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domingo, 14 de fevereiro de 2010

Tramas repetidas

Heloisa, seguindo a vida, volto ao meu tom crítico. Veja bem, não precisa nandar pra ninguém. Apenas percebo o que está bom e o que está mau, e compartilho com você.

Antes do bate, o assopra.


Que cena maravilhosa a de ontem em Viver a Vida! Aline e Mateus se debulhando em lágrimas foi de arrepiar. A novela engrenou, tem a menininha que faz Manuela arrebentando. Tem aquele ser de inacreditável beleza (tenho que admitir) que fez uma cena ótima de beijo com a chatinha da Helena (que esteve muito bem, admito). Tem o casal tchicathicabunti, sempre divertidíssimo, os dois ótimos, ele, uma revelação, ela, perfeita no personagem.

Mas pára por aí o 'assopra' e começa o 'bate': ainda incomodam as situações fúteis, mas fazer o quê? E, tinha que ter o filho-que-não-conhece-o-pai. Neste caso, ao menos não tem o complemento e-namora-irmã-sem-saber-que-são-irmãos. Mas teve! Na Jordânia, a Luciana namorou o Bruno, e sabe-se lá o que fizeram nas areias do deserto, ficou meio sub-entendido, disfarçado.

Mas nas outras duas novelas, a trama está lá com todos os hífens. Não conheço os personagens pois não as assisto, mas sei que está. Será que a criatividade dos autores anda abalada? Será que não existem outros dramas sociais com apego, que chamem a atenção? Uma coisa é certa, os diretores de núcleo da Globo não está conversando. Não existe uma coordenação, como direi, supra-nuclear que confira as linhas gerais dos roteiros dos três horários?
E, finalizando o papo noveleiro, sinceramente, o Fagundes merecia coisa melhor que a novelinha das sete. Não é possível que a resposta do público esteja a contento. O pouco que vejo, não aguento. Excessivamente caricata! E ainda tem outro clichê: pai-contrata-guarda-costas-para-proteger-a-filha-que-acaba-se-apaixonando-por-ele. Exatamente isto aconteceu n'A Favorita. Parece até a solução para filhas encalhadas: se tudo der errado, contrate um guarda-costas.

A das seis, tudo bem, está prendendo a galera aqui de casa (Dona Mira adora!), apesar de vários clichês, e da vilã, com aquele sorrisinho cínico e lindo, que engana apenas a quem precisa ser enganado. Mas passa!

Enquanto isso, confesso, estou BBBezando, sempre admirando a magnífica produção, edição, as escolhas, fui garfado novamente, e sempre que o assunto sai entre meus pares, percebo que muitos vêem, mas dão a famosa desculpa da esposa, da galera lá de casa assiste e então acaba assistindo, aquilo de sempre.

E o carnaval, o que farão?

E aí, Heloisa, você ficou chocada com meu desejo espúrio para o pulha do Arruda?

E outra pergunta: sei que não tem nada a ver mas você sabe se a Editora Globo edita livros de ficção?

Renata acabou o livro dela, que está ótimo, e vai começar a batalha.

Abraço

Homero

Um comentário:

  1. Homero,



    Gosto de receber suas críticas pois sei que vc é um telespectador do perfil que gostamos de ter: inteligente e com opinião própria. Isto nos ajuda a verificar pontos/aspectos em que precisamos melhorar. E vc tem razão na maioria das observações, assim...

    Continue a mandar suas opiniões. Esta abaixo, como vc me pede para não encaminhar, vou guardar comigo. Fique tranqüilo.



    Estamos em casa no Rio descansando, saindo em alguns blocos (sim, gostamos de blocos, com moderação, é claro!!) e indo ao cinema. Há três anos que nosso programa é este: Carnaval no Rio com cinema. Já assistimos a “Amos sem Escalas” (que título “menor” se consideramos o título em inglês “Up in the air” que tem um duplo sentido inteligente que poderia ser bem traduzido) e “invictus” (adoramos também: pela interpretação de Morgan Freeman e, especialmente, pela mensagem de perdão e generosidade que traz na figura extraordinária do Mandela). Hoje iremos assistir a “Precious” e estamos animados.

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