domingo, 7 de dezembro de 2025

Beatles News - O DOCUMENTÁRIO DESAPARECIDO - por Cláudio Teran


Todo Domingo é Total, das 7 às 9 da manhã, na Rádio Assunção Cearense!!! 

https://620am.com.br/

É Cláudio Teran quem comanda!!!

Mas todo Sábado é Cabal, pois Cláudio Teran nos conta as Beatles News, no Programa Submarino Angolano da LAC Luanda, às 13 horas BSB, 17 horas LDA!

Ontem, ele nos falou sobre um documentário perdido dos Beatles, e muitas outra novidades.
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E siga a ler o conteúdo, transcrito abaixo


O DOCUMENTÁRIO DESAPARECIDO

Amigos e amigas Cláudio Teran chegando, direto de Fortaleza, Nordeste do Brasil para mais uma participação no Submarino Angolano. É a hora das Beatles News!

A cada semana coisas novas acontecem no mundo Beatle, e a gente conta aqui. Beatles ao cair da tarde nas ondas da sua LAC FM. Então vamos mergulhar.

Entram Sons do Curta WAR IS OVER

Em meio ao boom da série Anthology, disponível agora em nove capítulos no Disney+ estreou no You Tube o curta de animação, WAR IS OVER, inspirado na música de John Lennon & Yoko Ono. Produzido e escrito por Sean Lennon e Dave Mullins.

O filme dura 11 minutos e se passa em uma realidade alternativa da Primeira Guerra Mundial, onde, enquanto uma guerra sem sentido se alastra, dois soldados em lados opostos do conflito jogam xadrez. Um pombo-correio heroico entrega as jogadas dos soldados sobre o campo de batalha enquanto a luta se intensifica.

Nenhum dos dois conhece seu oponente, e o jogo e a guerra caminham para seu clímax. Independentemente de quem vença, o filme ilustra poderosamente que uma coisa é certa: não há vencedores na guerra. O Mergulhador recomenda. Veja o filme.

Entra Happy Christmas (War Is Over)

Na trilha sonora Happy Xmas. Além de ouvir a canção no filme é possível compra-la novamente em uma bela versão em vinil Zoetrope já disponível. Sobre John Lennon o Mergulhador se associa à homenagem produzida por Homero Ventura e Paulo Seixas relembrando fatos de sua incrível vida que durou 40 anos neste plano, mas John segue vivo, e falo isso sem clichê. Basta olhar para a atualidade de sua obra viva.

Entra Paul McCartney tocando HELP!

Com 21 shows, um deles restrito a três mil pessoas na pré-estreia, dia 26 de Setembro, a Got Back Tour 2025 fechou com duas apresentações nos dias 24 e 25 de Novembro na arena United Center, em Chicago. Com 37 canções no repertório.

Entra Paul McCartney tocando Mull of Kintire

Uma semana antes Paul McCartney e banda deram três concertos no Canadá – dois em Montreal e um em Hamilton, onde se repetiu uma tradição, o acréscimo de Mull of Kintyre ao repertório. Paul sempre faz isso quando toca na Escócia e no Canadá.

O jornal Chicago Sun Times publicou uma reportagem sobre o último show da Got Back Tour com a manchete: ‘Paul McCartney, atemporal como sempre, leva os fãs a uma jornada épica por quase sete décadas de música’.

O texto diz: “o adorado Beatle preparou uma viagem nostálgica de três horas no United Center, repleta de sucessos e canções menos conhecidas dos Fab Four, além de hits inconfundíveis de sua carreira solo e do catálogo do Wings”.

Entra  instrumental de  Band On The Run

Paul fecha 2025 com um livro e uma coletânea do Wings, e um documentário que destaca sua carreira solo. Em paralelo esteve à frente de relançamentos como o Anthology e sua trilha sonora. Resta saber o que virá em 2026. Consta que tem um disco de inéditas que já estaria pronto. No momento ele curte férias na França.

