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sábado, 26 de setembro de 2009

O melhor disco dos Beatles ....

.... é aquele que a gente está ouvindo no momento!!!Dentre as respostas que recebi, ao anúncio de que Abbey Road é quarentão,
obtive a melhor definição para a escolha do melhor disco deles.

Realmente, é difícil!

Aliás é hoje, \
Transcrevo abaixo algumas das respostas.

Note que há uma certa predileção por Rubber Soul , que eu também adoro, ainda vou escrever sobre ele, mas continuo com Abbey Road , pois eles estavam no ápice de suas cometências!

Um deles já comprou os novos, outros perguntaram pela sua qualidade, que ouvi ser magnífica, na opinião de alguns amigos

Abraço

Homero Dando Parabéns Ventura

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oi Homero

parabéns pela sua "opinião", gostei muito.
encaminhei para alguns amigos.

well, como é "opinião", creio que esteja aberto a réplicas,
portanto, lá vai:

o melhor disco dos Beatles é
aquele que a gente está ouvindo no momento .
porém tenho uma tremenda queda por "rubber soul"

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Marvelous testimony !!

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Obrigado, Homerão. O meu preferido é Rubber Soul. Mas eu sou mais velho,né?
 
Um abraço,

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Espero que o "the last" se refira apenas ao disco e não às suas crônicas sobre os Beatles.

A propósito, já conseguiu o Stereo Box?

sds.

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Homero V:
Você me convenceu. Comprei pela internet, na Saraiva, sua indicação e mais A hard Day's Night-Remasters, Beatles for sale-Remasters e The Beatles-White Album-Remasters. Gostaria de sua crítica sobre os outros 3. Não sou beatlmaníaco, quando os Beatles faziam sucesso, eu tinha preconceitos contra, mas depois de algumas décadas pude apreciar a música deles sem as manis da juventude...
Sds,

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Excelentes comentários. Outro dia eu ouvi o Anthology 3.

Me disseram que essas remasterizações são um "show de bola", inclusive o  Abbey Road.

Há quem diga que você consegue ouvir coisas que não havia escutados antes!

Abração,

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Difícil eleger o melhor lançamento dos Beatles, mas tendo Something, Because (como eu gosto dessa música !), The end e Here come the sun no mesmo disco, você deve estar certo.
abs,

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Ótimo artigo, digno dos melhores criticos internacionais.
Concordo com tudo: melhor disco (disparado) e as grandes referências aos eternos hinos (para mim) Something, Because e, principalmente, Here Comes the Sun, que é a musica que,a o ouvi-la, eu sempre me vejo saindo em férias, numa estarada ensolarada, à beira mar, mesmo que eu esteja no meio de um engarrafamento na Paulista. É o meu maior ícone da palavra LIBERDADE.

Parabens pelo artigo


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Excelente, Homero!

Cresci com minha mãe Beatlemaníaca e por osmose acabei curtindo os mesmos clássicos, mas obviamente sem tanta informação.

Obrigado pelo artigo!!!

Me mantenha no mailing list!

Abraço,

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     Caríssimo Homero,

muito obrigado por alegrar assim uma manhã cinzenta de uma sexta-feira convencional. Viva os Beatles!
     E eu, que não sou beatlemaníaco, não pude resistir a seu texto. Terminei de lê-lo e fui direto encomendar a versão remasterizada de Abbey Road.

     Um grande abraço.

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Menino! Que beleza de artigo. Sugiro que o envie para O GLOBO e para o JB. Fantástico.
PARABÉNS!
Grande abraço,

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Grande Homero,

Parabéns pelo seu ensaio. Muito inspirado.
E essa nova versão, tem algo de diferente na mixagem?

Abraços,

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Homero,

Muito bom!
Este artigo deveria ser publicado em uma revista.
Com a devida "venia" vou repassar a alguns amigos.

Há algum tempo estava para comentar contigo que o fã clube dos Beatles aqui no México é muito grande.
Na radio Universal FM 92.1, todas as manhãs de 8 às 9 (hora México) tem um programa totalmente dedicado aos Beatles, com muita música, casos, curiosidades e histórias. Vale a pena conferir.

SDS

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Grande Homero,

Que seria de nós sem você?
Obrigado por todos os textos (mesmo os não comentados), and keep'em coming!

Que versão nova é essa?

Grande abraço
Canellas


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É mesmo lindo demais, Homero. Sabe que não tenho Abbey Road?
Me deu até vontade de comprar a nova versão hoje
ou agora.
As músicas são maravilhosas.
Só não sabia que a sua beatlemania vem desde os 11 anos.
É fidelidade completa.
Agora, eles merecem. Ou a gente merece.

