Minha crítica ao 1º filme de Sherlock Holmes, de 2010,
na expectativa para o segundo,
que começa amanhã, nos cinemas
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Minha expectativa era grande para esta releitura contemporânea do grande detetive inglês. Já havia lido sobre a revolução que o pai das filhas da Madonna havia ousado dirigir. Um Sherlock ágil, malandro, forte, que luta box, e um Watson não menos tudo aquilo.
Soube também que não seria pronunciado o elementar "Elementar, meu caro Watson!". Mas estas coisas não me impressionaram, pois presenciamos recentemente um James Bond bruto, troglodita, com pouca classe, e que também não pronunciou o elementar "Bond, James Bond", e eu não gostei menos do filme por isso (só um pouquinho, confesso!).
A favor dos diretores destas duas novas versões de grandes ícones da literatura, há o fato de que nenhuma das duas frases lapidares estava nos originais de Arthur Conan Doyle e Ian Fleming respectivamente, ao menos não li. A famosa fala de Holmes somente apareceu pela primeira vez em uma encenação teatral, e a de Bond, no primeiro filme, Dr. No.
As credenciais dos atores protagonistas já mereciam um olhar mais cuidadoso: Robert Downey Jr e Jude Law sempre arrebentam. Esqueça-se o fato de que o novo Sherlock nasceu em New York, apenas um detalhe, mas admito que fui assistir com a intenção de checar se Robert fez algum trabalho de adaptação do sotaque.
Bem, tudo isso foi antes de ver.
Depois de ver, o Homerinho (sugestão de um amigo) aplaude de pé.
E daí, que Skerlock Holmes é forte, bate e apanha pacas, que me perdoem os puristas.
O que importa é que o humor dos diálogos com Watson (e com outros) está lá, o poder dedutivo do grande detetive está lá, presente em várias situações, a excentricidade do personagem está lá, muito bem colocada. Até tem clichês, é difícil um clichê-free-movie, tem um "The world as you know will change!" repetido mais vezes que o necessário; e um indefectível vilão-não-concorda-com-chefão-e-é-eliminado-em-frente-aos-demais, mas a forma surpreendente como o castigo é aplicado perdoa totalmente o recurso.
O roteiro é convincente e a direção de Guy Ritchie (o marido de Madonna) é competente, usa flashbacks rapidinhos para explicar as situações, usa câmera-lenta com maestria. E os personagens tradicionais de Conan Doyle estão lá, como o Inspetor Lestrade da Scotland Yard e o tradicional inimigo Moriarty, que apesar de não ser o vilão deste filme, já foi devidamente apresentado ao público, um gancho certo para a sequência que certamente virá, já que não tenho dúvidas de que será sucesso absoluto.
Tirando meio ponto pelos clichês, leva nota 9,5.
Finalizando, Robert Downey Jr. junta-se definitivamente a John Travolta no grupo dos astros-deslumbrados-que-sucumbem-às-drogas-e-retornam-triunfalmente. Depois de um grande Homem de Ferro, emplacou uma indicação a Oscar atuando como negro, em Torpic Thunder, magnífico, com todo aquele Jive-Talking, e agora faz um Sherlock Holmes irrepreensível. E o sotaque inglês não foi problema para ele.
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Voltando a 2012
Adivinha se não vou ver o 2º?!
Homero Conandoyling Ventura
Ontem assisti ao Sherlock....se alguém não estava convencido de que o ator, antes viciado em drogas, estava de volta e quiçá melhor do que antes.....deve ter saído do cinema sem dúvidas. Sensacional. A música como você bem comentou neste seu último email, também ajudou bastante e tê-la mantido naquele estilo anos 18?? ou 19?? (não sei ), foi também bastante interessante. Quanto ao fato de ter fugido dos personagens originais (menos super-heróis e mais "gente como a gente"), não acredito que tenha trazido nenhum prejuízo, pois a licença poética funcionou. Não acho que Sir Arthur Conan Doyle ou a "poeira de estrelas" que deve ter sobrado dele, vá ficar se revirando o caixão...rs.
ResponderExcluir"Sherlock Holmes" - Um filme de ação do início ao fim: não para nem para pegar fôlego. Com exceção do "Elementar meu caro Watson", tem de tudo o que se espera do famoso detetive: deduções brilhantes, controle absoluto dos eventos, boas lutas, antecipação dos fatos e até um pouco de romance, ainda que platônico. Até gancho para o próximo, com o vilão Moriarti, está lá. História - 9, Atuações - 9, Efeitos Especiais – 7
ResponderExcluirSubscrevo toda a sua (excepcional) crítica ao filme do Sherlock Holmes. Fui com má-vontade, mas acabei me entusiasmando. A reciclagem serviu, como aconteceu com Star Trek, para angariar novos fãs para o grande detetive. (Detalhe de registro para a excelente trilha sonora, marcando muito bem o início da película, em ritmo acelerado, e as passagens de relevo do filme.)
