A Lavanderia de Meryl Streep
Netflix enfrenta agora uma campanha por causa daquele polêmico filme sobre Jesus, que eu nem vou passar perto. Andam convocando boicote, tudo mais, mas não entro nessa.
Prefiro seguir aproveitando o lado bom da coisa.
Oldman e Banderas são Mossack e Fonseca.... Ring a bell? Sim, Mossack&Fonseca é a sociedade por trás dos Panama Papers, lembram-se, aquele escândalo mundial de uns cinco anos atrás, que derrubou ministros em vários países? Pois é, eles mesmos! E no filme, eles são os mestres de cerimônias, quebrando a 4ª parede muito mais do que atuando em seus próprios personagens. E justamente por isso, não é ótimo! Toda hora conversando com a gente do outro lado da tela (a tal da 4ª parede) ficou meio cansativo... além de ser difícil entender TUDO o que eles explicavam, as intricadas operações de elisão fiscal, as milhares de companhias de papel criadas para burlar legislações.
Meryl Streep é uma das vítimas dessa rede de intrigas, seu marido morre num espetacular acidente, seguramente a melhor cena de ação do filme, e surpreendente, logo no começo, e certamente o papel mais curto da carreira do ótimo James Cromwell, acho que ele quase não abre a boca ... apenas morre! Mas, enfim, ela busca o seguro de vida dele, e descobre que a companhia seguradora era um dos trambiques da dupla M&F, e vai atrás deles....
Valeu a pena! E foi muito divertido, e ao mesmo tempo triste, no final ver estampado com todas as letras o nome da maior empreiteira do Brasil falado, e várias vezes repetido, num filme mainstream, saído das bocas de um Gary Oldman e um Antonio Banderas.
Foi bom, foi instrutivo, valeu o tempo gasto em frente à TV.
Marcadores: Cinema
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