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terça-feira, 6 de outubro de 2009

Vem depoimento, vai depoimento

Compartilho os depoimentos que recebi sobre minha mensagem novelística, (http://blogdohomerix.blogspot.com/2011/01/la-se-foi-o-caminho-das-indias-com-seus.html ) sem dar nome aos bois, nem às vacas (brincadeirinha!!!!!).

É ver que vão dos assumidos aos que repudiam o hábito.


Um deles comentou que realmente alguém vai ficar paraplégico, mas logo quem: a filhinha-mimada-do-papai-rico-que-tem-helicóptero-e-iate-que-mora-no-Leblon!!!

Ora, ora, eu pensava que íamos ter uma aula de como a cidade é inadequada e não preparada para uma vida de cadeirante, suas dificuldades para usar o transporte público, para ter acesso aos serviços públicos disponíveis, as calçadas mal calçadas ou pior, as não calçadas, as barreiras para se conseguir um emprego, enfim.

Mas agora veremos é apenas o lado emocional da coisa, os lamentos de quem se vê limitado de uma hora pra outra, sem poder aproveitar as delícias que papai rico poderia oferecer, o desespero da mãe despeitada que vai jogar a culpa de tudo no pai que se casou com uma mulher mais nova, e, provavelmente, lááá no final, a constatação de que sua melhor amiga vai acabar sendo a sua hoje pior inimiga e rival, e que ainda por cima teve a ousadia de se casar com o pai.

Emprego? Ônibus? Andar pelas ruas? Problemas que passarão distante do nosso exemplo de deficiente!!!

Sei lá, vamos ver.

Ou melhor, vamos ver nada!

Ainda estou resistindo!

Outro dia, passando pela sala, sem querer ouvi a mãe abandonada se gabando de ter conseguido negociar o preço do apartamentinho simples que ela estava comprando depois da separação, de 8 para 6 milhões de reais ... bem apropriado à realidade brasileira ....

E ouvi a manequim mór alegando para o irmão que não poderia recebê-lo para morar no Rio porque o apartamento dela é pequeno ...... Me tira us tubo!

Acho que não estou perdendo nada!

Abraço

Homero Câmbio Desligo de Novela Ventura



Adorei o final do texto. bela sacada.
Tô com vc. Há anos não assisto até a metade da novela, mas.. os apelos
acabam me seduzindo. Como diz vc: fazer-o-quê!!!!
Mas tenho uma birra do Manoel Carlos, cá entre nós. Acho um porre
esses negócio de só ter Helenas e o pior de tudo é  transformar meu
bairro num "principado". É o inferno!!!!!!!!!
O trânsito, já caótico, fica pior e as pessoas migram ( como aves) pra
cá nos finais de semana!!!!!!!
É um Leblon do imaginário dele, nada a ver com o todo dia de todos nós!
Como foi o show dos meninos da PUC?




As únicas coisas que se salvam nessas novelas são os seus trocadilhos. Essa do "se é mayer é bom" é ótima;  e os do Casseta&Planeta, "com a minha nas índias". O resto é trama ordinário, substancialmente inferior ao que oferece Brasília nos dias de hoje. É competição desleal para os novelistas...





Bom sinal !
Sinal de que você é normal

Sds



Pois é noveleiro assumido ventura... eu tb falei que nao ia assistir pq daqui a pouco to indo embora e acaba o gostinho das novelas.Mas ca estou eu vidrada nas histórias do Maneco...
Bjs




OK Noveleiro Assumido, pode mandar o teu comentário para OGlobo. Estou seguro que será bem recebido.  Mas eu mesmo, não vejo novelas. Não sei se Menelau foi o maior dos espartanos, pois tinha Aquiles, cujo único ponto fraco era o calcanhar, que aliás o liquidou (Ulisses). É claro, Menelau venceu Páris, o grande sedutor, como está na música do Zé Ramalho. Drama causado pela formosa Helena, que foi "raptada" e levada para Troia, (eu vi o filme, se não me engano em 1965 ou 66). Não por acaso, tudo escrito por um "certo"  Homero, no século VIII BC. Os gregos eram bons mesmo.

