-
terça-feira, 28 de maio de 2013
Porque nós temos magia de sobra nas veias
Esse o título da mais nova resenha do livro A Arma Escarlate, no Skoob.
Autora: Stephanie, de Acrelândia, no Acre
E ela registrou suas impressões ao longo da leitura.. que eu transcrevi também, abaixo!!
"Porque ele é o Hugo. E o Hugo é indomável!”
É com a frase acima que Renata Ventura encerra a nota que ela deixa para seus leitores no início do livro. Eu a transceveria toda, porque, sinceramente, acho-a demais! Gosto da maneira como ela conta sobre a entrevista de J.K. Rowling a respeito de escolas em outros países e como fala sobre os personagens, a maneira como alguns conseguem surpreender os próprios autores.
Ainda estou encantada pela maneira como a autora estendeu a realidade à fantasia, de forma a trabalharem ambas em sintonia perfeita e se misturarem completa e harmoniosamente.Foi algo tão cuidadosamente trabalhado que eu poderia jurar que tudo aquilo deve existir, tamanha a precisão e o cuidado. Cheio de diversidade, dá pra se sentir completamente em casa!
E as falas! Escritas realmente da maneira como se fala, o que é muito difícil de se fazer, mas que foi simplesmente delicioso de ler, além de contribuir muito para dar verossimilhança à história.
Aspas marcam as partes de discurso direto, seja fala ou pensamento, e eu não via isso desde que eu era fã da Pipe e passava o tempo todo atrás de alguma fanfic nova dela – fiquei um tantinho nostálgica, admito! Por algum motivo, me lembrou de “O mistério da ilha perdida”, do Saramago. Não que esteja tudo em um parágrafo só (O que eu ainda acho fantástico), mas, se não me falha a memória, ele também se utilizava de aspas para discurso direto. Faz tempo desde que eu li, me perdoem por qualquer deslize.
Outra que eu achei bem legal na estrutura foi a divisão. Como os livros de Isaac Marion e Anne Rice, “A Arma Escarlate” é dividida em partes. Como eu sei que a autora gosta da Anne Rice, lembrei dos livros dela na hora.
E, por falar nisso, como Lestat ia gostar do Viny e do Lázaro Vira-Lobos (Não perguntem, leiam)! Eles iriam arrepiar na Cidade Maravilhosa! (Ou não. Ainda não sei que fim o Lestat teve) É um encontro que eu gostaria de ver! (Aliás, os vampiros da Renata são assexuados ou não? Eu preciso saber disso!). Já que eu falei do Lestat, que é imprevisível e indomável, vamos ao protagonista, que é o que interessa.
Hugo é indomável, sim, e isso é a força que faz a história se mover. Ao menos, o primeiro livro é movido pela impulsividade e pelas tendências explosivas dele, o que acaba se tornando também um dos grandes motivos de muita gente não gostar nadinha do protagonista. E eu entendo o pessoal que desgosta do Hugo, porque esse “anjinho da Tia Zô” (Os leitores entenderão) queimou até o última gota do meu sangue com todas as “peripécias” dele! Não bastava a impulsividade e a infinita sede de vingança, ainda tinha a falta de preocupação com o que ele faria aos outros – é meu único rancor quanto ao Hugo, a indiferença com a qual ele tratou o Eimi desde o começo (Eimi é um mineirinho que aparece logo no começo e que venera o Hugo mais que tudo. Pobre Eimi).
Cá pra nós, tenho certeza que, se o Hugo não acabar se matando com todo aquele rancor e vingança, ele vai ficar com a Gislene. Ela é o Yin do Yang dele (ou vice-versa?)! O Hugo ferra tudo e a Gi, gloriosamente, vai lá e arruma! Eu amo essa garota!
Falando da história… Ela é ambientada no Rio de Janeiro, na maior parte em uma das escolas de magia brasileira, a Nossa Senhora do Korkovado. Sim, uma das escolas, porque o Brasil é grande demais pra ter apenas uma escola, então, tem cinco, uma para cada região do país: As escolas do Rio (lar dos Corcundas), de Salvador (escola dos Caramurus), de Brasília (onde estão os Candangos), da Amazônia (lugar onde estudam os Curumins) e a do Sul (que eu não me lembro de onde era exatamente, mas que é o lar dos Cupinchas. Ah, sim! Lá também tem uma escola de centauros, a Chiron.).