Só que antes de iniciar as férias, Paul providenciou mais um produto para vender. A versão áudio book do livro ‘Wings: The Story of a Band on the Run’. A edição em áudio do livro está em pré-venda. Três pessoas narram: Barry Sloane, Amy Noble, e John Sackville. E tem gravações de voz com Paul, Mary e Stella McCartney. O áudio book estará no Spotfy e demais plataformas a partir do dia 18 de dezembro.

Outra do Paul. Ele fez uma gravação especial para o Spotfy agradecendo aos fãs que o escutaram ao longo do ano. A plataforma disponibilizou para seus usuários um ranking, a retrospectiva do que a gente ouviu lá. Ao final, Paul agradece... 

Paul McCartney agradece

Segue Band On The Run 

Ringo Starr também está em gozo de férias, mas a turnê 2026 da All-Starr Band já tem doze datas confirmadas. 

Entra It Don't Come Easy com Ringo Starr

Em outubro passado Ringo disse em entrevista que ele e o produtor T Bone Burnett preparam um novo álbum de inéditas. O intento é fazer uma continuação de Look Up, e a previsão é que saia no primeiro semestre.

Entram Sons da Série da BBC - The Hamburg Days

A rede BBC comprou os direitos de "Hamburg Days", minissérie dramática em seis partes sobre o início da carreira dos Beatles nos anos 60. A frente o produtor Benjamin Benedict, aquele de "Generation War". O roteiro é de Jamie Carragher, ex-roteirista de "Succession". A história é baseada na autobiografia do artista e músico Klaus Voormann, que também atuou como consultor desta série.

A BBC ainda não anunciou a data da estreia, mas a ideia é contar o que aconteceu quando uma inexperiente banda de rock 'n' roll de Liverpool vai tocar na zona de boemia de Hamburgo, na Alemanha e conhece dois jovens artistas, Klaus Voormann e Astrid Kirchherr. A partir daí e em 6 capítulos a série conta como um grupo de adolescentes desajustados viraria o maior fenômeno da música, os Beatles.

Entram Sons do Documentário The Compleat Beatles

Enquanto a gente continua curtindo Anthology reeditado em nove capítulos para o streaming, o New York Times trouxe uma reportagem ampla sobre um desaparecido, o documentário The Compleat Beatles, lançado em VHS em 1982.

    Entra Every Little Thing Takes 6 e 7 -  do Doc

Quando o sistema de vídeo doméstico surgiu, The Compleat Beatles se tornou a produção mais comprada da década de 1980. E chegou até a passar no cinema. O documentário produzido por Patrick Montgomery saiu em VHS pela MGM em parceria com a editora Delilah Comunications. E virou documentário quase por acaso.

Patrick Montgomery foi contratado pela Dellilah para fazer um curta-metragem de 10 minutos resumindo a trajetória dos Beatles. A editora tinha os direitos sobre as músicas dos Beatles, obtidos sabe-se lá como, e usaria o curta-metragem para promover o lançamento de partituras com dezenas de músicas do repertório Beatle.

Na montagem, depois de todas as entrevistas feitas, os 10 minutos viraram um longa-metragem com 4 hs de duração.

Stephanie Bennett, chefe da Dellilah Comunications se comprometeu a tentar vender a produção. Gostou do que viu, mas no final The Compleat Beatles só chegou ao mercado em versão encurtada para duas horas. A edição final tem narração de Malcolm McDowell. Nenhum dos Beatles quis participar. A Apple tentou barrar o lançamento e a distribuição, mas perdeu a causa na justiça e o documentário saiu...

Quem viu na época e ainda se lembra, as entrevistas são francas. George Martin adotou um tom crítico bem diferente do que falou na produção do Anthology. 

Por que é impossível ver e ouvir The Compleat Beatles hoje em dia? Por que o filme não é encontrado à venda em Blue Ray ou DVD? E por que não consta das plataformas de streaming? A resposta às três perguntas chama-se Paul McCartney.

Patrick Montgomery contou ao New York Times que a Dellilah Films vendeu os negativos originais a empresa MPL de Paul McCartney, e deste então, The Compleat Beatles foi oficialmente retirado do mercado. 

Entra ---

Hoje em dia só pode ser assistido em cópias antigas. A melhor, com som em mono e imagem não restaurada está em um laserdisc publicado no mercado japonês, e atualmente fora de catálogo também.