Forte abraço,



Nao 'seje novelero'. É um ópio e uma maneira de disfarcar a realidade. Na semana final da última novela, as mabchetes do O Globo e da Folha, Veja eram sobre a novela, sua audiencia etc. Como se o Brasil só precisasse ou só se importasse com isso. Que nao temos problemas, que nao temos falta de ética, que nao temos futebol no Brasil que chame a atencao, etc.

Sds




 Se é Mayer é bom ..... Lapidar o seu humor. Devias ter uma coluna em algum jornal de expressão.


hahaha!!!
Também estou resistindo a esta novela, ao menos, por enquanto.


Homer, bom dia.

Eu resisti bravamente a Caminho das Índias. Principalmente, para não incluir "are baba" no meu vocabulário cotidiano. Sua antecessora, "A Favorita", era muito melhor, ágil e diferente. Amei!
Eu gosto das novelas do Manoel Carlos, assisti algumas "Helenas", mas confesso que essa ainda não me despertou vontade de dar uma espiada. Prefiro ficar vendo "Yo Gabba Gabba" e "A casa do Mickey Mouse" com a filhota... rsrsrsrsrs

Mas tem um porém: leio o que vai acontecer no jornal! Pra exemplificar, a personagem da Alinne Moraes (Luciana) vai sofrer um acidente e ficar paraplégica. Taí, não precisa ser exímio conhecedor de Manoel Carlos pra saber que ele vai inserir um personagem "mais real".

Bom, se eu me empolgar com "Viver a Vida", já tenho alguém pra comentar!

Beijoca


Homerix, bom dia!

Saiba que nessa decisão você está acompanhado: também jurei que essa não assistiria!

Agora é só esperar.

Uma tática é tentar fazer muitas coisas entre às 18H00 e às 21H00 e ficar bem cansado, usando a novela como tema para dormir. Costuma dar certo! Gostou? :-))

A minha favorita para isso era a reapresentação de Pantanal. Devia ter gravado uns capítulos só para isso! :-)

Abração e tenha uma ótima semana,




Pô meu, isso é que é ser eclético, até de novela tu entende ! 

Boa semana,



Olá, Homero,
Todo o 2º parágrafo mais o início do 3º vc "copiou" de mim, embora não tenha escrito nada, mas é exatamente o que acontece(u) comigo.
Impressionante como os seres humanos têm reações semelhantes ante os fatos.
Abraço



Putz (hehe), Homero.

Novela eu não assisto de jeito nenhum!! E pra falar a verdade, fico meio perplexa de ver que tanta gente, quase todos ao meu redor, dedicam seu tempo a isso. Sem julgamentos demais, cada um com seu cada um, claro. Mas eu prefiro tããããão mais fazer qualquer outra coisa, como bater um papo com alguém querido, ler um livro, estudar pro Yôga, ouvir uma música...

E acho também um desperdício por parte da rede Globo. Eles sabem que atigem tantos milhões de pessoas,  não custava nada fazer algo de maior conteúdo, né?

E aí eu acabo ficando às vezes totalmente deslocada da roda social, não sei nome de ator quase nenhum, muitíssimo menos de personagem de novela! A verdade verdadeira, é que já há uns 3 anos que eu nem ligo a TV!!!!! A não ser pra assistir DVD. rsss

Boa sorte pra manter a resistência dessa vez! :-)

Bom dia!



Homero , bom dia  !

Este novo ' Novêlo " ( lembra  desse nome do tempo de nosso avós, aliás eu lembro do tempo de minha mãe ! ) a desenrolar com o nome de " Novela " , além da  excelente Lília Cabral , e de algum personagem   vivenciando a Vida Real,  não tem mais nada ! 
É um elenco fraco , mas  a Novela  também é um ponto fraco da maioria dos brasileiros .
Já  ouvi  a seguinte frase : " O José Mayer  tem pinta é de pedreiro !
Mas,  a surpresa  surge de onde  menos se espera !
Estou tentando  um  portador para te enviar a relíquia ( tomara que sim .)
Abraços,




Meu querido cronista,

já deixei de assistir novelas há pelo menos três edições. Não tenho paciência e muito menos família para reunir. Assim fico fora do assédio global. Na maior parte das vezes em que me deixei ficar diante do canal 4, a raiva e a indignação me fizeram um mal extremo: enxaquecas, desarranjos intestinais e urticária, só para mencionar algumas das patologias que assomaram minha existência. Fico "puta", se me permite dizer, com a forma como os autores de novelas denigrem a literatura, os autores sérios, e, pior, ganham muito mais dinheiro que o mais talentosos dos escritores.

