Amigos,
Em meu primeiro contato com Márcia, fui recebido com um olhar preocupado. Foi em 2004, quando ela veio assumir a recém-criada Coordenadoria de Comunicação da Internacional, que ficava sob meu comando. Quando ela chegou, vinda da Argentina, foi recebida pelo nosso chefe, que me chamou à sala, e disse: este é o seu chefe imediato, o engenheiro Homero Ventura. Na profissão, o motivo da preocupação... afinal, o que um engenheiro poderia entender de Comunicação??!! Felizmente, logo ela percebeu tratar-se de um engenheiro diferente. E eu logo vi que muito aprenderia com ela, nessa área fundamental para o sucesso de qualquer empresa ou empreitada. Vale a grande máxima do velho guerreiro... quem não se comunica ....
Em menos de seis meses em que travamos algumas batalhas homéricas (!), transformamos rapidamente o relacionamento chefe/subordinada em amigo/amiga. Durante nossa breve convivência direta, para falar de fatos, ela reformulou o Jornal da Internacional e deu um jeito na nossa Intranet. Muito me lembro das reuniões de pauta, em que aprendi, e aprimorei meu conhecimento sobre termos como 'olho', 'destaque', 'manchete', e outros. Pouco, em comparação com o que viria depois. Logo, eu fui traçar outro caminho, e ela também, e também para cima, quando reconheceram sua atividade ser merecedora de um título mais condizente. E tornou-se a primeira Gerente de Comunicação da Área Internacional.
Impressionada com o desconhecimento da força do trabalho doméstica sobre a participação da empresa fora de nossas fronteiras, criou a 1ª Semana Internacional da Petrobras, um sucesso absoluto, trazendo os dirigentes de empresas no exterior para palestras sempre concorridas no Auditório Central do EDISE, além de trabalhadores locais das 4 cantos do mundo, para mostrarem seus costumes, suas ideias, seus sonhos. Nesse campo do relacionamento doméstico/internacional, ela também se preocupou com o lado reverso da moeda: Márcia foi responsável por levar sua técnica àqueles lugares, para fazer com que os empregados locais soubessem EM QUE empresa eles trabalhavam, ainda que a milhares de milhas distantes, e neles despertasse a consciência do tamanho do compromisso que era VESTIR A CAMISA da Petrobras, mesmo nas posições mais humildes. Ela ajudou a levar a imagem da Petrobras aos locais aonde a Petrobras estava, mas não se preocupava com isso.
No âmbito da Sede, Márcia sentiu que nem mesmo nós, que trabalhávamos aqui, nos conhecíamos. Em que pese trabalharmos em poucos andares de um mesmo edifício, as distâncias pareciam quilométricas. E criou o INTEGRANI. Bem, na verdade, o evento já existia, mas não cumpria o compromisso a que se prestava: o de Integração! Com Márcia, os eventos começaram a ter mais substância. Logo no primeiro, promoveu um talk-show, comandado por profissional de TV, onde pessoas vinham contar suas histórias internacionais. Depois, incitou a que demonstrássemos nossas habilidades extra-profissionais, primeiro com um festival de música, depois com teatro, usando até mesmo um diretor profissional para nos dirigir. Isso sem contar as inúmeras celebridades que trouxe, como motivadores da Força de Trabalho.
Até mesmo as cerimônias curriculares, como as Festas de Fim de Ano e, principalmente, as Cerimônias de 10, 20, 30, e até 40 anos de empresa, começaram a ser feitas de maneira profissional. Eu digo especialmente as últimas, porque o momento de celebração de tempo de casa é muito especial para os celebrados, e após Márcia, ela deixou de ser aquela burocrática entrega da escudinhos e relógios, houve sempre uma produção, com depoimentos, que sempre emocionavam os homenageados.
Isso se chama Comunicação Interna, na acepção da palavra!
Foram tantas emoções (!), e realizações, e além de tudo, foi sob sua administração, afinal, que 'O tatu saiu da toca'. Na verdade, é o nome de um livro, de altíssima qualidade editorial e programática, em que se contaram os fatos notáveis de nossa internacionalização, neste ano completando 40 anos, além de 'causos' impagáveis de nossas peregrinações pelo mundo em nome de nossa grande empresa. O nome do livro foi extraído de um telex (!) de 1974, que anunciava, em linguagem código, o resultado do teste do poço descobridor de um gigante campo de petróleo no oriente médio.
Sobre a pessoa da Márcia, nem preciso me estender mais do que nosso amigo Ricardo aqui embaixo. Não que ele tenha esgotado as qualidades dessa pessoa que entrou em nossas vidas há menos de 10 anos. É que as palavras dele já foram suficientes para nos fazer ver que, nos outros caminhos por onde ela passou, ela deixou a mesma boa lembrança em todos.
Para você, Márcia, desejo o meu 5S particular.
Não, não se trata daqueles nomes japoneses!
É Sorte, Saúde, Sucesso, Sossego e ... Saravá
Salve simpatia! Sucesso é o seu destino, o rumo certo de uma mulher que sabe o que é 'Comunicação'.
Querida Márcia Figueiredo, quero reconhecer para todos, o quanto você soube gerenciar bem a Comunicação da Área Internacional nos anos em que tive o privilégio de trabalhar com você. Não é para qualquer um, saber reconhecer vocações, integrar uma equipe e trabalhar como uma maestrina, regendo uma orquestra afinada. Tudo isso visando, com clareza, o sucesso de imagem da empresa junto aos seus públicos de interesse, no Brasil e nos países onde a PETROBRAS atua. Para mim é motivo de orgulho ter feito parte do seu time vencedor na Comunicação da ANI, uma equipe que batia um bolão.
Te conheço desde os anos 80, quando eu era repórter do Jornal do Brasil (Política e Caderno Cidade) e você visitava nossa redação, na Avenida Brasil, no prédio em que hoje funciona o Hospital INTO. Você entrava no recinto e os teclados dos computadores e o burburinho se silenciavam. Tudo por causa da sua presença marcante, elegância e sorriso cativante.
Ao lado do glorioso assessor de Imprensa da PETROBRAS, o saudoso Carlos Pinto, você circulava pela redação do JB com desenvoltura, conversava com todo mundo e sempre colocava o nome da PETROBRAS acima de tudo, atendendo aos jornalistas com a maior presteza, tanto quando te solicitávamos por telefone, quanto nas coletivas do EDISE. Você é muito querida por todos nós. Nos encontros da 'ex-redação' do JB, no bar Fiorentina, quando digo que trabalho hoje na PETROBRAS, sempre me perguntam por você.
Um forte abraço, de coração. Estenda meus cumprimentos ao seu marido e filhos. A toda a sua bela família, que merece curtir o sucesso dessa mulher trabalhadeira, guerreira, mãe e amiga.
RICARDO