domingo, 12 de outubro de 2025

OUÇA e LEIA - I AM The Walrus Goo Goo Gjoob

 Clique no Play Verdinho pra ouvir


Tudo o que está escrito seguir!!!

Olá, eu sou é Homero Ventura, directo do Brasil, e isto é Songacts, a história de uma música

Hoje, com I Am The Walrus

6. I Am The Walrus (Trip Acid Song by John Lennon)

John conclama, alucinado: "Espertos, trouxas, fumantes inveterados, vocês não acham que o Coringa vai rir de vocês? Veja como eles sorriem como porcos num chiqueiro, veja como eles zoam. Eu estou chorando. Sardinhas de semolina escalando a Torre Eiffel. Um pinguim elementar cantando Hare Krishna. Cara, você devia ter visto eles chutando o Edgar Allan Poe"


John coloca no papel tudo o que sua mente vê, em seu estado alterado. Ele admitiu em sua famosa entrevista para a Playboy de 1980 que as principais linhas vieram em acid trips em dois fins-de-semana subsequentes, e o resto veio surgindo na mesma linha. A 'Morsa' veio de um poema de Lewis Carroll, The walrus and the carpenter, mas ele não entendeu bem e acabou pegando para a letra o bandido do poema, o mocinho era o carpinteiro, mas depois gostou, pois ficou beeeem mais sonoro, na métrica perfeita. A letra é pontuada por inúmeras imagens estranhas, a freira pornográfica, a massa podre saindo do olho do cachorro morto, um cara "sentado num floco de milho esperando a van chegar", e policiais em fila voando como "Lucy in the sky", com todos os 6 versos com letras diferentes e ainda uma ponte culminando no refrão espetacular, ó que profundo: "Sou Homem-Ovo, uuuuh, são Homens-Ovo, uuuuh, Eu sou a Morsa, goo goo gjoob". Estranho em português, mas em inglês, é antológico!! 
 
Não busque rimas, elas são irrelevantes nessas viagens, em que imagens chegam aleatoriamente à mente do compositor. E ainda sobrou pro pobre do Edgar Allen Poe. 
 
Numa sessão de 1º de setembro de 1967, apenas quatro dias após a morte trágica do empresário Brian Epstein, John apresentou, em um climão pesado, aquela estranha letra ao violão cantada monotonicamente, ao que o Maestro perguntou, atônito:  "aaahhn? O que você espera que eu faça com ISSO?", mas ele fez... e fez muito e acabou considerando I Am The Walrus uma das melhores da história dos Beatles.   
 
Musicalmente, é outro poço de novidades. Rock vigoroso com arranjo orquestral potente, um coral de 16 vozes para os Hoo Hoo Hoo Hi Hi H Ha Ha Ha e os OOmpa OOmpa ... Everybody’s got one, everybody’s got one…..., e naquele épico final com a orquestra de 15 intrumentos subindo, subindo, as notas da escala, concomitando com as linhas de baixo descendo, descendo, e vozes de uma transmissão de rádio de uma peça de Shakespare, loucura, loucura, loucura!!! Genial loucura!!   
 
Mas aquele dia estava realmente difícil de se concentrar, as mentes em Brian, John começou a base num piano elétrico, Ringo na bateria, George na guitarra base, Paul no baixo. Logo se viu que John não acertava, e Martin chegou a sugerir passar para Paul, mas acabou seguindo com ele, e Ringo estava com dificuldade de concentração, então Paul abandonou o baixo e ficou tocando um pandeiro em frente a Ringo para trazer foco ao parceiro. Zoada aquela sessão, mas a base acabou saindo assim, com Paul no pandeiro! 
 