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Homero,
Belo texto. O Abbey Road também é o meu favorito justamente pelo lado B. Genial, não?

Acrescento o detalhe de que em Carry that weight  há um retorno ao tema de  you never give me your money. Esse recurso ficou ótimo no disco e também foi utilizado anos depois pelo Chico Buarque no disco Construção (também ótimo), quando ele começa o disco com a canção deus lhe pague e depois, na quarta do disco, ele manda a famosa Construção/deus lhe pague... belíssimo.

deixo um grande abraço para você. vou ouvir o AR novamente hoje.

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Homero,
Tomei a liberdade de enviar seu artigo para a minha amiga jornalista, do Portal Visto Livre,
http://www.vistolivre.com/site/
Caso concorde com a publicação do seu texto, favor dar um retorno para ela.
Abs,

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Adorei o texto, Homero!
Por coincidência, uma amiga, recentemente, enviou um vídeo de Because (desses do Youtube), com o seguinte texto:
  "Queria compartilhar c vcs esta música dos Beatles, não há como não se emocionar ao ouvi-la. Because é a sonata de Beethoven de trás para frente. Esta canção é sobre Yoko é Jonh Lennon. Yoko estava tocando uma sonata de Beethoven e Jonh sugeriu que tocasse de trás para frente. Na verdade, é a Sonata ao Luar ao contrário.
Junto com uma letra simples, John conseguiu uma das mais belas músicas."

Pelo jeito, mais uma tarada por Beatles! hehe

Bom final de semana!

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Homero,

Obrigada pelo texto, um verdadeiro presente!

Sds,


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Homero.

Muito boa a sua resenha, como sempre. A você que é mais beatlemaníaco que eu, queria fazer algumas perguntas, em observação ao que você escreveu:

1) Pelo que você escreveu, fica bem claro que é partidário dos que consideram que a parceria de Paul e John era só marketing, ou um acordo estratégico por algum outro motivo, mas na verdade as músicas eram só de um ou só de outro; na verdade seria muito fácil descobrir quem era o verdadeiro compositor: quem cantava. Estou certo que essa é a sua opinião?

2) Se a pergunta acima tem resposta afirmativa, você acha que durante algum tempo eles tiveram uma parceria de fato? Até que época ou até que música? Há músicas que você acha que foram genuinamente compostas pelos dois?

3)Em que música há o tal duelo de guitarras solo entre Paul, George e John?

4) Ainda não comprei nenhum disco relançado por eles, mas você notou diferenças significativas na sonoridade?

Um abraço e bom final de semana!


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Obrigado Homero Beatlemaniac Forever Ventura,

Que poesia, sem perder a prosa!

Os quatro merecem!

Mais uma vez obrigado,

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Ótimo texto Homero!
Nunca esqueço do Paul cantando parte do medley no Maracanã lotado em 1990. Foi bom demais.

O que vc achou dos CDs remasterizados? O Please Please Me e o A Hard Day's Night tão impressionantes. A sensação que dá é que tiraram a poeira! Só ouvi os primeiros até agora.

 

E pro Abbey Road nada? ...tudo! ... então cuméquié?
... é pique, é pique, é pique, é pique, é pique!
... é hora, é hora, é hora, é hora, é hora!
... ra ... tim ... bum!
... Abbey Road .... Abbey Road .... Abbey Road .... Abbey Road .... Abbey Road  ....
... com quem será? ... com quem será? ....

No Words

Amigo Virrrrgílio,

Primeiro, devo declarar que os malotes da empresa andam a nos pregar peças, pois que as peças que mandaste só apareceram pregadas em minha mesa ao final desta sexta-feira, quando sinceramente já de sua existência havia até me esquecido, devo confessar. Notei-as no último minuto de minhas estada no escritório, peguei-as e fui-me, por atrasado que estava, somente delas me dando conta nesta madrugada de sábado.

Cara, muito obrigado. Trata-se de duas relíquias. A revista Rolling Stone (que recebi sem a capa que a deixa ainda mas com cara de relíquia) original, de janeiro de 81, lançada apenas um mês depois do passamento de John, é super famosa, leitura obrigatória, e eu nunca a havia visto, quanto mais lido (apenas trechos reproduzidos), o que o farei em breve, provavelmente durante a viagem que farei a Fortaleza para representar a empresa no encontro da CPLP, ora poish! Juntamente com a outra pérola, de 1968, surpreendentemente em melhor estado que a primeira, com as notícias sobre os Beatles inseridos na 'nova bossa psicodélica', ainda na ortografia antiga, um verdadeiro barato!


Olha, não tenho palavras para agradecer a lembrança.

