-

sábado, 6 de julho de 2024

Rock, Parceria e Poesia


_________________________________________


Há 67 anos ocorreu um encontro que iria mudar o mundo
Que bom que eu já estava a caminho, na barriga de minha mãe ...
para poder testemunhar tudo aquilo que eles proporcionaram.
Caso prefiram o Audio Blog, cliquem abaixo...
O texto está logo depois!!
_________________________________________
O texto, que foi feito em 1998,
e tem uma incorreção, que alertarei na locação.

Muitos, com certeza, já ouviram falar da parceira Lennon/McCartney mesmo não sendo fãs dos Beatles. Responsáveis pela composição por quase 90% das músicas autorais da banda, John Lennon e Paul McCartney certamente colocaram seus nomes na lista de TopTen Composers de qualquer especialista em música, incluindo os mais reticentes. Uns poucos exagerados da imprensa especializada da década de 60 diziam que Lennon e McCartney eram os melhores compositores desde Schubert (!!).
Esta parceria começou graças a um desprendimento de John, claro que associado a uma visão de futuro privilegiada. John, em sua costumeira modéstia, desde pequeno sabia que seria grande. Sempre foi o líder dos grupos em que se metia, para o bem ou para o mal. E líder ele era dos Quarrymen, uma banda de adolescentes ingleses que tocavam rock em variados lugares de Liverpool, inclusive em pátios de igrejas. E foi num pátio de igreja, na tarde de 6 julho de 1957, que ele foi apresentado a Paul por um amigo comum (de nome Ivan Vaughn *, a quem nós, amantes dos Beatles, agradecemos imensamente). Paul mostrou na guitarra seu conhecimento sobre o rock americano (John se impressionou por Twenty Flight Rock) e também trechos de composições suas. De imediato, John percebeu que estava diante de um igual. Nas 24 horas seguintes, ficou matutando, com seu imensurável ego, o dilema de continuar como estrela solitária, ou deixar seu brilho ser ofuscado pela presença de um outro talento no grupo. Quiseram os deuses do rock que ele optasse pela última, e assim criou-se a semente do sucesso dos Beatles. Depois, em 8 de fevereiro de 1958, Paul trouxe George Harrison e, por último, chegou Ringo Starr, em 18 de agosto de 1962, já nas vésperas da gravação do primeiro disco. O resto é história... um pouco da qual, conto aqui!
(*) Ivan era amigo de infância de John e colega de Paul, e tocava aquele escorredor de roupa do skiffle no Quarrymen, mas não era sempre. Os dois Beatles nunca se esqueceram dele, inclusive o colocaram na folha de pagamento da Apple por algum tempo, num projeto que não foi adiante. Outra ligação de Ivan com os Beatles foi por sua esposa Jan, professora de Francês, que foi contratada para sentar-se com Paul e John para ajudar nas partes no idioma da canção Michelle, de Rubber Soul, 1965. Ivan era nascido no mesmo dia/mês/ano de Paul e morreu cedo, aos 51 anos, de pneumonia.

