-

sábado, 4 de dezembro de 2021

It's happening!!! .... The Beatles Get Back - Episódio 2

Este é o 2º post sobre o documentário Get Back, de Peter Jackson, após burilar mais de 60 horas de filmagens e 180 de gravações guardados por quase 50 anos.

O 1º Episódio foi uma porrada.

Descrevi minhas emoções aqui, neste post...

Blog do Homerix: Getting Back to all those years ago

Recapitulando, os Beatles se reuniram em janeiro de 1969 para um novo projeto, de volta às origens, e isolaram-se num estúdio de filmagens, onde cada um apresentava suas canções aos outros, e criavam arranjos, e ensaiavam, com a intenção de fazer um show, e tudo era filmado, com vistas a um especial de TV, mas o clima não era o ideal, pra dizer o mínimo. George se irritava com as sugestões de Paul, chegou a dizer que faria o que o chefe mandasse e, num terrível dia 10, picou a mula.... o episódio termina com a informação de que uma reunião para sua volta no dia 12 havia fracassado!

O Episódio 2 abre no dia seguinte. Será mais uma semana de incerteza! Peter Jackson não nos deixa pagãos, mostrando tudo que de importante aconteceu...

Ringo, depois Paul e Linda, sua nova namorada, conversam, com Hogg e outros, sentados, naquelas cadeiras de diretor de cinema, discutem a situação, ficamos sabendo que foi Yoko quem falou em nome de John, na reunião, mas Paul acaba defendendo o direito de eles ficarem juntos todo o tempo. Adorei quando, a um comentário de Linda, Paul diz: "Cale-se Yoko!". Com a demora de John a chegar, Paul diz, olhando para Ringo: "E agora, somos dois..." com olhos mareados.... mal sabia ele quão profético seria aquele seu sentimento... agora eles são apenas dois, realmente... sem volta...

John chega ao estúdio perto da hora do almoço e chama Paul para uma conversa privada no refeitório, só que não... o diretor instalara um microfone escondido no vaso de flores, e agora podemos testemunhar um papo antológico, uma educada lavação de roupa suja, ótima e reveladora cena. Interessante saber que foi nela empregada alta tecnologia, para eliminar conversas paralelas e barulho de talheres., afinal eles não estavam sós no ambiente. Quando percebem que George foi a Liverpool (será que foi se consultar com sua mãe Louise?), resolvem voltar a ensaiar, e vemos mais um pouco de gênese de Get Back, adorei presenciar o momento em que Paul saca que Tucson é no Arizona, e se lembra de Chaparral... emociona porque eu assistia ao seriado aqui deste lado do Atlântico, e também porque a gente vê que eram pessoas normais, que viam TV, e tal.... e vemos o disciplinado Mal Evans anotando as letras, para posterior datilografia.... e vemos o toque final de vermos uma set list de shows ainda no baixo de Paul, provavelmente do final de 1965, pelas canções... Super Super....

E depois, mais momentos deliciosos de Paul ao piano, primeiro num dueto divertido com Ringo, e depois mostrando o enorme cabedal de canções que estão em sua mente, e vemos o embrião de Back Seat Of My Car que lançaria em 71. Que demais! E depois, mais papos, com John destilando seu humor liverpooliano, às vezes difícil de captar, o clima melhora, até Peter Sellers, um ídolo meu, aparece pra ver o estúdio onde filmaria, junto com Ringo, em fevereiro... E voltam ao estúdio e aparece uma novidade para mim, a canção Mad Man, achei ótima, o que será que houve com ela... 

A segunda reunião com George foi bem sucedida... eles voltariam, porém não mais para o estúdio de filmagem, e sim para o próprio estúdio no porão da Apple. O última dia em Twickenham é filmado, com a retirada dos equipamentos pelo gigante Mal, de terno (mas que figura!), mas tem a presença de um Beatle, quem, Quem, QUEM, claro, nosso workaholic Paul McCartney, que nos brinda com a Demo de Oh, Darling, sim, aquela mesma que nos encantaria 8 meses depois em Abbey Road.

Pausa para uma constatação

Abbey Road, o maravilhoso último disco dos Beatles, foi basicamente composto durante, ou até mesmo antes, do Projeto Get Back! Fiz as contas: de suas 17 canções, apenas 4 foram compostas após o show no terraço, The End, Because, Come Together, e Here Comes The Sun! You Never Give Me Your Money aparece nos créditos, apesar de não a ouvirmos no documentário!! TODAS as demais 13 canções já existiam... e fomos apresentados a elas neste documentário!!!

Fim da constatação.