Dia seguinte, chegou o baixo de Paul, mais bateria de Ringo e o magnífico vocal de John, sem backing vocals de ninguém. Já estava bom demais, mas John fez um daqueles pedidos estranhos, disse que queria que sua voz parecesse vir da Lua! Geoff Emmerick, o engenheiro, deu um jeito eletrônico de satisfazer o astro, distorcendo sua voz! I Am The Walrus foi uma de 6 canções da trilha sonora do filme Magical Mistery Tour, a última de um compacto duplo lançado em 27 de novembro de 1967 direto para o topo das paradas. Venha viajar na mente de John em I Am The Walrus

O Casamento do Rio com o Mar

Cristo Redentor 

Completou 94 anos hoje

Hora de republicar meu conto!! 


O Casamento do Rio com o Mar

Fotos tirada em março de 2011


É que de vez em quando
Cristo fica com saudades do céu 
e traz as nuvens pra perto de si, 
e não vê por alguns momentos 
o maravilhoso cenário que eu descrevo aqui,
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Está no Aurélio,
rio (s.m.):    porção de água ... que deságua no mar.
.... e, em sua versão carioca, ....
mar (s.m.):   porção de água ... que deságua feliz no Rio.
O Mar veio morar no Rio!
Na verdade, o Rio se casou com o Mar. Foi amor à primeira vista, ou melhor, amor à primeira lambida, das verdes línguas do mar sobre as amarelas areias do Rio. O namoro foi rapidinho: Papai-do-Céu e Mamãe-Natureza deram logo a benção. E os noivos foram logo para o altar. Sol e montanha foram os padrinhos. Uma nuvenzinha trouxe as alianças. A marcha nupcial foi bossa nova. Convidadas, as estrelas compareceram, porém ficaram escondidas além do azul do céu. Os demais mares do mundo, se tinham algo contra, calaram-se para sempre. Um senhor de pedra foi o juiz de paz. O verde, o vento e o calor foram testemunhas. A festa dura até hoje.
Quem celebrou foi o Cristo!
Cristo: estátua de pedra cercada de beleza por todos os lados.
Os filhos vieram logo. O menino do Rio, calor que provoca arrepio; a garota do Rio, num doce balanço a caminho do mar; a gente do Rio, que não gosta de dias nublados nem de sinais fechados, mas gosta de quem gosta deste céu, deste mar.
Cristo acompanhava de longe a vida do casal que consagrou. Num belo dia, cansou-se da calmaria do céu, resolveu conferir mais de perto, e disse: 
“Pai, fui!” 
Veio morar aqui, no Rio. Desfalcou a Santíssima Trindade e veio conviver com a Belíssima Trindade: sol, mar e montanha. O corretor caprichou no imóvel: andar alto, varandão, sol da manhã, vistão, mar e verde. O Rio dispensou fiador e cobra pouco do inquilino ilustre: apenas doses diárias de bênçãos.
Ao lá chegar, o novo morador escolheu bem a posição de seu repouso eterno! Dia e noite, alimenta-se da beleza ao seu redor. Começa o dia de frente para o sol nascente ofuscando-lhe os olhos. Desvia-os para a esquerda, vê a imensidão da zona norte, com pouco mar, mas muita vida. Vê o Maior do Mundo e lembra-se do som das grandes torcidas. Depois, o grande aeroporto, a receber viajantes ansiosos pela beleza carioca; sobre o mar da baía, a grande ponte, trazendo do lado de lá, os que vêm ganhar a vida do lado de cá. Pelo meio da manhã, observa, no centro da cidade, pujantes edifícios onde antes havia morros e verde. Entre os edifícios, a santa casa do Pai, no Rio, enorme cone de concreto e vitrais, obedecendo à