Em 15 de dezembro de 1859 nasceu Ludwig Zamenhof, numa Polônia ainda dominada pela Rússia.
O jovem Zamenhof, vendo-se envolvido em muitas dificuldades de compreensão entre as diversas culturas que o cercavam, pensou na criação de uma língua única que os unisse. E criou o Esperanto.
Preconceitos, perseguições, críticas, ironia e desprezo sempre cercaram a língua e seus praticantes (Hitler perseguia os esperantistas). Mesmo assim, hoje ela é falada fluentemente por mais de 3 milhões de viventes, em mais de 100 países.
Porque a idéia tem tudo a ver!
E aqui, no Brasil, comemora-se a recente aprovação de um projeto de Cristovam Buarque, tornando o idioma uma disciplina facultativa nas escolas. Veja bem, fa-cul-ta-ti-vo! Muita bobagem se falou nesses dias sobre o assunto.
É um grande começo!
E nada mais lógico, numa época de globalização!
Muitos argumentos a favor: a simplicidade da língua, a lógica da construção ortográfica e gramatical, a comunhão de origens das palavras, a rapidez de seu aprendizado. Até aquele povo monoglota, os americanos, é capaz de aprender o Esperanto, em 6 meses.
É consistentemente crescente o número de falantes, e de iniciativas internacionais para sua difusão, inclusive da ONU. A diversidade cultural abrangida pelo seu uso, a economia de meios impressos e traduções simultâneas que sua disseminação representa fazem com que a idéia se estabeleça como natural.
Argumentos contra: ah, já existe uma língua internacional, o inglês. E aí vira o argumento a favor. É que a adoção de uma língua pertencente a um país confere a seus nativos uma superioridade cultural sobre os demais, além de todas elas serem difíceis de aprender, mesmo imperfeitamente, pelos falantes das demais línguas. Não há possibilidade de negociação neutra quando duas partes falam a língua de uma delas.
Deixando um pouco os tecnicismos e argumentações de lado, coloco apenas aqui meu depoimento, de pai de esperantista assumida e praticante.
O Esperanto encanta!
A possibilidade de uma língua a unir os povos, sem o domínio imperialista de uma delas, é mais que atraente. Sabemos bem como tem sido: primeiro o francês no início do século passado e agora, o inglês, com seu claro viés comercial. Este viés vem fazendo com que pessoas e mais pessoas, equivocadamente, se esforcem para aprender o mandarim, como vias de se aproveitar de um possível domínio amarelo em breve futuro. Pra quê? Mesmo os chineses, que têm dificuldade enorme em aprender o inglês (já ouviu chinês falando inglês? é patético!), estão cada vez mais aprendendo o Esperanto, pois o consideram muito mais fácil. É seguramente a nacionalidade em que mais cresce número de falantes da chamada língua internacional neutra.
Meu encanto muito se baseia também em um fato, que pode ser pueril, bobinho, mas muito me faz pender para a conclusão de que o Esperanto só pode ser coisa boa: nestes meus nove anos de convívio com a idéia, somente conheci esperantistas gente boa ... nenhum mau-caráter ... nenhum aproveitador ... nenhuma pessoa de má índole. Pode até ser coincidência, but it is a good one!
Renata, assim como todos os esperantistas que eu conheço, passou a se interessar mais pelas outras culturas do mundo. Ajudou-a a perder a timidez, e ela fala com gente do planeta inteiro.
E fez aquele documentário que publicou no You Tube, se ainda não o viu, reserve uns minutinhos, na verdade, 14 minutinhos, em duas partes: Parte 1 e Parte 2
Teremos um mundo melhor se a idéia for adiante!
Para cada povo, sua língua ... para todos os povos, o Esperanto.
Taí uma boa máxima!!!
Homero Lembrando Zamenhof Ventura
Essa é uma ideia utopica na minha opinião. Praticamente impossível tornar-se realidade. Como impor o aprendizado de uma lingua para todo um planeta? Acredito que deveríamos sim, falar uma lingua apenas (ou tres no maximo), mas acho mais facil escolher dentre as já existentes.
ResponderExcluirSe for para impor uma lingua criada para todo o planeta, meu voto vai para a lingua Elfica de Tolkien, que é linda.(O idioma Klingon tambem merece entrar na lista de concorrentes).
Reflexoes de Tolkien sobre o Esperanto, a ultima delas, apoiando a iniciativa:
"O Volapuque, Esperanto, o Ido, o Novial, são línguas mortas, mais mortas do que antigas línguas sem uso, porque seus inventores jamais criaram lendas para acompanhá-las." Tolkien
Mais tarde ele disse:
"Meu conselho a todos que dispõem de tempo ou inclinação a se ocuparem com o movimento por uma língua internacional, seria: Apoiem lealmente o Esperanto"