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quinta-feira, 13 de julho de 2017

CeL - London Rocks

Intro 1

Este é um aperitivo do Projeto 
Cel - Caminhar em Londres (link)

Na verdade, antes de começar a descrição de minha peregrinação  londrina, faço uma introdução sobre uma característica da cidade: Londres respira música!! E se não foi o berço do rock'n rol, foi lá que apareceram as melhores bandas de rock de todos os tempos!


O rock nasceu nos Estados Unidos (Bill Halley, rocking around the clock) mas floresceu na Inglaterra. Foi naquela ilha de miserable weather que o ritmo encorpou, amadureceu, virou gente grande, chegando à fase adulta em 1 de julho de 1967.


Os discos de Chuck Berry, Little Richards, Elvis Presley, Fats Domino, Jerry Lee Lewis e Buddy Holly, todos americanos, dentre outros, chegavam pelo Atlântico e desembarcavam em Liverpool, e dali pro resto da Inglaterra. Na cidade portuária do oeste inglês encontraram uma juventude receptiva, ansiosa por aquela coisa nova. Aqueles discos eram tocados à exaustão nas vitrolas dos jovens, ao ponto de causar blisters on the fingers dos tocadores de guitarrra, dentre eles, três nossos conhecidos, chamados George, Paul e John.


Mas eles foram só o começo! E que começo!


Pode contar, lembre-se de uma banda famosa de rock and roll, que eu lhe direi que é Inglesa! Vamos lá, diga? 

Led Zeppelin? Inglesa! 
Pink Floyd?  Inglesa!
The Who?  Inglesa!
Queen?  Inglesa!
Rolling Stones? Inglesa!
Beach Boys? Ah, sim, ufa, UMA americana

Vamos, continue! 

The Police?  Inglesa!
Cream?  Inglesa!
Yes?  Inglesa!
Smiths? Inglesa!
Genesis?  Inglesa!
Cold Play?  Inglesa!

Eagles? Sim, outra americana!
Deep Purple? Inglesa!
Radiohead? Inglesa!
David Bowie? Inglesa!
Black Sabbath? Inglesa!
Sex Pistols Inglesa!
Aerosmith? Sim, outra americana!


The Monkies? Sim, outra americana
mas essa nem pode ser consideradafoi uma jogada de marketing espetacular, 
um espelho dos Beatles, que fez enorme sucesso! 


Quer continuar? Já se convenceu? Claro que eu fui um pouquinho só tendencioso ao escolher, mas não há dúvidas de que a proporção é de no mínimo 4 pra 1 a favor das bandas da ilha!


Não dá pra comparar! E todas elas sem exceção passaram por Londres. Por essas e outras que minha relação com a cidade vem de longe. E por isso que o pano de fundo de minhas caminhadas foi o rock!

Ah, sim, se alguém se perguntou por que eu disse aí em cima, que em 1 de julho de 1967, o rock atingiu a maioridade, é porque naquele dia, o mundo conheceu
Sgt.Peppers Lonely Hearts Club Band 

Próximas atrações:




Homerix Sempre Roqueiro Ventura

quarta-feira, 12 de julho de 2017

Uma batalha de 5.000 páginas

Olá! Caso se interesse pelo livro,

deixo aqui o Link Amazon 
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Terminei! 

A última batalha foi de 960 páginas, completando quase 5.000 que me deleitaram nos últimos 9 meses (com um mês de intervalo, esperando o quinto chegar). 

Valeu cada linha!

O último livro da saga Game of Thrones complementa o penúltimo, com os personagens que faltaram naquele, em que nada vimos de Tyrion e Daenerys. Em ‘A Dance with Dragons’ acontecem muito mais Points of Views deles que dos outros. Jamie, Cersei, Arya, somente voltam lá pela página 600, quando os acontecimentos voltam a ser paralelos.


Mas o que impressiona mesmo são as diferenças em relação à série da HBO. Gente, os produtores da série convenceram o autor a modificar muitas coisas muito importantes, e que por vezes, fizeram-na até mais interessante... nem sei por onde começo ...

