Lembrei-me dela porque hoje pela manhã, comentei sobre Guarapari.
Mas só decidi republicar porque hoje faz exatos 60 anos da morte de John Kennedy.
Quais são as mais antigas
imagens/situações que vocês se recordam de suas vidas?
Compartilhe, se for de seu desejo!
As minhas? Vou relatar quatro!
A mais antiga foi com 4 anos. Nasci em Santos, cidade de
praia, mas meu pai me contava que eu não queria entrar no mar nem por um
decreto. Curiosamente, meu primeiro banho de mar a quase 1000 km de minha terra natal, em Guarapari,
numa viagem de férias de família. Até hoje me lembro da areia grossa daquela
praia.
A segunda foi um ano depois e celebrou 50 anos agora em novembro, com grande repercussão na mídia mundial. Fiquei chocado, e chorei com o assassinato do
Presidente Kennedy. Até me lembro de seu filho John John brincando com a bandeira do caixão.
A terceira foi quando entrei para o Colégio Santista, aos 6 anos, e felizmente tenho registro fotográfico da data.
A quarta foi ainda naquela ano. Meu irmão comprou o primeiro LP dos Beatles que saiu aqui. Ele se chamava Beatlemania, e só muito tempo depois eu vim a saber que a capa era a mesma do 2º LP oficial, With The Beatles, que saíra ainda em 1963, na Inglaterra... mas eu queria mesmo é ouvir aquilo tudo. Marcou-me muito a imagem de Paul, também em meia-face como os outros 3, mas, daquele jeito, Paul parecia minha mãe iracema (bonito nome, né?). Pra quem não reconhece, Paul é o útimo fa fila de cima!
E vocês? Será que alguém vai aparecer para comentar?
No Fantástico do último domingo, o Dr. Dráuzio Varella mostrou umas imagens de como seria a reprodução do ser humano. Impressionantes, mas eu ainda prefiro as imagens deste comercial, pelo humor, mas principalmente pela música que ele usou!!!
Gente, vejam este vídeo e depois retornem ao texto,
Viram que genial?
Que propaganda magnífica!
Além de toda a plástica, a computação gráfica, o humor, tem a tal música!
Conheciam?
Se tiveram curiosidade de ir ao 'Quem Sou Eu', ali, do lado direito, logo abaixo dos 'Marcadores', e clicaram no 'Visualizar Meu Perfil Completo', encontraram, em 'Músicas Preferidas', o nome da canção:
You´re the first, the last, my everything
E ela estava lá since blog inception!
Trata-se de, em minha humilde opinião, da melhor canção da época Disco!!
Feita e brilhantemente executada por Barry White, ela povoou as discotecas por muito tempo no começo da década de 1970. Aquele vozeirão era de arrepiar.
Aliás, Barry White pode ser considerado o Tim Maia americano, acho que os dois aceitariam a comparação mútua de bom grado, sem se acharem diminuídos. Astros de primeira grandeza da música! Aliás, devem estar confabulando sobre o assunto lá no outro plano, onde estão!
Não que eu tenha dançado muito ela, afinal dança não era, nem é, minha praia. Mas que ela era... e é, contagiante, ah, isso era ... e é!
Eu ouvia e re-ouvia e mais uma vez e de novo
Aquele início, com aquele vozeirão declamando, a entrada dos violinos, o prenúncio
tcha ra tcha tcha
tcha ra ra tcha tcha
tcha ra ra tcha tcha
tcha ra ra ra ra ra ra ra ra
My first ... My Last ....My Everything...
Isso era O começo de música!!!
E ia ao delírio com aquela parada total entre o primeiro e o segundo versos, dois memoráveis segundos apenas com o eco da voz de Barry, e mais adiante um lindo verso apenas instrumental com poderosa orquestra
Simplesmente genial!
E a colocação da canção no comercial é perfeita, veja se não!!!
Dá só uma olhada na letra!
My first, my last, my everything, And the answer to all my dreams. You're my sun, my moon, my guiding star. My kind of wonderful, that's what you are.
I know there's only, only one like you There's no way they could have made two. You're, you're all I'm living for Your love I'll keep for evermore. You're the first, my last, my everything.
E agora, lembre-se do filme...
Espermatozóides voam rumo a um grande óvulo, num cenário de guerra. Todos se espatifam na parede do óvulo, até que chega um, e somente um, embalado pela música, a fazer piruetas, todo charmoso, trazendo flores, para quem, e somente para quem, se abre uma fenda, por onde ele, único dentre milhares, é admitido, propiciando assim a concepção, e iniciando o ciclo da vida.