Entra Thinking on Linking (Lennon/McCartney nunca lançada)

Não parece haver planos para restaurar e quem sabe relançar The Compleat Beatles em futuro próximo. Seu proprietário atual, Paul McCartney, não quer...


quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Rubber Soul, o começo da revolução


 Rubber Soul completa 60 anos hoje!

Esse disco marcou minha alma!!!

  • Foi o terceiro LP ‘oficial’ que tive deles, depois de “Os Reis do Iê-Iê-Iê” e de “HELP”. Tive também “Beatles Again” e "Beatlemania" mas esses eram coletâneas não-oficiaisque saram aqui.
  • Se eu fosse eleger as canções que mais me marcaram, eu diria “Girl”, “Michelle”, “In My Life”, “Norwegian Wood”, “Nowhere Man”, “Drive My Car” e “You Won’t See Me”.
  • Rubber Soul foi o último LP que teve canções tocadas ao vivo em alucinantes excursões pelo mundo. Era o começo do fim da Beatlemania e o prenúncio de uma revolução que se desenvolveria apenas em estúdio após “Revolver”. Nele, o som começava a ficar mais sofisticado e eclético e ficava mais difícil reproduzir na histeria as nuances das gravações.
  • Marcante!!

Só que aí veio a reclamação de um primo querido, sobre as outras músicas não citadas.
Sim, adoro também! Gosto também de WHAT GOES ON, na voz de Ringo, I'M LOOKING THROUGH YOU, na de Paul, e IF I NEEDED SOMEONE, na do velho HARRISON. Show, como todos os outros, né!

Pois é… na verdade, eu gosto de todas as citadas, e também de “Run For Your Life”, “Think For Yourself”, “Wait” e “The Word”, que completam o álbum…. nós somos assim mesmo ... gostamos de tudo dos Beatles!

E notei que NUNCA havia escrito sobre esse álbum marcador de almas até 10 anos atrás, quando completou 50 anos!!

Então, compus este texto com algumas informações interessantes sobre o contexto do álbum e sobre algumas das canções!

O ano de 1965 foi o terceiro, e efetivamente, o último em que os Beatles lançaram dois álbuns num mesmo ano, o outro do ano sendo o excepcional “HELP” que tinha a trilha sonora do filme homônimo, segundo da carreira cinematográfica dos Beatles. Depois disso, foi "Revolver" em 1966, "Sgt. Pepper’s" em 1967, “The Beatles" (Álbum Branco) em 1968,  "Abbey Road" em 1969 e, finalmente, "Let It Be" em 1970, fechando a carreira. Claro que houve outros dois lançamentos que acabaram se configurando em LPs oficiais, em 1967, “Magical Mistery Tour” foi lançado como EP (Extended Play) com apenas 6 músicas do filme homônimo feito para a TV, com sucesso mediano, e que posteriormente foi complementado com 5 canções contemporâneas que haviam sido lançadas em compacto! E, em 1969, acoplado ao filme “Yellow Submarine” veio um LP com algumas inéditas que eram tocadas no filme e pérolas clássicas de George Martin que estavam na trilha sonora. Então, nenhum dos dois podiam ser chamados de álbuns, com 12 ou mais canções deles!!

Enfim, pode-se dizer que Rubber Soul fechou com chave de ouro esse ciclo… como falei em cima, que fechava a época da Beatlemania. A produção deles era tanta que eles se davam ao luxo de não colocar tudo em LP, sempre lançavam compactos com canções que não se materializavam em LPs. Contemporâneo às gravações de Rubber Soul, eles lançaram o fenomenal ‘Double A Side’ com “Day Tripper” e “We Can Work It Out”. Um luxo, realmente!!! E ainda fizeram dois filmezinhos com as duas canções, seguindo a onda começada em HELP naquele mesmo ano ... sim... os Beatles foram os INVENTORES do video-clip!

E as canções, ah, que canções!!!