Paro por aqui.
Grande Abraço

Homero Terna e Eternamente Agradecido Ventura

Copio nesta, ainda emocionado, alguns outros companheiros da estrada beatle, que certamente ficarão babando, ao mesmo tempo orgulhosos do amigo escritor de abobrinhas que mereceu tamanha lembrança do leitor sensibilizado.

Segredos e INCAntos

Eis algumas das fotos que Leilane mencionou.

Estão lá:

    1. o cantinho dentro do INCA, que levou o singelo nome de INCAnto, com ela ao lado, uniformizada de voluntária,
    2. e a arrumação que ela fez com os produtos que vocês mandaram.
A venda de Natal vem aí.

Aguardamos!!


Abraço

Homero INCAntado Ventura

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Abbey (the last) Road


Em meados do 1º semestre de 1969, quatro artistas reuniram-se a um maestro, para produzir sua melhor obra. Toda a genialidade de John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr pôde ser exercitada, em toda a sua plenitude, sob a batuta de George Martin. Foi a última reunião dos Beatles para a produção de um disco, o grande Abbey Road.
Nele, George Harrison nos apresentou duas pérolas. A primeira, “Here Comes the Sun”, traz uma canção linda, um riff inicial num violão marcante, um refrão inesquecível (‘HCTS-It's all right!’) acompanhado de guitarra com viradas geniais, e uma letra que exalta o quanto os britânicos festejam a volta do sol àquela terra de clima miserável (como eles chamam) 'the smiles returning to the faces'. O outro big moment de George no disco merece uma citação especial, pois se trata de 'alguma coisa' especial, ou “Something” special. Tão especial que mereceu um lançamento em Lado A de compacto beatle, deixando a ótima 'Come Together' no Lado B, e John, o autor da última, não reclamou nem um instante. Foi a primeira e última ocorrência deste tipo na história beatle. Trata-se de uma das mais regravadas canções beatle (perdendo apenas para 'Yesterday'), inclusive pelo Rei Elvis e o grande Frank Sinatra. Este último elegeu 'Something' como a mais bela canção de amor de todos os tempos! E olha que o 'old blue eyes' entendia do assunto. E, cá entre nós, ela merece a alcunha. 'Something in the way she moves attracts like no other lover, something in the way she wooes me...' Eu me arrepio ao escrever este trecho da letra. A melodia de 'Something' é linda, suave, triste, a gente se arrepia já na introdução, de bateria e guitarra, o solo de guitarra de George no meio da canção é o mais lindo da história do rock romântico, e na hora de refrão, a bateria de Ringo é inesquecível. Enfim, uma grande bola dentro de George. A melhor de todas, em minha opinião!
            Para se ter uma idéia da grandeza do álbum, até mesmo Ringo Starr teve nele seu grande momento beatle: a canção “Octopus's Garden”, que de genial nada tinha, mas era bonitinha, com uma levada infantil. Ela merece destaque por tratar-se de uma das duas únicas canções que o baterista conseguiu imiscuir no meio de tanto talento beatle (a outra havia sido um ano antes, "Don't Pass Me By", no Álbum Branco), depois de inúmeras e frustradas tentativas, que provocavam risos de John e Paul, que sempre descobriam de imediato a música da qual Ringo havia plagiado a criação. Dizem as más línguas que teve o dedo de George Harrison na composição, mas ele nunca confirmou.
            E aí vêm Lennon/McCartney, de quem vou falar primeiro?
            Bem, é fácil, falo primeiro de John, já que ele não estava lá muito ligado, ao contrário de Paul, que teve mais uma de suas grandes idéias, contra a vontade do primeiro, mas que felizmente prevaleceu. Falo dela mais embaixo!
            John, mesmo estando mais pra lá do que pra cá em seu relacionamento beatle, influenciado que estava por Yoko (‘deixe esses caras pra lá, você é muito melhor, pode seguir sozinho!), entregou algumas faixas muito boas. Na parte normal do disco (depois explico o porquê da qualificação, tem a ver com a idéia de Paul), foram "Come Together", "I want you (She's So Heavy)" e “Because”. A primeira abre o disco, e tem uma letra lisérgica, muitas vezes ininteligível, com expressões que levaram muito tempo a serem entendidas, decifradas, e nunca decoradas: é um desafio cantá-la toda de cor, sem um errinho. De qualquer forma, é ótima: apresenta grande bateria de Ringo, um baixo estupendo de Paul, começa com um ‘...shoot....’ na voz de John, que gerou polêmica, pois diziam ser uma incitação ao uso de armas (pode?), e termina com um sensacional pergunta-resposta entre a voz de John e a guitarra de George. A segunda música, na verdade mistura duas ("I Want You" E "She's So Heavy"), feitas para Yoko, e que têm como letra não muito mais que os próprios nomes, com marcantes mudanças de ritmo, e que termina apenas porque termina o Lado A do disco (na época, era LP, não se esqueça), senão iria até o infinito. Finalmente, a terceira música é uma verdadeira obra-prima vocal e lírica: “Because” é um hino, John estava muito inspirado, e chamou Paul e George para compor uma harmonia vocal tripla inesquecível, digna de estar presente no melhor disco deles. Segundo John, se você a tocar de trás para diante, você identifica uma sonata de Beethoven. Nunca testei!
Ainda na normalidade da coisa, Paul brinda-nos com dois sucessos e uma terceira canção nem tanto assim. Em "Oh, Darling", ele pede desculpas à sua amada por alguma merda que fez, diz que vai morrer se ela o deixar, e promete que não vai lhe fazer mais nenhum mal. Bobinho, não? Mas em inglês, e na voz de Paul fica bonito, arrepiante. E que voz! E ele caprichou! A perfeição do refrão da canção, quando ele grita ‘When you told me you didn't need me anymore ...’ foi conseguida às custas de dias seguidos dedicados somente a ele: ele acordava, só tomava leite, e mais ou menos no meio da tarde, ele ia pro estúdio, e soltava a voz. Somente depois de uma semana de repetições, ele conseguiu o ideal. Ao comentar sobre o processo, ele diria que ‘se fosse cinco anos antes, ele teria conseguido na primeira vez’. Aliás, como ele fez com ‘Long Tall Sally’, um clássico de Little Richards que teve, em sua voz, uma versão inesquecível. A outra contribuição ‘normal’ de Paul é “Maxwell’s Silver Hammer” uma pérola de humor negro, em que Paul conta mais uma historinha, como ele adorava fazer em suas canções, sendo nesta, a de um garoto psicopata que sai por aí martelando a cabeça das pessoas. Esta canção levou os outros três beatles à loucura, pois, perfeccionista ao extremo, ele exigiu muito mais takes que o normal, até atingir o grau que ele desejava. Para se ter uma idéia, ela começou a ser gravada nas sessões de um outro projeto, ainda em janeiro! E ela compôs, juntamente, com “Obladi-Oblada” e “Hello, Goodbye”, a tríade alegada por John como um dos motivos para deixar a banda: ‘Não agüentava mais aquelas musiquinhas de Paul!’. Cá entre nós, todas as três eram muito legais! Enfim, a terceira canção ‘normal’ de Paul, “Her Majesty”, fecha o disco, mas não deveria estar lá. Uma brincadeira, bonitinha, mas brincadeira, que não dura nem 15 segundos, e que veio atrapalhar, só um pouco, a grande profecia da história do rock. Logo falo dela.