Tyrion, por exemplo, em sua escapada rumo às cidades livres, Lord Varys o coloca num navio com uma trupe composta pelo jovem Frog, um Lorde, um maester, uma septa, um cavaleiro. Logo, você vai percebendo que eles são um time. Na verdade, Frog é o príncipe Aegon, que pensávamos ter tido a cabeça esmagada pelo Montanha Gregor Clegane, junto com sua irmã, ambos filhos de Elia Dorne, também eliminada no mesmo ato cruel. Na verdade, o esmagado seria um outro bebê qualquer, coitado.... Aegon fora salvo por Lord Varys, e criado pelo grupo para ser preparado para ser um príncipe de verdade, aprendendo línguas, religião, história, e a como se tornar um cavalheiro. Claro que Tyrion logo descobre que o sapo era um príncipe!! E é nessa viagem que Tyrion cai no mar e é salvo de ser tocado pelos Stonemen, pelo tal Lorde Jon Connington, e não por Jorah Mormont, como na série.

E Tyrion acaba se relacionando com uma outra anã, veja só, uma que vemos na cerimônia de casamento de Jofrey com seu irmão e outros anões. Ela encontra Tyrion já acorrentado por Mormont, num cabaré de Volantis, e tenta matá-lo, em vingança pela decapitação do seu irmão, que fora confundido com o anão Lannister, cuja cabeça fora colocada a prêmio por sua irmã Cersei, lembram-se. Depois, acabam se aproximando, rumo a Mereen, e rola até um beijinho, mais por pena de Tyrion. Eles são realmente escravizados no caminho, e chegam a Mereen, e acabam mesmo se apresentando na arena para Daenerys, ele montado num porco e ela num cachorro. No mesmo dia, logo depois, Drogon, o maior dragão realmente chega, faz uma destruiçãozinha básica e decola, já com Daenerys montada. E isso ocorre ANTES de ela conhecer Tyrion.

E aí veêm as mudanças com Daenerys. O episódio da arena ocorre com ela CASADA com Hizdahr zo Lorak (ou algo assim), um dos mestres de Mereen, que a convenceu a se casar com ela em troca da pacificação com os mascarados Sons of the Harpy, que estavam promovendo uma matança desenfreada. Ao menos até o final do livro, o kingsguard Barristan the Bold Selmy está vivinho Da Silva, e não morre, como na série, tentando salvar Grey Worm, e este último nunca é atacado.... Talvez no livro 6.... Barristan, inclusive, após o voo de Daenerys, desconfia do novo Rei e consegue depô-lo e prendê-lo, e torna-se Queen’s Hand!! Mesmo sem a Queen no castelo...

O livro começa com um personagem que absolutamente não é mencionado na série. Quentin Martel é filho do Príncipe Doran Martel, de Dorne. E ele está em viagem rumo ao leste, com um acordo de casamento com Daenerys. Quando ele chega, Daenerys já está casada, mas o recebe bem e até o leva para conhecer os dois dragões acorrentados. E isso acaba sendo sua desgraça porque depois, ele se junta a uma Companhia de Mercenários, Windblown, e promete resgatar os dragões para mas acaba morrendo na operação e os dragões fogem! Portanto NÃO É TYRION QUEM SOLTA OS DRAGÕES, COMO NA SÉRIE. Quanta invenção!!!

As ocorrências de Castle Black têm algumas diferenças também. Stannis chega lá sem Davos, que segue sozinho buscando alianças para aumentar sua tropa, vários capítulos só com ele. Outro que não chega na Muralha é Tormund Giantsbane, que só chega bem depois, com seus milhares de selvagens, trazido por Val, que vem a ser a cunhada de Mance Ryder.... e este, pasmem, NÃO MORRE NA FOGUEIRA. Melisandre salva o King Beyond the Wall, e engana a todos com feitiço, e ele está vivo, e sai em missão em busca de quem de Arya Stark, que estaria se casando com Ramsey Bolton. Jon realemente morre, mas não pelas mãos de Allistair Thorne e de um garoto que teve seus pais estraçalhados pelos selvagens. Este nem aparece no livro, e o mestre de armas é mandado por Jon Snow pra outro castelo do muralha, bem antes. Jon acaba o livro morto!!!

