O que te parece esta foto???!!! Pare uns instantes e analise!!!
Nada, né?
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E agora?? Pare e analise!!!
Nada ainda, né?
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E agora?? Pare e analise!!!
Já dá pra desconfiar .... - - -
FINALMENTE, BINGO!!
A Escultura consiste em 50 placas de aço com 10 metros de altura, cortadas a laser e inseridas na paisagem, representando o 50.º aniversário da captura e prisão de Nelson Mandela, em 6 de agosto de 1962, no próprio local onde tal sucedeu, e que lhe custaria 27 longos anos de cárcere.
O escultor é Marco Cianfanelli, de Joanesburgo, que estudou belas-artes em Wits.
Trazendo a lenda para a vida real, Renata e Felipe adorariam que
esse fenômeno da multiplicação
ocorresse com as suas produções artísticas!! Veja bem: se um leitor de A Arma Escarlate (ou um fã de Los Bife)
convencesse dois amigos a comprarem o livro (ou disco) e cada um deles
fizesse o mesmo pra dois amigos, e assim por diante, acho que eles ficariam
realizados se a coisa chegasse à 15ª casa, não? Só um tabuleiro desses renderia
32.767 discos ou livros. Imagine mais de um tabuleiro, ou seja, se a coisa
começasse com outros amigos com
relacionamentos independentes entre si??!!
Veja só, Renata, neste momento luta para chegar à 12ª casa (4.095). Felipe não chegou nem à 9ª!!
Infelizmente, a coisa não acontece desse jeito ideal. As
cadeias se quebram logo no início, muitas vezes na 1ª casa, mesmo com o leitor adorando o livro, pára por aí, sem recomendar, sem presentear. fazer o quê....
Como curiosidade desta Progressão Geométrica, Paulo Coelho, com seu livro 'O Alquimista', já está enchendo até a 26ª casa do tabuleiro, com seus 65 Milhões de cópias vendidas no mundo todo, traduzido para mais de 70 idiomas!! Incrível, não!!
Qualquer hora, eu comento sobre os livros mais vendidos de todos os tempos...
Quando Felipe chegou em casa após ver o novo Tarantino (e o fez no primeiro dia), disse que achou o filme bom, não mais que bom! E nada mais disse, pois assim
como não gosta de saber nenhum detalhe sobre os filmes que vai ver (nem a
trailer assiste), também não gosta de contar nada pra quem ainda não viu e vai
ver.
Renata, então, foi assistir, munida de um checklist mental,
pra tentar descobrir que cenas deixaram o irmão menos impressionado.
E o filme
começou, e veio a 1ª cena... Ótima! e veio a 2ª cena... Magnífica! e a 3ª cena ...
Espetacular! e a 4ª cena ... Perfeita!
E assim foi indo até o final do
filme, esgotando os adjetivos positivos que conhecia (teve que repetir alguns,
admite).
Pronto, já fui assistir mais animado, ainda mais porque os 5
amigos do trabalho que assistiram, recomendaram muito, inclusive duas mulheres, o que me
deixou mais tranquilo, por aquele tabu sobre mulheres não gostarem de
filmes violentos... bem... Neusa já tinha amado Bastardos Inglórios... então eu
não tinha nada a temer mesmo. Alguns daqueles amigos disseram que Tarantino havia feito um novo Bastardos.
Vi Django Livre neste fim de semana!!
Não chego a tanto!! Mas se Bastardos Inglórios é obra-prima e merece Nota 10, Django Livre fica só um pouco atrás, mas não mais que meio ponto. Nota 9,5 !!!
O diretor Quentin Tarantino segue entregando qualidade!!! Mais uma vez, o filme está entre os candidatos ao Oscar de Melhor Filme;
Tarantino nos entrega história.
(ainda que contada do jeito
dele).
Mostra um pouco do tratamento dado a escravos no sul dos Estados Unidos.
