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segunda-feira, 6 de junho de 2011

As Flores do Tenentismo

Carmen fora seduzida por um marinheiro americano, tratante com a linguagem do mundo, que, por ousada e sufocante mímica, entremeada aqui e ali por expressões românticas, em voga desde o advento do cinema falado, lhe prometeu casamento e, por extensão, a América. A ingênua criatura  trocara a virgindade por uma simples, mas irresistível profusão de darlings, sweet hearts, my loves e babies.
(paro por aqui pois a sequência, genial, pode chocar uns poucos,  um pouco ....)


Este é um trecho do novo livro do Gico, que é como os amigos e colegas conhecem Sérgio Bandeira de Mello, ‘As Flores do Tenentismo’.

Novo, pois esta já é a sétima oportunidade em que Gico compila, na forma de livro, fatos da história do Brasil, angariados por cuidadosa pesquisa, entremeados por riquíssimos personagens fictícios, em enredos magnificamente engendrados, todos pincelados com primorosos toques de humor, sarcasmo, com a inteligência permeando por todos os seus meandros, e muito salpicado com relatos picantes sobre o relacionamento macho/fêmea, descritos com muita elegância.

Resumindo esse palavrório todo, é do cacete!

Dos outros seis livros, li dois. O primeiro que li foi também o primeiro dele, ‘O Rabo do Bookmaker’ em que introduz seu personagem central, o detetive Amílcar Mesquita, que presta seus serviços de investigação criminal ao longo de várias décadas da história do Rio de Janeiro, terra natal do escritor.

O segundo que li, foi ‘Ouro e Estrelas’, que se passa no Brasil colonial, portanto sem a ajuda de seu detetive predileto. Sim, o detetive Amílcar desvenda intrincadas tramas nas páginas de quatro de seus outros livros, que ainda me falta aproveitar: ‘Amores Isósceles’, ‘Assassinato sem Memória’, ‘Um Júri Suspeito’ e ' O Mistério das Ânforas Fenícias'.

 
 Em ‘As Flores do Tenentismo’, Gico conta os passos de três moçoilas (as flores), no Rio de Janeiro de 1937, quando uma farda masculina costumava despertar insanas e intensas paixões em algumas representantes do sexo oposto.

A atuação do valoroso detetive Amílcar virá na investigação de um assassinato, que eu ainda não sei de quem, que precisará de toda a sua perspicácia, pois...
..não obstante o macabro cenário, o crime parecia ter sido obra de um cirurgião operando com seu bisturi predileto, não o resultado da peixeira de um psicopata estripador ou fruto da navalha de um cafetão traído por uma protegida.... Em meio à sangueira na roupa de cama e no vestido, cercado por um edema ovalado, do tamanho de um abacate, destacava-se um preciso e singular talho. Conforme os companheiros de polícia, não havia sinais de luta no corpo; nem mesmo pelos ou pele sob as impecáveis unhas da vítima.
... como consta da chamativa orelha do livro.

Entre um livro e outro ele mantém uma série de blogs, entre eles este, de atualidades, em que desfila toda sua capacidade de fazer jogos de palavras adaptados às circunstâncias das notícias que comenta. Visite www.blogdogico.com.br


O livro? 


Reserve pelo gicobandeira@gmail.com ou adquira nas melhores casas do ramo....

11 comentários:

  1. Gostei... Já adicionei a meus favoritos ....

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  2. Gostei muito meu irmão. O Gico é um porreta de um escritor

    Flavio Ventura

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  3. Gostei de todos até aqui, mas o meu preferido é Amores isósceles. Vamos ver o novo. Izabel

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  4. Como agradecimento, cheguei a torcer pelo Santos. Abração, Gico

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  5. Torcer pelo Santos é uma grande moleza caro amigo.Estou lendo e adorando o seu livro que o meu irmão me emprestou Assassinato sem Memoria, enquanto ele lê "As flores", enquanto estou aqui no Rio.Como tambem escritor, recomendo sua obra e vou divulgar em Sampa. O amigo merece...

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  6. Qualquer bookmaker sabe que é pule de dez que o Gico um dia usará o fardâo da Academia. Sou mais ele do que o Merval. Engenheiro de reservatório de mão cheia, pianista profissional, craque de bola e escritor brilhante, ele é o mais eclético petroleiro de nossa geração. Parabéns pela iniciativa que só poderia partir de um Beatlemaníaco.
    Rodolfo Landim

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  7. Muito obrigado ao Flávio e ao meu amigo Rodolfo pelos comentários acima. À Izabel, minha mulher, eu agradeci pessoalmente. Em relação ao Assassinato sem Memória, citado pelo primeiro, garanto que não vai gostar tanto do final, ou melhor, da final, quanto o meu companheiro de Maracanã. Informo que a trama é ambientada em 1983, quando Flamengo e Santos disputaram o título do Brasileirão. Gico

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  8. Eu também sou fâ do autor. Já li seus seis livros e concordo com a Izabel, meu preferido é o Amores Isósceles. É isso aí Gico, esperamos que As Flores do Tenentismo supere o preferido. Beijos,
    Ana Amelia Musa

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  9. Comecei agora a ler 'As Flores do Tenentismo' e já na primeira página, na descrição de Carmem Lucia, fica claro que o padrão de excelência dos livros anteriores será mantido. Também coloco 'Amores Isosceles' num patamar superior aos demais, e o prazer de lê-lo me levou a comentar que o Gico conseguiu a mágica fabulosa de fundir os estilos Machadiano e Ubaldiano, sem nenhum exagero. Concordo com os elogios rasgados do Rodolfo Landim, só acho que ele exagerou quanto ao 'engenheiro de reservatórios de mão cheia´(rsrsrsrs). Beijos do seu compadre Armando Bulgarow.

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  10. Eu, como filha legitíma de Amilcar Mesquita (fato que meu RG comprova), uma espécie assim de "neta postiça", faço questão de dizer que admiro o estilo do Gico de Rabo à Cabo. Ou seja, de "O rabo do bookmaker" a "Flores do tenentismo". Hesito ao definir meu favorito. Fico entre o Rabo e o Triângulo, conotações sexuais à parte. Aliás, sempre presentes na obra deste multi-talentoso petroleiro, excepcional engenheiro de reservatórios (atendendo a pedidos)e futuro imortal. Beijos cheios de admiração, Luiza Mesquita

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  11. É uma honra responder à Luizinha, filha do comissário Amílcar, que já demonstra ter conhecido o sorriso de seis oitavas do cabo Veloso, personagem de As Flores do Tenentismo. E muito obrigado ao me recolocar no disputadíssimo mercado da engenharia de reservatórios. Beijoca, Gico

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