Agora vem a parte anormal, a genial, não que não houvesse momentos geniais na parte normal, porém aqui eles foram anormalmente geniais. Fui claro? Depois de um Lado A absolutamente tradicional, com uma canção em cada faixa, separadas por breves segundos, vem o Lado B, com mais duas no mesmo estilo, “Here Comes the Sun” e “Because”, e então começa o mais famoso medley da história do Rock, sem um segundo qualquer separando oito faixas. Idéia de Paul, sempre buscando alguma coisa diferente, mas contra a vontade de John, que queria mais espaço para suas músicas, não queria vê-las reduzidas a uns poucos segundos, mas o que felizmente não o impediu de contribuir com faixas magníficas, harmoniosamente encaixadas nas demais peças de Paul. A coisa começava com "You Never Give Me Your Money", de Paul, mas aí vinha John, com suas três canções "Here Comes The Sun King” (one aparece a única palavra em, português da carreira beatle: Obrigado), “Mean Mr. Mustard”, e “Polythene Pam”, e voltava a Paul com “She Came In Through The Bathroom Window”,  "Golden Slumbers", “Carry That Weight” e, finalizando, “The End”(uau!). Nesta obra-prima de concatenação harmônica, apareceram inúmeros ‘a primeira vez’:
  1. Foi a primeira e única vez em que Ringo sapecou um solo de bateria durante a época Beatle (os outros nunca o deixaram fazer aquela estrepolia, sempre comum em bandas normais!),
  2. Foi a primeira e única vez que John, Paul, George e Ringo cantam juntos uma parte de uma canção ‘Boy, you’re gonna carry that wiegh, carry that weight for a long time!’’ A outra vez em que se ouviu a voz dos quatro juntos foi em “Flying”, mas foi somente um lálálá na única canção instrumental da carreira beatle. Ah, e não contam também “Yellow Submarine” ou “Hey Jude”, em que todos que estavam presentes no estúdio cantaram o refrão, acho que até a moça do cafezinho, se estivesse lá, cantava;
  3. Foi a primeira e única vez que se ouviu uma palavra em português numa canção beatle (John falando ‘Obrigado’, em “Here Comes The Sun King”)
  4. Foi a primeira e única vez em que houve um duelo de guitarras solo, entre John, Paul e George, magistral.