Texas e Mississippi eram os centros do preconceito e maus-tratos. Vemos o desprezo, os
castigos, as lutas a que eram obrigados a travar entre si até a morte, e vemos também o servilismo
das mulheres. E somos brindados com uma manifestação caricata da Klu-Klux-Klan,
que o diretor se encarrega de desmoralizar completa e hilariamente. O roteiro, como sempre dele e como sempre ORIGINAL, concorre ao Oscar.
Interessante notar que outro candidato ao Oscar, LINCOLN, também discorre sobre a
escravatura americana. Próxima semana!!!
Tarantino nos entrega cinema.
Além do cinema que ele mesmo
produz, sempre revolucionário, as homenagens ao cinema e sua história estão
sempre presentes. Pena que nosso conhecimento não seja o suficiente para
percebermos todas elas. Uma evidente foi a aparição de Franco Nero, o Django
original da época dourada dos faroestes. E repare na grande casa ao final e
vejam se não se lembram de um grande sucesso do cinema, com Clark Gable e
Vivien Leigh.
Tarantino nos entrega música.
Seu cuidado com a trilha
sonora é marca registrada... lembrem-se de Pulp Fiction - Kill Bill e outros
tantos... E ele chamou ninguém menos que Ennio Moriccone, imortal criador
daquele assobio que abre 'The Good The Bad and the Ugly', com Clint Eastwood,
para contribuir com três músicas para o filme. Aqui, o clima de faroeste começa
com a canção tema sobre o personagem, e segue pontuando as cenas de embates.
Isso claro, dando espaço até a um rap, que eu adoraria ter entendido a
letra....
Tarantino nos entrega desempenho.
Ele tem a boa norma de
manter alguns atores chave em seus filmes, e que jamais negam fogo. Neste, ele
repetiu a dose com Cristoph Hans Landa Waltz, o magistral capitão nazista de Bastardos,
que retorna ao papel de alemão, mas do lado do bem, ajudando Django (excelente
Jamie Ray Charles Foxx) em sua empreitada. Ele está novamente sensacional e
concorre ao Oscar de coadjuvante, mas olha, se caísse em minhas mãos a decisão
de escolher um, e apenas um, ator de Django para concorrer à estatueta, eu não
teria dúvidas em indicar Samuel L. 1000 Personagens Jackson, que está simplesmente perfeito, aquele jeito de falar, a gente reconhece de longe. Não
vou nem dizer quando ele aparece, pra não estragar a surpresa. Ah, sim, tem Leonardo Jack da Rose DiCaprio, muito bem também.
O que falta em Django Livre? Aquelas cenas longas, de 10, 15 minutos, e
perfeitas de Bastardos Inglórios. Os diálogos estão como sempre perfeitos, mas senti falta de cenas como aquelas do bar e daquela conversa entre Landa e o judeu do início da obra-prima. Aí vai o meio ponto que tirei da nota do
filme... Mas simplesmente não dá pra perder!! Ah, sim, confirmado: Neusa adorou! Homero Cada Vez Mais Tarantino Ventura
E no Facebook, uma publicação muito simples mostrava o sentimento generalizado da população brasileira.
Neste trágico episódio temos que reverter quele dito popular, sobre fumaça e fogo.
Aqui, se percebe que
'Onde há fogo, há fumaça!'
E a fumaça mata mais que o fogo,
ainda mais quando vem de cobustão de material tóxico... ainda mais quando o local é de grande agloeração... ainda mais quando não há ventilação... ainda mais quando não há sprinklers... ainda mais quando não há portas de saída....
A grande maioria dos jovens que morreram na Boite Kiss (e outros que ainda vão morrer) se foram por asfixia.