A volta entretanto foi atribulada, eles não puderam recomeçar imediatamente, pois o gato comprado de Alexis Madras era verdadeira lebre. Explicando, o revolucionário estúdio vendido pelo 'mágico' era uma droga, produzia sons incompatíveis com uma gravação de alto nível, George Martin e EMI são chamados e trazem equipamentos portáteis, e a volta foi adiada até o dia 20. Infelizmente esse dia inteiro de ensaios não foi filmado... what a shame.... seria o primeiro dia pós-conflito.... fazer o quê ... mas deu pra perceber que o clima estava já 100% melhor... ainda demoraram a engrenar ... enquanto esperam os últimos detalhes e acertos do produtor Glyn Johns, tiram sarro da imprensa especulando lá fora, com a coisa acontecendo lá dentro...e recomeçam os ensaios, ótimos closes das câmeras nas faces de nossos ídolos... tudo vai bem ... mas então vem a necessidade de um piano, e naturalmente começa a rolar um papo sobre a necessidade de um pianista ... pois ao vivo, não poderiam abandonar guitarra ou baixo para tocar o instrumento...  

.... e assim, do nada, aparece um certo Billy Preston para dar um alô, um pianista que conheciam desde os tempos de Hamburgo (tocou com o grande Little Richard), eles se abraçam como velhos conhecidos que são, e John expõe para ele a situação, do projeto de tocarem ao vivo, e tal ... e pede que ele se junte ao projeto..... e olha só a cara dele quando ouve que estaria no álbum. Imagine-se no lugar de Billy Preston ... pode imaginar a situação .... o grande John Lennon, dos Beatles, voltando aos tempos em que integrou Paul McCartney .... e depois aceitou George Harrison ..... e depois concordou com a chamada de Ringo Starr, .... ouve você tocando de improviso, entrando perfeitamente em I've Got A Feeling, e Paul McCartney te olha com um sorriso de espanto de como se encaixou imediatamente, e ao final, John Lennon te olha e diz: "You're in the group!!!". E você não consegue tirar aquele sorriso do rosto.... e John te convida para acompanhar em Don't Let Me Down, e você brilha novamente, entregando um solo parecido com o que ouviríamos na gravação oficial.  Você é demais, Billy!! E todos estão felizes com você, George dizendo que o piano elétrico se encaixou como uma luva, e afirmando que você subiu o astral, e John dizendo que evoluíram mais nesses poucos minutos do que em dias  .... ou semanas, como diz Paul. E logo depois, você é apresentado a George Martin. E ainda ouve o grande John Lennon dizer: "I have a dream...", lembrando-se de Martin Luther King, um ícone de sua raça... Se alguém perguntasse pra você qual seria o dia mais feliz de sua vida, acho que você não teria dúvidas, não é mesmo? Quarta-feira, 22 de janeiro de 1969! 
Nota 10 pra você, Billy Preston!

Daí pra frente, seguem os ensaios, nem sempre em 5, claro, porque Billy deve ter cancelado compromissos que tinha, mas não todos, e ele seria, nem que fosse por pouco tempo, o 5º Beatle. Tem um momento de John anunciando o hoje célebre "I dig a pigmy...in which Doris gets her oats!" que Phil Spector editou para abrir Two Of Us no LP Let It Be, no ano seguinte (eu não sabia que estava em filme, agora a imagem está indelével em minha memória). E aparecem eles chegando em seus carros de luxo ... e sendo multados .... e tem uma extensa sessão em que acertam o arranjo de Get Back, após a qual George sugerindo que a canção seja o próximo single (que desprendimento dele, esquecendo-se de eventuais mágoas com Paul, em prol do sucesso do grupo), e tem John apresentando On The Road to Marrakesh, que se transformaria em Jealous Guy na carreira solo, e tem a decisão de fazer Two Of Us com violões, e tem Mal Evans buscando tudo para seus amigos, desde comida a gravatas-borboleta, e tem Paul trazendo Her Majesty, pronta, mas ela viria a fechar Abbey Road, e também Teddy Boy, que abriria sua carreira solo, pena que sem o divertido dueto com John que ali aparece. E tem a presença de Pattie Harrison, rapidinho... E tem a deliciosa For You Blue, com George ao violão, Ringo só nas escovas da bateria, Paul num piano abafado por jornais e John, espetacular, numa guitarra havaiana, foco em seu colo... todos orgulhosos de seu trabalho...

ah... sim ... tem mais gritos de Yoko ...

No campo off-music, tem o produtor Glyn e o diretor Hogg sugerindo a Paul que fizessem o show no terraço da própria Apple, o que pra mim foi um surpresa, vou ter que mudar meus textos.... pra mim, era ideia de Paul ... e fazem uma visita de campo ao local, e tem um papo de Paul falando sobre um filme que viu sobre o tempo deles na Índia, e tal, mas eu vou terminar este post com a razão para seu título... Foi quando George Martin, em um final de dia comenta com seu xará Harrison, como estava feliz em ver a magia de novo acontecendo, que registrei na imagem abaixo!









It's happening!!!

