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domingo, 13 de agosto de 2023

Colégio Santista - Fator crítico de sucesso

Hoje, Dia dos Pais
Dia de lembrar do meu
Do que ele propiciou
A base de tudo o que sou
...texto de 2011...
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Colégio Santista - Fator Crítico de Sucesso
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1964
1975
Viva o Facebook!

Graças à sua existência e abrangência, e à dedicação e mobilização de alguns, estou tendo oportunidade de reviver um passado que parecia distante: minha educação básica, do princípio ao fim no Colégio Santista, tradicional instituição marista da minha cidade, fundada em 1904.

A coisa começou com a publicação no mural de um colega, de uma foto daqueles tempos, e foi crescendo aos poucos, em princípio, com os poucos amigos daquele colega convidando como amigos outros que conhecia, de outras turmas. Mas tudo se organizou mesmo quando alguém descobriu que se podia formar um grupo aberto no Facebook. Daí, foi, e tem sido, uma febre. E foi, e tem sido, um tal de pessoas puxarem pela memória, e testarem se outros que não viam há 35 ou 40 anos e só se lembravam do nome, estavam já cadastrados, e se não estivessem, era um tal de chamar: "Entra no Facebook você também!". Viramos todos garotos propaganda da rede social de Mr. Zuckerberg.

Quando escrevi este texto em 2011, estávamos prestes a celebrar o 1.000º inscrito .... e a 300ª foto. Como é legal relembrar os cabelos que usávamos, as calças boca-de-sino e os paletós xadrez das festas. Mas o mais legal e tocante são as memórias que aquelas fotos suscitam, as lembranças dos professores e os irmãos maristas que nos educaram e nos formaram bons cidadãos. Muitos que já se foram, e uns poucos que ainda estão conosco. Irmãos e professores que levaram a sério o lema do beato Marcelino Champagnat, o fundador da ordem marista: "Educar é formar bons cristãos e virtuosos cidadãos; para educar uma criança é preciso amá-la" Toda escola, adaptando ou eliminando a menção religiosa, deveria se pautar por essas palavras. O Santista fez isso com a gente, direitinho.
 
Sendo um colégio religioso, era rígido o suficiente para prover valores morais firmes a seus alunos, com educação séria, o que o tornava muito concorrido, e fazia as famílias da cidade fazerem grande esforço para matricularem seus filhos e mantê-los lá. Famílias que pressionaram muito para que o privilégio da boa educação fosse estendido ao sexo oposto. Em 1970, o colégio adaptou-se aos tempos modernos e admitiu a presença feminina, após 65 anos como um tradicional colégio de meninos! Eu estava lá nessa transição revolucionária. Recebemos, ao que me lembre, muito bem, as meninas no nosso convívio.

Lá passei 12 ótimos anos de minha vida, Primário, Ginásio e Científico, como assim era chamado, bem mais romântico que hoje. E foram 12 anos (o normal seriam 11), de 1964 a 1975, pois não tive idade para fazer o exame de Admissão ao Ginasial, e tive que fazer o 5º Ano, coisa que tinha naquela época. É que entrei no 1º ano do Primário com tenros 6 aninhos, veja que coisa fofa lá em cima, à esquerda (HeHeHe). Que saudade da lancheirinha! O ponto alto da hora do lanche, que hora tão feliz, era desenroscar aquela garrafa de plástico e tomar aquele suquinho de qualquer coisa com leve gosto de plástico, e desembrulhar o papel alumínio, para comer aquele misto-frio (ou sanduíche de atum) maravilhoso!! Mais tarde, quando aposentei a lancheirinha, a corrida pelo enorme pátio para ver quem chegava na frente, na fila da lanchonete.   E tinha a banda, que disputava e ganhava de outras escolas, com evoluções memoráveis. E tinha os desfiles de 6 de setembro, em que marchávamos ao som da banda marcial, com impecáveis fardas brancas e quepes. Em alguns anos eu até ia à frente, empunhando uma espada maneiríssima, como se diz hoje. E tinha a rotina de perfilar ante  bandeiras e cantar o Hino do Brasil e, sim, o Hino Do Colégio, três estrofes das quais a segunda me lembro até hoje, inteirinha. Muito legal! 


Memórias que não se apagam!!!

