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segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

A Perfeição

Aqui é o Homerix!
Abro espaço para um texto que me levou a copiosas lágrimas...
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Em Brooklyn, Nova Iorque, Chush é uma escola que se dedica ao ensino de crianças deficientes. Algumas crianças permanecem em Chush por toda a vida escolar, enquanto outras podem ser educadas em escolas normais. Em um jantar beneficente de Chush, o pai de uma criança fez um discurso que nunca seria esquecido pelos que estavam presentes. Depois de elogiar a escola e seu dedicado pessoal, clamou ele:
"Onde está a perfeição em meu filho Shaya? Tudo o que Deus faz, é feito com perfeição. Mas meu filho não pode entender as coisas como outras crianças entendem. Meu filho não pode se lembrar de fatos e números como as outras crianças. Onde está a perfeição de Deus?"
Todos estavam chocados com a pergunta, e com o sofrimento daquele pai. Ele continuou: 
"Eu acredito, que quando Deus traz uma criança assim no mundo, a perfeição que ele busca está no modo como as pessoas reagem a esta criança". 

Ele contou então a seguinte história sobre o seu filho Shaya:

Uma tarde, Shaya e eu caminhávamos por um parque onde se encontravam alguns meninos que Shaya conhecia. Estavam jogando beisebol. Shaya perguntou: - Você acha que eles me deixarão jogar"? Eu sabia que meu filho não era atlético e que a maioria dos meninos não o queria no time. Mas entendi que se o meu filho fosse escolhido para jogar, lhe daria uma confortável sensação de participação.
 Aproximei-me de um dos meninos no campo e perguntei se Shaya poderia jogar. O menino deu uma olhada ao redor procurando por aprovação dos seus companheiros de time. Mesmo não conseguindo nenhuma aprovação, ele assumiu a responsabilidade em suas próprias mãos e disse: "Nós estamos perdendo por seis rodadas e o jogo está na oitava rodada. Eu acho que ele pode estar em nosso time e nós tentaremos colocá-lo para bater até a nona rodada". Fiquei exaltado quando Shaya abriu um grande sorriso.
Pediram a Shaya para vestir uma luva e ir ao campo para jogar. No final da oitava rodada, o time de Shaya marcou alguns pontos, mas ainda estava
perdendo por três. No final da nona rodada, o time de Shaya marcou novamente e agora com dois fora e as bases com potencial para a rodada decisiva, Shaya foi escalado para continuar. O time deixaria Shaya de fato bater nesta circunstância e jogar fora a chance de ganhar o jogo?
 Surpreendentemente, foi dado o bastão a Shaya. Todo o mundo sabia que era quase impossível porque Shaya nem mesmo saiba segurar o bastão. Porém, quando Shaya tomou posição, o lançador se moveu alguns passos para arremessar a bola suavemente de maneira que Shaya pudesse ao menos rebater. Foi feito o primeiro arremesso e Shaya balançou desajeitadamente e perdeu. Um dos companheiros do time de Shaya foi até ele e junto a ele, segurou o bastão. Encararam o lançador.
O lançador deu novamente alguns passos para lançar a bola suavemente para Shaya. Quando veio o lance, Shaya e o seu companheiro de time balançaram o bastão e juntos rebateram a lenta bola do lançador. O lançador apanhou a suave bola e poderia tê-la lançado facilmente ao primeiro homem de base. Shaya estaria fora e isso teria terminado o jogo.
 Ao invés disso, lançador pegou a bola e lançou-a em uma curva longa e alta para o campo, distante do alcance do primeiro homens de base. Todo o mundo começou a gritar: "Shaya, corra para a primeira base. Corra para a primeira". Nunca na vida dele ele tinha corrido... Com ajuda do amigo ele saiu em disparada para a linha de base, com os olhos arregalados e assustado. Até que ele alcançasse a primeira base, o jogador da direita teve a posse da bola. Ele poderia ter lançado a bola ao segundo homem de base que colocaria Shaya para fora, pois ele ainda estava correndo. Mas o jogador entendeu quais eram as intenções do lançador, assim ele lançou a bola alta e distante, acima da cabeça do terceiro homem de base.
Todo o mundo gritou, "Corra para a segunda, corra para a segunda". Shaya correu para a segunda base enquanto os jogadores à frente dele circulavam
deliberadamente para a base principal. Quando Shaya alcançou a segunda base, a curta parada adversária, colocou-o na direção de terceira base e todos gritaram, "Corra para a terceira".
Quando Shaya contornou a terceira base, os meninos de ambos os times correram atrás dele gritando, "Shaya corra para a base principal". Shaya correu para a base principal, pisou nela e todos os 18 meninos o ergueram nos ombros fazendo dele o herói, como se ele tivesse vencido um "Campeonato" e ganho o jogo para o time dele.
"Aquele dia," disse o pai, docemente, com lágrimas caindo sobre sua face, "esses 18 meninos alcançaram a perfeição de Deus".
 Eu nunca tinha visto um sorriso tão lindo
no rosto do meu filho!

8 comentários:

  1. Puxa, que história incrível! Perfeita! Emocionante!

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  2. Ok.....chorei um lago! beijos Bia

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  3. Homerix,

    Igualmente me emocionei ao ler a mensagem, pois conheço muitos casos análogos, em que a perfeição de Deus está exatamente na compreensão das pessoas e das suas atitudes pela inclusão, atenção, dedicação e respeito. Sou testemunha e vivi de perto a sua dedicação e o carinho pelo seu cunhado, um ser especial quem não podia entender as coisas como outras pessoas entendem, quem não podia se lembrar de fatos e números como as outras pessoas. Lembro-me de quão era gratificante vê-lo expressar num sorriso, a sua forma de comunicação, de agradecimento, de carinho, de ser humano...

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  4. Estou sem palavras, Homerix. Muito emocionante mesmo. Imagino a alegria desse pai e, mais ainda, a desses 18 meninos maravilhosos!

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  5. muitas x nos achamos incapacitados, mais como diz em corintios, ainda que eu falasse a lingua dos anjos sem amor eu nada seria

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  6. Emocionante! Ainda há esperança para a humanidade!

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  7. Real, ficção ?
    Não importa, pois o exemplo que temos é o da solidariedade, onde o que pesou, não foi a participação em dinheiro, mas sim o "feeling" do momento, onde cada um teve sua participação, sentindo a necessidade daquele momento.

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  8. Eu ainda acredito na humanidade e tenho fé em Deus. O texto, verdadeiro ou não, deixou-me profundamente emocionada.
    Ana Clark

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