Bem, depois daquele duelo mágico, vem a paz.
Entra um pianinho e a voz de Paul, cantando: 


AND IN THE END 
THE LOVE YOU TAKE 
IS EQUAL 
TO THE LOVE YOU MAKE.
Trata-se da mais famosa equação do amor da história da música, que o matemúsico James Paul McCartney propôs e decifrou. Ela é a totalidade da letra da música "The End" que, premonitoriamente, é a ÚLTIMA canção do ÚLTIMO disco gravado pelos Beatles. Foi premonitório! É a tal profecia de que falei lá em cima. Afinal, eles não sabiam que sua carreira como banda iria terminar alguns meses depois. Mas aí volta a indefectível, mas bonitinha "Her Majesty", que foi a última faixa do álbum: ela era para ser mais uma do medley, com seus meros 15 segundos, entre “Mean Mr. Mustard” e “Polithene Pam”, mas Paul não conseguiu encaixá-la a contento, e deixou lá, num canto de uma fita, para ser descartada. Ocorre que havia uma determinação na EMI: nada que fosse produzido por John, Paul, George ou Ringo seria jogado no lixo. Um sujeito reparou nela por lá, perdida, e a colocou na seqüência de “The End”. Os Beatles ouviram e acabaram aprovando.
Então, como antes dito, "The End" é, sem dúvida, a ÚLTIMA canção dos Beatles, realmente um fim mágico, para uma banda mágica.
No dia 26 de setembro de 1969, o disco Abbey Road chegou às lojas britânicas, cinco dias depois, nos EUA, e um pouco mais adiante, ao Brasil. Eu, em meus longínquos 11 anos, estava lá, na frente da loja, para comprá-lo, ouvi-lo, e ouvi-lo, e ouvi-lo, ..... coisa que faço até hoje!
Ele ficaria por muitas semanas em primeiro lugar, em todos os cantos onde foi lançado, muitos anos entre os mais vendidos, garantindo a marca de mais bem sucedido disco dos Beatles.  

Não sem motivo!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Abbey (the last) Road


Neste sábado, completa 40 anos o lançamento do melhor disco dos Beatles, Abbey Road, em minha humilde opinião.

Escrevi sobre ele, e compartilho.


(Eis o texto: Abbey (the last) Road.pdf)

Felizmente, foi lançada recentemente uma versão em altíssima qualidade, como ele merece.

É a chance, pra quem ainda não tem!


Abraço

Homero Beatlemaniac Forever Ventura

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Vai novela, Vem novela

Lá se foi o Caminho das Índias com seus momentos auspiciosos, ensinamentos, cultura indiana, esquizofrênicos, psicopatas, vaidosas explícitas, fisicaquanticamente falando. E veio Viver a Vida  vorazmente vazia, vociferando vaidades. Acho que ainda vai sair algo de bom, de proveitoso, mas por enquanto nada. No corpo da novela, pois ao final, voltaram os depoimentos, dos quais assisti a dois, marca registrada de Manoel Carlos. E acho que algum personagem vai acabar sofrendo um atentado num sinal, levar uns tiros e ficar paraplégico, para mostrar as dificuldades de superação, e convívio com a cidade, que não está preparada para eles. Ao menos isso!

E eu, mais uma vez, tomei a decisão estratégica: essa eu não assisto! Exatamente como havia feito no folhetim de Glória Peres, e antes, com as desventuras de Donatella. Acabei as duas novelas como espectador colado na telinha, fazer o quê. Sei bem que, mais cedo ou mais tarde, essa trama insossa, superficial, cheia de gente chiquinha vai acabar me pegando. Afinal acaba sendo um momento de união com a família, logo após o jantar e o Jornal Nacional.

Bom, até o momento, estou resistindo bravamente. Mas não sem dar uma desviada no olhar, enquanto a novela passa, e observar algumas passagens absolutamente fúteis e desnecessárias, bem apropriado do universo de Manoel Carlos e seu Leblon querido, agora entremeado com Búzios, em seu lado riquinho. Além do mundinho da moda e das modelos, que, vamucombiná, eu dispenso solenemente. O pouco que vi me chocou com diálogos vazios. Acho que o ator devia ter o direito de recusar certas falas, como a que a Helena de plantão diz, quando recebe um buquê de flores e pergunta: "Quem terá sido o milionário que me mandou essa coisa linda?". Sai pra lá!!! Que coisa mais desconectada da realidade brasileira. E não ficou por aí, depois vieram a carona de helicóptero e a volta de iate, com um papo tão, tão, bem deixa pra lá!  Aliás, viver a vida assim deve ser fácil.

