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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Get Back - by Virgínia - 5ª Parte

Esta é a 5ª (e última) Parte das impressões da querida Virginia, enorme Beatlemaníaca, sobre o Documentário Get Back.

Meu Sub-título: O Grand Finale

Aqui, neste LINK, a 1ª Parte, Contextualização

Aqui, neste LINK, a 2ª Parte, O Let It Be Original

Aqui, neste LINK, a 3ª Parte, Os Piores Momentos

Aqui, neste LINK, a 4ª Parte, Os Melhores Momentos

Get Back. Minha Visão. 

Última parte. 

Continuando a lista dos melhores momentos. 

11 - O show no terraço.  Só não está perfeito porque Jackson achou por bem colocar opiniões das pessoas lá embaixo. Eu dispensaria. Sempre que vão para a rua... deixamos de ver os meninos. Mas logo voltam para eles.  Algo mágico acontecendo ali. A química Lennon e McCartney novamente dominando. Um simples olhar de um para o outro e se entendem.  Eu  ali  com eles... Até sentindo o frio que fazia.  Billy Preston participando com força total. Tudo lindo? Não. O  casaco de John... pelo amor de Deus.  Aliás, casaco de Yoko usado por ele. Peles. Tudo bem, corria o ano de 1969, ainda não tinham consciência.  Se fosse hoje, Paul vetaria. Ele não usa nem couro, o meu lindo.   E aquele casaco de George?  Seria pele também? Não sei. Seria de Pattie? Não sei. Ela ali não estava. Presença da linda Maureen, então esposa de Ringo.  E presença de Yoko com expressão de nem estar aí... Nenhuma emoção. Desinteressada. 

Senti falta do senhor mais idoso subindo a escada de incêndio.  Mas o encontrei lá no alto vendo tudo. 

  E chega a polícia.  Curiosamente, Paul queria algo assim.  Fala antes mais de uma vez que seria interessante que fossem interrompidos pela polícia.  Não explica o motivo. Mas queria tanto que não consegue esconder sua alegria ao saber da polícia chegando. Chega a celebrar com um grito... e continua cantando. É um dos pontos altos do show. Não me canso de ver.  Ele até se inspira alterando a letra da canção para “You been out too long, Loretta! You’ve been playing on the roofs again! That’s no good! You know your mommy doesn’t like that! Oh, she’s getting angry... she’ll have you arrested! Get Back”.  Ou seja, Loretta tocando no terraço de novo,  mamãe não gosta, está com raiva, vai mandar te prender...” 

12  E... finalmente,  fico sabendo o nome do meu amigo, o porteiro da Apple.  Claro, eu devia ter adivinhado que era o door man.  Pois se o via praticamente todas as vezes que chegava lá...na porta! Tão bom revê-lo. Agradecida,  batizo meu celular com seu nome: Jimmy Clark. 

Ah, esse show no terraço. Dessa vez, me emociono ainda mais do que quando vi em 1972. Sinto uma energia amorosa, como bênçãos descendo sobre eles.  E sobre nós.  Eu só pensando... “E se eu tivesse ido a Londres em 69? Fui em 70, quando já tinham se separado". Mesmo assim senti o perfume.  Consegui até entrar na Apple.  Portas abertas para mim.  Puxa, não duvido que teria tido a sorte de estar ali na hora do show.  Com certeza, eu estaria lá diariamente como fiz um ano depois.  O medo teria sumido, pois eu não tinha medo em Londres. Ah, eu teria subido pela escada de incêndio  que nem aquele senhor elegante.

Chega. Não aconteceu assim.  Agradeça por ter ido depois, conhecido o porteiro engraçadinho, e existir esse maravilhoso documentário que, milagrosamente, me transporta até lá. Sim, eu estou lá com eles vendo tudo de pertinho. Caindo de rir da fala final de John esperando ter passado no teste. 

13.. Cenas finais. É maravilhoso ver seus semblantes, seus sorrisos de alegria.  George então espalha faíscas de contentamento. Missão cumprida. Ainda não sabiam, mas  tinham acabado de fazer o mais importante show de rock de todos os tempos.  (Não deixo por menos). 

14 -  O final propriamente dito.  Peter Jackson, ao ver os tapes,  com certeza sentiu algo parecido com o que senti quando ouvi aquela gravação na página  “Let it Be sessions”.  Algo inexplicável. Algo que umedece meus olhos.  Estou falando sobre o diálogo de boas noites entre Paul e John. Good Night. Say good Night John, good night.. Pois ele escolheu exatamente este momento para finalizar. Valeu demais Peter Jackson.  Mereceu todos os prêmios Emmy recebidos. Obrigada, rapaz!!!