imaginação do arquiteto. Depois, percebe aonde foi parar aquela terra toda dos antigos morros, no grande Aterro: em um breve momento de traição, o Rio invadiu o mar com um singelo aeroporto e uma espetacular via expressa, que embelezam a paisagem. Motivo justo, resultado perfeito, traição perdoada. Delicia-se com os planejados jardins, obra de um genial paisagista apaixonado. Além dos jardins, admira as praias da baía, gulosas mordidas do mar e suas ondas. Com o sol já a pino, encontra barcos, lanchas e iates atracados numa enseada de sonho. Ao fundo da enseada, interrompe a jornada para admirar, irrompendo do mar, duas gigantescas corcovas de pedra, a guardar a entrada da baía. Adiante, ora por alguns irmãos já em sua Eterna Morada, batizada com o nome de quem o batizou há quase 2000 anos. Após a prece, deleita-se com a beleza da princesinha do mar, larga, imponente! Mar, que em sua imensidão azul, segue banhando outras praias, mais estreitas, porém igualmente belas, que ele tenta ver, de soslaio, mas é um pouco atrapalhado por alguns edifícios. Do lado de cá dos edifícios, vislumbra, já no meio da tarde, a lagoa....
Pausa para exaltação!
lagoa (s.f.): braço de mar no coração apaixonado do Rio.
Em uma de suas viagens pelo mundo, como prova de seu amor pelo Rio, o Mar deixou aqui um braço. O Rio chamou-o de Lagoa. Escalou Vieira e Delfim para receber suas águas e designou Epitácio e Borges como seus protetores permanentes, que dela tomam conta, em um abraço eterno. Suas águas marinhas testemunham os filhos da terra caminhando, correndo, patinando, pedalando pelas vias que a abraçam, saciando a sede com doce líquido sorvido de cocos verdes cortados por insanos golpes. Por vezes, a calmaria de suas salgadas águas marinhas é levemente incomodada por simpáticas cosquinhas, fruto de pedalinhos enamorados. Todos alimentam o espírito com o inebriante visual de montanha e céu. Todos param, no final do dia, para apreciar o sol se pondo para dormir, no aconchego dos dois irmãos, ou em outro ponto do sinuoso contorno das montanhas.
Fim da exaltação!
Vem o fim da tarde e o Cristo não vê, mas ouve, cantos de louvor entoados por fiéis, na capela a seus pés, no varandão. Chega a noite, com ela a luz que o ilumina.  Recomeça sua jornada visual, pela mesma zona sem mar, agora um mar de luzes. Verifica a hora pelo relógio da estação de trem. Do aeroporto e da ponte, vê as pistas iluminadas. Acompanha o trajeto do aterro, guiado pelos enormes postes de luz e pára, extasiado, nas grandes corcovas, agora um espetáculo luminoso por trás da enseada. Segue seu caminho, vê o topo do maior hotel da praia das calçadas famosas. O mar, agora, é uma imensidão negra, ao fundo. Lembra-se dos fogos de artifício que todo ano atraem milhões àquela praia, muitos deles para lançar oferendas à Rainha das Águas, deusa do mar, na esperança de um novo ano melhor. Ele perdoa o sincretismo, pois sabe que a fé tem espaço para muitas crenças. Termina seu caminho noturno com o mesmo êxtase diurno, a lagoa, agora, uma massa negra contornada pelo abraço iluminado de seus guarda-costas.
Findo o dia inteiro de contemplação, ele tem sempre a certeza de que a união que abençoou é perfeita. A convivência é pacífica, divórcio nem pensar, serão felizes para sempre, o Rio e o Mar.

