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quinta-feira, 19 de junho de 2008

AWoL - O Desperdício sagra

Pude notar que, infelizmente, a consciência ambiental ainda não bateu às portas daquele povo: aquilo ali continua sendo o paraíso do AWoWE, American Way of Wasting Energy. A refrigeração de todos os ambientes, não importa o tamanho, segue presente, o próprio edifício onde estava nosso escritório tem um átrio imenso, um enorme cubo de 12 andares de altura e uma base com área de, digamos, 800 metros quadrados, permanentemente ‘winterized’ (como eles gostam de chamar!), 40 graus lá fora, 25 graus lá dentro, aliás, quando a temperatura lá fora baixa ao Zero grau, dentro permanecem os mesmos 25 graus (será que então eles chamam de ‘summerized’?).
Este é um ponto gritante, pelo volume da refrigeração/calefação, mas o fenômeno se repete nas pequenas coisas: quartos de hotel, por exemplo, têm seus aparelhos sempre ligados, quando você chega estão ligados, e, se você desliga, conscientemente, ao sair, ele milagrosamente estará ligado quando você voltar. Nas casas das pessoas, também, a temperatura é sempre agradável, parece que a galera americana não agüenta sentir um calorzinho no verão ou um friozinho no inverno, jamais usando as facilidades que têm instaladas em casa de maneira racional.
Ainda nas casas, vem o consumo de água: todas as casas têm jardim, a maioria delas tem sistema de irrigação automático, mesmo em tempo de chuva. Então é uma quantidade obscena de água que se esvai todo santo dia. Conselhos do tipo: "Espere a chuva, as plantas não vão morrer! A grama pode até não ficar tão verdinha, mas morrer, não morre. Já viu floresta morrer? Nada, a graminha sofre, fica murchinha, mas volta à vida com a primeira borrifada, logo fica viçosa novamente. Apele para a água só depois de muitos dias de estiagem." jamais seriam aceitos pelo americano médio. E tome-lhe água!
Saindo das casas para as estradas, elas continuavam repletas de SUV´s, os famosos e enormes trucks, mania dos texanos, que bebem um mar de gasolina. Muito interessante ver aqueles gigantes parando num estacionamento, e de dentro saindo a motorista pequeninha, descendo até com dificuldade. do veículo.  Mais recentemente, teve a moda dos Hummers, aqueles paralelepípedos ambulantes horrorosos, de US$ 100.000, que consomem litros por quilômetro. Com preços proibitivos de combustível, eles ficam chorando pelos cantos. Lá, quando o spreços internacionais de petróleo sobem, o consumidor sente na bomba, e no bolso, imediatamente.

Com a volta dos democratas, um pouco influenciados por Al Gore, que não aceitou ser Vice de novo, está havendo o incentivo à economia, programas de troca de energia estão sendo implantados, enfim há uma plolítica, as montadoras estão sendo pressionadas para desenvolvimento de automóveis menos poluentes.
Acreditamos?

2 comentários:

  1. Concordo com relação à água, há formas mais racionais de uso. Mas e quanto à climatização? Curtir um "calorzinho" de 40% à sombra em Vegas? Ou um "friozinho" de - 5ºC no inverno na maioria dos estados? Como fazer para estabilizar a temperatura em um país de extremos como os EUA? Parece-me que a melhor alternativa não está em tornar-se mais tolerante a extremos de temperatura mas na chamda auto geração. Cada lugar poderia gerar pelo menos parte da energia consumida. Parece que já há tecnologia para isto. O problema, como sempre, está no elevadíssimo custo inicial. As famílias não teriam como arcar. E, na verdade, é um gasto onde não há melhoria de condições de vida, continua-se identico a como se era antes. Exigir consciencia com "dor de bolso" sem melhoria pessoal é muito dificil, ainda que necessária.

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  2. 26.940...
    Mas um dia chegará através de necessidade.
    Paulus

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