Não soube, nos contatos que tive, de novas histórias sobre o absoluto desprezo do americano por tudo o que se passa fora da America, apenas comentamos o vídeo que circula hoje na internet com a fabulosa resposta da Miss South Carolina (veja aqui .... ah, os concursos de miss!) e seu impressionante conhecimento de geografia internacional, mais ou menos retratada na figura abaixo:
Registro aqui algumas experiências de minha filha.
- Uma amiga americana sequer sabia aonde ficava a Inglaterra (!!!);
- Outra amiga perguntou se aqui no Brasil as mulheres usavam a burka;
- Uma amiga estrangeira, quando se apresentou à minha filha, disse que era de Maurício. Minha filha comentou: "Ah, as ilhas do Índico!!!" A amiga simplesemente se ajoelhou no chão e disse "Thanks, God!", e disse que ela foi a primeira pessoa, depois de quase seis meses na terra da oportunidade, a não se espantar com o nome de seu país e, ainda por cima, saber naturalmente tratar-se de uma ilha no Oceano Índico.
O máximo em desconhecimento e, aqui sim, misturado com preconceito, foi o caso da menina brasileira, filha de um colega da petrobras, que contestou a professora que afirmara que aqui no Brasil se falava francês, dizendo que, na verdade, falamos português, e recebeu um “Maybe in your tribe!” como resposta, pelo que foi punida exemplarmente pela direção, felizmente, após o protesto veemente do revoltado pai.
Homerix,
ResponderExcluirNaturalmente, há que se tomar em consideração a generalizada falta de interesse dos habitantes do hemisfério norte em relação aos países ao sul da linha do Equador. Já ouvi, e você certamente também, tanto os gringos como os europeus atribuirem a Buenos Aires como capital do Brasil. Porém, isso está mudando. O interesse econômico pelo Brasil e pelos seus recursos estratégicos, como minerais, o petróleo do Pré-Sal, além da cada vez mais reconhecida capacidade intelectual e de produçao de tecnologia do brasileiro, tendem a mudar esse panorama. Isso, certamente levará grigos et alli a se interessarem, inclusive, pelo idioma português. A propósito do português se tornar universal, o caminho não é o do boçal argumento da unificação do idioma, como utilizaram os "reformadores", mas da projeção econômica, capacidade tecnológica, intelectual e comercial dos países de língua oficial portuguesa.
Se alguns americanos começam a se interessar por nós graças à projeção econômica, eu não acho que isso qualifique uma "mudança" no pensamento deles.
ResponderExcluirÉ só o senso de oportunidade que lhes fala ao ouvido, enquanto a curiosidade descansa e vê TV.
Além do mais, o desinteresse dos americanos não é só abaixo do equador - muitos são incapazes de localizar o próprio país num mapa, e a Miss South Carolina sequer entendeu a pergunta.
O impressionante naquele país é a polaridade: alguns dos polos mais ricos de conhecimento no mundo estão em universidades americanas; os maiores especialistas do mundo em qualquer coisa geralmente é um americano; a estrutura da educação básica é das melhores no mundo; e quando se pede a um americano que aprenda algo - digamos, pra poder trabalhar numa loja de algum tipo de máquina - ele aprende tudo, consegue explicar, consertar, destruir e re-construir, e ele tem ideias novas, inventa, patenteia e desenvolve, negocia brilhantemente...
No entanto, ao mesmo tempo, o que eles não querem saber nunca saberão. Apesar dos polos universitários e da educação básica, a população geral americana é a prova viva de que a ignorância é muito confortável.
Não sei de que parte da Europa estão falando, mas aqui na Dinamarca as pessoas são muito mais expostas à pluralidade de línguas e culturas, e talvez por isso tenham um vasto conhecimento em geografia.
ResponderExcluirA dificuldade deles está mais em entender as diferenças de escala: "Porto Alegre? Isso fica bem ao sul, praticamente na Argentina, certo?" "- Certo, só uns 1000 km de carro." :-)
Eu, que sempre fui um zero à esquerda em Geografia, tive que aprender na marra pra deixar de fazer feio.
Caro Homero, esta realidade já esta mudando. Este comportamento e ignorancia sobreviveram enquanto sua economia é "compradora" ( moeda forte, domínio tecnologico absoluto, etc ). Hoje o papel se inverte os primos ricos querem e devem exercer o papel de "vendedores" e aí meu amigo se você tem que saber onde esta cada país, a necessidade de cada um , que língua eles falam etc..
ResponderExcluirVamos assistir rápidas mudanças ! Um abraço ! MAURI BOSQUE FERREIRA
27.812... na derradeira. Homerix
ResponderExcluirA coisa está melhorando... o marketing funcionando.. são somos conhecidos, em BRICS (código de emergência).... mas,mas e mas mesmo para eles outros países!!!!
Para nós Brasileiros, a coisa é diferente...... né?
Paulus