Ter feito o 5º ano certamente frustrou aos meus pais, pois viram seu filho perder um ano em sua evolução escolar, profissional, de forma irrecuperável. Frustrou a mim, pois perdi a convivência com amigos queridos, especialmente o Magalhães, grande sujeito, que já se foi, que era com quem mais brincava, com quem mais competia pelo 1º lugar, perdendo eu sempre. Mas agora, olhando por um amplo espectro, não fosse assim, e eu não teria conhecido o Cid e o Zé Marques, meus colegas de Científico, com quem eu jogava sueca, na garagem da casa do primeiro, e não teria conhecido a Neusa, aos 20 anos de idade, sua vizinha, que de vez em quando se juntava a nós (ela também estudou no Santista, mas só nos anos de Científico, e na turma de Medicina, eu na de Engenharia). E ela não teria sido a minha 1ª namorada, e não teríamos nos casado, e eu não estaria feliz com ela até hoje, e com nossos queridos filhos Renata e Felipe.

Enfim, assim é o destino!!!

Felizmente, quando a conheci, já não ostentava a cabeleira da foto da direita, que usei em meu último ano no Colégio Santista. Ela me diz hoje que se tivesse me conhecido daquele jeito, teria pensado mal de mim, e nem teria percebido o meu sorriso, que a conquistou (palavras dela...). A cabeleira foi trocada pela careca de calouro, aos 18 anos, quando fui um dos 6 santistas a entrar na Escola Poltécnica da USP. Essa configuração hexagonal repetiu-se outras duas vezes em minha vida: fui um dos 6 politécnicos a entrar como estagiário na Petrobras, e um dos 6 estagiários a se formarem engenheiros de petróleo designados para a área internacional da empresa.

Tudo o que consegui começou naqueles 12 anos de ensino básico e virtuoso, seguiu com estudo e dedicação, claro que associado a oportunidade e sorte. Mas aquela base está presente em cada ato meu como cidadão, que prezo muito, e que consegui, junto com Neusa, passar a meus filhos.

Infelizmente, essa ventura (!) não está mais disponível às famílias santistas. O Colégio Santista, berço de tanta gente importante e conceituada, não existe mais! A mãe dele (como a piada) subiu no telhado quando, em 1987, os maristas se mudaram, e a administração mudou de mãos. A educação começou a ter uma tendência mais socialista e esquerdizante, e os pais foram, naturalmente, tirando seus filhos da escola. Nos tempos áureos, chegou a ter 1800 alunos. Foi minguando, minguando, até que, em 2009, tinha pouco mais de 400, e foi estatizada pela prefeitura. Dizem eles que continuarão as tradições da escola, mas acho difícil, sem os valores da causa marista.

Publicando este post no Dia dos Professores, saúdo a todos os que auxiliaram na formação do cidadão que sou, mas devo declarar também que o pai que sou, foi devido à educação que tive, que o  pai que tive pôde proporcionar a mim, mantendo-me, em todo meu ensino básico, no tradicional Colégio Santista.

Obrigado, pai!!!

E estendido a todos os pais, 
especialmente àqueles que se preocupam 
"em deixar filhos melhores para o mundo".


Parabéns, neste Dia dos Professores, aos eternos 
títeres que me formaram no Colégio Santista
Nilo, Farid, Silvestre, Eliza, Wilma, Dulce, Regina, Fernando, Lobo, Maria Helena, Cordella, Bóris, Buzo, Adilson, Maria Alice, Nilde, Marlene, etc, etc, etc, etc...




Homero Agradecido Ventura

54 comentários:

  1. Sem sombra de dúvida é o relato da mais pura verdade e guarda toda ingenuidade daqueles tempos e todas as ansias de futuro melhor a todos, desde pequeninos procuravamos atender a todas as expectativas familiares e por este motivo iniciamos nossas carreiras profissionais, motivados pelo saber e pelo intinto curioso da infância. Parabéns Homero, do seu amigo Eddio Leandro Junior - Marista desde 1965...

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  2. Muito bom mesmo o texto, Homero.... lindo demais. Nos remete de volta a uma época que marcou todos nós

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  3. Que texto lindo!! Retrata exatamente o sentimento que todos nós, ex-alunos maristas, mantemos aconhegado em nossos corações.

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  4. Realmente um texto muito bem pensado e, escrito. Parabéns pelas suas palavras que faço das minhas. Um grande abraço.

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  5. Homero,esse sentimento q vc retrata tão bem aqui só quem é ex-marista pode sentir. Assim como vc, cada um de nós tem suas lembranças, suas histórias, esse amor incondicional pelo Colégio e temos muito orgulho disso. Abs.

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  6. Nada a acrescentar. Faço de suas palavras as minhas.

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  7. Caro Homero,

    Obrigado por compartilhar essas lembranças connosco. Acabei por lembrar de coisas que estavam apagadas, afinal, os meus tempos não foram tão diferentes dos seus. Quase que pude sentir o cheiro do plástico da minha primeira garrafa térmica, que tanto estimei, e escutar o barulho da lancheira quando abria a mesma.
    E que saudades de cantar com orgulho o Hino da Escola e o Hino do Brasil!

    Um abraço.

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  8. João Sérgio Paiva Reis14 de agosto de 2011 às 21:01

    Parabéns pelo post, é uma pena que estejamos vivendo uma época de tanta inversão de valores....

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  9. Santiago Salgado Esteves14 de agosto de 2011 às 21:02

    Parabéns pelo texto!! Só traz boas lembranças!!

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  10. Sérgio Burzichelli Jr.14 de agosto de 2011 às 21:17

    Grande HOMERO, bem aVENTURAdo seja!
    O que dizer??? Parabéns??? É pouco... Um pedido... talvez!?... Sim!!! "Que a pena que tu conduz sobre o papel seja sempre guiada pelo teu coração!".
    Abração,
    Sergião

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  11. Belo Homerix... orgulhosos e agradecidos somos nós de te-lo como amigo e companheiro de sempre blog.horas... Salve a ti, família descendente e o paterno Saul, que tive o privilégio de conhecer, conviver, e talvez ter merecido a amizade dele...
    paulus

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  12. Oi, Homero
    Gostei das fotos, especialmente do penteado de 1975, haha! É interesante mesmo como o facebook pode reunir pessoas novamente. E legal saber um pouco da sua história de vida.
    Abraço!

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  13. Bom dia!
    Tentei mostrar para minha filha o meu comentário, mas não achei...
    De qualquer forma quero agradecê-lo por tocar algo que estava guardado bem no fundo de mim, e que aflorou. Me emocionei, chorei, mas fiquei feliz por saber que sou previlegiada por ter tido meu pai como pai! E por ele sou casada com o Luiz que me trata como se eu fosse uma menina ainda, (mesmo casada a 25 anos) tal qual meu pai fazia...
    Obrigada! Anna

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  14. Homero meu amigo...estudamos o primário juntos mas felizmente ou infelizmente passei no exame de admissão e não fiz o quinto ano. Posteriormente, o Irmão Romão me achando muito novo para estar no ano que estava com o consentimento de minha mãe em reunião que também participei me reteve na oitava série vindo a estudar na classe da Neuza no colegial.
    Passo muitas vezes em frente a escola porém não tenho coragem de entrar...minha esposa hoje supervisora de ensino da PMS trabalha no atual CAIS (antigo Colégio Santista) e sempre me dá noticias de como ele está internamente. Eu ficava quase o dia inteiro por lá...queriam que eu fosse padre e me catequizavam direto para que eu fosse para o seminário...coisa que não aconteceu...rs Hoje tenho 3 filhos que não estudaram por lá pois sempre achei que eles deveriam ter as suas estórias não viver as minhas e sendo assim estudarm no Pequeno Principe e no Objetivo. Patricia 27 é advogada, Mariana 25 é jornalista e Pedro Vítor está com 22 e não para em faculdade alguma...agora está fazendo engenharia da computação...vamos ver se completa...rs
    Um grande abraço em vc e na Neuza e muitas felicidades
    Marildo Nascimento

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  15. Anos 70, cabeleira, boca de sino. Same here ! E a base do colégio católico. Isso é algo que jamais alguém te toma. E o gosto de plástico nos sucos que a mãe da gente mandava na 'merendeira' (lancheira em SP). Genial! Deveria constar no Larousse gastronomique.

    Abração do Ricardo.

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  16. Caro Homero

    Obrigado pela mensagem!
    Obrigado por mais um lindo relato !
    Parabéns atrasado pelo Dia dos Pais !
    Parabéns por sua história de sucesso !

    Forte abraço

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  17. Estimado Homero ,

    - Obrigado por compartilhar conosco um pouco da história da sua vida. Sem dúvida a leitura nos remete a pensar na nossa própria história e....a rapidez com que os anos passam e só no cérebro humano conseguimos viajar tão rápido no tempo....
    ...que saudades...!!!
    Um abraço . MAURI BOSQUE FERREIRA

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  18. Seu texto me fez relembrar a emoçao que senti ao reencontrar meus amigos do Colegio Pedro II 26 anos depois da formatura no patio do colegio! Apesar da estranheza dos rostos, o tempo parecia te voltado quando os apelidos comecavam a ecoar em nossos ouvidos. A medida que as emoçoes iam tomando conta da gente, nos dava a certeza de que ali haviamos feito amigos e vivido os melhores tempos da juventude

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  19. Muito bom o seu texto. Mesmo tendo a idade que você tem de tempo de Petrobras, pude me "encaixar" em diversas situações como: Merendeira (a minha era de metal), garrafinhas de plástico e sanduba, desfile de 7º de Setembro (acredite, desfilei váááárias vezes), amigos que eu pude reencontrar através do Facebook... Certas coisas realmente ficam para trás, mas graças ao facebook podemos nos deliciar de vez enquando com lembranças assim. Hoje mesmo a mãe de uma amiga de infância postou uma foto de uma festa da filha dela (minha amiga) na qual eu estava! Com 7 aninhos... Irreconhecível, mas amei poder ver aquela turminha que se reunia para dançar a "dança da vassoura"... Muito bom mesmo!
    Grande abraço!
    Pri

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  20. Li o seu texto, realmente muito bem escrito, com uma ampla visão da dinamica do Colegio nos anos por voce vivido.
    Tanto a voce como a mim, realmente o Colegio Santista faz parte de uns dos marcos da nossa vida.
    Estudei lá de 1954 a 1957 - no seu texto escrevendo sobre o Padre Campagnat, lembro quando foi feita a inauguração da estatua, o Colegio saiu marchando da 7 de setembro, em seguida pela Costituição, até chegar na hoje Plça. Champagnat, até hoje lembro que foi no periodo da manhã e estava sol.
    Lembro com 12 anos tocava na banda, e entrei no dia dos trabalhadores de 1957, entrando do gramado da Vila Belmiro, alias foi a unica vez que entrei no gramado da Vila.
    Esse ano tem Santos no Japão em dez/2011 contra o Barcelona, estou cantando um parente para irmos junto ver o jogo, acho que seria uma oportunidade de conhecer o Japão.
    Um abração e vamos manter contado

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  21. RIVALDO ABREU DE FREITAS JÚNIOR16 de agosto de 2011 às 10:58

    o tempo infelizmente levam as pessoas e as instituições, mas o tempo também imortaliza nossas obras. Manifestações como esta ficarão eternamente vivas e mostrarão com certeza o que representa este resgate que estamos vivendo e que nos faz tanto bem ao espírito. gratos à voce HOMERO e a todos os nossos "irmãos maristas"

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  22. Homero, que legal, adorei seu texto. Ele me levou numa viagem até meus seis anos de idade em Brejetuba. Eu sei que a comparação é meio idiota, mas cada um tem a infância que merece né rsss...
    E os desfiles escolares então, o máximo... Eu ficava meio triste,porque sempre sendo pequena como sou só desfilava na "rabeira". Mas era legal. Parabéns pelo paizão que é. Bjus Mirta Rosa

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  23. Ei, ei, se lembra da minha voz? Continua a mesma... mas o meu cabelo... Quaaanta diferença!

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  24. Que cabelo maneiro! De vez em quando reencontro meu passado em pessoas e fotos na internet. A propósito, homenagens aos pais são sempre bonitas.

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  25. Lindo o texto, e mais linda ainda é a história de tua vida. Parabéns meu amigo!!

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  26. "Tudo o que consegui começou naqueles 12 anos de ensino básico e virtuoso, seguiu com estudo e dedicação, claro que associado a oportunidade e sorte."
    Pelo seu relato, eu substituiria a palavra SORTE por MERECIMENTO, em perfeita harmonia com a programação divina....abraços e parabéns pelo texto !!

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  27. Homero

    São recordações que mexem com o sentimento de todos nós que tivemos o privilégio de viver em uma época romântica.
    Foi um período com muitos problemas políticos mas foi a época que se dançava agarradinho, mesmo não sabendo dançar, pois era só sentir a música o romantismo e se mexer se arrastando pelo salão.
    As Escolas Públicas, estudei em uma de nome Grupo Escolar Geraque Collet (hoje Colégio Estadual Geraque Collet) situada em minha Pureza - RJ, não tinham influência política e a Direção era a mesma por muitos e muitos anos, conduzidas com dedicação e zelo pelo bom ensino, respeito, civismo e educação.
    Saudades do Primário, Ginásio, etc., bem se eu começar a escrever essa minha história, rsrsrs.

    Essa sua foto cabeludo é mesmo sensacional. Tem razão a sua esposa que, penso eu, deve estar a cada dia mais orgulhosa do maridão que espalha a todos os pontos do planeta, o amor e carinho que tem por ela.

    Parabéns pelo texto. Maravilhoso.

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  28. Muito legal. Parabens.
    Wilson Senna

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  29. Homero,
    Seu texto, além de muito bem escrito, é um primor no que tange às recordações de tempos tão marcantes.
    Gostaria muito que os Irmãos Maristas tivessem acesso a ele para que, ao menos de longe, pudessem
    sentir o que aqueles anos de dedicação significaram para tantas pessoas.
    Toca-me, ainda mais, ter sido o mesmo escrito na véspera do Dia do Marista , que é 15 de agosto (Assunção de Nossa Senhora)!
    Penso que o grupo deveria deixar de intitular-se ex-maristas. Quem foi marista um dia, jamais deixará de sê-lo.
    Parabéns!

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  30. Homero
    Fiquei muito feliz de saber que voce casou-se com a Neuza,não me lembro de voce,e que estão juntos tantos anos, com esses filhos lindos,primeira namorada,coisas que hoje, muito dificil de acontecer, voces foram previlegiados,adorei seu texto, muito bem redigido, com sentimento inagualavel, mas feliz estou de poder estar ciente de tantas coisas que aconteceram há anos e que nos dá felicidade de participar, comentar, viver o hoje com boas lembranças.Vejo que voce é um super pai, e Parabéns bem atrasado pelo dia, mas merecedor.Seja muito feliz.Gostaria que tivessemos sempre contato,vejo que somos bem parecidos com relação à familia, amo demais minhas filhas, hoje adultas, uma já casada e dentista como profissão(27 anos), a outra em busca de alturas profissão Comissária de Bordo(25 anos), mora comigo, sou muito Feliz, e que bom podermos dividir os comentários das nossas vidas e sermos muito AMIGOS no futuro.Obrigado pelo recado.Sejam Felizes Sempre!!!!!!!!!!Mara Selma

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  31. Carlos Alberto Peres22 de agosto de 2011 às 15:29

    Muito bom, Homero! Parabéns! Algum dia gostaria de bater um papo com vc. Fui Diretor Executivo durante os 8 anos que sucederam à saída dos Irmãos, de 1988 a 1995 (inclusive). Na época, o Reitor era o Irmão Joaquim Panini. Foi a época com o maior número de alunos que o Santista teve em toda a sua existência(1890). Não havia nada de "tendência socialista ou esquerdizante" posso lhe garantir e os alunos da época são prova disso...mas isso é uma longa conversa! Infelizmente, e já me aborreci muito com isso, inventaram muita coisa sobre o Santista...
    Um grande abraço e que Deus o proteja e ilumine sempre.

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  32. Obrigado, Carlos Alberto, pela mensagem.

    Infelizmente, por tudo o que ouvi a respeito, assim me pareceu. E pela queda
    do número de aluno, achei plausível o motivo, e acabei materializando como verdade.

    Se me permite, gostaria de publicar a sua resposta como comentário no meu texto, até mesmo à guisa de esclarecimento!

    Grande abraço

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  33. Carlos Alberto Peres22 de agosto de 2011 às 15:32

    Tudo bem, Homero...pode publicar sim. Quando entreguei o colégio, em março de 1996, para os novos diretores vindos de São Paulo, nomeados pela mantenedora, o Colégio tinha mais de 1500 alunos...era o máxima que comportava, respeitando os números máximos de alunos por turma. Porém, a região se deteriorou muito rapidamente e nossos alunos eram assaltados constantemente. Os Irmãos não desejaram mudar para outro local, apesar de meus esforços para convencê-los. Somando-se a isso, seguiram-se graves falhas administrativas e pedagógicas que levaram os Irmãos a optarem pela venda do imóvel.
    Bem Homero, muitas coisas aconteceram que poderiam ser elencadas aqui, mas vamos deixar para uma conversa "ao vivo", certo? rsrsrs
    Fica com Deus. Um grande abraço!

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    1. Prezado Sr. Carlos Alberto Peres. Estudei com alguém de mesmo nome no Colegio Liceu São Paulo no período de 1964 a 1966. Foi um grande amigo que eu gostaria de contactar. Meu nome é Jorge Sicurela, formado em Administração pela FECAP e moro em São Paulo.
      Segue meu e-mail.jsicurela@gmail.com.
      Desde já agradeço.

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  34. Homero, sou onze anos marista, mas vim transferido do Arquideocesano e por por 3 anos (1975 a 1978) vivi estes tempos, perambulei pelos corredores do Santista, vivenciei os irmãos Maristas, portanto com seu texto pude relembrar de fatos, mas quem não viveu estas emoções, pode visualizar um tempo em que a internet, celulares e ipods não existiam, mas o espírito fraterno e esportivo supriam estes artefatos, com simplicidade de nosso tempo, mas com profundidade na experiência de vida, como: na banda do Douglas, nas quadras, na cantina e na bola ao mastro. Abs

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  35. Vc simplesmente fez reviver em mim um período tão marcante em minha vida. A Banda da escola, que nos dias de ensaio, nos contagiávamos c/ a música. Amigos, professores....quantas lembranças. Uma época incrível, simplesmente inesquecível!
    Bjus.

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  36. Oi Homero, amei o seu texto, emoções que hoje sinto com tanta clareza!!!Fiquei alguns anos sem o contato com os colegas, há algum tempo estou em busca...quando soube que o Santista tinha fechado, veio aquele sentimento ruim de perda, de perda do meu passado. Até que dois dias atráz depois de várias tentativas de contato uma colega me encontrou e hoje estou no grupo dos antigos alunos do Santista. Que alegria! Mas voltando ao texto , estou casada há 30 anos com Flávio moramos em Belo Horizonte-MG e temos três filhos. Os três também são ex-maristas.Estudaram no Dom Silvério aqui de BHTE um excelente colégio Marista. Procurei dar a eles o que recebí nos tres anos que estive no Santista. Só tenho que agradecer a Deus pela educação que tiveram.Obrigada aos nossos queridos professores. Um grande abraço para você,obrigada pela mensagem e pelo contato

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  37. OI Homero,
    me formei m 1979 no jubileu de diamante do colégio. Fiquei muito triste ao voltar lá no natal do ano passado e ver que não existia mais aquele colégio e não saber mais daquelas pessoas tão importantes na minha formação.
    Sou jornalista e publicitário e vivo atualmente em Porto Velho Rondônia. O Carlos Alberto Peres que vc fala é o Professor de química?
    Saudads dele do Adilson, do Farid, Do Irmão Cerise, do Irmão Julio, e tantos outros
    vai firme mano. Temos muito em comum. Beatlemania, Santos FC, 007, Star Treek claro o Colégio Santista
    abraços
    aqui da floresta amazônica

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  38. Boa tarde!!
    agora entendi.
    Está explicado.

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    1. Homero

      Como sempre , você nos emociona muito com os seus relatos. Que história bonita , outra época. Época de mais respeito ao próximo. Gostei de mais do seu texto.
      10 como sempre! Parabéns , você é um grande pai!!!!!

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  39. Homerix,

    Que dramática a história do Colégio Santista. A realidade é que o ensino de qualidade tem minguado, sobretudo o público. Ao invés de melhorar o nível de ensino de forma ampla e justamente para todos, o governo produz soluções paliativas, como passar de ano os estudantes, sem que estejam qualificados para oo efeito; e criar quotas para acentuar as discriminações. Venho de uma família humilde e também conheço muitas pessoas de similar origem, que conseguiram fazer cursos superiores, com toda a sorte de esforços, sacrifícios e desafios e lograram êxitos, mas sem a necessidade de quotas e outros empurrões.
    Outra questão que acentua a dificuldade de educar a presente e as futuras gerações é a do exemplo positivo. Cada vez mais é um dos grande problemas que têm os pais na educação dos seus filhos, por falta de exemplos de comportamento, postura e conduta positivas, pois da porta de casa para fora a maior parte das referências são contundentemente negativas, sobretudo da parte de quem deveria prover exemplos positivos, em nível de governo et alli, justiça, polícia, etc, até mesmo o futebol que, pela penetração que tem em todos os estratos da sociedade, trabalha exatamente na contramão com a contumaz má "liderança" decana na CBD/CBF, viradas de mesa, manobras...

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  40. Nossos pais fizeram o melhor , nos deram a vida e para nos preparar para ela colocaram-nos no Santista, sabe lá com que esforços, dando a cada um que lá estudou a chance que talvez muitos deles não tiveram.
    O Santista foi semente que caiu em terra boa e deu muitos e bons frutos, mas acredito que teve o mesmo fim de outros colégio maristas que também foram vendidos.
    O motivo acredito que seja o custo de se manter uma estrutura enorme sem o devido retorno.
    Pelo que entendi da estrutura de fundação de uma escola marista, vinham os irmãos, montavam a mesma e com o tempo professores eram contratados e alunos matriculados.
    Com tudo funcionando, os irmãos saíam para outros lugares onde se fizesse necessária a presença deles, deixando em seus lugares uma equipe comandada por eles e assim foi talvez pela falta de vocações religiosas. Com o tempo, devido a localização do Santista e o surgimento de novas escolas mais perto dos lados da praia, foi-se perdendo alunos e deu no que deu.
    Mas o espírito marista não morre, ele esta´em cada um que com ele teve contato.

    Antonio Alvarez

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  41. Sem palavras!!!!!!!! só boas lembranças, travessuras, amizades, tudo di bom! graças ao meu pai que fez com que eu fosse parar no Colégio Santista, por causa do meu irmão que já estudava lá. Agradeço todos os dias por não ter ido parar nos colégios de meninas da epóca

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  42. Homero, brilhante explanação de sua estada no Colégio Santista.
    É o jeito marista de ser.
    Parabéns.

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  43. Olá, Homero!
    Podes me ajudar?
    Como se chamava o irmão que cuidava do almoxarifado de Química do Colégio Santista?
    Gente fina! Eu comprava reagentes com ele entre 1966 e 1968...

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  44. Legal brother, só lembrando dos Professores Oscar (Mat), Alfredo (Eletrônica) e o grande Walter (História)

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  45. É gratificante ler um texto como esse, e saber que foi um discípulo que passou pelas minhas modestas aulas. Um orgulho para mim. Mérito seu, Homero.
    Parabéns.

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  46. Obrigada. Parabéns para você também. Um mestre que todos os dias nos passa seus conhecimentos.
    Beijos
    Professora Maria Helena

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  47. Muito gostoso ler seu post, que me remeteu aos meus tempos de escola. Quanta saudade!
    Abraço amigo Homero.

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  48. Seu texto me trouxe gratas recordações, Homero! Frenquentei, um pouco antes de você, durante o período escolar aqui narrado, escola pública em BH. Outros tempos nos quais esses estabelecimentos praticavam uma educação de qualidade, onde se tinham também lições de civismo, cidadania, solidariedad e onde conviviam , igualitariamente, diversos extratos sociais. Muitos da minha geração devem a essa base o conquistaram profissionalmente e como cidadãos. Um pena que ao longo dos anos esse cenário tenha se alterado radicalmente!

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  49. Você é um memorialista. Já tinha percebido isso antes. Aqui deixa bem mais claro ainda. Memorialista bom conta suas lembranças e incluem História. E você aqui resgata a historia do Santista. Outra caracteristica do bom memorialista é que, mesmo não tendo as mesmas memórias, nem mesmo o mesmo sentir, o leitor entra no texto. Passeia junto com o escritor. Ele nos pega pelas mãos e lá vamos nós.
    E finalmente, ao término da leitura, nossas próprias lembranças chegam graças ao que foi lido.
    Aqui onde moro Tem um "garoto" chamado Ucho que faz isso também. Outro dia virei menino de 8 anos e não é que joguei bola de gude? E finca? Graças ao texto dele.
    Aqui me vi menino também...e estudando num colégio marista. E enquanto era você até que gostei do lugar. Logo eu que nunca suportei escolas. rs rs rs.

    Do que lembrei. Da lancheirinha. Da minha lancheirinha também com cheiro de plástico. Azul. Essa lembrança veio na hora e não após a leitura. Tive de parar para lembrar do lanchinho carinhosamente preparado pela minha mãe...e depois continuar a leitura.

    Bonito homenagear os professores. Eu não saberia. Gostei de poucos! Tinha o Pedro Santanda professor de HIstória. A única aula que eu gostava e não matava por dinheiro algum. Ele representava os personagens. Fazia um teatro. Virou Maria Antonieta! Impagável.
    E tinha a Dona Taúde detestada por todos. Menos por mim. De desenho geométrico! Mas foi ela que teve a idéia de formar uma banda musical da qual participei. Bandinha Nova Cap. Pois é, graças a ela participei de uma banda que se apresentava na própria escola nas festas. Durou dois anos. Eu tocava...chocalho. Só marcando o ritmo. Mas era bom demais! Viva Dona Taúde.

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  50. Adorei seu visual em 1975. Cabelo ouriçado...era assim que o estilo era chamado por aqui. Agradeça aos Beatles por ter podido usar uma cabeleira respeitável. Duvido que sem eles tal ousadia seria possível. Eles libertaram as cabeças dos rapazes para que usassem seus cabelos como bem entendessem. E libertaram as nossas também que passamos a dispensar o laquê. Adotamos o "natural look".

    Aqui tivemos um Colégio Marista. Chegou em 1957 graças a uma turma rotariana que criou a Sociedade Amigos do Progresso. Meu pai fazia parte. Ele queria o Grambery, mas o bispo deu o contra proque era colégio metodista. Meu pai tentou convence-los que o colégio aceitava pessoas de todas as religiões. Mas não deu certo, acabaram trazendo o Colégio Marista São José.
    Meu pai dizia que nunca foi tentado a se tornam metodista por ter estudado no Grambery em Juiz de Fora. Gostava do lema deles. Seus alunos deveriam se praparar para serem vencedores na vida. A serem positivos. Ele repetia sempre uma frase aprendida lá: Day by Day in every way life is getting better and better. Sim, aquela usada por John Lennon na música Beautiful Boy. E que muita gente pensa ser de John. Eu já a conhecia desde criancianha. O autor é francês, esqueci seu nome agora.
    Eu estudei em escola pública. Não sei dizer se era boa, mas parece que sim. Ruim era ter de estudar. rs rs rs. Meu pai dizia que o ensino lá era melhor que o do Imaculada Conceição das freiras belgas.
    Mas, pelo que sei, piorou muito com o passar do tempo. Ainda existe e com outro nome: Colégio Estadual Professor Plinio Ribeiro. Antes era Colégio e Escola Normal Oficial. Me formei como normalista ali. Na marra.
    Só dando minha opínião, sem contestação, com aceitação das ideias diferentes: sou totalmente a favor das cotas. Para mim foi um avanço. A princípio também pensei que seria algo sem necessidade e que causaria mais distanciamento. Então entendi. Vi o racismo fortissimo na nossa sociedade. E vi que a Cota ainda é fundamental. Sei que alguns conseguiram se formar sem cotas. Mas não podemos ter como base as exceções. Enquanto houver racismo as cotas são necessárias. Não tira nada de ninguém, não vejo assim. Apenas dá chance a quem não tinha. Também bem sei que muitos contra as cotas não são racistas de forma alguma. Eles olham por um outro prisma,assim como olhei a principio e de repente...vi!

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  51. Parabéns Homero! Lindo texto! Ótimas recordações

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