Mães do Chico

O Bonequinho d'O Globo dormiu.

E, incrivelmente, eu dei razão a ele..... na primeira metade do filme...

Em verdade, EU TAMBÉM DORMI!!!  

Mas felizmente, eu acordei, mas o Bonequinho, parece que não..

Tivesse acordado, e fosse uma pessoa sensível, teria terminado o filme arrepiado e soluçando, como eu.

Cara, nos primeiros minutos, eu matutava  sobre que péssima foi a escolha de elenco, que diálogos pobres, que interpretações fracas, aonde aquilo ia chegar e principalmente, que ritmo era aquele, que me fez dormitar alguns minutos e perder algumas cenas. As que vi eram incompletas, as lágrimas poucas, não despertavam emoção.

Mas aí aparece a paz de Chico Xavier, na pele de outro Xavier, o Nelson, que parece, sim, ser a reencarnação, em tela, do médium que nos deixou. Parece que Chico está de volta. A nos dar palavras de paz. Nunca se ouviu da boca de Chico nada que não fosse paz, caridade, devoção ao próximo. E Nelson trasnmite brilhantemente o recado. A presença de Chico/Nelson arrepia.

São três histórias de perdas, escolhidas dentre as milhares , em que Chico ajudou a trazer o conforto para os que ficaram. Ficaram com culpas, acusações, incompreensão.

Do meio para o fim, na verdade, no terço final, ocorre uma enxurrada de emoções, com o esclarecimento das histórias, que pareciam soltas,  a terminação das cenas que estavam incompletas e finalmente se amarravam. 

E aí, de repente, os atores começam a trabalhar  muito bem, quem estava inexpressivo desabrocha, as falas passam a ser emocionantes, as cenas tem todo o sentido, e a gente chora, chora, chora.

E aconteceu um tocante recado contra o aborto provocado, que, afinal veio dar razão a uma das histórias que, no começo, estava solta, não estava claro aonde se queria chegar!



Como sempre, a palavra de Chico/Nelson é serena, tranquilizante, arrepiante, a acompanhar as lágrimas.

Isto é Chico Xavier.

Vou ficando por aqui, nem sei se recomendo, afinal dormi, e não sei até que ponto você ficará sensibilizado com a coisa, para poder compensar o marasmo do começo. 


Ah, sim, a música é de Flávio Venturini, competente e adequada.


Um abraço


Homero Sempre Com Chico Ventura