Ao menos, certamente podemos esperar por mais um desempenho fantástico da Lília Cabral, após a avó-que-massacra-filha-e-despreza-neta-doente e a caipira-que-apanha-de-marido-bêbado, agora encarnando a ex-mulher-inconformada-com-a-outra-mais-jovem-e-ainda-por-cima-negra.

E também pode-se assistir à reedição de mais uma Helena se relacionando com um personagem-qualquer-desde-que-representado-por-José-Mayer. Acho  que a carreira desse último deve ter começado há muuuito tempo, acho mesmo que Menelau e Páris deveriam ser codinomes de Mayer, apaixonado pela Helena que deflagrou a Guerra de Tróia.

Aqui entre nós, mais que fixaçäo por Helenas, acho que o Manoel Carlos tem é mesmo fixação pelo José Mayer.

A máxima dele deve ser, como a de muitas mulheres, de todas as idades:

Se é Mayer, é bom!

Homero Noveleiro Assumido Ventura

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Dia Mundial Sem Carro

Fiz a minha parte e deixei o carro em casa!

E vim também SEM  relógio, SEM  carteira, SEM  (quase) dinheiro, SEM  paletó, SEM  maleta, só não vim SEM  celular pois é instrumento de trabalho, tudo isso para aumentar a chance de eu terminar o dia SEM  ser assaltado.


Ah! E descobri que vim também SEM  crachá, pois ficou no carro.

Bom seria se as coisas pudessem funcionar assim sempre, e tivéssemos todos os dias SEM  crime, SEM  corrupção, SEM  desgraças, SEM  drogas, SEM  esperteza, e por aí vai. Talvez fosse querer muito mas, ao menos, para começar, poderíamos ter todos os dias SEM  Sarney, SEM  Renan e SEM  Collor. Seria um bom começo para atingirmos os objetivos da primeira frase deste parágrafo.

Abraço

Homero SEM  Meias Palavras Ventura

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Resultado do Prata da Casa

Convido o colega para um momento de reflexão.

Para distrair do dia-a-dia, um pouco de poesia.

Leia quando tiver tempo!!!

Mas leia!

Bem, em mensagem da semana passada, indiquei duas poesias e uma foto, obras de colegas da Área Internacional que estavam submetidas ao Júri Popular do Prata da Casa 2009.

Mandei a convocação ao Grupo ANI, por achar relevante.

Você foi uma das quase 400 pessoas que abriram a  mensagem.

A poesia  Jogando o Jogo,  de uma colega da PAI, ficou em segundo lugar,
     com 192 votos, perdendo para a campeã por meros 22 votos.

Somente 22 votos!!!

Se ainda não a leu, transcrevo-a abaixo:

            Jogando o Jogo

      Ganhei namorado Perdi a virgindade Ganhei barriga Perdi a criança Ganhei marido Perdi a cabeça Ganhei dois chifres Perdi a vergonha Ganhei emprego Perdi a liberdade Ganhei dinheiro Perdi meu tempo Ganhei coragem Perdi o medo Ganhei a rua Perdi o rumo Ganhei saudade Perdi o riso Ganhei doença Perdi cabelo Ganhei passagens Perdi a Pátria Ganhei em dólar Perdi a fala Ganhei gordura Perdi a forma Ganhei colegas Perdi amigos Perdi o estigma Ganhei respeito Perdi a tristeza Ganhei o jogo ______________

Resumo: sem rima, mas muita métrica, ritmo, humor e emoção!
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Compare-a com a campeã do voto popular, aqui abaixo.

AMOR SÉCULO XXI

      Escrevi um poema de amor. Deixei-o num 'pen drive', que perdi. Tirei fotos importantes. Deixei-as no computador. Foram deletadas. Fiz juras de amor, dispersas no espaço virtual. Muito tempo depois, encontrei o poema, postado por inteiro num 'site' de amigos. As fotos retornaram, por 'e-mail'. As juras estavam intactas. Salvas na memória e no coração, de um grande e real amor. ______________

Resumo: nenhuma rima, pouca métrica, pouco ritmo, humor.

Mas, Vox Populi Vox Dei  !!!
     (mas bem que a gente podia ter dado uma forcinha....)

Fim do Julgamento Popular.

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Agora, convido-o a dar uma olhada nas 3 poesias selecionadas pelo Júri Técnico,
     com especial atenção para a terceira.