Aplique a letra à cena! O vitorioso declara:
Você é a minha primeira, minha última, meu tudo! A resposta para todos os meus sonhos!
(decidi feminilizar a masculinidade do óvulo, para tornar a coisa mais adequada,
problema que eu não teria na assexuada língua inglesa)
É ou não é perfeito? Um óvulo é o sonho de todo espermatozóide, mas aquele caprichosamente só aceita um e somente um dos milhões daqueles que lhe batem à porta, em toda e qualquer relação sexual em época de ovulação.
Poucas vezes, vi um comercial tão bem feito! Ele não foi ao ar, mas é um sucesso na internet. Uma seguradora belga dá a mensagem, que é:
Encontre uma vantagem competitiva,
encante seu cliente
e terá sucesso!
Ouçam agora, se quiserem, o grande (em todos os sentidos) Barry White cantando a canção tema deste post.
E/ou, se quiserem vê-lo, tem este video, muito legal, ao vivo, não com o mesmo desempenho vocal da gravação, mas estupendo na interpretação. E com direito à banda, ao backing vocal e às cordas (três violinos e um violoncelo) tocadas por quatro mulheres.
Encomendaram-me um artigo com as perguntas abaixo listadas:
O
que é petróleo? Qual
a sua composição química? Como
foi formado? Como
é encontrado na natureza? Como
é feito o estudo geológico para encontrar o óleo? Em quais
tipos de rochas se pode encontrar petróleo? Quais
são as principais características que as rochas apresentam e que
são indicativos de encontrar petróleo e gás natural? Se
for mais de uma, quais são as diferenças entre elas? Quais
são as características que um poço precisa ter para que seja
considerado um poço comercialmente viável? (*)Como
é feito esse estudo? O
que é pré-sal? Qual a diferença entre as demais áreas em que se encontra petróleo?
Ao invés de responder uma a uma, no velho estilo Q&A, preferi responder apenas uma delas... a que está em vermelho ... com um texto só passeando pelos vários aspectos que determinam a viabilidade de um campo de petróleo, tentando passar por todos os demais pontos questionados ao longo dele...
E vou publicá-lo aqui em uns poucos capítulos .... pode ser? ' Antes, um breve alerta, explicando o (*) acima: não se aplica o termo 'viabilidade' a um poço de petróleo, mas, sim a um campo de petróleo, que pode ter um ou mais poços produtores. Vou modificar aqui a pergunta para: o que é preciso saber para se determinar que vale a pena perfurar um poço de petróleo?
Desde já, deixo aqui um disclaimer: não espere encontrar aqui um tratado técnico detalhado sobre o tema, a intenção foi apenas apresentar alguns aspectos dessa indústria, pra quem só ouve falar sobre ela, e não tem ideia da magnitude desse mundo, que começa lá debaixo da terra. Os puristas que me perdoem! Ah, e também releve o estilo leve... esse é meu estilo de escrever...
Capítulo 1: O Risco
Em primeiro lugar, claro, para um campo ser viável, o petróleo precisa existir! A responsabilidade de se encontrar petróleo é do Segmento Upstream da Indústria, que investiga as possibilidades de existência de petróleo, perfura poços e, caso confirmada sua presença em quantidade comercial, produz o petróleo, processa e trata óleo e gás natural no estado bruto para entregá-los ao Segmento Downstream, que produz os derivados que serão consumidos pelo mercado. Mais recentemente, dá-se destaque também ao Segmento de Midstream, responsável pelas entregas entre segmentos, utilizando as mais variadas modalidades, sem mexer com as propriedades do que carrega.
A possibilidade de se encontrar petróleo depende da conjunção de alguns fatores da natureza, independentes entre si, que têm que estar presentes simultaneamente. De um modo geral, avalia-se a existência pela análise de 5 fatores: a geração, a migração, o fechamento, o reservatório e o ’timing’ da ocorrência deles todos. Para colocar numa linguagem lúdica, o petróleo tem que nascer, viajar, encontrar um obstáculo que será sua morada final e tudo tem que ocorrer com sincronismo para se propiciar que o ouro negro se encontre na região que é de sua propriedade, pronto para ser explorado pelo homem.
Então, vamos lá, ponto a ponto.