O milagre acontecia de novo!!

No Episódio 2, então, foi um verdadeiro bálsamo!

No Episódio 3, viria o paraíso (ver neste LINK)

10 comentários:

  1. No fim do 1 episódio, fiquei triste pois sabia que o show seria a cortina fechando, brigas, descontentes uns com os outros, só não sobrando tiros para o Ringo, sempre sorrindo e sempre abraçando todos. E sempre disposto a ajudar. No episódio 2, a roupa lavada entre Paul e John foi fantástica! Ali, a gente sente que a esperança sempre está na esquina! Mesmo sabendo da história do grupo, do show do fim e que fechou uma geração, a gente tem esperança de que "life fora no", deixam de ser crianças e partiriam logo para uma vida solo. A resenha está espetacular, Homerix!!! Sempre bom ler teus textos! Obrigado!

    ResponderExcluir
  2. "life goes on".... Porra de corretor!

    ResponderExcluir
  3. E aconteceu de novo: quatro sujeitos que tinham chegado sonolentos, sem rumo e dando trombadas entre si vão reconstruindo, perante as câmeras, o espírito Beatles! Foi preciso que George desse o susto do bye-bye para que J&P discutissem "secretamente" como trazer george de volta, fazendo o "mea culpa" por não darem mais espaço ao garoto do grupo. Antes, bem reparado por Homerix, Paul teve um momento de dor declarada, echendo os olhos de lágrimas e segurando o choro: visualizou que tinham sobrado apenas ele e Ringo na banda...
    Felizmente John voltou e - aleluia - a presença do old friend Preston disciplina o trabalho. Diferentemente da participação de Eric Clapton na Guitarra Chorona de Harrison (entrou no estúdio, gravou e saiu), Billy Preston fez parte dos Beatles, de verdade. Entrou nos arranjos, criou solos e a sonoridade que faltava para que os 4 se animassem com o projeto. A criatividade Beatle aflora, rascunhos de canções (algumas das fases individuais) surgem, bom humor e a velha camaradagem nçao passa despercebida por G. Martin (como H. destaca num print do filme).
    Detalhe bonitinho: George observa que a pegada de bateria do Get Back é igual à do Four Tops em Reach Out (I'll Be There) e cantarola um trecho da canção, lançada dois anos atrás.
    Mais uma resenha dechavadora do nosso Sherlock musical, Homerix. Thanks!

    ResponderExcluir
  4. Capturou tudo de essencial.
    Não sei quantas vezes você assistiu o segundo capitulo para escrever tudo isto, cara.
    Alberto Guimarães

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Uma vez direto ... e chorando ... e uma segunda vez, parando ... e anotando ... e depois, escrevendo!

      Excluir
  5. Bom ler as resenhas. Bom demais. Vou lendo e revendo. Interessante também ver que cada um vê coisas diferentes ou interpreta de forma diferente. Isso porque cada um de nós tem sua própria personalidade, mas temos esse algo poderoso em comum: a Beatlemania. Vi uma resenha de um jornalista da Rolling Stone onde o cara se desmancha. Perde o receio de falar o tanto que ama os meninos. Se abre. Há coisas ali que ele jamais irá esquecer!
    Só que depois de provar o tanto que sentia a magia Beatle concluiu que tudo isso é devido a alta qualidade de música. Porque foi o que Peter Jackson falou. Ledo engano. Tudo isso vai muito além da música. Se todas aquelas músicas tivessem sido compostas por outros não teria o mesmo efeito. É algo indefinível.
    Olha, não foi revelado, eu pelo menos não vi, o motivo de George ter saído por alguns dias. A história de ter sido por estar chateado com Paul é a história antiga que passaram devido ao Let it Be. Aqui não sabemos o que estava na cabeça de George. Nem eles. Aquela conversa de John e Paul é apenas os dois querendo entender. Nem eles sabiam ao certo. Já li não sei mais onde ter sido depois de uma desavença com John e Yoko. Tenho quase certeza que foi no canal Pop goes to the 60s. O carinha ali apresentou essa conversa para nós faz algum tempo. E outras. Com vagar e analisando. Não sei como ele teve acesso ao material. Tudo que sei é que não tivemos como ver o encontro deles para resolver o problema. Mas Linda informou que Yoko respondia por John. Ele estava em voto de silêncio ou algo assim. O voto de silêncio eu vi em outro lugar.
    Enfim, George voltou tranquilão. Bonito feito a necessidade. Mas não disse nem mesmo por que resolveu voltar. Então isso aí ainda é mistério. Outra coisa que li foi que ele teria exigido a presença de Billy Preston. Mas não é o que vemos no documentário. Falam que Preston apareceu para uma visita e foi convidado. Toda aquela sequencia é espetacular demais. Fiquei apaixonada por Billy Preston. Entrou na onda direitinho. Virou um Beatle. Amei saber da história...pois acreditem: eu não sabia que tinha sido músico da banda de Little Richard. Nem que gostava de ver os meninos cantando A taste of Honey.
    Isso não quer dizer que George não tenha feito essa exigência. Pode ter sido até ele quem convidou Billy sem falar o motivo. Quer dizer apenas que não foi revelado para nós. Paul sentiu a vibração de Billy semelhante à deles. E o chamou de quinto Beatle. Nunca haverá um quinto Beatle, claro. Mas Paul dizer aquilo ali naquele momento foi o elogio maior que ele podia fazer.
    Bonito também ver que foi contratado pela Apple para lançar um disco solo. Isso eu sabia que tinha acontecido. Me parece que foi ideia de George.