Gentil vento

      Gentil vento: Ela se foi, Mas sopre assim mesmo. Sopre a areia Que guardou os passos E o desconcerto. Sobre a memória Da dor e do tempo, Sobre os muros E os monumentos, Sobre o silêncio. Sopre. __________________

Resumo: pouca rima, alguma métrica, bom ritmo, emoção.
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PÁTINA
      No ocre do tempo há natural oxidação   Teu verniz, grossa demão, insiste em brilhar desafia o ar.   No bolor da velhice esconde-se a matiz do teu olhar.   Caiu, descascou: a porcelana da cútis entra em fuga e dá lugar às rugas   Envelhecemos em uma trajetória suicida.   No ocre do tempo o acre da vida __________________
Resumo: alguma rima, alguma métrica, bom ritmo, emoção.
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Frente Fria

      Frente Fria Provoca arrepio A vaga gelada que alaga E irrita o meu Rio __________________

!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!só isso mesmo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Resumo: uma rima, sem métrica, sem ritmo, sem humor, sem emoção
     Aliás, sem versos!!!
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Fim do Julgamento Técnico.



O que se instalou na cabeça dos juízes?
Teria cor, forma, cheiro?
Cadê métrica, rima, ritmo e raízes
Do bom poema brasileiro?

Ainda se fosse poesia concreta ....

Abraço

Homero Meio Que Inconformado Ventura

Cinco dedos

Uma amiga me recomendou um filme israelense chamdao 'Gesto Obsceno' e me passou o seguinte resumo:
O filme é israelense. Uma mulher atravanca o trânsito O de trás buzina e muito. Ela pede pro cara esperar. Ele continua buzinando. Ela se irrita e manda um ....vá...... e vc nem imagina o que isso provoca. Como estamos quase vivendo na "barbárie", segundo alguns sociólogos, é um prato cheio.!

Perguntei-lhe se o tal gesto era aquele tradicional com o pai-de-todos.

Ela não reconheceu do que se tratava.

Expliquei

Se eu usar o português clássico,
Eu diria mínimo, anular, médio, indicador e polegar!
E mindinho, seu vizinho, pai-de-todo, fura-bolos e mata-piolho.
Se eu fosse no português popular!

Se em alguma ocasião os ânimos se exaltam,

  como na situação descrita no filme,
    naturalmente o pai-de-todos do verbal agressor,
      normalmente de sua mão forte,
       fica protuberantemente ereto,
         emergindo de um punho fechado,
           com o dorso virado para a vítima da agressão,
             caracterizando um gesto obsceno muito popular,
               que significa que é para enfiar tudo no  ....
                  bem, deixa pra lá!

Captou?

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Poça é a diferença!

Boechat estava em dúvida sobre o  plural de 'poço', se era falado com o 'o' aberto ou fechado.

Expliquei:


Boechat, eu, como paulista, vivendo nesta cidade maravilhosa há 27 anos, entendo a sua confusão.

A palavra 'poço' se fala no plural com o 'o' tônico' aberto, tanto aqui como em SP e em qualquer lugar onde se fale o português corretamente.

A diferença está na palavra 'poça', que aqui é falado com o 'o' fechado, enquanto que em SP, ele é aberto! E a coisa se repete no plural!

E eu não sei, no momento quem fala corretamente. Vou pesquisar!

Agora, eu sei perfeitamente quem está correto, nas palavras 'colégio', 'tomate', 'fogão' e 'botão', que no Rio, sem explicações, têm a primeira sílaba modificada ao falar, e viram 'cUlégio', 'tUmate', 'fUgão' e 'bUtão'.

Faz tempo que você não dá um feedback!!!

Responde!!

Abraço
Homero Sempre Atento Ventura
Rio de Janeiro
A produção passou pra ele ....
Obriga a você Homero.
        Em nome do Boechat e de toda a equipe tudo de bom para você.
abs
Regina Castro
... mas não veio feedback

09 09 09

Mais um número beatle!

O estranho número acima nada mais é do que uma data.


No dia 9 de setembro de 2009 ocorre mais um lançamento beatle: a coleção completa da obra da melhor banda de todos os tempos, em 14 CDs, totalmente remasterizados pela primeira vez, capas reproduzidas fielmente, com extras, imagens em DVD. A qualidade será igual ou superior à conseguida no disco Love , compilação que foi feita para o espetáculo homônimo do Cirque du Soleil.

Enfim, um must!




Para quem ainda não é fã, essa é a hora: poder-se-á comprar os discos individualmente ou em conjunto, num pacote básico, sem muito rococó. Para quem é doente, um pacote super luxuoso, que aliás eu nem sei se vou conseguir, pois é edição limitada. E tem também um pacote intermediário.