Lado A



Canção 1

"Drive My Car" 
"Beep Beep, Beep Beep, Yeah!" de "Drive My Car" dispensa comentários, é definitivo!! É canção de Paul, que ele mantém até hoje em seu set list, até mesmo foi a única canção que ele tocou em sua última aparição, numa brincadeira genial do programa de Jimmy Fallon, em que apareciam de surpresa no hall de um elevador que parava num andar não desejado

Canção 2

"Norwegian Wood"
Sem mais nem menos, os Beatles apresentam ao mundo a cítara, instrumento indiano que George se apaixonou, e tocou na inesquecível introdução desta canção de John, que fala, possivelmente, de uma relação extra-conjugal dele mesmo (sim, eles pulavam a cerca!) ....

Canção 3

"You Won't See Me"
Paul usou nesta canção sua proverbial construção de rimas diferentes, com o fim de um verso ligado ao meio do verso seguinte. Vejam: "Though the days are few/ Thei're filled with tears/ And since I lost you/ It feels like years". E note o uso de TRÊS palavras homófonas com uma proximidade estonteante: Few, Fill, Feels. Genial!  Notem também uma interessante nota LA que fica tocando sem parar do meio até o final da canção, harmonicamente perfeita (e tocada por um dos roadies do grupo, Mal Evans)  

Canção 4

"Nowhere Man"
Genial canção de John, considerada a primeira dos Beatles a não ter qualquer relação com relacionamentos amorosos... bem, eu acho que HELP também não falava de amores, mas, enfim ... Considero sim uma auto-análise de John que, mesmo já tendo sucesso mundial, se achava ainda sem um lugar nesse mundo (pode?!). A harmonia vocal é perfeita e tríplice, com John, Paul e George destilando suas habilidades ímpares no mundo de então.

Canção 5

"Think For Yourself", 
Primeira das duas canções de George no álbum, aliás, a primeira vez que isso acontecia! É mais uma demonstração de como os rapazes estavam amadurecendo, com sua letra de múltiplas interpretações

Canção 6

"The Word" é a primeira incursão de John no movimento de defesa do Amor como salvação. Uma seguinte seria a definitiva e espetacular "All You Need Is Love", transmitida ao vivo para o mundo todo da TV 18 meses depois. Eu particularmente acho que Love is Really All We Need, para consertar o mundo. Ninguém faria maldades, de qualquer tipo, se sentisse amor pelo outro, enfim...

Canção 7

"Michelle"
Balada genial de Paul, usando inclusive algumas palavras em francês, sucesso mundial imediato. Foi a PRIMEIRA e ÚNICA canção dos Beatles a ganhar o Grammy de Song Of The Year', e foi no ano de 1967, veja só! Nem "Yesterday" conseguira o feito, um ano antes! Paul a canta pouco ao vivo, entretanto, mas não deixou de fazê-lo na espetacular apresentação da Casa Branca em 2010, onde a cantou olhando para Michelle Obama, sob os olhares desconfiados de Barack....


Lado B


Canção 1

"What Goes On" 
A canção dá a Ringo a honra de abrir com a sua voz um lado de um LP dos Beatles! A composição tem créditos de Lennon/McCartney/Starkey, este último sendo ele próprio, o eterno baterista, mas o que eu acho realmente é que os dois grandes compositores fizeram uma homenagem ao querido amigo, por ter dado uma sugestão de palavras... Ringo não conseguia compor nada até então, ou sempre que tentava era barrado pelos dois, enfim. De qualquer modo, sua voz sempre esteve em todos os discos dos Beatles!

Canção 2

"Girl" ah Giiirl Giiirl ... 
John Lennon retrata aqui o relacionamento difícil com uma garota que ainda não existia, mas que procurava, e que encontraria no ano seguinte, que viria a ser sua alma gêmea. Harmonicamente são notáveis a respiração audível de John no refrão que foi objeto de revoluções no estúdio, e o tit tit tit de Paul e George durante a ponte (aquela parte intermediária 'She's the kind of girl that puts you down when friends are there you feel a foul...'. Notável também lembrar que a versão dela foi sucesso aqui no Brasil na voz de Ronnie Von e seus cabeloss miraculosamente lisos e invejados pelos demais cantores da Jovem Guarda. incluindo Roberto Carlos. 