Hoje, Boechat disse que o que pode fazer a diferença neste episódio será a reação a ele, a punição aos culpados. Ele lembrou do caso de Rhode Island, onde morreram mais de 100 numa boite, em incêncio provocado por show pirotécnico, há 10 anos. Lá, o empresário da banda e os donos da casa noturna declararam-se culpados e ficaram presos. Lá, a empresa que fez propaganda do show e até a rádio que fez sua promoção, entraram na lista dos que pagaram indenizações, que já chegaram a 175 milhões de dólares. E soubemos também do caso de Buenos Aires (2004, 190 mortos, casa noturna, sinalizador, igualzinho) onde o prefeito sofreu impeachment.
O nome deste post será entendido após eu contar esta breve
lenda, sobre o surgimento do jogo de xadrez...
Reza a tal lenda que um rajá indiano havia acabado de vencer
dura batalha, mas estava inconsolável por ter nela perdido seu primogênito. E
se amargurava mais e mais e definhava. Até que no salão do trono surgiu um
brâmane que lhe presentou com um novo jogo, que ele inventara em sua cidade,
também da Índia.
Em poucos dias, o rajá estava simplesmente maravilhado com
os movimentos das peças e logo aprendeu que poderia ganhar batalhas se
antecipasse os movimentos do adversário. E se tornou outra pessoa com todas as
lições de vida que aprendeu com o jogo, voltou a ter alegria de viver. Falou ao
brâmane que pedisse o que quisesse, como mostra de seu apreço. O inventor
humildemente recusou, mas o rajá insistiu, um baú de moedas de ouro, uma arca
de jóias, um palácio. Enfim, o servo disse que aceitaria grãos de trigo como
pagamento. O rajá, rindo, perguntou quanto?
"Simples, Majestade! Quero a quantidade de grãos assim
formada: no tabuleiro desse jogo que ora tanto admira, quero um grão pela 1ª casa, dois grãos pela 2ª, quatro grãos pela 3ª casa e que assim se vá dobrando
a quantidade até que se chegue à casa 64. Simples assim!"
O rajá e todos os vizires que o circundavam riram com a
humilde pedida. Foram então chamados os matemáticos do reino. Após uma calorosa
discussão, vieram ter com o monarca para contar-lhe o incrível resultado...
"Majestade, a quantidade de trigo prometida näo seria
produzida nem que cada metro quadrado da Índia fosse plantado, e com
sucessivas colheitas em 100 anos. Os grãos, então, formariam uma montanha com a
base igual à nossa cidade e a altura de 100 Himalaias!"
O brãmane, claro, não fez valer sua pedida e teria aceito algo bem mais discreto... Mostrando em números, a continha simples de multiplicar 64
vezes por 2, e somar todas as casas anteriores, nada mais é que o Soma do
termos de uma Progressão Geométrica, uma fórmula de vestibular que, neste caso,
resultou na bagatela de 18.446.744.073.709.551.615 grãos.
O que seria? 18 quinquilhões? Pra se ter uma ideia nem o Excel consegui calcular direito esse número. A partir da casa 55 ele começa a encher de zeros.
Bem, este post já se tornou longo demais e a explicação para
o título fica para um próximo...
Calma! O título é apensa um trecho da letra de 'Rindo de Mim'. Aqui uma entrevista do baixista do Los Bife ao site Rock'n Beats, que os escolheu como uma das 5 melhores revelações de 2012.
Los Bife, da esquerda para direita: Mauricio Costa, Felipe Pacheco, Igor Leão, Guy Chaurnaux e Eduardo Miceli.
Eles não pilotam jatos super sônicos nem programam jogos eletrônicos. Não são faixa preta em judô e muito menos são superdotados atores pornôs. Na verdade, os cinco rapazes cariocas só querem compartilhar ao máximo sua música desde que fundaram o Los Bifeem 2005. Despretensiosos, superando a saída de integrantes e sem nem mesmo um disco gravado, mas com um público fiel que o acompanha em todas as apresentações, o grupo passou a colecionar vitórias em festivais. O Festival Universitário MTV e o Nova Música Brasileira acabaram com as dúvidas quanto ao futuro da banda e abriram caminho para Super Supérfluo tão esperada estreia em estúdio, disponibilizada no esquema “pague o quanto quiser”.