O número 9 carrega uma certa mística, e os Beatles utilizaram-no algumas vezes. A primeira, em 1968, quando Lennon fez uma colagem maluca de trechos de fita, combinando com a aura psicodélica da época e com o estado alterado de sua mente, que chamou de Revolution #9 , e lançou no Álbum Branco. Dentre as colagens, repetia-se a voz de um locutor falando: Number Nine, Number Nine, Number Nine  ... Depois, em sua carreira solo, uma de suas canções chamou-se #9 Dream . E, finalmente, George também lançou a sua, chamada Cloud Nine .

Não sei se a escolha da data teve a ver com isso, mas não custa conjeturar.

Seja lá o que for, se estiver dentro de suas possibilidades e desejos, não deixe de considerar a hipótese de adquirir um dos pacotes.

Mesmo na eventual e pouco provável hipótese de desconhecimento completo da obra, eu não tenho dúvidas de que o nível mínimo de agrado, assim que se ouvir qualquer dos discos pela primeira vez, será de 75% das canções, eu diria minimum-minimorum, coisa que não se encontra facilmente na obra de qualquer artista, posso garantir! Talvez o Los Bife atinja esse nível, HeHeHe!


Abraço

Homero Numbernining Ventura

sábado, 5 de setembro de 2009

BP – O que quer dizer…

E você saiba que a falta explicação faz com que se origine uma série de interpretaçãoes.

        No âmago de quem teve essa brilhante idéia, acho que eles queriam que o BP fosse imaginado como Beyond Petroleum , atestando uma companhia que também é de energia, e também busca soluções renováveis, aquele papo todo!

        Só que o apelido que mais pegou foi: Burning (the) Planet !!!

        O que foi muito ajudado pela explosão da refinaria em Texas City, de uns 3 anos atrás, que causou a morte de 15 pessoas e a DEMISSÃO de ninguém menos que o Lord Brown, o CEO, o manda-chuva, o mesmo que provocou uma revolução na empresa.



No tempo em que eu era mais importante, e fazia propostas à Diretoria, eu me divertia muito com os assessores dos diretores.

        É norma desses documentos que os nomes das companhias estejam grafados com suas razões sociais. Aí, eles viam lá que a BP estava apenas como BP, e pediam, encarecidamente, que eu colocasse a razão social da BP, e me davam um certo puxão de orelhas por não ter colocado, somente para a BP, tendo feito direitinho com as outras (Chevron Corporation, p. ex).

        Aí, eu respondia:
 

    Ok, desculpem-me!
     A razão social da BP é "BP".
E ria, imaginando as caras assustadas!

Abraço

Homero Ventura

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Carta à UOL

Gozei da manchete da UOL on line sobre a descoberta da Petrobras nos EUA ao meu primo, que é assinante, e ele me pediu que escrevesse uma carta. Assim o fiz.

QUOTE
"Britânicos acham poço gigante de petróleo em área da Petrobras no México"

Caros amigos da UOL,

A manchete sobre a descoberta da Petrobras no Golfo do México veiculada no UOL on line tem erros imperdoáveis a uma página de notícias respeitável, a saber:
1. Não foram 'os britânicos' quem 'descobriram' seja lá o que for, mas sim um consórcio de três companhias de petróleo (conhecido como 'Joint Venture') operado por uma delas, a britânica BP; aliàs, há muito que a razão social da BP não é mais British Petroleum, como consta do corpo da mensagem, mas sim apenas BP, como está na nota da Petrobras;
2. Não é 'O POÇO' que é gigante, amigos. A nota da Petrobras dizia que o poço descobriu indícios de que se trata de um CAMPO gigante.

3. Finalmente, apesar de o Golfo ser 'DO MÉXICO', ele é localizado em dois países, e a descoberta foi feita na porção AMERICANA do Golfo do México, não sendo portanto 'NO MÉXICO', e sim, nos Estados Unidos. Ademais, nem a Petrobras nem nenhuma outra empresa de petróleo tem áreas de exploração no México. A constituição daquele país proíbe a participação de empresas estrangeiras no setor.
 
Sinceramente, a manchete apresentada chega a ser constrangedora.

UNQUOTE

Abraço

Homero Escandalizado Ventura

terça-feira, 1 de setembro de 2009

California e Petrobras

Boechat, duas coisas:
  1. Megale disse "A fumaça do fogo (na Califórnia)  já está chagando à capital Los Angeles!"  ATENÇÃO: a capital da Califórnia, aonde vive o Exterminador, é SACRAMENTO. Nos EUA, essa é a prática: as maiores cidades dos estados não são capitais.
  2. Você disse: "Opinião sincera: A  Petrobras é que tem que ficar mesmo com a parte do leão (na exploração do Pré-Sal) . As companhias estrangeiras e privadas que vão reclamar na Arábia Saudita!!" .        Bom ouvir isso de uma pessoa esclarecida, e justa.