertura com os despertadores de Time, a projeção perfeita de imagens estonteantes, geometricas ou não, em um telão prismático, 'a la' Dark Side; a menção involuntária a Amused to Death (que você nem conhecia, mas recebeu o espírito de Roger Waters para colocar aquela imagem do olho lá); a inclusão de sinos como em High Hopes de Division Bell.

Clima Pink Floyd é tudo de bom...

Não entendi a totalidade das falas (isso pode ser melhorado em outras edições) mas o que entendi me impressionou...."quando encontrar o que procuro, saberei o que procurava, mas terei que seguir procurando" - ou algo assim - o máximo.

Os músicos-atores vagando pelo espaço, à procura....
O som vindo de lugares desconhecidos (especialmente o violino), os tambores japoneses só sabíamos pelas luzes individuais, que denotavam a coreografia arrepiante...
O violão, a guitarra e a bateria, fortes, precisos.... A música...

O clima de Blue Men com as luzes e com aquele véu passando pela platéia.

A iluminação.... ou a falta de... perfeita... as projeções no teto ....

Claro que a minha sogra detestou, mas esperava-se...

Já o resto da família gostou muito... e eu, simplesmente, bem, eu é tudo isso que escrevi aí em cima...

Parabéns


Homerix Agradecido Ventura 

Manual do Colonizado - de Renata Ventura #3

Aqui, a última parte da Introdução ao 100% Off - O Manual do Colonizado - monografia de Renata Ventura - 2006.

A primeira, neste link: 



A segunda, neste link:


A terceira (e última), transcrita aqui: 
 
          O século XIX no Brasil não só pode ser definido como “um século de francofonia por excelência (BASTOS, 2002: 3)” como também um século de colonização por excelência, mesmo que esta colonização não viesse mais de Portugal, sua antiga e logo esquecida Metrópole. Naquele momento, “nossa culuta absorveu tudo ou quase tudo o que se produzia na França (BASTOS, 2002: 3).” Enquanto o povo brasileiro era excluído, nas bibliotecas, nos teatros e no palácio do imperador discutiam-se modos, políticas, interpretações e soluções francesas para problemas ilusórios de um país que eles não conheciam de verdade.
          Fazia sucesso então o Jornal das Famílias, periódico que ensinava às moças e rapazes da época regras de comportamento. Publicava “receitas e regras de savoir-vivre (BASTOS, 2002: 4)”, lições de etiqueta européias; ensinava como se portar, como viver, como falar e enchia de vento a mente das mulheres brasileiras com contos e novelas inocentes e vazias de conteúdo. Ponto curioso: o Jornal da Família fora criado por um francês chamado B.L. Garnier, que vira no Brasil uma oportunidade de expansão editorial! O mercado editorial francês conseguia lucrar com venda de livros e revistas em uma sociedade com 86% de analfabetos. Havia algo de podre no Império do Brasil..... Talvez fosse o queijo francês.
          Jô Soares, em seu livro 'O Xangô de Baker Street', expressa com maestria os costumes daquele época ingênua e inocente, em toda sua incoerência. Em 350 páginas, brinda o leitor com momentos de puro absurdo ao descrever com sutileza as situações riséveis por que tinham que passar os brasileiros, ainda tão euroc~entricos e colonizados (1).
      No camarim, sentaram-se nos móveis novos que decoravam a saleta. Todos estavam impecavelmente vestidos, com seus uniformes e trajes de gala. Podia-se ter a impressão de estarem eles instalados em algum salon de Paris, não fosse as rodelas de suor presentes em todas as axilas (SOARES, 1995: 16).

            O brasileiro era um povo que queria ser outro povo, vivendo em um país que queria ser outro país. Felizmente, os brasileiros aprenderam muito de lá para cá. Deixaram de ser aqueles papagaios ridículos de antigamente.
                Hoje são modernos, falam inglês.

 


(1) A vida da elite brasileira era bajular os franceses, como os cortesãos de antigamente, que faziam absurdos para serem notados pelo Rei. Para Erasmo de Rotterdam, “Não há escravidão mais vil, mais repulsiva, mais desprezável (ROTTERDAM, 1509: 92)” do que aquela de um cortesão. “Para eles, a maior felicidade consiste em ter a honra de falar ao rei, de chamá-lo de Senhor e Mestre absoluto, de fazer-lhe um breve e estudado cumprimento, de poder prodigalizar-lhe os títulos faustosos de Vossa Majestade, Vossa Alteza Real, Vossa Serenidade, etc., etc. (ROTTERDAM, 1509: 93).”
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Bem, isso tudo foi só a introdução... quem sabe um dia publique-se a monografia toda... bem quem sabe antes, eu publique alguns trechos, hehehe


Abraço

Homerix Very Proud Ventura

100% Off - O Manual do Colonizado - de Renata Ventura #2

Aqui a segunda parte da Introdução ao 100% Off - O Manual do Colonizado.

