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segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Encontro com Andrei

Com o advento do Facebook, muita gente sabe o dia do seu aniversário. E nesse dia você recebe um montão de felicitações virtuais. Ontem, no supermercado, houve duas ocorrências reais, uma delas uma ex-vizinha, que deu o bom dia, e logo em seguida, o feliz aniversário, data que soube pelo Facebook... E a outra foi muito pitoresca. Encontrei Andrei, amigo de Facebook, que muito me emocionou ao atender a meu convite lá em 2011 para ir ao lançamento de A Arma Escarlate, mesmo sem nos conhecermos pessoalmente. Depois, apenas uns poucos encontros virtuais, uma curtida aqui, um comentário ali, mas hoje, ao encontrá-lo, estendendo minha mão, disse:
"Andrei, olá, sou seu amigo do Facebook".
E ele:
"Sim, Homero, eu sei... e sei também que hoje é seu aniversário, parabéns!"
É um dos pontos bons do Facebook!!

Andrei Bastos é jornalista e escritor, e sempre tem tiradas profundas sobre o país. E sobre sua situação de cadeirante. É defensor ativista dos direitos das pessoas com deficiência. Um dos posts de que me lembro bem foi quando usou sua fina ironia com sua própria condição.  Depois de se incomodar com a frequência com que tinha que  renovar uma certa licença de estacionamento especial que é seu direito, ele conseguiu que se a renovasse por um período de 5 anos. Bem melhor, claro, mas sua conclusão foi na veia:
"Decerto que eles só me deram 5 anos pois esperam que até lá minha perna cresça!!!"
Brilhante!! 

Mais detalhes sobre suas ideias, seus livros, seus trabalhos no blog 
http://blog.andrei.bastos.nom.br  

3 comentários:

  1. Excelente "cronica". Como tudo o que escreve tão bem, devia estar nas páginas de um bom jornal...

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  2. Eu aqui, limitado apenas com um problema de coluna já tenho experimentado a "limitação" provocada pelas restrições de movimento, tenho podido imaginar com mais empatia situação dos cadeirantes.

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  3. Homerix,

    Afinal uma boa coisa do facebook. O exemplo do Andrei é notável. A limitação das pessoas está somente na forma de usar o cérebro, como CPU para o contrôle do corpo, seja qual for a sua configuração. Finíssima habilidade quanto ao uso de ironia. Muito útil, num país onde impera o comportamento cara-de-pau, sobretudo no âmbito político e da administração pública, onde se usa impunemente expressões como "não sabia" ou "não vi" ou ...

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