Formado por Igor Leão (vocal e guitarra), Felipe Pacheco (guitarra e violino), Maurício Costa (guitarra),Eduardo Miceli (baixo) e Guy Charnaux (bateria), o Los Bife, considerado uma das melhores estreiasde 2012, despontam no cenário nacional com riffs fortes e refrões grudentos e estreiam na noite desta quarta-feira (23/01) o show do disco Super Supérfluo, no projeto Cedo e Sentado, no Studio RJ.
Em entrevista por e-mail, o baixista Eduardo Miceli falou com o Rock ‘n’ Beats sobre a expectativa para esta apresentação e a possibilidade de levá-la para outros estados, a trajetória da banda, as influências musicais que os marcaram até aqui e o cenário musical carioca.
R’n'B: Como foi o processo de construção do Super Supérfluo? Esse disco não começou a ser gravado recentemente, a banda estava com ele na manga desde 2008, não?
Eduardo Miceli: O Super Supérfluo compila basicamente as composições mais fortes da banda desde que viramos Los Bife, lá em 2005. Nesse tempo, fizemos novas canções e aperfeiçoamos letras, arranjos, especialmente pelas mudanças dos membros na banda, e tudo mais. Quando assinamos com a Astronauta, estávamos já há muito querendo gravar um disco, e foi nosso objetivo em 2012, e entre fevereiro e novembro trabalhamos o máximo pro disco ficar o melhor possível.
A banda passou por algumas formações até se estabelecer como quinteto que é hoje. O que mudou no som de vocês nesse período de tempo?
Bem, as trocas de formação trouxeram algumas mudanças nas composições que já existiam e influenciaram bastante nas novas. Com a entrada do Guy, as músicas ficaram mais rápidas, por causa da influência punk dele. Com o Céia, os arranjos ficaram mais ricos e trabalhados, pelas possibilidades que duas guitarras trazem. Ganhamos mais peso, uma pegada mais firme e arranjos mais diversos.
Dois festivais no bolso (Festival Universitário MTV e NMB) sem nem mesmo um disco cheio na praça, mas um intervalo muito grande entre essas conquistas e um lançamento. O que ocasionou esse atraso? Pensaram em desistir?
Os festivais aconteceram em momentos muito distintos da banda. O Festival Universitário foi uma ótima oportunidade de divulgarmos nossas composições, que ainda não estavam fechadas, e eram frescas. Era 2009, mal tínhamos terminado de gravar o clipe de Elas São Lésbicas. No ano seguinte, em maio, lançamos o clipe, e então paramos, inexplicavelmente, de fazer shows. No fim de 2010, Daniel, ex-baterista, pediu pra sair e então a banda quase acabou. Ficou em suspenso, sem ninguém tomar as rédeas para nos dirigir. Foi aí que o convite do NMB nos acordou; nos convidaram pra tocar e topamos, mesmo sem baterista. Foi quando chamamos o Guy, despretensiosamente, para tocar conosco, e ele curtiu, e está (ainda bem) conosco até hoje. Vencemos o NMB, tivemos um ano de adaptação com Guy e Mauricio e em 2012 pudemos gravar nosso tão esperado disco.
Como vocês definiriam o som da banda? Quais são as principais referências de uma banda que vai do sertanejo até os riffs mais pesados?