A primeira, neste link: 



CONSIDERAÇÕES INICIAIS DO MANUAL
Em 1886...
(...) a caminho do hotel, [Sarah Bernhardt] quis pedir ao cocheiro que levantasse a capota a fim de melhor observar a paisagem e as pessoas que se amontoavam nas ruas para ver um pedaço daquela francesa, porém o intérprete brasileiro que a acompanhava a impediu:

-          Não, madame. No Basil, não é chique andar de capota levantada.

-          Por que não?

-          Não sei, madame. Acho que é para dar a impressão de que aqui não faz tanto calor assim. (SOARES, 1995: 15)


Assim era o Brasil na época do Império; assim foi o Brasil até meados dos anos 1940. Tentava fingir, com todas as suas forças, que era um país europeu. Mais especificamente, pensava que era a França. Tudo que vinha da França era chique: falar com biquinho era chique, ver peças em francês era chique (mesmo que não se entendesse coisa alguma), andar pelas ruas vestindo casacas, meias, camadas e mais camadas de vestidos, chapéus e coletes era chique (apesar do calor). Falar empostado, fingir-se de esnobe, ler em francês era chique; livros, revistas, jornais. Até barata francesa era chique. Aliás, até a palavra “chique” era chique!
Paris foi a capital do século XIX, segundo definição de Walter Benjamin (BASTOS, 2002: 2).O Brasil, é claro, não podia ficar de fora. Na literatura, escritores brasileiros se esforçavam para analisar os “atrasos” do país “primitivo” em que viviam, comparando-o incessantemente à França ou à magnífica Europa em geral. Não lhes passava pela cabeça sair às ruas e observar a população, que consideravam primitiva e pobre de espírito. Preferiam aprender sobre o Brasil pelos livros europeus, que certamente, devido à clara evolução de seus costumes e pensamentos, saberiam mais sobre aquele país tropical do que os próprios brasileiros que moravam nele. 
Enquanto isso, a literatura brasileira sofria. A cultura brasileira sofria. Ignorava-se os índios, ignorava-se os pobres, ignorava-se a própria ignorância da população, que não tinha dinheiro para pagar nem os professores particulares de francês nem as roupas emperiquitadas da época, muito menos a comida que necessitavam para sobreviver ou um curso do mais básico português. Dos quatro milhões de habitantes do Brasil na década de 1870, apenas 14% estavam alfabetizados. No entanto, as elites só conseguiam pensar na França.

Neste link, a terceira e última


Au revoir

Homerix En Français Venturá

sábado, 5 de novembro de 2011

Mulheres Doulas....

www.doulas.com.br


Grupo Vínculo: Humanizar é preciso! - Outubro/2011

Hoje em dia muito se fala em humanização, porém ninguém sabe ao certo, qual a intensidade, a profundidade e a influência desse termo no atendimento a gestante.
Humanizar é muito mais que fazer um parto na penumbra, e depois colocar o bebê sobre o ventre da mãe. É muito mais que disponibilizar leitos em um hospital superlotado, para uma gestante em trabalho de parto e que necessita de uma internação de emergência. Vai além do atendimento individualizado e do alojamento conjunto. Supera o direito a seis consultas durante o pré-natal. O processo de humanização ultrapassa o limite da manobra física.
O termo “Humanizar”, de acordo com o dicionário Aurélio, entre algumas outras definições não relevantes para o momento, significa: “dar condição humana à”, e é a esse objetivo, essa condição, que as correntes em prol da humanização do parto e nascimento pretendem chegar, e num espaço bem curto de tempo.
Ao contrário do que muitos pensam, o processo de humanização, é um processo simples, não requer altos investimentos financeiros, e nem mudanças radicais no ambiente físico do nascimento. Requer apenas o bom uso da consciência com uma certa dose de bom senso. Resgatar a eficiência do primitivo com a qualidade e segurança do avanço científico. Voltar a ver o parto como um momento social, familiar e não médico-cirúrgico. Ver a gestante prestes a parir como uma mulher forte e saudável e não como uma mulher enferma.
A mulher, principal peça no cenário do nascimento, é um animal racional, ou seja, um ser vivo dotado de físico e psique (mente). Corpo e mente trabalham simultânea e ininterruptamente. Sendo assim, humanizar o parto, é criar condições para que todas as dimensões do ser humano sejam prontamente atendidas e respeitadas: espirituais, psíquicas, biológicas, culturais e sociais. É dar às mulheres um atendimento personalizado, focado em suas necessidades, e não em crenças e mitos.
Vale lembrar, que o nascimento não é um mecanismo de “produção” de crianças. É um processo de criação. E para isso, é preciso que se respeite a individualidade e natureza de cada mulher. Se respeite a fisiologia de cada parto.
As intervenções cirúrgicas foram criadas para corrigir patologias, e não aperfeiçoar a fisiologia.
Nós, mulheres, precisamos ter plena consciência disso, para começarmos a exigir nossos direitos com relação ao atendimento no momento do parto, tornando-nos assim, mais seguras, participativas e confiantes nesse tão sublime momento, que é o nascimento de um filho..
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Denise P. Bueno da Silva
Psicóloga e Doula
Faz parte da Equipe do Grupo Vínculo
www.gvinculo.blogspot.com

terça-feira, 1 de novembro de 2011

De todos os santos e de nenhum



Na copa do meu trabalho, aonde vou tomar uns cafezinhos e encher a garrafinha de água algumas vezes por dia, tem um mural, onde se colocam as novidades corporativas, mensagens de liderança, aniversariantes e feriados da semana, nos países em que a Petrobras atua.