 Na página oficial de Paul, alguém pergunta a ele quais foram seus momentos preferidos no documentário. Ele disse que vários momentos o fizeram sorrir.  Ele e John brincando ao cantar “Two of Us” como ventríloquos e cantando pelos dentes, ele e John brincando ao cantar “Bathroom Window”  foi legal.  Mas o momento que ele pensa primeiro é ... John dançando. Olhar John dançando. “ É tão bonitinho, e ele era muito bom nos movimentos...” Eta Paul, como você gosta dele, hein? Seus momentos preferidos são você com ele, e você com ele, e ele dançando, so cute!  Entendo. Eu também gosto tanto dele.  E de  você, de Ringo e de George. Amor roxo!  Ou seja,  violeta! 

O vídeo de saída é um dos preferidos de Paul. Ele e John “goofing around” cantando “She Came In Through The Bathroom Window". Muitos não vão ver o que vi... talvez por não ter nada para ver. Eu vi assim mesmo. Paul está no sétimo céu se divertindo com John. George se diverte também. Yoko chega... Por segundos seu rosto muda. Bem, quando ele canta “Didn't anybody tell her?...” Ela estragando tudo... Estragou não, Paul! Fica tranqüilo. O que conta  é o Amor.  

“Get Back” está impregnado de Amor.

 



9 comentários:

  1. Hoje maratonei a Virgínia de Paula. Adorei do primeiro ao Grand finale. Nem cito o nome da Japa que causou ou foi principal causadora da separação deles. E não gostei do áudio de Besame mucho. Gerson Braune

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  2. Obrigada de coração, Gerson. Que maratona, não é? Quero dizer...leva-se tempo para ler tudo .E ainda ver os videos. Lá no meu facebook, eu ainda colocava outros vídeos entre um texto e outro. Só tenho a agradecer por ter participado me fazendo ver que valeu a pena. Sem leitores não faz muito sentido! Participou e comentou. Viva.

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  3. Brian Epstein é o quinto Beatles , e durante algum tempo foi um anjo de luz entre eles , depois veio o outro empresário , depois cresceram demais a ponto de não vigiar quem poderia penetrar naquele universo
    É uma conta simples, tem gente que soma , tem gente que subtrai
    Isso é energia
    Energia precisa ser vigiada sempre
    Mas seguiram nos fazendo felizes ainda por um tempinho, na minha adolescência acreditei e esperei sempre por um último show, mas aí veio a notícia da morte de John, com isso meus desejos de ver a banda minaram , nada substitui a dupla John /Paul
    Tento não ser emotiva , mas nunca vou esquecer a Rádio Mundial, anunciando a morte de John...
    Ivone Maia

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  4. Parabéns Virgínia. Você nos transporta para aqueles maravilhosos tempos, não que
    hoje não sejam bons, mas aquele quarteto divino era mágico trazendo sempre músicas fantásticas e eternas.
    Parabéns pelos seus magníficos comentários e pela aguçada percepção de detalhas fabulosos.
    Grato.
    Armando Barros

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  5. Virgínia se supera, no último comentário de _Get Back_.
    Conseguimos até sentir a química de Lennon e McCartney, quando um olhar bastava para se entenderem. O frio que fazia, no terraço, no inverno de janeiro de 1969, em Londres, e John usando um casaco de Yoko - aliás, alí presente, mas desinteressada, sem demonstrar emoção. Hoje seria impossível um casaco de pele, Paul teria desaconselhado, pois não usa nem casaco de couro.
    Dá até pra imaginar o senhor elegante, subindo pela escada de incêndio; Jimmy Clark, porteiro da Apple, estava lá. E a alegria de Paul com a chegada da polícia no telhado, era o que eles queriam. Paul chega a mudar a letra da canção, “avisando à Loretta pra voltar _Get Back_, porque sua mãe vai mandar prendê-la.”
    Somos transportados para o memorável show do terraço, e John esperando ter passado no teste.
    Maravilhosos, esses _Fab Four_!
    Vera Mussi

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  6. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  7. Ao misturar os desejos que carrega em sua alma, de um tempo passado, e poderiam ter acontecido dentro da descrição do roteiro do show no terraço da Apple, a cronista acrescenta uma matiz onírica no mais importante show de rock de todos os tempos, ranking que eu também assino embaixo. No mundo do rock foi um evento extraordinário, inimaginável e, certamente, irrepetível, que se tornou a despedida oficial, em público, de uma banda atemporal. Virgínia captura com sensibilidade e maestria a atmosfera mágica que envolve os personagens do evento e as surpreendentes reações de todos que participaram do show. Aliás, um evento tão marcante e inusitado, quanto a epopeia de Armstrong pisando na lua. Virgínia delineou esse evento histórico com palavras douradas de admiração e encantamento.
    Parabéns Virgínia.
    Laury

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  8. Eu aqui para agradecer a todos que não apenas leram, mas também fizeram comentários. E entraram lá. Viram o último show novamente ...e comigo! Que coisa bacana.

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