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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Trapacear, comer, rezar, amar e dormir

O primeiro verbo do título refere-se ao cerne, ao âmago, ao modus operandi do filme 'Wall Street - O Dinheiro Nunca Dorme'.

Afora as belíssimas atuações de Michael Douglas (Gekko), Carey Mulligan (a filha) e Shia Labeouf (o genro), e da magnífica cena inicial, quando Gekko recebe os pertences que entregara ao entrar na prisão 8 anos antes, o resto é uma sucessão de trapaças, fortunas perdidas e ganhas, boatos mentirosos (pleonasmo?), tudo movido a dinheiro, que como diz o título, nunca dorme. Prefiro dormir tranquilo, todas as noites, a viver num ambiente daqueles... Como já dizia o Elclesiastes no Velho Testamento, 2.300 anos atrás, 'Se a fartura do rico não o deixa dormir, ele estará acumulando ao mesmo tempo, sua riqueza e sua desgraça' ... aprendi com Max Gehringer.


Os próximos três verbos do título desta mensagem são o exato nome de um filme de Julia Roberts, também em cartaz, baseado em um livro homônimo, autobiográfico, de uma americana que vai buscar o seu 'eu' (ai!) na Itália, Índia e Bali, aonde vai praticar os três verbos, respectivamente.

O último verbo representa o que fiz em alguns momentos do filme acima. Muito arrastado, pouco explicado, monótono. Como sempre, o livro é muuuito melhor que o filme, como me disseram alguns que experimentaram as duas experiências. Para piorar, foram convocar um espanhol para fazer o papel de um brasileiro. Quando o cara falava 'português', a gente mal conseguia entender. Muito melhor seria colocar um brasileiro. Bons atores há muitos. Acho que o complicador é a língua. É difícil achar ator com inglês fluente. e isso era necessário para o filme pegar nos EUA. Rodrigo Santoro poderia ser um bom nome, afinal já atuou em Hollywood, se bem,que, nos papéis que fez, se elaborou mais que três frases, tudo somado, foi muito.... Ao menos sabemos que ele estudou no 'Wise Up'. O problema é que ele seria jovem para o papel. Pensamos em Antônio Fagundes, mas já passou da idade. Sobrou pra José Mayer...

Afinal, se é Mayer .... é bom, a máxima do Manoel Carlos....

Homero Verbalizando Ventura


9 comentários:

  1. Sensacional, Homero! "Se é Mayer, é bom" foi hilário!

    Quero muito assistir esse "Wall Street", mas só depois de "Tropa de Elite 2".

    Grande abraço!

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  2. Hola Homero,

    Eu não assisti ao primeiro filme, mas no segundo conjuguei todos os tempos do verbo dormir. Foi sem dúvida o filme mais sem graça que eu assisti com a Julia Roberts. Também achei ridículo ter um espanhol fazendo o papel de um brasileiro. Pensei até em alguns nomes que poderiam fazer esse papel e dar um outro brilho ao filme. A escolha só mostra como a indústria cinematográfica brasileira ainda tem muito por fazer.

    Aproveitando, no meu artigo dessa semana do blog escrevi sobre aquele trocadilho que você usou em um dos seus comentários. Contar amigos é fácil, mas com quantos podemos contar. Dê uma lida e deixe seu recado como de costume.

    Um abraço,

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  3. By the way, o espanhol "brasileiro" (ou "brasileiro" espanhol) já está sendo sondado para virar um "chileno" no filme sobre os mineiros presos 69 dias...

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  4. Aprendiz,

    Pensei nele imediatamente ... e pode ter o Benício del Toro também ... e o Gael Garcia Bernal .... e o Ricardo Darín ... e o Antonio Banderas, por que não?

    E só de vingança, o Rodrigo Santoro falando espanhol....

    E em cima, na espera, Penélope Cruz e outras...

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  5. São dois filmes que tenho vontade de ver... Pena que você dormiu no segundo... desanimei um pouco, pois, como já disse, meu tempo está escasso com família, trabalho, casa nova e acabo vendo um filme por mês. Tenho que escolher bem!!!

    "Ao menos sabemos que ele estudou no 'Wise Up'". Esta foi ótima!!!

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  6. Obrigada por avisar.... não iria mesmo (nem amarrada) ver os dois...
    (Tô chata, né não???!!!!)
    ótima crítica, só acho que o José Mayer já passou do ponto rsrsrsrs

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  7. Homero,

    Não assisti ao Wall Street (meu filho Guilherme detestou e não estamos animados).
    Mas assistimos ao “Comer, Rezar, Amar”. Li também o livro. Não gostei nem muito do livro, embora haja partes que sejam realmente interessantes do ponto de vista reflexivo sobre Deus e o encontro com Ele. Também sobre casamento, amor, encontros e desencontros. Enfim, havia momentos em que me irritava com o livro, outras vezes, relia trechos e os lia em voz alta para Tjerk. Me emocionava também.
    O filme é uma chatice: não consegue passar as coisas boas que o livro tem. E o Javier Barden como brasileiro é de doer. Acho que a classificação indicativa neste caso seria bem vinda: “proibido para brasileiros” seria um bom alerta.

    Ab,

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  8. Oi, Homero,

    Não assisti aos filmes dos verbos em destaque.
    Entretanto, assisti a 25 filmes no Festival de Cinema.
    Neste festival apresentaram vários filmes da Argentina e da Coréia do Sul muito bons e diferentes.
    Alguns entram em cartaz de imediato como “Dois Irmãos”.
    Outros nem entram no circuito regular.
    Muito obrigada pela crítica cinematográfica, tem sido útil nas conversas com outros cinéfilos.
    Abraços,

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  9. Caro Homero,

    Tenho a mesma opiniao, mas o
    Portugues dele estava otimo, ou ja estou naquela fase em que ja esqueci a nossa lingua e nao aprendi o espanhol , ja, ja
    Sds

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