John e Paul começaram a compor juntos e logo viram que, apesar dos estilos diferentes, a afinidade era grande. Tanta que chegaram logo cedo a um acordo de parceria: fosse John ou Paul o verdadeiro autor de uma canção, a autoria oficial seria declarada como de Lennon/McCartney. No começo, Paul tentou sugerir uma ordem diferente, algumas canções chegaram a ser registradas como McCartney/Lennon, mas a liderança de John acabou prevalecendo. Este tipo de acordo foi repetido por inúmeras duplas famosas, inclusive a nossa tupiniquim Roberto e Erasmo Carlos. O acordo só veio a se desmanchar com o fim dos Beatles.
Os dois amigos tinham uma capacidade para compor invejável. Conta a história que, num encontro com um certo Michael Jagger, amigo das noitadas em Londres, este último reclamava que não tinha uma música suficientemente boa para gravar seu primeiro disco. Diz a lenda que os dois se retiraram do ambiente por 10 minutos e, ao retornarem, entregaram a Mick aquela que seria o primeiro sucesso dos Rolling Stones: I Wanna Be Your Man. Claro que a canção está longe de ser uma obra-prima, nem poderia se exigir mais (*). Em outro episódio, à época da filmagem de seu primeiro longa-metragem, deram outra mostra dessa capacidade. O filme tinha o título baseado num suspiro de Ringo Starr após um dia intenso de filmagens: Well, it's been hard day...’s night! Os produtores ainda tinham título. John falou o tradicional: É esse, deixa comigo! …. E foi para casa. Na manhã seguinte, mostrou o que tinha conseguido a Paul, que cantou o middle eightWhen I’m home, everything seems to be right …”. E entregaram A Hard Day’s Night, aquela que seria um de seus maiores sucessos. Um terceiro episódio (há dezenas deles): Paul conta que sonhou com a melodia de Yesterday, acordou, e achou tão linda que duvidou da própria arte, e foi conferir, com John, com George, com o outro George, até que se convenceu que era uma McCartney original, e foi buscar a letra. Ocorre que, a única coisa que lhe vinha à mente, ao invés do famoso “Yes-ter-day .... All my troubles seemed so far way ” era “Scram-bled-eggs .. oh my darling how I like your legs....”. Claro que, rapidamente, ele colocou uma letra mais apropriada e concluiu aquela que seria a canção mais re-gravada de todos os tempos. Nesta última, John pouco contribuiu, se é que...
(*) Não foi num bar, foi num táxi, 
conto melhor o episódio aqui, neste post
Aquele acordo de parceria fez com que muitos pensassem que todas as canções com o rótulo Lennon/ McCartney fossem compostas sempre por John e por Paul em um trabalho conjunto. Isto, na verdade, somente aconteceu nos primeiros anos da dupla e mesmo assim, somente em algumas poucas canções (She Loves You, I Wanna Hold Your Hand, Do You Want To Know A Secret?, From Me To You, Please, Please Me, This Boy), e uma ou outra quando estavam mais maduros (With a Little Help From My Friends e A Day in The Life). Nas demais, o trabalho é 100% individual, no máximo um dava um palpite num verso aqui, uma sugestão numa harmonia ali, etc. Havia uma disputa saudável entre os dois: um usava o outro como estímulo para compor cada vez mais e melhor e não ficar para trás na preferência dos fãs.
Quando se tem um pouco mais de familiaridade com as músicas dos Beatles, logo se percebe quem fez qual música:

·  O primeiro sinal é o cantor: geralmente quem compôs, canta a voz principal na gravação. E, com um pouco de treino auditivo, você distingue a voz mais ácida de John da voz mais suave de Paul... uma ótima exceção é Eight Days a Week, que é mais de Paul do que John, mas é este quem canta;

·   Se, ainda assim está difícil, vá pelo estilo: Paul é mais baladeiro, John mais roqueiro. Claro que há exceções memoráveis. Algumas das mais bonitas baladas dos Beatles, como In My Life, Good Night, Girl, Norwegian Wood, são de John e alguns dos rocks mais dançantes, como I’m Down, Birthday, Can’t Buy Me Love, Back In The USSR, Helter Skelter (este, pra lá de pesado!), são de Paul;

·    Se o estilo musical não foi suficiente pra definir, em canções românticas, vá pela letra: Paul é mais up beat, otimista, como em Another Girl, All Together Now, Getting Better, Good Day Sunshine, Hello Good Bye, Penny Lane; John é mais down, pessimista, como em Run For Your Life, I Don’t Want to Spoil the Party, No Reply, I’m So Tired (muitas vezes descambando para a “Corno Music”) e ainda passando por crises existenciais como em I’m a Loser, Yer Blues ou Help;