Canção 3

"I'm Looking Through You"
Aqui, Paul começa a demonstrar que seu relacionamento de alguns anos com a atriz Jane Asher já não estava tão firme assim, apesar de ainda morar no sótão da casa dos pais dela (!!!) isso mesmo, eu visitei o local, em Wimpole Street. Folgado o rapaz!!

Canção 4

"In My Life"
Nada mais nada menos a canção que John considera sua melhor canção, rivalizando com "Across The Universe". Linda demais, filosófica, saudosa, e na gravação contando com uma pianola magistralmente tocada pelo grande George Martin. Meu amigo e guru Ricardo Quaresma não tem dúvida em apontá-la como a melhor canção dos Beatles!!!

Canção 5 

"Wait"
Esta canção de Paul havia sido rejeitada para inclusão em HELP, mas foi ressuscitada para completar as 14 do álbum, 7 de cada lado de Rubber Soul, quem diria, faltou música!! Mais um relato de problemas de relacionamento com Jane... ao que parece, os problemas já haviam começado antes...

Canção 6

"If I Needed Someone"
A segunda de George no disco é muito superior a "Think For Yourself", tanto que aquela foi esquecida e esta foi tocada em shows solo, quando ele se decidia a relembrar da época Beatle, inclusive no show de Tokyo de 1988, quando ele retomou a carreira, incentivado por Eric Clapton. Coincidentemente, no mesmo 1965, George produziu outra memorável canção com o verbo To Need no nome, "I Need You", em "HELP".

Canção 7

"Run For Your Life"
Puro rocker de John, que ele mesmo considera uma de suas mais fracas composições... talvez por causa do conteúdo machista "I'd rather see you dead, little girl, than to be with another man.", que ele começou a combater na carreira solo por influência de Yoko... é só lembrar de "Woman Is The Nigger Of The World"


UFA
Acabei falando sobre todas as canções!!!
Mas merecem, né!

domingo, 30 de novembro de 2025

Beatles News - O Anthology 2025 - por Cláudio Teran

Todo Domingo é Total, das 7 às 9 da manhã, na Rádio Assunção Cearense!!! 

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É Cláudio Teran quem comanda!!!

Mas todo Sábado é Cabal, pois Cláudio Teran nos conta as Beatles News, no Programa Submarino Angolano da LAC Luanda, às 13 horas BSB, 17 horas LDA!

Ontem, ele nos falou sobre o lançamento do Anthology 2025 no streaming da Disney Plus.

E nos comenta suas primeiras  impressões.

Clique aqui no Play Verdinho para ouvir.

E siga a ler o conte+udo, transcrito abaixo

Entra Free As A Bird - Anthology 1

Amigos e amigas do Submarino Angolano

Foi uma semana de muitas atribulações, mas uma semana também de Anthology. Atribulações para mim. Do meu ponto de vista profissional no Brasil, em Fortaleza, Ceará. Nordeste do Soberano Brasil. Mas o Anthology está lá todo, todo ele no streaming. E aí, o que é que nós podemos dizer ao público? 

A primeira sensação que tive foi da qualidade das imagens recuperadas. É impressionante! A imagem e o som restaurados funcionam muito bem na tela digital do streaming. Afinal, em 1995 não era assim. Houve também uma remontagem feita pela equipe do Peter Jackson para transformar uma produção que foi feita para a televisão para o formato mais ágil do streaming. E o resultado que eu vejo à primeira vista é que essa nova versão está mais... superficial. A versão original que nós vimos na televisão e depois compramos os VHS e vimos nos DVDs, essa versão nova teve um encurtamento imenso de minutagem. Aliás, a versão original tinha mais de 500 minutos. A versão atual teve um encurtamento em relação ao conteúdo dos cinco DVDs, mais os special features, de 142 minutos. Alguém pode dizer...

"Ah, mas nem dá para notar isso!"

Dá sim! Desde que, há 30 anos, você tenha acompanhado a emoção e a comoção que foi o lançamento do Anthology. Aí nós temos uma diferença a ser contabilizada. Eu, que estava lá, e vi o lançamento original em sua época, fiquei sintonizado com o que estava acontecendo, porque as entrevistas de George, Paul e Ringo estavam de acordo com o tempo em que foram feitas e a época que foram exibidas. Agora, aquelas entrevistas, aquelas falas, têm 30 anos nas costas. 