Geração (O Nascimento)
O petróleo nasce na Rocha Geradora, uma rocha argilosa ou carbonática, mormente folhelhos, siltitos, e calcilutitos, portadoras de matéria orgânica. Carcaças de animais e principalmente vegetais (algas em destaque), mortos há milhões de anos, são soterrados por quilômetros de camadas rochosas ao longo do tempo. A ação da pressão dessas camadas, associada a temperaturas que variam de 80 a 200 graus Celsius, faz com que tal matéria orgânica se transforme em compostos de hidrogênio e carbono, os hidrocarbonetos, elementos básicos do petróleo, o chamado ouro negro, que pode apresentar-se na forma líquida (óleo), semi-sólida (betume) ou gasosa (gás natural). A triste realidade: nós, ainda que com pequena contribuição, poderemos ser o petróleo do futuro! Não há como escapar!
Migração (A Viagem)
Após a geração, o petróleo convive com água salgada nos poros da rocha geradora até que é expulso (migração primária) para as rochas carregadoras ou para falhas, por diferencial de pressão. O petróleo busca sempre um ponto de menor pressão e, por isso, o caminho é geralmente ascendente, em direção à superfície, mas pode ser levado a quilômetros de distância (migração secundária). Se sua alegre viagem acontece sem obstáculos, em passo de tartaruga geológica, o petróleo pode chegar até a superfície já na forma asfáltica, por vir perdendo seus componentes voláteis, o que ocorre por vezes. Em inglês, chamado ‘oil seep’. Aliás, os primeiros ‘óleos’ descobertos foram achados assim.
Fechamento (O Obstáculo)
O petróleo caminha até que encontra um impedimento para prosseguir: uma trapa ou um selo. As trapas são divididas em dois grandes grupos: i. as trapas estruturais, compostas por dobramentos ou falhas selantes, provocadas por movimentos da crosta terrestre e ii. as trapas estratigráficas, que bloqueiam o petróleo por variações na litologia, ou, em outras palavras, nas propriedades das rochas, o que pode ocorrer por fenômenos diversos. No momento em que encontra um obstáculo, também chamado de ‘selo’, o petróleo interrompe seu caminho e a mesma rocha que testemunhara sua viagem, agora o acumula, e muda, levianamente, sem razão aparente, sua identidade: é, agora, o reservatório!
Reservatório (A Morada Final) – ou O Campo de Petróleo
Não, o petróleo não se encontra em grandes lagos subterrâneos! O reservatório de petróleo nada mais é que uma rocha porosa, uma rocha com espaços preenchido por fluidos. Se os poros são intercomunicáveis entre si, diz-se que a rocha é permeável. No reservatório, o óleo, por ser mais leve, segrega-se da água e se instala em sua porção superior. O gás, mais leve ainda, pode sair de solução e fica lá no topo. Um bom reservatório tem porosidade mínima de 10% e a máxima não passa de 35%. Arenitos e conglomerados (como os turbiditos) são tradicionais rochas-reservatório. Ser ou não ser um bom reservatório .......... eis a questão do risco!
Timing (Sincronismo) Os fenômenos descritos até aqui não ocorrem da noite para o dia! A escala de tempo aqui é geológica e a unidade é milhão de anos! Além de ser necessária a ocorrência de todos eles, tudo tem que ter acontecido na ordem correta. A estrutura tem que estar pronta para conter o petróleo que migrou após ter nascido na rocha geradora e de lá ter sido expulso. Um exemplo comum de falta de timing: há geração, o petróleo migra e somente depois ocorre a estruturação. A esta altura, o querido ouro negro já está a léguas de distância, em busca de outro ombro amigo, na propriedade alheia!
Geólogos e Geofísicos (tratá-los-emos aqui pelo termo que engloba as duas categorias, Geocientistas) têm ferramentas (e muita imaginação!) para inferir a probabilidade de ocorrência de cada um destes fatores fundamentais para a ocorrência de petróleo. A cada ponto, em um exemplo numérico, estará um percentual, referente a tal probabilidade:
Geração -100% (o cara tem certeza que o petróleo foi gerado)
Migração - 60%
Fechamento - 70%
Reservatório - 80%
Sincronismo - 60%
Pronto! O petróleo só estará lá em baixo, quietinho, esperando que o bondoso homem venha mostrar-lhe a luz do sol se, e somente se, todos os componentes do risco ocorrerem, simultaneamente! Como são todos fatores independentes, a probabilidade total é o produto das probabilidades individuais! Portanto, o risco que o investidor encara, de encontrar petróleo em sua propriedade, neste exemplo numérico, é a multiplicação 100% x 60% x 70% x 80% x 60%, que resulta, sim, em APENAS 20%. Ou seja, ele sabe que tem um risco de 80% de não encontrar nenhum petróleo ali, onde ele precisa que esteja, em sua propriedade!