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ATENÇÃO, SE QUISER VER TUDO ISSO AÍ QUE O CRISTO VÊ, CLIQUE AQUI!!!
UM TOUR 360 GRAUS PELA CIDADE MARAVILHOSA!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

OUÇA e LEIA - You've Got To Hide Your Love Away - HELP na veia!!!

 You´ve Got to Hide Your Love Away  (Sadness Miss Song by John Lennon

Clique no Play Verdinho pra me ouvir

AINDA sem a edição do Comandante


 Olá, amigos do Submarino Angolano!!!

Aqui é Homero Ventura, directo do Brasil

Chegamos ao 3º dia da temporada de gravações para o álbum Help!

É 17 de fevereiro de 1965.

Imagine que você é um Beatle!

Você e seus três amigos supertalentosos estão numa pequena maratona de 6 dias de sessões de gravação para preencher quase um lado inteiro de um LP e aproveitar as canções gravadas como trilha sonora de um filme.

Você já gravaram 4 canções daquela esplendoroso Lado A

Não quer saber mais dimim,

Início de Ticket To Ride

Um Outro Amor,

Início de Another Girl

Te Quero,

Início de I Need You

No Anoitecer

Início de The Night Before

E também uma que foi para o Lado B. Ocê gosta muidimim, sô!!

Início de You Like Me Too Much

 Hahaha, coloquei os nomes da versões que fiz!!!

E outra que que foi para o Lado B do single que tinha Ticket To Ride,

Início de Yes It Is

 

Já estamos no 4º dia, 18 de fevereiro de 1965

E a primeira canção a ser enfrentada é uma espetacular obra de John Lennon

You’ve Got To Hide Your Love Away

John lamenta: 'Aqui estou com a cabeça entre as mãos, viro meu rosto para a parede. Se ela partir não posso continuar, sentindo-me tão pequeno. Em todos os lugares as pessoas me fitam, a cada dia, todos os dias. Posso vê-los rindo de mim e ouvi-los dizer: Você deve esconder o seu amor!"

John está deprimido pela perda da garota, e lá pelo meio, o lamento chega à ofensa: How could she say to me: Love will find a way. Gather round all you clowns! Let me hear you say, 

Vocal isolado de John cantando

 

aí vem aquele tocante violão em acordes descendentes, o refrão com o brado do nome da cançãoRegistro a segunda vez do uso do qualificativo 'palhaço', em canções do compositor. No ano anterior, uma auto denominação (I'm A Loser),

Trecho de I’m a Loser:

Although I laugh and I act like a clown

Beneath this mask, I am wearing a frown

 E agora um xingamento. 

Linda balada, em ritmo de valsa (3/4), declaradamente inspirada em Bob Dylan. Há quem interprete que John foi secundariamente inspirado na homossexualidade do empresário e amigo Brian Epstein, que tinha que 'esconder' seu amor de toda a sociedade, que considerava crime a pessoa ser gay (e assim o foi na Inglaterra e no País de Gales até 1967, na Escócia até 1980 e na Irlanda do Norte até 1982)! 

Letra curta, mensagem clara, e eu não me canso de admirar o cuidado de John (e que Paul também tinha e George e Ringo aprenderam) em produzir versos sem repetição de letra e preferencialmente com rimas ricas, aquelas em que se rimam classes gramaticais distintas. Sei que em inglês não se leva em conta esse fato, mas parece caso pensado. Note que já no primeiro conjunto verso-verso-refrão, há uma série de ocorrências notáveis

Vocal isolado de John cantando o 1º Verso, desde Here I am até too foot small

 

A 1ª e 3ªe frases do verso apresentam rimas internas, ou seja, rimando o meio da frase com seu próprio fim, logo ali!!!

Here I AM, head in HANDS… já aí verbo com substantivo

If she´s GONE,  I can’t go ON… agora verbo com preposição

E a 2ª frase rima com a 4ª

Tur my face to the WALL rimando com Feeling too foot SMALL, portanto substantivo com advérbio

Tudo muito chique, tudo muito bem pensado.

E olha a conexão das frases 2 e 4 do Verso 2 com o refrão logo em seguida

Frase 2: Each and every DAY, substantivo
Frase 4: And I hear them SAY, verbo
Refrão: Hey you've got to hide your love AWAY, advérbio

E a regra se repete na metade final da letra!!!

Vou detalhar aqui apenas o 3º Verso

Vocal isolado de John cantando o 3º Verso, desde How can I até the state I’m in

O segundo conjunto verso-verso-refrão tem letra DIFERENTE, mas com o mesmo cuidado, rimando I com try, win com inway com sayround com clowns, tudo rima rica demais, sô, dá uma escorregada, rimando she com me (dois pronomes), mas tem uma derrapada total, rimando them com them (a mesma palavra!).  Mas o efeito foi bom!!! Perdoado, né?!