Entra While My Guitar Gently Wheeps - Anthology 3

George não está mais aqui. E a imagem do Paul e do Ringo de 2025 é muito diferente daquela imagem de quando eles gravaram há 30 ou um pouco mais de anos antes, para a compilação do Anthology. Tem também a sensação de que, enquanto eu assisto, eu sempre penso "eu já vi isso", "eu já conheço isso". E, de repente, vem um corte para contextualizar a nova produção com a realidade atual. 

"Não gostou?" 

Claro que eu gostei. Eu gostei demais. Apenas achei ... superficial... em relação às sequências, porque a versão anterior era muito mais detalhada em contar como as coisas se sucederam. Se a gente pegar logo pelo 1º capítulo, o pulo que existe da data de nascimento dos Beatles, das origens deles para a EMI e a gravação, foi tudo muito rápido. Sem falar em coisas que os livros mais recentes do Mark Lewihson, aquela coleção chamada Tune In, que no exterior é um livro só gigantesco e no Brasil virou dois livros muito bem traduzidos. Esses livros são muito mais detalhados e aprofundados em relação ao que, de fato, aconteceu para explicar as origens dos Beatles e depois o início de sua fama mundial. 

Entra I'm Down - Anthology 1

A sensação que eu tenho de 30 anos atrás em relação ao documentário Anthology, que foi à televisão é que aquele era mais aprofundado nos detalhes. E esse é mais picotado. A ideia é contar a história, digamos assim. Vamos ao que interessa! Então, os editores não se preocuparam muito em picotar, mesmo, o conteúdo. Afinal, o conteúdo já estava pronto...Tira isso, tira isso, deixa isso... E, nessa sequência de coisas, aqueles que viram o Anthology há 30 anos certamente ficam inconformados. 

Por outro lado, a ideia é apresentar esse conteúdo para um público mais jovem, porque... é irônico... Quando Anthology foi exibido, fazia 25 anos que os Beatles haviam se separado. Hoje, que o Anthology volta, tem 30 anos que a série foi exibida. Então. vejam vocês... ouçam vocês... a infatigável passagem de tempo ligada aos Beatles

Gostei do Anthology de maneira geral e pretendo falar mais sobre ele nos próximos programas. Entretanto, o que mais fica de tudo isso é que quando a gente começa a assistir, a primeira emoção que vem é "olha, estou vendo de novo a história que eu já conheço". O público que nunca viu? Este provavelmente vai se divertir bastante, inclusive com a estética do streaming, que é do jeito que é. As coisas são mais velozes e isso acaba tornando também certas produções um tanto mais superficiais. 

Entra Get Back - Anthology 3

Viva o Anthology! Porque o importante é ter os Beatles de volta. 

Agora, num comparativo rápido das coisas de streaming entre o Get Back e o Anthology, eu prefiro Get Back justamente porque o Get Back é bem mais aprofundado. Ah, mas o que é isso? Sacrilégio! Não. Eu explico. Estou falando de coisas levadas para o streaming. Get Back funciona melhor no streaming que o Anthology. Produção essa a qual na televisão foi um verdadeiro happening. Mas está valendo muito a pena ter os episódios ali no streaming. E saber que, apesar da infatigável passagem do tempo, os Beatles resistem. 

Entra All You Need is Love - Anthology 4



sábado, 29 de novembro de 2025

O Projeto By Homerix

PBH Song Count: 9
Este Projeto By Homerix não tem qualquer fim lucrativo. 
Tem caráter meramente lúdico.
Serve apenas ao intuito de mostrar que sempre é possível fazer versões fiéis das canções dos Beatles, com  métrica e rima adequadas ao efeito.
Os áudios aqui veiculados foram gravados e editados em ambiente amador por sobre instrumental extraído das canções originais.
Eles são destinados ao público leitor do Blog do Homerix, e NÃO DEVEM ser veiculados em qualquer ambiente público no Brasil.