Você reparou aqui em cima que eu disse que Ramsay se casa com Arya Stark, né? Ué, mas não era Sansa que se casaria com o bastardo Bolton, em casamento arranjado por Littlefinger? Bem, no livro, nada disso acontece e é Arya quem se casa, mas, calma, na verdade, não é a Arya real, e sim Jeyne Poole, numa trama tramada (!) pelos Lannisters, para dar poder a Lord Bolton e atrair alianças com os hostes do Norte. Ufa!!! Aliás, nem Sansa, muito menos Littlefinger dão as caras por aqui.

A família Greyjoy segue tendo mais destaque no livro que no filme, tem vários capítulos com Asha. Reek, nosso velho Theon, segue dominado pelo bastardo, mas também pelo Lord Bolton, que até agora não morreu, como na série, assassinado pelo filho. Ele se junta a Mance Ryder e seis meninas capangas para libertar a falsa Aryada Winterfell de Bolton. E também tem destaque Victarion, seu tio, que segue rumo leste em busca de um casamento com Daenerys e seus dragões... aliás, o quinto livro poderia ser chamado 
‘Quem quer pegar Daenerys?’ 
afinal, veja só, Victarion Greyjoy, Quentin Martell, Aegon Targaryan, Dario Naharis chega às viass de fatoá, mas ela se casa com o tal Hizdar!!! E antes ela tinha Kahl Drogo, e o Jorah Mormont tinha uma quedinha por ela. Ô mulher desejada!!!

O interessante é que ia lendo, ia lendo, ia chegando o fim do livro, e nenhum sinal de batalha com os mortos-vivos, de sacrifício da pobre Shereen, filha de Stanis, nada de Daenerys sendo presa pelos Dothraki no Dosh Kahlen e colocando fogo, acabando com os machos, nada de Batalha dos Bastardos, nada nadinha acontecia, até que de repente, aparece um capítulo chamado ‘Epilogue’ pois é, o livro ia acabar.... e o epilogue foi com Kevan Lannister, o irmão de Tywin, que era agora o King’s Hand de Tommen.... e também é  a última vez que ele aparece ... o livro acaba com ele morto, sabe por quem, por Lord Varys, aquele mesmo, que não aparecia desdo o início da fuga rumo a Mereen.

Ah, Brienne está viva. Aparece num parágrafo e em outra citação!!
         
Ufa, muita coisa diferente, enfim, e muita coisa do Livro 6 já aconteceu na série....
Estou pronto para o próximo domingo!
Que venha a sétima temporada!!! 
Aqui, a resenha das outras 4.000 páginas
http://blogdohomerix.blogspot.com.br/2017/03/game-of-thrones-feast-for-crows.html

terça-feira, 4 de julho de 2017

Primavera nos Dentes é Secos & Molhados na Veia

Além da Baleia, seu carro-chefe, o Felipe contribui com várias outras bandas, dentre elas, a do Cícero Rosa Lins, a do Vitor Araújo, O Terno, Xóõ, Jullie, e agora chega ao mercado uma nova incursão interessantíssima!!

Charles Gavin, dos Titãs, teve uma idéia, compartilhou com o parceiro guitarrista Paulo Rafael (com Alceu Valença há 40 anos), que convidou o baixista Pedro Coelho, um pouco antes chegara a vocalista Duda Brack, que acabou chamando o Felipe (com seu violino e guitarra 'criativos', como diz Gavin), o projeto agradou a um produtor, eles criaram, e saiu!!!

Vem aí "Primavera nos Dentes", uma recriação de 12 canções dos álbuns dos Secos & Molhados, lá de 73 e 74, depois a formação original se desintegrou e deixaram 40 anos de saudades!

O som está sensacional!! Quando entrar setembro.....

Eis a banda "Primavera nos Dentes"!!!



Pedro, Rafael, Duda, Felipe, Charles

A descrição do projeto está transcrita abaixo:

Charles Gavin explica Primavera nos Dentes:
MARÇO, 2016
A ideia era sair tocando de primeira aquelas canções, com seus arranjos originais, sem preocupações e reflexões estéticas para simplesmente colocá-las no palco o mais rápido possível. Mas logo percebemos que, sem querer, havíamos formado um coletivo autoral, ainda que como ponto de partida estabelecêssemos o que eu chamaria de "o clássico dos clássicos" de nosso cancioneiro pop setentista: o repertório que foi gravado nos dois álbuns dos Secos e Molhados, lançados em 1973 e 1974, respectivamente.
 
