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quarta-feira, 30 de março de 2011

O Rei e o Presidente


 
Quando Lula foi diplomado Presidente da República, ele propiciou uma cena emocionante, quando se lembrou de que tantos o criticavam por não ser letrado, por não ter curso superior, e disse, chorando:  “Ganho meu primeiro diploma, o diploma de Presidente da República do meu país”, em discurso que se tornou célebre.

Ele recebeu o diploma, antes de se tornar doutor.

Agora, ele já é!

Em Coimbra, Lula foi receber seu título de Doutor Honoris Causa, com direito ao tradicional ritual de caminhar por sobre o manto dos alunos e a receber o seu próprio, vermelho.  E bota tradição nisso!!! A Universidade de Coimbra foi inaugurada há 721 anos, isso mesmo, em 1290!!

E Coimbra lembrou-me de um momento mágico de minha infância: meu primeiro contato com a Jovem Guarda, aos 7 anos de idade.

O disco 'Jovem Guarda' de Roberto Carlos tocava dia e noite em minha vitrola, na época em que discos tinham dois lados, e que usava-se uma agulha para tocá-los.

Conhecia cada detalhe de todas as canções. 

Lado A

  1. "Quero Que Vá Tudo Pro Inferno"
  2. "Lobo Mau"
  3. "Coimbra" 
  4. "Sorrindo Para Mim"
  5. "O Feio"
  6. "O Velho Homem Do Mar"

Lado B

  1. "Eu Te Adoro Meu Amor"
  2. "Pega Ladrão" 
  3. "Gosto Do Jeitinho Dela"
  4. "Escreva Uma Carta Meu Amor"
  5. "Não É Papo Pra Mim"
  6. "Mexerico Da Candinha"
Na época, nem ligava quem eram os compositores. Só agora sei que somente três das 12 canções eram compostas por Roberto (e Erasmo), mas isso não importa nem um pouco. O disco é muito bom.

Começando por Roberto esbravejando "Quero que você me aqueça neste inverno e Que Tudo mais Vá Pro Inferno", canção que ela não toca há decadas, de jeito nenum, supersticioso que é. Acha que vai dar azar.

Na segunda, 'Lobo Mau', uma versão de um rock americano, ele declara que "Eu sou do tipo que não gosta de casamento". E confirma a aversão na penúltima, que é dele, dizendo: "pois casamento, enfim, 'Não É Papo Pra Mim'". Na última, também de sua autoria, ele reclama dos 'Mexericos da Candinha', uma cronista de fofocas da época, que "gosta de falar de mim em tudo, diz que eu sou doido, esquisto e cabeludo".

As melosinhas, romatinquinhas, A4 e B1, B3 e B4, hoje eu relego a um segundo plano, mas as demais seguem em altíssimo nível, no meu conceito.

Duas das músicas mais queridas do disco, hoje sei que eram de um certo Getúlio Cortes, que me faziam rir, sempre: 'O Feio', "...e é 54, 54, o número de seu sapato, ele é écomprido e até, parece um toco quando esta de pé, careca e bem sisudo, caramba, fala baixo também é bicudo", e "estava com um broto no portão, tapchura, quando ouvi dizer 'Pega Ladrão' tapchura".

E eu chorava com a letra de 'O Velho Homem do Mar'.

E o que motivou este post foi uma canção lenta 'Coimbra' "do choupal, ainda és capital do amor em Portugal, ainda..." de compositores portugueses, que Roberto tornou um sucesso! E a cidade passava em meus sonhos de então, e eu ainda não a conheço, até hoje!

Se não conhece a canção, ou se a conhece e quer recordar, veja este video, histórico, de um programa da TV portuguesa. Roberto, noviiiinho, empunha uma guitarra (coisa que não faz há muito tempo), acompanhado por baixo e bateria, com uma tocada de rock básico, diferente do arranjo do disco, bem mais elaborado. É uma graça.

Encantem-se!

Homero Sonhando Com Coimbra Ventura

Um comentário:

  1. Grita!!!!!!!!!!!
    Bravo Homerix... e viva Roberto carlos, ainda e muito ainda em alta!!!!
    Paulus

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