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O Projeto By Homerix tem a intenção de produzir versões plausíveis de todas as canções originais lançadas pelos Beatles... dentre elas, algumas que tiveram já versões livres em português, porém a maioria delas sem NADA A VER com o original.

É um projeto HOMÉRICO, em ambos os sentidos da palavra. A dificuldade de se encaixar a objetividade da língua inglesa, povoada de monossílados, em versões na nossa língua, onde di, tri, e polissílabos imperam, e ainda com rimas, sempre que possível, nos mesmos lugares em que ELES rimaram, tem sido e vai continuar a ser um belo desafio. Outro desafio será, às vezes, cantar no mesmo tom da canção, afinal quem nasceu pra Homerix não pode pleitear o alcance de um John, Paul ou George.... Ringo vai ser mais fácil, hehehehe!!

Estou adorando a ideia!!!

Vou deixá-las registradas aqui...

E começo com a última delas, a de Nº 9

Dpeois, quando chegar a 10ª, eu passo a 8 9para a ordem cronológica.


9. Te Ama, que fiz para YShe Loves You

(Lennon/McCartney, singleAgo.1963, Mar.1964 Brasil),

Na letra, gostei de algumas soluções e palavras que talvez não sejam lá muito conhecidas, como mazela, fariseu e até mesmo escambau, esta última uma gíria, bem colocada.

No áudio, tive dificuldade de fazer o agudo de Paul, então fiz a 1ª voz na mesma base da 2ª, que é John quem faz. Fiquei feliz em acertar a 6ª de Sol (Mi), que George entoava no 4º Sim, estendido, da introdução, complementando John na terça (Si) e Paul na quinta (Ré), acorde repetido na conclusão. Falei pro Felipe afinar e ele disse que não precisou, estava certinho

Não tenho noção se houve versão dela no Brasil

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/11/projeto-by-homerix-te-ama-ouca-e-leia.html

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Vamos à Ordem Cronológica Histórica do Projeto By Homerix!

A primeira canção a merecer essa atenção foi I Need You de George Harrison. Eu estava a produzir o áudio sobre ela, sua gravação, suas entranhas, quando de repente surgiu sua Ponte em Português... ficou muito bom... vi que levava jeito pra coisa... compus o resto da letra.

Estava plantada a semente...

1. Preciso de Ti, que fiz para I Need You

(George Harrison, LP HELP!, Ago.1965, Dez.1965 Brasil),

Apenas a 2ª  de 21 canções que George compôs durante a carreira dos Beatles, e que foi para o Lado A, do LP e para o filme de mesmo nome. E ele teria mais uma no Lado B do LP. Exibida em 7 de junho de 2025 no Submarino Angolano.

Houve no Brasil uma versão boa, Te Adoro, de 1966, com os .Golden Boys.

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/10/projecto-by-homerix-preciso-de-ti-ouca.html

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2. No Anoitecer, que fiz para The Night Before 

(Lennon/McCartney, LP HELP!, Ago.1965 KK, Dez.1965 Brasil)

Adorei a solução para o nome, até mais poética!!

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/09/no-anoitecer-versao-homerix-para-night.html 

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3. Ocê Gosta Muidimim, que fiz para You Like Me Too Much 

(George Harrison LP HELP!, Ago.1965 KK, Dez.1965 Brasil)

Aqui a 2ª canção de George num mesmo álbum. A obsessão em colocar a fala igualzinha em português fez-me recorrer ao mineirês, ali no refrão que não é refrão, e depois extrapolei para o resto da versão, especialmente ao descrever que a moça "cascô fora"!!!!!!

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/10/ouca-e-leia-oce-gosta-muidi-mim-by.html 

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4. Tu Tens que Esconder Teu Amor, que fiz para You've Goto To Hide Your Love Away 

(Lennon/McCartney LP HELP!, Ago.1965 KK, Dez.1965 Brasil)

Aqui, fiquei até constrangido em ter uma versão tão pesada logo em seguida à versão em mineirês, que ficou superdivertida.

Tive dificuldades, tanto na voz grave.... difícil buscar a nota mais baixa, assim como foi difícil atingir a nota suprema da voz aguda, tive que recorrer ao falsete!