Os ensaios iniciais deixaram claro que o caminho que nos cabia era o da releitura, da experimentação, livre da obrigação de sermos fiéis àquelas gravações singulares que, há décadas, fazem parte da “trilha sonora da minha vida” de todos nós.
 
A primeira pessoa com a qual conversei sobre este projeto foi Paulo Rafael - mesmo sem sermos próximos, eu já admirava, há muito tempo, este raro guitarrista brasileiro de linhagem nobre, integrante do lendário grupo recifense Ave Sangria e que, há mais quatro décadas, faz a direção musical da banda de Alceu Valença. Na sequência chegou - cheia de personalidade - a cantora gaúcha Duda Brack, indicada pelo preparador vocal Felipe Abreu. De certa forma, eu já a conhecia: em 2015 ela chamou a atenção com o visceral É, seu álbum de estreia, recebendo elogios de músicos e da imprensa. Algumas semanas depois, Paulo Rafael trouxe Pedro Coelho, baixista talentoso e experiente, integrante da banda de Cássia Eller, O musical - que estava fazendo muito sucesso no Rio de Janeiro. Por fim, Duda nos apresentou Felipe Pacheco Ventura, inventivo violinista e guitarrista do sexteto Baleia, destaque da cena independente do rock carioca, já com dois respeitáveis discos lançados.
 
E assim, nosso grupo fechou, se completou - por mais de um ano e meio, ensaiamos em meu pequeno home studio recriando arranjos, gravando demo tapes, avaliando nosso progresso e aguardando o momento ideal de nos lançarmos ao palco. Não tínhamos planos de gravar um disco tão cedo. Mas…
 
DEZEMBRO, 2016
 
Rafael Ramos, produtor da vários discos importantes nos últimos anos (Ptty, Los Hermanos e Cachorro Grande são apenas alguns), soube de nosso projeto e procurou Paulo Rafael, dizendo que gostaria de ouvir o que estávamos fazendo. Na verdade, Rafael foi a primeira pessoa, fora nós, a escutar nosso trabalho. Bem, poucos dias depois, recebemos com muito entusiasmo e alegria, o convite para gravar um álbum na Deckdisc - um brinde!!!
 
ABRIL, 2017
Com o projeto já devidamente batizado de Primavera Nos Dentes (título de uma faixa do 1º LP dos Secos & Molhados), entramos no estúdio Tambor, no Rio de Janeiro, com produção do próprio Rafael Ramos, para registrar nossas releituras de treze canções. Neste repertório não poderiam faltar as emblemáticas Sangue Latino, Fala, O Patrão Nosso de Cada Dia, O Vira, Rosa de Hiroshima, O Doce e o Amargo e outras canções clássicas. A sonoridade e os arranjos se distanciaram bastante dos originais - diria que cada versão que fizemos tem a assinatura de cada um de nós. É pop? É rock? O que é? Não sabemos dizer... Por outro lado, foi surpreendente constatar o fato de que a poesia das letras permanece extremamente atual e assertiva após décadas - deliciosamente doce e ácida, ingênua e politizada ao mesmo tempo, conectando-se com pessoas de qualquer geração e de qualquer lugar. Isso é fato.
Nosso objetivo - criar e performar um espetáculo que, com nossa visão, contemple devidamente a importante obra dos Secos & Molhados, próxima de completar quarenta e cinco anos, que segue em frente, agora mais firme ainda: o primeiro disco do Primavera Nos Dentes será lançado no formato digital, em Agosto de 2017, e em LP, com lançamento previsto para Setembro de 2017. 
SETEMBRO, 2017
O show não apenas apresentará as canções que gravamos - nele tocaremos outras que não foram registradas ainda, caso das clássicas Assim Assado, Prece Cósmica e Mulher Barriguda, entre outras.
Interessante observar que boa parte deste repertório não é tocado ao vivo desde o final prematuro dos Secos & Molhados, em 1974. Diante disto, uma pergunta oportuna se coloca: como explicar a ausência deste patrimônio cultural da música brasileira nos palcos?
Talvez a resposta esteja na estrofe da canção Primavera Nos Dentes:
“Quem tem consciência para ter coragem .
Quem tem a força de saber que existe”
Será? É isso que vamos ver.