·    Se a canção não é romântica, aqui vai uma dica: Paul adora contar histórias, repare em Obladi Oblada, Rocky Raccoon (inesquecível honky tonky piano), Maxwell’s Silver Hammer, Paperback Writer, She’s Leaving Home, (esta, uma verdadeira obra-prima!); John tinha algumas mensagens a dar, como em All You Need is Love, Revolution e The Word e ainda viajava junto com as drogas em canções como em Lucy In The Sky Wiith The Diamonds, I Am The Walrus, Rain e Tomorrow Never Knows. Além disso, adorava se inspirar em posters de propaganda como em For The Benefit Of Mr. Kite ou em notícias ou anúncios de jornal como em A Day In The Life (cuja idéia central era dele, com participação de Paul, ao final - Woke up, got out the bed ...) e Happiness Is A Warm Gun;

·      Se nada disso funcionou, vá ao detalhe da poesia:
John adorava os jogos de palavras como em ….
      “It won’t be long, till I belong to you”,
de It Won´t Be Long
      “Please, please me oooh yeah like I please you”,
de Please Please Me
      I get high when I see you go by, my oh my.
       When you sigh, my, my inside just    dies, butterflies.
       Why am I so shy when I’m beside you”, 
de It´s Only Love
        “Everybody is green, cause I’m the one who won your love”
de You Can´t Do That
       “Oh Dear, what can I do, baby’s in black and I’m feeling blue
de Baby´s In Black

Paul procurava rimas ricas, como em …
                “Though the days are few, thei’re filled with tears
                and since I lost you, it feels like years
           de You Won´t See Me
           ou métricas especiais como em
          “Hey Jude, don’t make it BAD,
           take a SADsong and make it better!
                  Remember to let her into you HEART
                  Then you can START to make it better
Hey Jude, don’t be AFRAID,
          you were MADE to go out and get her!
                 The minute you let her under your SKIN
                 Then you BEGIN to make it better
          Hey Jude, don’t let me DOWN,
          you have FOUN, her now go and get her”
de Hey Jude

Enfim, como são cerca de 180 canções, haverá sempre exceções aqui e ali em que regras serão quebradas. E, na verdade, nem interessava saber de quem era qual música. O importante, realmente, é o conjunto da obra. A perfeita harmonia vocal dos dois (muitas vezes com a ajuda de George Harrison), juntamente com as inovações técnicas (muitas vezes com a ajuda de George Martin), contribuía para que o verdadeiro autor se tornasse um detalhe desnecessário.
As desavenças normais que acontecem em 90% das bandas depois de longo tempo de convivência acabaram por distanciar um do outro, sem, entretanto, diminuir o nível de suas composições. E, com o final dos Beatles, cada um seguiu seu rumo, em carreira solo, sempre produzindo boas canções. John continuou mandando mensagens, as melhores delas em Imagine, e Working Class Hero, e revelando crises existenciais como em Mother. Paul continuou sendo up beat como em Coming Up e seguiu contando suas historinhas como em Another Day. Devido ao seu melhor tino comercial (ainda que sendo algumas vezes execrado por isto), Paul teve mais retorno financeiro que John. Este, por seu lado, era mais bem recebido pela crítica do que Paul. Além disso, devido às desavenças mal resolvidas, trocavam farpas musicais, como a Too Many People de Paul respondida duramente por John em How Do You Sleep?, que foi educadamente respondida por Paul com Dear Friend. Em 1973, ele e Paul fizeram as pazes, este foi visitar aquele em seu exílio na Califórnia, enfim.
Porém o tempo não foi suficiente para que voltassem a reviver a velha e profícua parceria, a mais famosa da história da música. Não foi suficiente, pois John foi assassinado. E naquele dia, 8 de dezembro de 1980, na última conversa que teve com um repórter, a declaração foi sobre o grande amigo. Perguntado sobre seu relacionamento com Paul, já ‘off the record’, a caminho do estúdio onde faria sua última gravação, John disse:

Paul is my brother!
You know, as a family we always had ups and downs.
But at the end of the day, there is nothing that I wouldn't do for him
and I'm sure it's vice-versa!

..... pausa para o choro .....