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/10/youve-got-to-hide-your-love-away-john.html 

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E agora, as duas apresentadas no sábado passado, 25, último do mês de outubro, não por acaso, duas das versões que mais me incomodavam, há 60 anos, ou quase, por sua incompatibilidade com a letra original!

5. Até O Fim, que fiz para I Should Have Known Better 

(Lennon/McCartney, LP A Hard Day's Night!, Jul.1964 UK - Jan.1965 Brasil)

Posso dizer que salvei a Menina Linda (Renato e Seus Blue Caps, Jan.1965) daquele tarado. Sei que Renato Barros admitidamente nada sabia de inglês, mas decerto poderia ter evitado fazer aquele hino à pedofilia. Hoje, jamais seria gravada!!!

Na minha versão, fiquei feliz em como traduzi o sentimento do rapaz, que parecia enfeitiçado pela garota, envovlido que estava pela magia do seu beijo. Namorava uma bruxinha do amor, e não sabia!!

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/10/ate-o-fim-by-homerix-lennon.html

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6. Não Quer Saber Mais De Mim que fiz para Ticket To Ride 

(Lennon/McCartney, LP A Hard Day's Night Ago.1965 KK, Dez.1965 Brasil),

A original conto a  história do rapaz que perde sua garota.

O tal Anthony Middleton, que com esse nome devia saber algum inglês, poderia bem ter feito algo melhor do que aquela ficção do sujeito levando seu "broto" à praia, ao Corcovado, ao cinema, mas tinha Gente Demais (The Youngsters, Jan.1966) pra namorar. 

Na minha versão, conto a história do rapaz que  está vendo seu amor indo embora, tenta convencê-la do contrário, mas vê que "já era" e que ela nã "não tá mais nem aí" pra ele, aliás fiquei bem feliz de usar estas duas expressões no vernáculo popular brasileiro!

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/10/nao-quer-saber-mais-de-mim-by-homerix.html 

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7. Diga-me O Que Vê, que fiz para Tell Me What You See

(Paul McCartney, LP HELP!, Ago.1965, Dez.1965 Brasil),

Aqui, fui buscar a solução para uma das rimas numa palavra pouco comum (léu), mas confesso que tive problema no vocal. Primeiro, a harmonia vocal de Paul estava além de meu alcance vocal, então eu preferi fazer a harmonia na 2ª voz na oitava menor, mais grave. Ficou estranho, sei, mas foi o que se pôde fazer. E então, nessa oitava mais baixa, eu tinha dificuldade de alcançar a gravíssima primeira nota dos versos, daí pedi ao Felipe que usasse o Auto Tune, aquela ferramenta que não deixa os cantores cantarem desafinados!!! 

Não houve no Brasil versão para Tell Me What You See. Eis a minha:  

https://blogdohomerix.blogspot.com/2025/11/projecto-by-homerix-diga-me-o-que-ve.html 


8. Tu Vais Perder Teu Bem, que fiz para You´re Going to Lose That Girl

(John Lennon, LP HELP!, Ago.1965, Dez.1965 Brasil),

Na letra, investi em várias licenças poéticas, mas sempre mantendo o sentido da letra original... isso possibiltou ampliar as possibilidades do duelo vocal de Jonh com Paul/George (a-do-rei o "Depois não diga que eu não avisei!") e colocar um pitoresco conjunto de rimas em Ó (só - bocó - pó - dó). No vocal, gravei 3 vozes, mas não consegui fazer a harmonia de Paul lá no alto, então o fiz na oitava mais grave! 

Houve no Brasil uma versão de You're Goint To Lose That Girl, do nosso valoroso Renato e Seus Blue Caps. Foi em 1966 e chamou-se Meu Primeiro Amor. Como já se vê pelo nome, não houve a preocupação em manter a fidelidade à letra original. Na gravação, nota-se que modificam a ponte, o solo da guitarra está mais fraquinho, mas está valendo!!! Renato Barros e seu grupo foram muito importantes para a Jovem Guarda!!. 

Eis a minha:  

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Beatles News - O DOCUMENTÁRIO DESAPARECIDO - por Cláudio Teran

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