Coisas do capitalismo que emburrece e valoriza a mediocridade.

Meu querido cronista, certa vez ouvi um palestrante, jornalista frances, que pelo tempo decorrido e pelo tempo vivido não me lembro o nome, dizer que não devemos permitir que certas mensagens ou mediocridades intelectuais penetrem em nossas mentes. Ele nos propos a seleção daquilo que seria captado por nosso olhar e nossos sentidos. Desde então me tornei radical: saiu do cinema se o filme não vale a pena, desligo a televisão se a programação não merece minhas horas de lazer após um dia arduo de trabalho, fecho o livro se em suas páginas não encontro absolutamente nada que me acrescente, desligo o rádio (ou solicito ao motorista do taxi que desligue seu rádio) quando as letras absurdas tentam invadir minha mente por via do sentido da audição.

Pois é meu amigo, a família é importante, entendo, e sinto muito por você,

um abraço de sua fã maior,



Eu assumo, não sou nada noveleira, DETESTO NOVELA!!!!!! Simplesmente vejo a primeira semana (só para conhecer os personagens) e vejo a última semana pra chegar a conclusão de que novela é tudo igual, todas as personagens casam, tem filhos e são felizes pra sempre. Os vilões se dão mal (adoro quando eles acabam bem, ex.: a psicopata da última que conseguiu fugir da cadeia... a-d-o-r-e-i! algo novo!). O máximo que faço é "as vezes" entrar no site pra ver se "algo de novo" aconteceu... mas minhas noites são direcionadas a séries da tv a cabo... isso sim, sou viciaaaaaada!!!!

Abs,




Apenas registrando o que conversamos, eu não sabia que todos os pares das Helenas tinham sido representados pelo José Mayer. Sem dúvida nenhuma, a tara do Manoel Carlos é com o Mayer. Essa história de Helenas é só para disfarçar...


Caro amigo,

Concordo com usted em gênero, número e gráu.
Há muito que fujo das novelas, nãos as asisto, pois que hoje, tirando a pirotecnia da tecnologia das montagens e locações, passam pela urbanidade, se não locais, de nossa cidadezinha, do Leblon de Manuel Carlos, vai alhures à India, que, realmente nos trouxe muitos conhecimentos culturais, belas locações, mas que exibiu aos jovens desconhecidos, talvez aquilo que não se ensina na escolaridade, qual seja a diferança das castas. Mas o cerne, sempre é a trama familiar, hoje muito "confusa", aliás, sempre foi........... Nelson Rodrigues chocou quando exibiu as realidades nuas, mais do que cruas.
Compreendo sua condição de excelente e ajustado membro familiar, que acaba assumindo este horário em seu curriculo, às vezes, talvez muitas, de chocar com seus princípios, como absorvi de seus comentários.... porque a família sendo o primeiro plano, baixas à ela para feliz condição de participante ativo, na presença (passivo na concordância). E o que é desconcertante é que as familias adeptas destes horários e viciadas nestas sequencias, induzem seus filhos e mformação a assisti-los. Como podem amanhã, reprimi-los, ou limita-los, se agem, em concordancia com o que veem e torcem?
Os psicólogos falam muito destas situações, já assisti uma entrvista a este respeito.
Tou contigo  e não abro