ResponderExcluirOntem assisti Sherlock Holmes. Embora bem feito e cheio de ação, obviamente fica aquem de Avatar. Deveria ter assistido antes para não ficar com aquela impressão de anticlímax. Tem uma tiradas ótimas e os efeitos especiais são também muito bem feitos. Gostei especialmente da recriação da Londres antiga. O problema é que o Guy Richtie fima num ritmo rápido demais para um filme de detetive. Em algumas cenas lembra Snatch. Está muito mais para filme de ação do que para trama elaborada com deduções lógicas, mas agrada. Em tempo: gostei mais do Robert Downey Jr. como Homem de Ferro (vem aí o HF2). Tambem ficou a impressão que virá uma sequencia para Sherlock.
ResponderExcluirCOM EXCESSO DE TRABALHO E NETO NOVO EM CASA FIQUEI ME DEVENDO. MAS FUI CONFERIR O SHERLOCK. CONCORDEI EM PARTE COM O VERISSIMO: DESFIGURARAM A IMAGEM QUE FAZIAMOS DO SHERLOCK. SE A GENTE BATIZASSE O HEROI COM OUTRO NOME DARIA UM OTIMO FILME DE AÇÃO, COM HISTORIA PROPRIA, ENREDO E TUDO O MAIS. MAS EM SE TRATANDO DE SHERLOCK HOLMES, O DA AGILIDADE MENTAL, O INQUIETO SOCIALMENTE, A ULTIMA COISA QUE SE ESPERA É AGILIDADE MUSCULAR: COMPARO COM A IMPROPRIEDADE QUE FOI O 007 A SERVIÇO DE SUA MAJESTADE: BOND PODE ATÉ SE APAIXONAR (COMO EM CASSINO ROYALE) MAS NUNCA CASAR DE FATO.
ResponderExcluirENTRETANTO OS CENARIOS REPRODUZIDOS OU GERADOS EM COMPUTADOR FICARAM FANTASTICOS, TAL QUAL SE IMAGINA DE LONDRES DA EPOCA.
Eu ainda vou ver, mas já sei que vou gostar pelo que ando lendo, sem contar que eu adoro reboots e a interação dos atores também está ótima.
ResponderExcluirNessa veia, vc já tentou ver a série Sherlock que a BBC produziu? A primeira temporada tem 3 eps de aproximadamente 1h e meia e a segunda termina este domingo, com 3 eps também. É a versão moderna dos dois e o brilhantismo merece ser falado.
Se Homerix gostou... vou gostar. Se Homerix aplaudiu vou aplaudir também. Sou vaca "confesso" de presépio do Homerix.
ResponderExcluirPaulus
TAmbém gostei. Eu já gostaria apenas de poder ficar olhando para Robert Downey, Jr. Mas foi bem mais que isso. Bem como você comentou, nada teria a acrescentar quanto ao filme. O que tenho a acrescentar é algo pessoal.
ResponderExcluirTenho uma amiga que mora perto de Londres Ela é da minha cidade, foi minha aluna de inglês e vem sempre rever a família. De dois em dois anos aparece aqui e vem me visitar Trás presentes adoráveis, inclusive o cook book de Linda MacCartney. Bom, teve um ano que veio com a filha mais velha e seu namorado. No bate papo no alpendre ela me pergunta se já tinha visto do filme Sherlock Holmes. Estava em cartaz num shopping Center. Eu já estava planejando ir, mas ainda não tinha visto. Ela então informa que uma das sequencias, aquela de mil explosões mais para o final, do incêndio tinha sido feita por nada mais nada menos que o garoto sentado a meu lado, namorado da filha dela. A propósito, a cena foi filmada em Liverpool, o que me deixou ainda mais com vontade de ver o filme.
Mas nossa, o garotinho trabalhava nos efeitos especiais com aquela tenra idade. Vi o filme então por mais esse motivo: ver o trabalho feito por um jovem que tinha acabado de conhecer. E que me deu a preciosa informação sobre ter tido locação em Liverpool.
Robert para mim já era ótimo. Robert em Liverpool passou de ótimo. Fã de Beatles me entenderão.
Os amigos voltaram algumas vezes aqui. E...recebi aula de photoshop do especialista. Pois é, sem sair de casa...conheci o mundo...como diz a música de George. O menino ( puxa, esqueci seu nome, mas está lá nos créditos do filme).
Ele aqui no meu lap top na minha saleta me dando lições para melhorar as fotos...e eu pensando nas coisas bonitas que costumam chegar sem nosso planejamento. Chamo isso de presentes do Universo. Quem diria que ainda receberia aulas logo de um professional inglês de filmes blockbusters? De um filme com Robert Downey Jr?
Detalhe: fez tudo no seu estúdio. Não precisou ir até lá na locação. Aquelas chamas altissimas...tudo tecnologia.