1 - Como começou sua relação com as artes?
A música foi minha primeira paixão. E começou logo aos seis anos quando meu irmão me levou a uma loja de discos e pediu que eu escolhesse qualquer disco, para me dar de presente.
Escolhi o disco pela capa, que me atraiu por ter o rosto de uns jovens fazendo variadas caretas. O nome do disco: Os Reis do Iê-Iê-Iê; o nome da banda: The Beatles. A música, como todos sabem, era contagiante e me pegou para sempre. Comprei todos os discos, mas fiquei profundamente arrasado quando eles se separaram.
Abandonei um pouco a paixão, até acompanhei as carreiras solo, mais de John e Paul, porém sem o mesmo entusiasmo. Vieram a faculdade, o início da carreira, o casamento, os filhos. Quando me estabilizei de novo, já na era do CD, comprei todos eles (são 15), recuperei a paixão, comecei a ler inúmeros relatos sobre o grupo (não falta material para isto) e escrevi alguns artigos, que compartilho com amigos e colegas de trabalho. O que me levou a esta prática que hoje tenho, de escrever, agora sobre assuntos variados, e continuar compartilhando com os amigos.
2 - Quais são suas maiores influências na literatura, na poesia e nas artes em geral?
Na música, além de Beatles, gosto de tudo o que é classic rock. Tenho problemas com música com menos de 30 anos de idade. Claro que gosto de música brasileira, desde que não seja SPA - sertanejo, pagode e axé.
Na literatura de prosa, comecei cedo, com a obra completa de Monteiro Lobato, que me emociona até hoje, e que eu lia sem precisar do incentivo financeiro de meu pai. Isso mesmo, ele me pagava para ler coisas como Irmãos Karamázovi e correlatos. Na maturidade, leio menos do que deveria, mas leio. Nos últimos anos, me amarrei no Dan Brown, nas obras sobre o Afeganistão, dentre outros, além de ser admirador profundo do estilo Saramago. Aliás, não leio mais pois ainda sigo me aculturando em Beatles!
Na poesia, apesar do nome que meu pai me deu, não sou adepto, mas me amarrei no estilo concreto de Arnaldo Antunes, aliás, que foi o que me inspirou para escrever 'Os Meios', que me levou ao prêmio popular do Prata 2008. E, como cinema é arte, aliás a sétima, também posso acrescentar esse meu lado cinéfilo, assunto sobre o qual também escrevo, vez por outra.
3 - Em quais categorias você já participou do Prata da Casa?
Somente na categoria mencionada acima, Poesia em 2008 e, no ano anterior, quando concorri com um conto. Quando ele não foi selecionado entre os 20 que iriam participar do escrutínio popular, fiquei super chateado, mas divulguei para a minha 'comunidade'. Quando recebi a reação dos amigos e colegas não se conformando com o 'esquecimento' da comissão julgadora, resolvi questionar e fui atendido. Colocaram-me em contato com uma das juradas que não me haviam escolhido. Ela se lembrou do meu caso e esclareceu: "o que você fez não foi um conto, e sim uma crônica". Aliás, um de meus 'leitores' já me havia alertado sobre essa possibilidade!
4 - Você pretende participar este ano? Já está trabalhando numa obra para inscrevê-la no projeto?
Sim, e já a tenho pronta. Como descobri que não sei escrever contos, trata-se de uma poesia, ou uma trova. Desta vez nada concreta, mas falando sobre um assunto bem concreto, que tem a ver com nossa empresa. Também pensei em participar na categoria canto, mas fui desestimulado por meu filho, com a sinceridade que lhe é peculiar.
5 - Que conselho você daria para quem pretende se inscrever no Prata da Casa 2009?
Se você acha que tem um trabalho a mostrar, em qualquer das categorias, mostre, mesmo que você não tenha lá muita certeza de que vai 'emplacar'. É importante participar, faz parte do desenvolvimento do seu outro lado, que você curte fora de suas atividades profissionais.
6 - Na sua opinião, qual é a importância do Prata da Casa para a força de trabalho?
Faz a galera conhecer muita gente que faz coisas interessantes, e que fica escondido fora das paredes da empresa. O Prata da Casa é a oportunidade de compartilhamento ímpar.