Paul prestou uma última homenagem ao amigo, em 1982, com a canção Here Today, linda, linda, tocante, e ele a tem interpretado, acompanhado apenas ao violão, em todos os seus recentes shows, sempre com a voz embargada.
And if I say,
I really knew you well what would your answer be?
If you were here today

Ooh- Ooh- Ooh, here to-day.

Well knowing you,
you'd probably laugh and say that we were world's apart.
If you were here today

Ooh- Ooh- Ooh, here to-day.

But as for me,
I still remember how it was before,
and I am holding back these tears no more

Ooh- Ooh Ooh, I love you, Ooh.

Como se vê, Paul abre seu coração e admite como faz falta o velho amigo, e se lembra de como era antes, na época em que eles mudaram o mundo. 

--- x ---

Mais textos sobre Paul McCartney no link abaixo:
 http://blogdohomerix.blogspot.com.br/2012/06/paul-mccartney-70.html

18 comentários:

  1. Homerix... Seus conhecimentos sobre ELE, OS DEMAIS E TODOS lhe credenciam ao cargo de biografar a galera, o fenômeno, sucessos, detalhes todos.
    Paulus

    ResponderExcluir
  2. Homerix,

    Notável. Cada postagem sobre ou envolvendo os Beatles, individuais ou em grupo, nos leva a viajar no tempo e aprender um pouco mais sobre os fabulosos que encantaram o planeta. Concordo com o comentário acima, você tem bagagem para escrever uma obra diferenciada sobre os Beatles.

    ResponderExcluir
  3. Parabéns pelo riquíssimo texto.
    Algumas das dicas eu já havia percebido all by myself and a long time ago.
    Concordo com os dois comentários acima. Você bem que poderia escrever um livro sobre os Beatles. Boa parte do material você já tem nos textos postados no blog.
    Da mesma forma que, como já comentei antes contigo, seus textos da série AWOL também dariam um livro muito interessante.

    ResponderExcluir
  4. Muito bom, amigo Homerix! Você é mesmo uma Enciclopédia Beatlanica.

    ResponderExcluir
  5. Homerix,

    Espetacular postagem. Uma pintura, um golaço. Esses são daqueles encontros felizes que produzem pontos de inflexão na história. Emocionante tomar a atenção na homenagem ao amigo através da bela canção Here Today. Congratulations.

    ResponderExcluir
  6. Excelente texto, Homero. Vou ler aos poucos os demais. Abs, Aziz

    ResponderExcluir
  7. Beleza. Muito o que ler e viajar... E, como sempre, acrescento algumas coisas que ouvi por aí, mas não tenho como garantir que sejam verdadeiras. O caso de I wanna be your man. John e Paul não estavam numa mesa de bar com Mick Jagger. Eles vinham caminhando tranquilamente pela Denamark Street no Soho - era início de carreira e ainda andar nas ruas numa boa - quando deram de cara com o empresário dos Rolling Stones. Como sabe, ele tinha trabalhado com Brian Epstein. Era amigo dos meninos. E como estivesse procurando por uma banda para empresariar eles sugeriram The Rolling Stones. Veja como os Beatles facilitaram a vida dos Stones. Enfim, o empresário, Andrew Oldham, disse a John e Paul ali na rua que estava buscando uma música para o novo simples dos seus protegidos, O primeiro tinha fracassado, não tinha entrado nas paradas de sucesso. Eles precisavam de algo que fosse tocado nas rádios, que entrasse nas paradas para que pudessem lançar um LP. E foi Oldham que pediu uma musica Lennon/McCartney para eles.

