.... demorei alguns segundos e disse "Não sei .... Boa pergunta!".
Fui ao dicionário e vi que, na verdade, não. É apenas referente ao passado, antiquado, retrógrado, fora de moda, 'só vive no passado', enfim, tudo negativo. Mas se você for na origem grega da palavra, 'ana' é 'contra' e 'cronos' é 'tempo', então não tem nada dizendo se é o tempo que passou ou que ainda está por vir. Concluí que o termo poderia aplicar-se, numa licença poética, de algum modo, ao que está para acontecer, e, portanto, pode ser uma referência a um comportamento avançado, adiante do seu tempo (mesmo com o risco de descambar para o depreciativo 'Ele vive no mundo da Lua!').
Bem, tudo isso para introduzir o papo de hoje.
Em recente edição da Revista Exame, um artigo se intitula "Beatles - A Construção de Uma Marca Eterna", gentilmente repassado por um amigo.
O 'link' para o artigo completo está lá embaixo, mas eu destaco dele alguns poucos pontos, transcritos a seguir, com algumas dições minhas (entre parênteses, em fonte menor, vermelha e em itálico) :
- 1. ... os Beatles surgem ( em 2009 ) para bater todos os recordes de vendas de CDs. Sim, 40 anos após seu término, a banda formada por Paul, John, George e Ringo, os quatro garotos de Liverpool, mostra que continua a ser uma das marcas mais poderosas do planeta. O nome Beatles e tudo o que ele representa -- rebeldia, revolução, qualidade e inovação -- ainda hipnotiza a geração de filhos e netos de seus primeiros fãs....;
2. A procura fez com que os Beatles tivessem cinco entre os dez álbuns mais vendidos do ranking geral da Billboard, batendo a marca do próprio Michael Jackson (que tem três discos entre os dez mais vendidos do ano) e de estrelas populares, como o rapper Jay-Z ( oh, God... ) e a cantora Beyoncé (essa é muito boa , mas americana demais!) ;
3. Na prática, ...., os Beatles conseguem renovar constantemente sua legião de fãs. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos e divulgada em agosto pelo Pew Research Institute, especializado em comportamento, mostrou que os Beatles estão entre as quatro bandas favoritas por gente de todas as faixas etárias. A pesquisa também constatou que os Beatles estão em segundo lugar entre os astros pop mais admirados por jovens de 16 a 25 anos, logo atrás de Michael Jackson.
É por essas e (muuuitas) outras que eu sigo em meu caminho, insistente divulgador, chato escritor de abobrinhas sobre os quatro de Liverpool, não sem razão apelidados de Fab Four , cuja obra, apesar de tudo, ainda gera, em muitos, um certo preconceito, uma resistência, um bloqueio .
Alguns podem inclusive me tachar de 'anacrônico', na expressão aureliana da palavra. E eu posso até aceitar a alcunha, pois depois que ELES acabaram, eu fiquei meio perdido. Foi difícil começar a gostar de outras coisas, mas enfim vieram Pink Floyd, Led Zeppelin, Deep Purple, e uns poucos outros. E meu gosto musical não foi muito além do início da década de 80 . Aqui no Brasil, teve Titãs, dignos representantes tupiniquins do bom rock, posto que inovadores, audazes, revolucionários.
Eu prefiro, entretanto , agregar a mim a licença poética sugerida sem querer por meu filho. Creio que posso atribuir-me o lado novo da qualificação, pois que, pelo dito no artigo, aquilo que eu mais admiro ainda fará parte do universo de muita gente, por anos, lustros, décadas, no futuro, e ainda será considerado atual, pulsante, gostoso!
O fenômeno ainda é fenômeno para uma maioria e, se 'toda maioria é burra', nela me incluo, com louvor, e prazer enorme.
Abraço
Homero Divulgador Beatle Gratuito Ventura
Eis o link
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A construção de uma marca eterna http://portalexame.abril.com.br/revista/exame/edicoes/0953/marketing/construcao-marca-eterna-501719.html
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