Olha, a questão das influências no Los Bife sempre foi muito divertida para nós. Inventamos diversas respostas prontas, como “de Parangolé até Metallica”, mas nenhuma dava conta de fato de tudo. A verdade é que nós cinco escutamos coisas muito distintas, mas que tem pontos em comum. Eu, por exemplo, sou muito fã de rock anos 60/70, progressivo, até coisas mais lights dos anos 90 pra cá, comoBelle & Sebastian. O Igor, por sua vez, consome bastante rock dos anos 90/00, Felipe e Mauricioouvem todos os gêneros possíveis e impossíveis e o Guy foi educado na escola de punk e metal. É bem complicado dar artistas e bandas específicas, mas é mais ou menos por aí (risos). É bem natural estarmos voltando de ensaio no carro de um e começarmos ouvindo Bach e terminarmos em Rage Against The Machine.
Com tantas preferências musicais que cada um possui singularmente, como é o processo de criação? Existe algo que “dá a liga” entre vocês? Como vocês compartilham as responsabilidades na banda?
Nós, apesar de termos gostos musicais bem distintos, entendemos perfeitamente o estilo do outro. Sabemos mais ou menos como cada um pensa musicalmente, do que gosta, como toca. Inconscientemente, vai para o processo de composição. Achamos um equilíbrio natural ao longo do processo de amadurecimento de cada música, e acho que é isso que “dá a liga”.
O humor é algo latente na letra de vocês, um humor que causa provocação, como isso é pensado?
O humor surgiu ao longo dos anos de banda, uma composição aqui, outra ali. Percebemos que boa parte das nossas composições eram permeadas por sarcasmo, ironia, auto-crítica, e até mesmo auto-depreciação. As letras, normalmente, surgem de um só, e submetida a todos para opinarmos e debatermos. Então a forma como o humor é pensado varia de acordo com o integrante; o humor de Elas São Lésbicas é a cara do Igor, já Mamãe é característico do Guy e Figurinha Repetida é Felipe esculpido em carrara.
Uma banda “carioca de rock autodepreciativo” definiria a cena do Rio de Janeiro como? Por que vocês se caracterizam assim?
A cena carioca, de certa forma, sofre basicamente de dois males: a falta de diversidade entre bandas e a falta de público interessado. Muitas bandas surgem querendo ser o novo Los Hermanos, completamente órfãos do estilo de composição deles. Então vemos uma repetição de estruturas, temáticas e uma falta de cuidado com as composições. Os que não fazem isso acabam por fazer um rock que, apesar de agradável, não traz nada de novo, ficam numa certa mesmice. Claro que há muita coisa boa, feita com esmero, depois de amadurecimento, mas a quantidade de novas bandas que sambam entre essas definições é bem grande.
Já a questão do público é um pouco frustrante; o Rio de Janeiro não tem uma cena de rock definida. E isso se dá pela falta de interesse do público em geral. Por exemplo, ninguém vai a um show de banda se não conhecer algum integrante, gostando ou não, ou se não estiver acompanhado. É muito raro uma pessoa conhecer uma banda por ir ao show, e começar a falar pros amigos “tal banda é ótima”, puxar pra show, e tudo mais. E isso é fundamental para o crescimento de qualquer grupo. Todos querem público, mas ninguém se dispõe a sê-lo. Ainda assim, acreditamos que com um pouco de boa vontade tudo possa melhorar!
A idéia de “rock autodepreciativo” aconteceu meio que por acaso. Muitas letras nossas acabam por retratar frustrações e situações do gênero, então acabamos definindo nosso estilo.
Rádio-Cabeça é uma meta música de refrão grudentos e riffs fortes. Atualmente muitas bandas fazem músicas metalinguísticas, mas os resultados são variados. É uma realidade da música atual?
Rádio-Cabeça é claramente uma música meta com uma crítica ao que vem sendo feito no cenário musical atual. Não acho que seja exatamente uma tendência (Rádio-Cabeça é de 2009), até porque é um recurso empregado freqüentemente em letras (o refrão de Nada a Declarar, do Ultraje, por exemplo). Claro, os riffs fortes e refrão pop ajudam a música a ficar na “rádio-cabeça” (risos).
