Sombra
Nas ruelas escuras da favela Dona Marta, entre o perigo extremo e a pobreza Idá, Aláàfin luta para sobreviver como pode, suportando o sistema público de educação deficiente que lhe é oferecido, vendo a saúde da avó piorando dia após dia, e a mãe que tenta mantê-los com o pouco dinheiro que consegue trabalhando com as roupas da vizinhança, tentando acima de tudo fugir das vistas de um dos subordinados do traficante do morro, Caiçara. Sem poder fugir, Idá se encontra em meio a um tiroteio com uma carta na mão que lhe abriu os olhos para algo inalcançável para alguém como ele: mágica.
E de repente a chance de começar do zero, mudar de lugar, uma chance de ir para esse mundo novo e trazer para o seu a vingança que Caiçara tanto merecia.
Mudou o nome, mas manteve todo o gênio forte, pensamento rápido de menino criado na favela que tem que saber sobreviver, então abandonar o nome foi muito mais fácil que abandonar toda a desconfiança que fora cultivada durante sua infância. Vai então para a escola que foi convidado, escondida dentro do Corcovado, tão perto de casa que ele percebe o perigo de ser descoberto, pois sabe além de tudo do preconceito existente nos outros e nele mesmo.
Em meio a tanta raiva em um coração tão jovem e tão maltratado, vimos por seus olhos a magia desdobrando-se do nosso Brasil tão conhecido e ao mesmo tempo estranho nas mãos de Renata Ventura. Baseada na obra de J. K. Rowling, nossa eterna fada madrinha no mundo mágico, Renata puxa por nossas raízes africanas e todo o folclore brasileiro para mostrar a cultura que por vezes é tão esquecida ou maltratada, de uma forma muito mais atraente, e até o mais cético com relação ao nosso país encontra no patriotismo de Viny, orgulho.
Mas o melhor do livro sem dúvidas são as conversas entre Ítalo (Capí) e Hugo (Idá); Capí por si só demonstra uma face da moeda completamente oposta à de Hugo e mesmo criados em cenários completamente diferentes, Capí também teve sua cota de sofrimentos. A autora o descreve como um rapaz altruísta, vegetariano e amante de toda forma de amor e paz. Se há algo para colocar defeito é que agora tenho um estereótipo de homem, e a Dona Renata é a culpada - Mas por ter me apresentado a este mundo fantástico (no Brasil!) e me mostrado personagens tão autênticos e reais, eu a perdoei antes mesmo de pensar no assunto.
Nas ruelas escuras da favela Dona Marta, entre o perigo extremo e a pobreza Idá, Aláàfin luta para sobreviver como pode, suportando o sistema público de educação deficiente que lhe é oferecido, vendo a saúde da avó piorando dia após dia, e a mãe que tenta mantê-los com o pouco dinheiro que consegue trabalhando com as roupas da vizinhança, tentando acima de tudo fugir das vistas de um dos subordinados do traficante do morro, Caiçara. Sem poder fugir, Idá se encontra em meio a um tiroteio com uma carta na mão que lhe abriu os olhos para algo inalcançável para alguém como ele: mágica.
E de repente a chance de começar do zero, mudar de lugar, uma chance de ir para esse mundo novo e trazer para o seu a vingança que Caiçara tanto merecia.
Mudou o nome, mas manteve todo o gênio forte, pensamento rápido de menino criado na favela que tem que saber sobreviver, então abandonar o nome foi muito mais fácil que abandonar toda a desconfiança que fora cultivada durante sua infância. Vai então para a escola que foi convidado, escondida dentro do Corcovado, tão perto de casa que ele percebe o perigo de ser descoberto, pois sabe além de tudo do preconceito existente nos outros e nele mesmo.
Em meio a tanta raiva em um coração tão jovem e tão maltratado, vimos por seus olhos a magia desdobrando-se do nosso Brasil tão conhecido e ao mesmo tempo estranho nas mãos de Renata Ventura. Baseada na obra de J. K. Rowling, nossa eterna fada madrinha no mundo mágico, Renata puxa por nossas raízes africanas e todo o folclore brasileiro para mostrar a cultura que por vezes é tão esquecida ou maltratada, de uma forma muito mais atraente, e até o mais cético com relação ao nosso país encontra no patriotismo de Viny, orgulho.
Mas o melhor do livro sem dúvidas são as conversas entre Ítalo (Capí) e Hugo (Idá); Capí por si só demonstra uma face da moeda completamente oposta à de Hugo e mesmo criados em cenários completamente diferentes, Capí também teve sua cota de sofrimentos. A autora o descreve como um rapaz altruísta, vegetariano e amante de toda forma de amor e paz. Se há algo para colocar defeito é que agora tenho um estereótipo de homem, e a Dona Renata é a culpada - Mas por ter me apresentado a este mundo fantástico (no Brasil!) e me mostrado personagens tão autênticos e reais, eu a perdoei antes mesmo de pensar no assunto.
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