 E John consegue de novo fazer aquele joguinho rimado, do verso com refrão…

agora usando Way

em vez de Day,

pra rimar com Say

e também com Away!!! 

Muita imaginação, eu sei….

 

O vocal é 100% John, sem a tradicional harmonia de Paul, aliás, como pedia a intimidade da letra. 

E é John em sua plenitude, tirando do fundo d'alma seu grito primal.

O grito primal de John

Hey you've got to hide your love away

Está registrado que o 'Hey' foi sugerido por um amigo de infância de John que testemunhava, maravilhado, a sessão de gravação, em apenas uma hora e meia da tarde de uma quinta-feira 18 de fevereiro de 1965.

Outra curiosidade é que a letra original dizia "Feeling too foot tall" mas John gravou errado "Feeling too foot small", mas gostou e deixou assim. 

Na base, John faz a melodia com seu violão de 12 cordas,

George acompanha também, num violão espanhol,

 Paul está em seu baixo, mas sem destaque,

Ringo na bateria só com as escovas, acertando no clima intimista

O take 1 foi abortado pelo próprio John,

Ringo achou que a culpa era dele, só que não,

John ajustou o Capo no braço de seu violão…

Até rimou, na declamação

Bem,  mais 3 takes foram abortados em seguida, e em um certo ouve-se o barulho de um copo de vidro quebrando no chão, John brinca com Paul, o responsável pelo incidente, enfim, tudo isso está registrado no Projecto Anthology, de 1995, quando mostraram, para nosso gáudio, o Take 5, que não foi o definitivo, como podemos perceber, pela métrica vocal diferente… Note que não há os pandeiros, claro, que vieram a seguir, bem como a flauta final, por sobre os versos finais em que John não canta. Tudo entraria em campo em overdubs mais tarde no mesmo dia 18.

É Ringo que toca um pandeiro e Paul acrescenta maracasa!!

Consegue isolar? Acho que nem precisa, né…

Apesar de John ter cantado a melodia durante a base, seu vocal oficial foi colocado na fase de overdubs.

Finalizando a parte instrumental, dou enorme destaque à primeira aparição de um instrumento diferente do tradicional conjunto guitarra-baixo-bateria-percussão-piano, e também a primeira vez que um instrumentista é contratado para fazer um solo: uma magnífica flauta tenor, aiás não, duas, pois o falutista usou tambám uma flauta baixo, gravando por cima da outra flaute dele mesmo a melodia que substitui a voz de John nos versos 5 e 6 que finalizam a canção, entoando uma melodia distinta do vocal dos outros versos, perfeita e magnifica  mente encaixada.

 

You´ve Got to Hide Your Love Away também foi parte da trilha de HELP!

Ela aparece ainda no começo do filme, antes de Ringo ser raptado, com os Beatles naquela casa maravilhosa, com quatro portas de entrada que dão acesso ao mesmo super ambiente, cheio de desníveis,

Consegue trecho dos diálogos antres da canção começar?

A cena tinha John no violão, Ringo no pandeiro, tinha uma moça sentada num sofá, sendo fulminada por  olhares de George e Paul , e com direito a um misterioso flautista em outro ambiente e com um suspeito emergindo da rua, de um bueiro. Infelizmente, ela nunca foi tocada ao vivo, considerada de pouco potencial comercial, imagina, uma pequena obra-prima. Vale a pena assistir à cena do filme, procurem!

 

Finalizo declarando ser esta canção a minha preferida do LP HELP!, muito repetida na agulha de minha vitrola, no alto de meus 7 para 8 anos nesta passagem, mesmo não entendendo sua letra muito bem ou um pouco dela, ajudado por meu irmão 13 anos mais velho.