Os shows são parte fundamental no amadurecimento de um artista. Como tem sido a experiência de palco do Los Bife? O que esperam do show de lançamento de Super Supérfluo no Studio RJ? Pretendem levá-lo para outros estados?
Sempre vimos os shows como o ponto forte do Los Bife. Por anos e anos, conseguimos estabelecer um público fiel sem material gravado de qualidade disponível, e fomos amadurecendo com isso. Testamos muitas músicas em shows, vendo quais agradavam, quais não funcionavam bem, e tudo isso culminou na seleção de faixas do “Super Supérfluo”. Uma das nossas maiores preocupações era trazer a nossa atmosfera de show para o estúdio, e por isso fomos absolutamente críticos nos timbres de guitarra, intenção da voz, ataque do baixo. E o resultado foi de que, finalmente, tínhamos acertado a mão e feito um disco que fazia jus à nossa energia no palco.
Estamos pilhadíssimos para tocar no Studio RJ; acho que nunca ensaiamos tanto (risos). Com certeza será uma das melhores oportunidades para conhecer a banda ao vivo. Em relação às apresentações fora do Rio e do estado, estamos engatinhando e procurando oportunidades em festivais, shows interessantes. Logo, se tudo der certo, teremos mais informações sobre isso.
Olhando para frente, quais são as ambições de vocês como banda?
Nossa ambição, especialmente pelos próximos anos, é espalhar ao máximo nossa música, fazer barulho.
Gente, estou aqui arrepiado, como sempre fico, ao ouvir a música Bolero de Ravel, durante o show de Andre Rieu na Austrália, um dos melhores DVDs que tenho. ele toca muito aqui em casa, no programa 'Música para Vovó'. Ela adora!! E não é pra menos!!!
Antes de a orquestra tocar Bolero, André conta que aquela batida constante do repique que acompanha a obra toda é feita por poucos instrumentistas no mundo. Aí ele o chama para tocar ali ao lado dele. No post 'Jessica Returns' eu fiz um resumo do que é a emoção de se ouvir o Bolero de Ravel:
... Ouvi Bolero em LP, quando criança, milhares de vezes, gastei várias agulhas! E foi um dos primeiros CDs que comprei (logo depois de Abbey Road), em orquestra regida por Von Karajan. Emociono-me a cada vez que a ouço, aquele começo leve, quase inaudível, aquele crescendo com cada vez mais instrumentos, primeiro um violino, depois dois, depois milhares, é o que parece, alternadamente com os metais, outros milhares, aquele repique ao fundo, TaTaTaTaaaa TaTaTaTaaaa TaTaaa, cada vez mais alto, parece um exército chegando ao longe, a gente ouvindo os soldados cada vez mais perto, até chegar perto do clímax, quando a coisa muda de tom, majestoso, anunciando a vitória que está próxima, ou a chegada do exército vitorioso, não sei qual era a intenção de Maurice Ravel ao compor sua obra-prima, mas como ele era francês, sempre imagino o exército de Napoleão. Seguro que é a clássica que mais gosto, principalmente por gostar de todo e cada minuto da obra. Claro que admiro Mozart, Beethoven, Strauss e outros, mas se ouvir a composição toda, sempre há altos e baixos. No Bolero, não, a gente gosta de tudo, vai ficando cada vez mais arrepiado (como estou neste momento ao escrever e lembrar).
Veja o video, e arrepie-se, igual kineinkieu!
Neste momento, o show está perto do fim, mas ele tem outros grandes momentos, como as valsas vienenses dançadas pelos Viena Debutants e por casais de patinadores no gelo (é mesmo... ele montou uma pista de gelo!!!) e tem a ária Mio Babino Caro cantada pela brasileira Carmen Monarcha, usando o próprio André Rieu como Babo (papai) .... e tem, Amazing Grace, acompanhada de uma orquestra de gaitistas de fole, espetacular, de chorar!!! Um DVD para se ter!! Abraço Homerix