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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

AWoL - Segurança a toda prova

Houston é limpa e é segura! Pude aproveitar ao menos quatro anos de tranqüilidade, desligamento, caminhadas sem olhar para os lados, em qualquer ponto de meus hábitos diários. É certo que morei e trabalhei em regiões de bom nível, há certas zonas barra pesada também, mas mesmo lá não chegam nem perto das nossas ‘comunidades’. A sensação de alívio é impagável. Os condomínios de casas, os famosos ‘neighborhoods’, não têm segurança para entrar no portão, pelo simples fato de que não têm portão, são totalmente abertos, sem muros, nem por fora nem por dentro, entre as casas, no máximo, cercas de madeira nos quintais. Crianças podem brincar pelas ruas (fora do horário escolar!) sem qualquer problema. É até difícil se acostumar, por exemplo, às visitas dos provedores das ‘utilities’, água, gás, e luz, invadindo o nosso jardim, sem pedir licença, para verificar os medidores. É, no mínimo, estranho!
A coisa fica transparente, por exemplo, num dos principais eventos festivos do ano, o tal do Halloween, no dia 28 de outubro, quando crianças passeiam pela comunidade, fantasiadas de bruxas, caveiras e vampiros, batem na porta de totalmente desconhecidos vizinhos, autorizadas pelos pais, para ganhar doces (ou praguejar, em caso negativo). E felizmente, é somente doces o que ganham, de sempre sorridentes habitantes das casas. Bem, como nem tudo é perfeito, uma ou outra ocorrência menos tranqüila aparece, como quando um conhecido, na época de Natal, recebe a inesperada visita de dois policiais em casa, atendendo a uma denúncia de vandalismo. Quando foram investigar, o Papai Noel do jardim estava semi-destruído por inúmeras facadas, totalmente murcho (era inflável). O colega somente ficou decepcionado por não ter sido desenhado o contorno do corpo estendido no chão, como fazem nas famosas crime scene invesigations.

3 comentários:

  1. Parabens, por ter passado a barreira dos 100 !!

    Abs,
    RR.

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  2. Tenho saudade dessas coisas civilizadas também...
    Precisa ver como fiquei quando bateu à minha porta em NYC o "exterminator"! Levei um bom tempo para entender que a cidade cuida dessas questões e não o indivíduo. Pois é...

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  3. è muito legal, neste aspecto de celebrações de festas, quase nacionais, que os americanos fazem... legal mesmo... é uma boa forma de solidariedade e escape, que êles praticam.
    Obrigado Homerix pela reportagem desta vez,
    Paulus

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