Ao longo de meu 9º ano de vida, que se iniciaria em seguida ao lançamento do LP, que foi em dezembro de 1965 no Brasil, meus pais, sensibilizados pelo meu interesse nas letras das canções dos Beatles, matricularam-me na União Cultural Brasil Estados Unidos (eu era o mascote da turma) do qual eu saí formado, no nível intermediário, quatro anos depois. Ainda incentivaram aulas particulares de reforço de inglês com um primo gênio meu 6 anos mais velho. Tais atitudes estratégicas de meus pais proporcionaram-me um conhecimento suficiente do idioma para ajudar-me no vestibular aos 17 anos, e mais decisivamente, no exame admissional aos 22, para o emprego e carreira que me acompanharia nos 35 anos seguintes. Não é pouco o que agradeço a meus pais por aquela decisão em minha tenra infância. Não foi pequena a importância dos Beatles em minha vida...

Mais uma vez tenho a lamentar que esta pequena obra-prima NUNCA foi tocada ao vivo, seja pelos Beatles, seja por John, muito menos por Paul ou George em suas carreiras solo… ela era MUITO John, mesmo, 100% John, enfim… mas Yesterday, daquele mesmo álbum,  era muito Paul, 100% Paul e mesmo assim foi tocada ao vivo, enfim.

Venha lamentar com John Lennon a perda de sua garota.

A versão original mono de 1965

Mas, antes de ir embora…  Agora há pouco, uns dois anos atrás, quando celebrou-se os 50 anos dos álbuns Azul e Vermelho, aquelas espetaculares coletâneas temporais da carreira dos Beatles … que ouvi bastante em meus 15 anos, todas as suas canções sofreram aquele processo de demix-remix criado pela Inteligência Artifical de Peter Jackson, ou seja, pegavam aquele, vamos dizer, bolo e desmisturavam até chegarem aos ingredientes, davam uma trabalhada neles e remisturavam tudo até sair aquele mesmo bolo, mas mmuito melhorado…

Ouça agora e veja se ficou realmente um bolo mais gostoso!!!

A versão demixada-remixada de 2023

 



You’ve Got To Hide Your Love Away … Tu Tens que Esconder O Teu Amor

By John Lennon … By Homerix

Clique no play verdinho abixo

Para ouvir a letra em vermelhinho logo a segui



Here I stand head in hand …  Cá estou, triste estou
Turn my face to the wall … não posso aguentar
If she's gone I can't go on … ora pois ela se foi
Feeling two foot small … é grande meu pesa-a-ar
Everywhere people stare … é agora e toda hora
Each and every day …   cá, ali e acolá
I can see them laugh at me – essa gente é inclemente
And I hear them say …  sempre a me grita-a-ar
Hey you've got to hide your love away… tu tens que esconder o teu amor
Hey you've got to hide your love away… tu tens que esconder o teu amor

How can I even try? … Sem chorar, nem tentar
I can never win … não posso vencer
Hearing them, seeing them … ouço assim, sempre assim
In the state I'm in … vivo em fuzuê-ê-ê
How could she say to me … acabou, ela falou
"Love will find a way?"… encontre o seu caminho
Gather round all you clowns … vos rechaço seus palhaços
Let me hear you say … com seu burburi-i-nho
Hey you've got to hide your love away … tu tens que esconder o teu amor
Hey you've got to hide your love away … tu tens que esconder o teu amor

terça-feira, 7 de outubro de 2025

A 1ª IA e 1ª HQ a gente nunca esquece - Minha Beatlemania em Gibi

 O Comandante do Submarino Angolano apresentou uma breve História em Quadrinhos, com roteiro dele, sobre uma menina angolana que admirava Beatles, que ficou uma gracinha, e me ensinou a usar o software de Inteligência Artificial. 

Aprendi e apliquei à minha história como beatlemaníaco, aquela mesma que coloquei em RAP, por sobre uma melodia de Gabriel O Pensador. VEJA AQUI como ficou o RAP!!!