Homero.
Quando criança, costumava ver as novelas por conta das minhas avós e pais, que eram e são noveleros. Hoje, em minha própria casa, não as vejo mais, exceto um ou outro capítulo, por conta dos meus horários. A das Índias foi a que mais pude assistir. Mas meu tempo de novela me fez perceber algumas particularidades que podem ser consideradas como a receita de uma novela:
1- Existem sempre dois núcleos que se encontram por conta de uma personagem. A história nunca é sobre uma classe apenas.
2- Como no Romantismo, quem é mau é sempre mau e quem é bom é sempre bom.
3- Em toda novela existe pelo menos um personagem que: ou não sabe quem é seu pai (ou pensa que sabe), ou não sabe quem ou onde está seu filho (ou pensa que sabe). Em muitas, essas duas variações coexistem.
4- Seja no Rio ou em São Paulo, só existe um restaurante, uma boate e, no caso do Rio, a praia fica reduzia a poucos metros.
5- A moral é relativa. Um marido que traia a esposa pode ser um canalha enquanto outro, que também trai a esposa pode ser um mártir.
6- Ser bom e honesto é sinônimo de ser tolo,  burro e frouxo. Já os maus e desonestos são inteligentes, espertos, impetuosos.
7- Os casais que se formarão ao final da novela se conhecem logo nos dois primeiros capítulos.

Hoje as tramas estão mais ágeis e, pela primeira vez (que eu me lembre), na novela das Índias, a mocinha não terminou com seu primeiro par, mas para isso ele foi reposicionado. Acho que "erraram na mão" e ele passou a ser visto como inconveniente para a mocinha pelo público.



Homero,

Não me lembro da última novela que acompanhei, a ponto de conhecer personagens, debater destinos, etc. Talvez tenha sido uma em que a Cláudia Raia tinha um romance escondido com o mecânico da rua. Para vc ver que não me lembro direito nem do nome da novela, nem dos personagens. Bom, talvez isso seja já um prenúncio do "alemão" e não de um maior ou menor interesse, é verdade. O fato é que comecei a ter outros interesses neste horário, gosto mais de filmes, assinei a tv a cabo e, principalmente, percebi que estava discutindo os destinos dos personagens como se fossem pessoas independentes. Como se o autor, autoritária e ditatorialmente, não estipulasse as escolhas "de vida" dos personagens a seu bel prazer. Algumas entrevistas, concedidas durante e após as novelas, pelos autores, me desencantaram, como se eu tivesse acordado, subitamente, para a realidade da ficção. Novamente, pensando bem, o errado sou eu: desde o princípio a expectativa em relação aos personagens deveria ter sido mais "realista" ou,aliás, mais ficcional, entende?!

Lembro-me, também, de meus pais coibindo, nas minhas irmãs, qualquer gosto que elas pudessem ter pelas novelas. Intelectuais ou intelectualóides, achavam que as filhas deveriam ter interesses mais elevados, ler livros, debater assuntos mundiais, enfim. Comigo, nem se preocupavam: homem não se interessa por novela e estamos conversados! As coisas mudam, o mundo gira, águas passam e hoje lá estão, ambos, assistindo a "Caminho das Ìndias", "Viver a vida", debatendo a personalidade dos personagens, criticandos-os ou elogiando-os, absolutamente inseridos nos mundos criados pelos autores. E, como se esta mudança já não fosse enorme, como se já não bastasse, ainda incorporaram novos programas "não intelectualizados" ao repertório, como o BBB, por exemplo. Não perdem uma edição! E, de novo, lá estão a discutir atitudes de cada participante, torcer, revoltar-se ... Ainda não soube deles ligando em um paredão para tirar ou manter algum preferido mas não me espantaria caso já tivesse acontecido.

Abs.



Pois é Homero, fiquei coladinha nas Índias e no final acabei no fundo do Ganges!!
Puxa, porque a Gloria Peres tinha que adoecer logo agora...



Quem diria.....por essa eu não esperava.



Homero,

Há muitos anos atrás, acho que por volta de 1977-8, vi o José Mayer andando na rua. Ele estava iniciando a sua carreira, tanto que eu o reconheci como ator, e me lembro de ter comentado com alguém que aquele rapaz estava na profissão errada. Mesmo que tivesse talento seria muito difícil fazer carreira sendo tão feio fisicamente. Ainda bem que fui trabalhar com petróleo, eu é que não teria nenhum futuro como analista do que as mulheres acham bonito.

Um abraço,

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