    ResponderExcluir
  6. Continuando: Homero, também adorei Paul comparando Linda a Yoko. Estava falando mais do que devia. E eu estava pensando exatamente isso: parecia Yoko. E ainda dizem que o filme não mostra nada contra ela. Mostra sim. Mas é preciso ser bom entendedor.

    And then there were two. Chorei com Paul nessa hora. Mesmo sabendo que George voltaria. Senti o que ele estava sentindo.
    Outro momento surpresa para mim e que também me emocionou: I have a dream. John citando Luther King. Toda aquela cena é maravilhosa. Super, como diria Homero.
    Também surpresa para mim saber quem deu a ideia de subirem para o telhado. Sempre tive vontade de saber. Agora já sabemos. Bem, no documentário vemos Glyn e Michael fazendo a sugestão. Mas acabei de ver uma entrevista de Michael. Foi idéia dele. O melhor é ver o rosto de Paul ouvindo a sugestão. Se ilumina. Era o que buscava. Nem John nem George estavam entendendo bem...Poderia ser de qualquer jeito. Paul pensava grande. Valeu o pensamento positivo. Melhor impossível.
    Na entrevista, pelo que entendi, apesar de tudo...ainda havia dúvidas até dez minutos antes de subirem. E foi George quem removeu as dúvidas falando um palavrão. Let's do the fucking show, ou algo assim. Posso ter entendido errado. E todos ficaram muito felizes.

    Pois é, eu finalmente tive como chegar aqui. A barra ainda está pesada...problemas agora no meu HD externo. Posso ter perdido todos meus arquivos mais importantes. Ai. Nem gosto de pensar. Mas pode ser que seja possível recuperá-los. Sim! Um técnico, o André, ( querido André, socorro!) está empenhado nisso.
    Enviem boas vibrações para ele, se possível. Vibrações de amor que eliminem as baixas que chegaram aqui atacando o notebook e a CPU. André solucionou o problema da placa da CPU. O notebook ainda está com outro técnico. Internado. A Luciana, que mora comigo, me emprestou o notebook dela e ajudou muito. Tive como passear no facebook e no youtube. E teve o Jimmy maravilhoso que me permitiu falar com vocês pelo Whatsapp todo o tempo.
    Por ele eu não estava conseguindo postar aqui. Fiz quatro comentários que foram apagados. Num deles ele corrigiu o nome Preston para prestou...Billy prestou. E como prestou...além da conta. Jimmy entende das coisas. Fala minha linguagem.
    Adorei ler sua resenha, Homero. Resenhas de fãs verdadeiros são assim: nos carregam para um mundo de delícias.


    ResponderExcluir
  7. Alegrias e tristezas convivendo ao mesmo tempo por 4 pessoas que definitivamente não são desse mundo. Infelizmente, duas retornaram mais cedo.
    Impossível acreditar que vendo tudo aquilo acontecer com tanto companheirismo, estivesse nas ultimas páginas do livro mágico do mundo beatle
    Yoko mostra claramente a figura intrusa e desagregadora
    Homero, parabéns por mais essa resenha

    ResponderExcluir
  8. Caro Homero
    Sendo repetitivo Excelente!
    Muito Enrique e er os detalhes capturados por este lente especialist em Beatles e em escrever.
    O GET Back é emocionante para um fã Beatle um achado, uma viagem.
    Saber o clima que viviam e ver o que se vê muda a perspectiva. No capítulo 1 o time estava desenvolvendo trato, tenso, mas no segundo me impressionou ver a comunicação entre Lennon McCartney, impressionante! Que sintonia, que parceiros nem Yoko quebraria aquele momento de cumplicidade.
    Fantástico!

    ResponderExcluir
  9. Amigo Homerix,
    Adorei a narrativa. Detalhada, leve e objetiva. Temos um amigo comum que se refere à Yoko como Yokocô, por conta, segundo ele , do seu papel fundamental para a briga com Paul. Não tenho conhecimento de causa suficiente para imputar na japinha esta responsabilidade .
    Abraço
    Roberto Bazolli

    ResponderExcluir