Menos de um mês depois do bárbaro crime de São Bernardo,
quando uma dentista foi queimada viva por só ter 30 reais no banco, agora é em
São José dos Campos, onde um dentista foi igualmente queimado vivo (mas ainda
está vivo!) por não guardar dinheiro no consultório... A acrescentar ao drama, a intenção que este último tinha, de abandonar a profissão e ir trabalhar com o pai, desde o primeiro episódio de barbárie...
O que está acontecendo?
Bem, isso é, infelizmente, uma coisanão tão incomum assim! Não o crime, mas a
cópia do crime! Na linguagem policial americana, trata-se de um 'Copycat',
quando criminosos copiam o jeito de assassinar pessoas, que aprenderam pela
imprensa....(veja a definição em inglês: criminal acts that are modeled on
previous crimes that have been reported in the media).
Aliás, o tema foi abordado em um excelente filme com esse
nome (no Brasil, 'A Vida Imita a Morte', de 1995), estrelado por Sigourney
Weaver.
Aliás (2), eu não posso falar nessa atriz sem lembrar da eterna
Comandante Ripley, do cargueiro Nostromo,
da série 'Alien, o 8o Passageiro', espetacular terror espacial de Ridley
Scott, que teve 3 Sequências e uma Prequência, permita-me o neologismo, afinal,
em inglês é 'Sequel' e 'Prequel'! Pena que não vi a Prequência que chamou-se
Prometeus, nome da nave que que chegou ao planeta --- e por lá ficou, com todos
os seus ocupantes dizimados por um dpse que emergiu de dentro de um deles mesmo
após ter sido hospedeiro daquela coisa horrorosa que saiu de sua barriga...
Ufa, eu nem vi o filme e já estou achando que foi isso que
aconteceu... E, nossa, comecei com um tema bárbaro, de barbaridade, passei por
um explicação policial, e acabei falando de um filme que nada tinha a ver com o
assunto inicial.
Agora, o assunto inicial... bem, pode esperar que pode se
repetir!!!
1) A vida humana virou lixo. Tudo é descartável, inclusive nós. Degradação da sociedade. No Brasil, esse processo é potencializado por causa do Estado inoperante. Eu costumo chamar o Estado brasileiro de "Estadão-elefante": grande, lento, pesado. Hobbes nos ensinou que os homens, cansados da violência reinante no estado de natureza, firmam um pacto entre eles, "assinam o contrato" e criam, assim, o Leviatã, o Estado que detém o monopólio do uso da força e que serve justamente para repelir do homem o medo de morrer de morte violenta. Aqui no Brasil, pelo visto, o Leviatã passou longe...
ResponderExcluir2) Não vi "Copycat", mas vou ver... "Copycat" é também uma música da banda "The Cranberries", que eu curto muito.
3) "Prometheus" é formidável. A série Alien, como um todo, é magnífica. Viva Ridley Scott!
Estimado Homero ,
ResponderExcluir- Realmente a guerra esta sendo perdida pelos cidadãos da paz e do trabalho ; a fatia da sociedade que esta do lado da violencia e "jeito fácil" de conseguir as coisas esta levando uma grande vantagem . Me parece que esta chegando o momento do lado pacífico reagir , e veja não adianta dizer "eu sou da paz" , me visto de branco, e mais uma centena de bobagens e atitudes submissas que escutamos todos os dias. Creio que esta chegando o momento de reagir de maneira que os criminosos ( de todos os tipos ) sintam algum medo , algum temor , pois com este discurso de eu sou da paz , eu não vou reagir , só esta servindo de estímulo a agressões cada vez mais violentas . Os bandidos hoje tem a certeza da impunidade e da não reação de quem quer que seja !
-Acorda Brasil ! ( ...antes que seja tarde ...)
-Mauri
Homero,
ResponderExcluirassino embaixo do que os dois colegas acima escreveram. Não quero me tornar repetitivo. Creio que ambos foram de muita propriedade em suas poucas mas objetivas palavras. Nada de bairrismo, mas espero veementemente que a onda de queimar dentisitas não chegue ao Rio. Como também, de modo similar, a onda de estupros aqui no Rio de Janeiro não alcance SP. A falta da educação e a CERTEZA DA IMPUNIDADE (Bruno, mensaleiros, assassinos de Daniela Perez, etc) são as causas para essa situação MEDONHA E BISONHA em que vivemos hoje. Quanto ao filme Copycat, foi uma ótima tirada sua, pois o assisiti alguns anos atrás e é mais ou menos por aí... Sds, A2.
Posso estar dizendo bobagem mas me parece que nosso Sistema Judiciário pertence a um mundo à parte da sociedade: com seus palácios belíssimos (pelo menos aqui no Rio), seus ocupantes igualmente muito alinhados, tratando-se mutuamente de doutores e doutoras, corroborados por uma linguagem rebuscada e as vezes incompreensível. Tudo isso envolto, arquitetado sobre um eruditismo pouco profícuo. É como se vivessem para eles mesmos alheios a realidade que nos cerca. Não se trata de uma afirmação ou acusação mas de uma percepção. Quem nos dera se com toda essa estrutura ela fosse igualmente objetiva, eficiente, absolutamente intimidadora para os que pensassem em praticar qq tipo de maldade, seja contra seu próximo ou com o dinheiro público. Quem nos dera nossa Justiça se lembrasse da sociedade que a sustenta...
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