Ressaltou-me uma coincidência interssante: a proximidade entre o Dia de Todos os Santos e o Dia de Nenhum Santo, respectivamente, 1 de novembro e 31 de outubro.

Interessante notar que no 'display' dos feriados no mural está escrito que esse dia é celebrado no Chile como o Dia das Igrejas Evangélicas, estranhei, mas logo em seguida, na explicação nota-se que, na verdade, é muito mais do que isso, e a origem remonta a quase 400 anos atrás.

Nesta última data, em 1517, o monge alemão Martinho Lutero afixou na porta da igreja principal da cidade de Wittenberg 95 teses que renegavam a penitência, a autoridade do papa e a utilidade das indulgências, entre outros, teses que impulsionaram o debate teológico e é considerado como um marco da Reforma Protestante. Lutero pregava o contato direto com Jesus, portanto dispensando os 'intermediários', os santos. Tanto que não se vêem imagens de santos nas igrejas protestantes.


Mais interessante notar a descrição do Dia de Todos os Santos no mural, que diz ser o dia em que se homenageiam todos os Santos, 'conhecidos e desconhecidos', hehehe, achei muito engraçada essa colocação. Os bebensais do café começaram então a pipocar com sugestões para os santos desconhecidos, um deles me homenageou, dizendo ser o dia dO Santos, meu clube de futebol, um outro lembrou-se do Dia de São Nunca, que deveria ser comemorado, então, naquele dia, na falta de uma data oficial, e eu me lembrei do Santo de Casa, mas esse não merece a alcunha pois não faz milagre...

Enquanto falávamos naquela copa no Rio de Janeiro,  lá em Brasília, um outro santo fazia seu discurso de despedida do Ministério dos Esportes. Esse, tem que provar que não é um Santo do Pau Oco.

Olha, eu sempre me perguntava como é que um corrupto chegava em casa, após desviar milhões de dinheiros públicos que deveriam estar em educação e saúde de criancinhas, e olhava pro seu filho com a cara limpa.

Então, após ouvir suas palavras, no Jornal Nacional, olhando nos olhos da mãe, da esposa e da filha (e da Presidente), eu digo: se ele não é inocente, é um excelente ator e deveria ser contratado pelas televisões.

A acompanhar, então, o decorrer das investigações.

Lindo texto sobre crianças, de Patrícia Kraemer

www.patriciakraemer.spaceblog.com.br

O QUE APRENDI COM AS CRIANÇAS!!!

Certa vez, levei meus filhos à praia e, em meio àquele burburinho de pessoas,  àquele vai e vem de ambulantes, guarda-sóis, cadeiras, cangas e biquínis, comecei a observar as crianças. Eram crianças de todas as raças, nível social e cultural. Porque quando a gente é criança, não importa muito de onde vêm as outras crianças, se elas estudam em boas escolas, moram em palácios, pegam ônibus...

Quando crianças, necessitamos mesmo de muito pouco para estabelecer contato com outra criança. Basta um chute numa bola, uma pá pra ajudar a fazer um buraco na areia...Meu Deus! Com que facilidade as crianças se conhecem num minuto e no outro, já perguntam: - Mãe, ela pode ir na minha casa? Quando crianças, fazemos amigos mesmo antes de saber o nome deles !

Então, estou eu ali, confortavelmente recostada em minha cadeira, observando esses seres de uma galáxia distante... Que inveja... Elas parecem mesmo viver em outro planeta. Em pouco tempo, já são um bando de engenheiros, arquitetos, decoradores e pedreiros, empenhados na difícil tarefa de construir a mais elaborada obra da engenharia moderna: o castelo de areia. Elas se revezam nas tarefas e em pouco tempo, eis que surge ele, o castelo. Lindo, imponente.

Fico então preocupadíssima em guardar aquele patrimônio. Olho ao redor na tentativa de achar algo que o proteja dos ambulantes e do frenético vai e vem das pessoas. De repente ouço gritos. Volto-me para as crianças e percebo que já não existe mais castelo algum. Somente o espumar de uma forte onda que varreu por completo a mais elaborada obra da engenharia interplanetária... E as crianças, riem...riem muito. E correm, para começar tudo de novo.

Quero ser como criança: fazer amigos com facilidade, amigos que contem uns com os outros , para realizar projetos. E , acima de tudo, mesmo quando as coisas não saírem como o planejado, quero poder rir, rir muito com meus amigos .E que Deus sempre nos dê forças para recomeçar.



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Gente, vocês sabem que eu gosto de fazer os meus próprios posts, mas vez por outra ,tenho que abrir espaço, não é mesmo??!!

Homerix Divulgando Blogueiros Ventura