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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Rosa

Dona Neusa brilhou em vida!
Aos filhos, dedicação extrema.
Em honra à sua mãe querida,
Falo na forma de poema.
Ergamos agora uma taça,
Num momento de regozijo,
A quem, antes de ser Barbassa,
Nasceu Rosa Elaine Gontijo.
Cresceu com muitos irmãos
Por quem tem muito carinho.
Ainda cinco conosco estão,
Mas como faz falta o Julinho!
Não são de Uberaba,
Mas pra lá resolvem partir.
E é lá mesmo que ela acaba
Caindo nos braços do Almir!
Estuda muito e é graduada
Com louvor em Pedagogia.
E decide, determinada,
Que não vai ficar pra titia.
Muda-se pro Rio e se casa.
Juliana chega logo depois.
A reprodução não se atrasa,
E em dois anos vêm outros dois.
Com Guilherme e Tatiana,
Uma família que se adora.
De índole gentil, alma cigana,
Que viajaria mundo afora.
Mesmo com filhos pequenos,
Rosa esbanja energia:
Dá aula a pulmões plenos,
E faz Mestrado em Sociologia.
Já em Niterói, um grande baque:
Precisam de Almir lá fora!
Ele: Topa ir pro Iraque?
Ela: Só se for agora!
Foi de mala e cuia e muita fé.
Primeira vez deixando o Brasil.
E sabe-se lá como é
Que até trabalhar conseguiu!!
Deixava sempre Almir a salvo
De problema e preocupação!
Mal sabia que seria alvo
Do desejo de um arabão!
Oferta séria, muçulmana tradição,
Lá na fronteira com o Irã.
Almir ponderou e disse: não!
Mas quem separou foi o Saddam.
Veio a guerra e Rosa partiu
Junto com a prole para o Kuwait.
E de lá para o Brasil,
Mas não durou muito o deleite.
Após um tempo no Rio
Um chamado de perder a fala:
Ele: Aceita mais um desafio?
Ela: Líbia? Quando fazemos a mala?
Antes de aportar no continente
Passaram um ano em Malta!
Ela se adaptou ao ambiente
E supriu do pai a falta!
Foram 3 anos de missão!
Mediterrâneo, mas do lado errado!
Na Líbia falta tudo, até pão!
Mas Rosa suportou de bom grado!
Ela continuou na educação.
Dos filhos seguia professora.
Foi fundamental na formação:
Mãe, amiga, orientadora!
Alguns anos de vida carioca,
Uma vida normal, diferente.
Mas saíram de novo da toca,
Desta vez, um destino decente.
Um usufruto de três anos
Do modo de vida americano.
Pras crianças, muitos planos,
Em tórrido solo texano!
A mais velha ficou por lá,
Se encontrou no hemisfério norte.
Os outros dois voltaram pra cá
E encontraram sua sorte.
Na volta, um salutar vício
Praticado toda semana
O buraco virou vitalício,
E ela até ganhou uma grana!
Diversão a cada jogada,
Sempre bom pra se distrair!
Mas quer ver ela irritada?
É perder no buraco pro Almir!
Enquanto isso, Rosa virava
Primeira Dama das Finanças.
Ao mesmo tempo se lembrava
De quanto cuidou das crianças.
Filhos encaminhados e crescidos,
Muita dedicação, anos a fio,
Rosa passou momentos sofridos.
Foi difícil gerenciar o vazio.
Não tendo que tratar de marmanjo,
Um presente lhe caiu do céu:
Com nome e cabelo de anjo,
Seu primeiro neto Gabriel!
Agora, chegando aos sessenta,
Começa outra brilhante metade!!
Rosa vai continuar muito atenta,
Esbanjando felicidade!
A segunda geração está formada,
Mas está aí a terceira geração,
Pedindo uma segunda jornada
De orientação e dedicação!
Amor e carinho não chega!
A um belo futuro digam sim!
Almir junto com a sua Nêga,
Rosa junto com o seu Chin.

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