Foram criadas 4 Revistinhas, , acessíveis a um clique em seu nome!

No Episódio 1, como eu conheci os Beatles.

        Homero e a Banda Mágica


No Episódio 2, como eu me aprofundei sobre Beatles.

No Episódio 3, como eu comecei a escrever sobre os Beatles.

        A Sinfonia Digital

No Episódio 4, como eu comecei a narrar histórias sobre os Beatles.

        A Voz do Submarino

Mas enfim, o que eu quero aqui é descrever alguns causos que foram ocorrendo no meu relacionamento com a IA neste projeto,

No Episódio 1, eu era criança! Eu simpesmente joguei a letra do RAP e vi no que deu. Gostei muito do primeiro rascunho, em que a IA chamou os Beatles de "Banda Mágica", achei genial e apropriado... só que  errou certas coisas... Depois, acertou aquelas coisas, mas não chamou de Banda Mágica ... não gostei!! Mais uma vez, e nada de a banda mágica aparecer. Na quarta tentativa, eu impus o título, Homero e a Banda Mágica, e ficou bom, mas eu estava de olhos azuis.... unfair! Na quinta, finalmente, ficou assim...

No Episódio 2, eu já adulto e estabilizado, comecei a ler sobre os Beatles, e contei como foi a retomada da mania. O interessante é que eu dou umas linhas gerais, e a IA faz o resto... inclusive o que ela fala dos Beatles, é ela que coloca, quem toca o quê, de uma frase, ela faz um parágrafo, bastante coerente...

Por exemplo, escrevi... 

"Vieram faculdade, casamento, carreira, uma filha e um filho!" 

e antes, eu tinha falado que nas carreiras solo 

"...concentrei minha atenção em Paul e John, mas George e Ringo, nem tanto..."

E a IA entendeu a mensagem e compreendeu e escreveu:

"A vida adulta chegou, rápida e implacável. Vieram a faculdade, as madrugadas estudando, o primeiro emprego. Os boletos, a carreira. Os álbuns de George e Ringo, ele mal tinha ouvido. O luto pelo fim da banda tinha se transformado num mar de afazeres.!"

No Episódio 3, a coisa foi a um extremo. DE DUAS frases que dei como orientação, ela produziu TRÊS parágrafos absolutamente ricos e coerentes!

Vejam minha educada orientação.

"O primeiro texto foi sobre uma banda que se achavam os novos Beatles but no way."

"... usava o correio eletrônico para divulgar pros amigos. "

E ela produziu: ....

"De repente, um dia, após ler um artigo comparando uma nova banda chamada Oasis aos 'novos Beatles', a faísca explodiu. Homero sentiu uma necessidade irresistível de responder. 'Não é possível,' pensou. Pegou o teclado e, sem saber que iniciava uma jornada de anos, escreveu seu primeiro texto."

e seguiu:

"Onde publicar esse desabafo? Sem ter um espaço formal, ele usou a maneira mais direta da época: o correio eletrônico. O texto sobre a impossibilidade de haver 'novos Beatles' foi para a caixa de entrada de dez amigos. Ele clicou em 'Enviar' e esperou, a respiração suspensa."

E MAIS!

"O retorno veio com risadas e concordâncias. Isso o encorajou. O assunto se aprofundou: a vida de John, o lirismo de Paul, a espiritualidade de George, o ritmo de Ringo."

Impressionante, como eu não falei do "lirismo" de Paul, da "espiritualidade" de George, do "ritmo" de Ringo...  e EU TAMBÉM NÃO DISSE QUE A BANDA QUE SE ACHAVA A NOVA THE BEATLES SE CHAMAVA OASIS!!!!

E os títulos, então!!

Afora o primeiro, que eu impus, como disse lá em cima, os outros ...

2. A Arqueologia da Canção

3. A Sinfonia Digital

4. A Voz do Submarino

... foi ELA QUEM CRIOU.. .e  foram PERFEITOOSS!!!

Foi legal, não foi?


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