    Eles já tinham começado a compor uma música que seria para Ringo. Mas só sairia no próximo Lp e não seria como single. Portanto poderiam passar a música para eles, mas teria de ser terminada. Tudo bem. Foram os três para o stúdio Trident ali pertinho na mesma rua onde estavam. E ali, cerca de dez minutos depois, a música estava pronta: I wanna be Your Man. Os rapazes da banda londrina ficaram de queixo caído. E a gravaram assim de queixo caído. Resultado: entrou nas paradas, foi tocada nos rádios e assim ele puderam gravar o primeiro album. Enfim, os Beatles praticamente lançaram os Rolling Stones. Até sugeriram a DECCA porque não cometeriam o mesmo erro duas vezes. Claro que assinariam contrato com eles.
    Essa história eu li diversas vezes em vários lugares diferentes inclusive em publicações confiáveis. Acho que é a verdadeira.
    Mas, como eu disse, quando a gente não está lá vendo tudo, é impossível garantir qualquer coisa. Estou me referindo apenas a como surgiu a m~usica que os Rolling Stones gravaram. O restante da história, que foi o primeiro sucesso dos Rolling Stones, está devidamente comprovado. Sim, foram eles que lançaram os Stones. Os Beatles fizeram outras coisas parecidas...O desejo deles de encher o mundo de música boa era tão intenso que chegaram a criar a Apple para lançar muitos novos nomes. Gente, eles lançaram James Taylor!

    ResponderExcluir
  8. Sim, eu penso exatamente como você sobre Ivan Vaugham. Temos uma enorme gratidão a ele que fez a apresentação. Sobre o projeto que não deu certo e seria encabeçado por ele na Apple, era educativo. Uma escola para crianças tendo como base ss principios hippies de vida. Veja que coisa mais linda. Queriam revolucionar o ensino...incluíndo Paz e Amor, bicho. E como Ivan era professor coube a ele organizar essa escola. Pena que não deu certo. Mas teve inicio. Bem que eu gostaria de ver o que já estava preparado. Nunca nos foi mostrado.

    Eu penso, e aqui é especulação, que John não viu apenas um igual ao ser apresentado a Paul. Ele viu também um melhor musicalmenente falando. Afinal John nem sabia afinar o violão ainda. Paul o ensinou como naquele dia do encontro. John não sabia as letras das músicas direito. Inventava outras palavras na hora de cantar. Tem uma que ele convidava alguém para ir para a penitenciária! rs rs rs. Inventou na hora porque não sabia a letra. E Paul deu um show cantando uma música enorme sem perder uma só palavra. Ele viu que tinha o que aprender com Paul. E sentiu um impacto tão grande que em 1980, na sua última entrevista para a Rolling Stone ele ainda se lembrava do impacto. Tão grande que mesmo sabendo que seus companheiros da banda não queriam Paul por ser de classe 'inferior', John não conseguia parar de pensar nele e o chamou. Claro que havia tembém, assim penso, a identificação. Um menino que tambem vivia para a música e já até compunha. Viu um igual e Paul também viu um igual. Tinham nascido um para o outro. Se complementavam.
    Sim, Ivan...thank you so much! Ah, como eu gostaria de ver seu projeto na educação.

    ResponderExcluir
  9. Tudo que você disse assino em baixo. Você Homerix conhece bem os nossos 4 meninos como ninguém. Te admiro muito. Qdo leio suas análises sei que só pode estar sendo dito coisas maravilhosas. Você é impecável. Amo seus documentários Beatlemaniacos.

    ResponderExcluir
  10. Há momentos que mudaram o curso da História, e é normal que pensemos: "e se tivesse acontecido de outro jeito?"...
    Felizmente, naquele 1956 estavam chegando aos meus 10 anos e Ivan fez surgir o turning point que criou a trilha sonora da minha vida. Se... Paul não tivesse ido... Se... John tivesse caído do palco por causa da miopia... Se... Mas, naquele jardim da igreja sagrou-se o casamento entre dois espíritos. Complementares.
    Que bom!
    Grande registro!

    ResponderExcluir
  11. O que aprendo aqui com vcs certamente não muda nada o curso da história mas me ajuda a calibra-la
    Tkank you guys

    ResponderExcluir
  12. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

    ResponderExcluir
  13. Parabéns!!!👏👏👏👏

    ResponderExcluir
  14. Nenhum comentário de anos anteriores podia adivinhar o belo presente que Homerix nos deu nos 80 anos de Paul. Beleza!!! Abrs do Gerson Braune

    ResponderExcluir