A escola tem todos os problemas peculiares ao nosso país, o que apenas me aproximou mais do universo da história e me fez criar mais e mais afeição com tudo nele. Não é um simples "Réri Potti da favela", não é uma cópia (ou vocês acham que essa coisa de personagens sobrenaturais em ambiente escolar é privilégio da J.K.? Isso é restringir o mundo e seus arquétipos (e todas as mil combinações que se pode fazer com eles) às mãos de um ser humano só.). É verossímil, orgânico.
A Korkovado é presidida pela querida Zô, uma personagem adorável, mas não muito poderosa, segundo alguns, já que ela é moderada por um conselho, formado por três bruxos: Dalila, Vladimir e Pompeu (Prepare-se para não gostar muito de 2/3 dessa trupe por bastante tempo).
Os professores são ótimos personagens! Temos aqueles que a classe protege porque são legais e facilitam as coisas, aqueles que não aparecem nos primeiros dias (no X motivos), aqueles que desistem porque brigaram com aluno (eu já tive desse tipo. Deu o que falar na escola!) e deixam toda a turma em apuros por sua falta… Têm os que realmente puxam – e o pessoal não gosta porque é difícil – e aqueles que, por motivos “misteriosos”, são implicantes com alguns e não com outros (Esse era o meu favorito, aliás.), os professores que até são bons, mas como pessoas não são exatamente adoráveis… E todo mundo vai projetar a imagem de pelo menos um professor em algum deles. Eu só via a Ivete como uma professora de Física que eu tive uma vez. Ela era um doce, mas se atrapalhava toda e não conseguia conter a sala nem por decreto! E a Dalila me lembra tanto, mas tanto, uma…. Deixa pra lá.
Como em toda a escola, tem sempre duas ou mais turmas que não se bicam muito. Só que, nesse caso, tudo é muito maior, com direito a placar e tudo! Eu acho que o grupo formado por Vinícius, Cai, Virgílio e Ítalo é apaixonante (E são o meu objetivo de vida. Eu serei uma pessoa realizada quando parar de protelar e não estudar só aos fins de semana)! Eu gosto deles. Gosto muito. Já até sonhei com eles (e acabei acordando com uma saudade danada desse quarteto!)
As preferências escarlatinas giram em torno de Viny e Ítalo – juntos ou separados, vivos ou mortos, tanto faz – seguidos por Cai e com o Virgílio na lanterna (Eu estou no Armada Escarlate há algum tempo e a coisa mais simpática que já disseram do Virgílio foi “Eu sei que eu pareço com ele” (traduzindo: Mas eu queria parecer o Viny/Ítalo/Cai). Ao menos ele não é tão desprezado quanto o Hugo).
Eu até gosto do Virgílio, então, eu não vou atacá-lo e nem dizer que eu o detestei por implicar com o Hugo e ser sempre tão seco com os outros porque ele é bem legal e porque eu sei que eu me pareço bastante com o Virgílio (desconfiada, caladona, meio rude no começo…) e eu tenho certeza que isso é só uma maneira de ele se proteger. Mas eu gosto mesmo é do Ítalo… Bom, ninguém mandou ele ser todo gracinha e cativante e o genro que mamis pediu a Deus. Bom, todos amam o Ítalo.
Eu gostaria de falar tantas coisas que eu achei demais (Como o Atlas, o Capí (Não vou falar sobre o que se trata, quero deixar os desinformados querendo saber), os Elfos e os Centauros… E o Epaminondas! Eu amo o Epiminondas!), mas eu estou morrendo de medo de soltar algum spoiler, então vou parar por aqui antes que o pior aconteça. hehe
AAAAAAAAAAAAAAAAAAH, SIM! Antes que eu me esqueça, uma coisa muito bacana que me chamou muito a atenção foi a possibilidade de o leitor interagir com alguns personagens através das redes sociais.
O livro já está na segunda edição (Imagem das capas logo abaixo) e a continuação está prevista para o segundo semestre deste ano.
Histórico do progresso da minha leitura.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário